Amnésia escrita por SugarBitch


Capítulo 2
Um Bom Amigo...


Notas iniciais do capítulo

Okay... vamos ao capítulo :p



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— Lynn, - ele me soltou do abraço - O que vamos fazer agora? 

— E-Eu não sei...- respondi e ele começou a me encarar com a mesma expressão tensa de antes.

— Ouça, Lynn, eu vou te ajudar a recobrar a memória, mas é de extrema importância que ninguém mais saiba que você está com amnésia.

— Mas por quê?  Não seria melhor procurar um médico?

— Seu estado é muito delicado, amnésia é algo temporário, não é preciso ajuda médica. Além do mais, se isso se espalha algumas pessoas podem tirar vantagem de você, como a Ambre, por exemplo.

— Ambre? 

— Sim, Ambre. Ela e suas amiguinhas te atormentam desde quando nos transferimos para cá.

— Como assim ‘’Nos transferimos’’? Então eu e você já estudamos juntos antes? 

— Sim, nos conhecemos desde o maternal.

— Hm... e aquela garota que estava na enfermaria comigo? 

— Aquela é a Rosalya, mas olha, Lynn, aqui não é um bom lugar pra te deixar a par de tudo, é melhor irmos pra sua casa.

— Mas eu não sei onde eu moro.

— Eu sei, boba, - ele riu desfazendo a expressão tensa por um segundo - é por isso que eu vou te levar até lá. Só diga a enfermeira que já está bem mas que gostaria de ir para casa.

— Tá, mas e você? 

— Eu ligo pra minha mãe e peço pra ela autorizar a minha saída pra poder te acompanhar, ok? 

— O-Okay...

— Ótimo, então vamos subir, Rosalya já deve ter notado tua ausência e muito provavelmente está surtando agora.

Assenti e nos levantamos em direção ao corredor onde de longe conseguíamos ouvir aquela garota gritando com uma senhora e uma outra mulher.

— Calma, senhorita... – a mulher disse.

— Como calma? A Lynn some do nada naquele estado e você me pede pra ter calma?!

— Tudo bem, senhorita! – a mais velha se pronunciou- Aumente o tom de voz só mais um pouco e lhe garanto que terá muitos problemas!!

— Acalme-se, menina, ficar aflita não vai resolver nada... – a mulher insistiu com cautela

— Ficar parada também não...

Estávamos nos aproximando quando Kentin cochichou no meu ouvido:

— Lembre-se, a garota é a Rosalya, a mulher é a enfermeira e a velhota é a diretora Shermansky.

— Ok. – respondi ao chegarmos até elas. A garota me ouviu e ao me ver pulou no meu pescoço suspirando aliviada.

— Lynn! Céus, Lynn! Onde você foi? Eu estava aflita! Como você está? Você está bem? 

— E-Eu estou bem, Rosalya, obrigada... S-Só não estou conseguindo respirar... – falei com dificuldade e ela me soltou imediatamente.

— Ai, não! Não vai apagar de novo não, fique acordada Lynn!

— Mas onde raios a senhorita estava? – a velha me perguntou – Não sabe que precisa de autorização da enfermeira para sair?!

— S-Sinto muito, diretora, é que eu... eu...

— Estava justamente procurando pela senhora.- Ken tomou minha frente – Eu estava a ajudando a procurá-la.

— Sei... e o que a senhorita deseja? – Shermansky me perguntou.

— Bem, eu... estou com muita dor de cabeça, eu gostaria de ir pra casa...

— Claro, claro. Mas o problema é que não tem ninguém pra vir te buscar. Liguei para sua casa e sua mãe disse que seu pai ainda não chegou do trabalho e, como ela ainda não se recuperou da lesão no tornozelo não tem quem possa vir buscá-la.

— Eu posse levá-la. – Kentin disse – Se me deixar ligar para minha mãe tenho certeza de que ela autorizaria minha saída.

Shermansky ficou pensativa por alguns segundos.

— Tudo bem. Mas SÓ se ela autorizar.

— Eu também vou! – Rosalya de pronunciou

— Não, não vai. – a velhota disse

— Mas eu também preciso ficar com ela. Não posso deixar minha irmãzinha sozinha nesse estado! – ela me abraçou.

*''Irmanzinha?''*

— Não, isso já está virando festa! Além do mais ela não estará sozinha, Kentin vai estar com ela.

— Mas...

— Chega, Rosalya! Já estou por aqui de problemas por hoje! Agora ajude Lynn a guardar o material enquanto eu ligo pra mãe do Kentin.

— Isso é tão injusto! Vem, Lynn... – ela me pegou pelo pulso e me levou até meu armário; aparentemente ela sabia a combinação. 

Enquanto ela enfiava os livros na mochila que eu segurava ficava falando sem parar, dizendo coisas como o quanto ficou preocupada quando eu caí. Pelo o que ela disse eu escorreguei nas escadas e bati a cabeça com força em sete degraus.

— Mas então, Lynn, qual era aquela coisa importante que você ia me contar?

* O quê? Do que será que ela está falando? *

— Eh... b-bem, não era tão importante assim, Rosalya, esquece. – ri meio desajeitada; não fazia ideia do que ela estava falando.

— Ah, qual é, Lynn?! Você não estaria tão animada daquele jeito por algo sem importância. Anda, desembucha. – ela riu.

— E-Eu...

— Vamos, Lynn? – Kentin brotou do nada, salva pelo gongo – Minha mãe me liberou.

— Não, espera, ela vai me contar uma coisa importante! – Rosalya insistiu

— Ela está muito cansada, Rosa, precisa descansar. Amanhã vocês conversam, sim?

— Não! Lynn, por favor...

— M-Me desculpe, Rosalya, estou com muita dor de cabeça agora... –respondi e ela suspirou.

— Tudo bem então, Lynn. Hoje eu te deixo descansar mas amanhã você não me escapa! – ela me abraçou de novo – Tchau, Lynn.

—Tchau, Rosalya.

— Tchau pra você também, Rosa. – Kentin falou

— Desculpe, até mais, Kentin.

 

 


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