Amnésia escrita por SugarBitch
Notas iniciais do capítulo
Okay... vamos ao capítulo :p
— Lynn, - ele me soltou do abraço - O que vamos fazer agora?
— E-Eu não sei...- respondi e ele começou a me encarar com a mesma expressão tensa de antes.
— Ouça, Lynn, eu vou te ajudar a recobrar a memória, mas é de extrema importância que ninguém mais saiba que você está com amnésia.
— Mas por quê? Não seria melhor procurar um médico?
— Seu estado é muito delicado, amnésia é algo temporário, não é preciso ajuda médica. Além do mais, se isso se espalha algumas pessoas podem tirar vantagem de você, como a Ambre, por exemplo.
— Ambre?
— Sim, Ambre. Ela e suas amiguinhas te atormentam desde quando nos transferimos para cá.
— Como assim ‘’Nos transferimos’’? Então eu e você já estudamos juntos antes?
— Sim, nos conhecemos desde o maternal.
— Hm... e aquela garota que estava na enfermaria comigo?
— Aquela é a Rosalya, mas olha, Lynn, aqui não é um bom lugar pra te deixar a par de tudo, é melhor irmos pra sua casa.
— Mas eu não sei onde eu moro.
— Eu sei, boba, - ele riu desfazendo a expressão tensa por um segundo - é por isso que eu vou te levar até lá. Só diga a enfermeira que já está bem mas que gostaria de ir para casa.
— Tá, mas e você?
— Eu ligo pra minha mãe e peço pra ela autorizar a minha saída pra poder te acompanhar, ok?
— O-Okay...
— Ótimo, então vamos subir, Rosalya já deve ter notado tua ausência e muito provavelmente está surtando agora.
Assenti e nos levantamos em direção ao corredor onde de longe conseguíamos ouvir aquela garota gritando com uma senhora e uma outra mulher.
— Calma, senhorita... – a mulher disse.
— Como calma? A Lynn some do nada naquele estado e você me pede pra ter calma?!
— Tudo bem, senhorita! – a mais velha se pronunciou- Aumente o tom de voz só mais um pouco e lhe garanto que terá muitos problemas!!
— Acalme-se, menina, ficar aflita não vai resolver nada... – a mulher insistiu com cautela
— Ficar parada também não...
Estávamos nos aproximando quando Kentin cochichou no meu ouvido:
— Lembre-se, a garota é a Rosalya, a mulher é a enfermeira e a velhota é a diretora Shermansky.
— Ok. – respondi ao chegarmos até elas. A garota me ouviu e ao me ver pulou no meu pescoço suspirando aliviada.
— Lynn! Céus, Lynn! Onde você foi? Eu estava aflita! Como você está? Você está bem?
— E-Eu estou bem, Rosalya, obrigada... S-Só não estou conseguindo respirar... – falei com dificuldade e ela me soltou imediatamente.
— Ai, não! Não vai apagar de novo não, fique acordada Lynn!
— Mas onde raios a senhorita estava? – a velha me perguntou – Não sabe que precisa de autorização da enfermeira para sair?!
— S-Sinto muito, diretora, é que eu... eu...
— Estava justamente procurando pela senhora.- Ken tomou minha frente – Eu estava a ajudando a procurá-la.
— Sei... e o que a senhorita deseja? – Shermansky me perguntou.
— Bem, eu... estou com muita dor de cabeça, eu gostaria de ir pra casa...
— Claro, claro. Mas o problema é que não tem ninguém pra vir te buscar. Liguei para sua casa e sua mãe disse que seu pai ainda não chegou do trabalho e, como ela ainda não se recuperou da lesão no tornozelo não tem quem possa vir buscá-la.
— Eu posse levá-la. – Kentin disse – Se me deixar ligar para minha mãe tenho certeza de que ela autorizaria minha saída.
Shermansky ficou pensativa por alguns segundos.
— Tudo bem. Mas SÓ se ela autorizar.
— Eu também vou! – Rosalya de pronunciou
— Não, não vai. – a velhota disse
— Mas eu também preciso ficar com ela. Não posso deixar minha irmãzinha sozinha nesse estado! – ela me abraçou.
*''Irmanzinha?''*
— Não, isso já está virando festa! Além do mais ela não estará sozinha, Kentin vai estar com ela.
— Mas...
— Chega, Rosalya! Já estou por aqui de problemas por hoje! Agora ajude Lynn a guardar o material enquanto eu ligo pra mãe do Kentin.
— Isso é tão injusto! Vem, Lynn... – ela me pegou pelo pulso e me levou até meu armário; aparentemente ela sabia a combinação.
Enquanto ela enfiava os livros na mochila que eu segurava ficava falando sem parar, dizendo coisas como o quanto ficou preocupada quando eu caí. Pelo o que ela disse eu escorreguei nas escadas e bati a cabeça com força em sete degraus.
— Mas então, Lynn, qual era aquela coisa importante que você ia me contar?
* O quê? Do que será que ela está falando? *
— Eh... b-bem, não era tão importante assim, Rosalya, esquece. – ri meio desajeitada; não fazia ideia do que ela estava falando.
— Ah, qual é, Lynn?! Você não estaria tão animada daquele jeito por algo sem importância. Anda, desembucha. – ela riu.
— E-Eu...
— Vamos, Lynn? – Kentin brotou do nada, salva pelo gongo – Minha mãe me liberou.
— Não, espera, ela vai me contar uma coisa importante! – Rosalya insistiu
— Ela está muito cansada, Rosa, precisa descansar. Amanhã vocês conversam, sim?
— Não! Lynn, por favor...
— M-Me desculpe, Rosalya, estou com muita dor de cabeça agora... –respondi e ela suspirou.
— Tudo bem então, Lynn. Hoje eu te deixo descansar mas amanhã você não me escapa! – ela me abraçou de novo – Tchau, Lynn.
—Tchau, Rosalya.
— Tchau pra você também, Rosa. – Kentin falou
— Desculpe, até mais, Kentin.
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