Ven a bailar escrita por Dani Tsubasa


Capítulo 6
Capítulo 6 – Y abrir los ojos




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Capítulo 6 – Y abrir los ojos

Podemos elegir un sitio a donde ir...
Para encontrar el amor que soñamos
Podemos respirar antes de despejar y desidir lo que nunca empezamos

Ponerte a cantar la misma canción
dejarse llevar por el corazón...

Hoy nesecito cambiar oooh cantar ooh
Hoy nesecito volar oooh viajar y abrir los ojos

No hay tiempo que perder...
Hay mucho que aprender...
Tenemos ya el futuro en las maños
Dejemonos oir si hay tanto que decir
Hay que escribir la historia que deseamos

Ponerte a cantar la misma canción
dejarse llevar por el corazon

Hoy nesecito cambiar oooh cantar oooh
Hoy nesecito volar oooh viajar y abrir los ojos

Hoy nesecito cambiar oooh cantar oooh
Hoy nesecito volar oooh viajar y abrir los ojos

Ponerse a cantar la misma cancion
dejarse llevar por el corazon

Hoy nesecito cambiar oooh cantar oooh
Hoy nesecito volar oooh viajar y abrir los ojos

Hoy nesecito cambiar oooh cantar oooh
Hoy nesecito volar oooh viajar y abrir los ojos

                - Querida, tem certeza que pegou tudo? Sua mala tá prontinha mesmo? Eu conferi tudo pra você, mas é bom que concordemos – Carminha dizia novamente enquanto Isa carregava sua mochila de viagem e a deixava em uma das cadeiras da pizzaria.

                - Sim, mamãe.

                - Minha banbina indo embora de novo – Antônio quase chorava quando se abraçou a Isa.

                - A gente também vai atrás de vocês depois. Por enquanto eu vou ficar porque tenho umas consultas marcadas – Marina disse.

                - Mas daqui alguns shows vamos nos encontrar de vez em quando – Clavati comentou – Aí vamos ter mais uma história pra contar pros gêmeos! – Ele falava empolgado – Olha, no primeiro show de vocês foi o show da Isa, da tia de vocês, e vocês nem tinham nascido ainda! – Ele concluiu enquanto todos riam se divertindo.

                - Que droga eu não poder ir logo – Marquinhos dizia chateado.

                - Você tem que ficar por causa das aulas, meu amor. E lembre que tem sua própria banda com o Micky e as gêmeas – Carminha lhe disse.

                - Mas ainda estar na escola é muito chato, mamãe. Mesmo eu sendo da banda às vezes eles vão pra bem longe fazer shows e eu tenho que ficar. Não tenho raiva deles, mas é um saco.

                - Ah, Marquinhos, mas... – Isa começou – Você não é o único que sofre, o Carlinhos também fica mal por se separar da Norma de vez em quando. E falta só um aninho e alguns meses pra você acabar o colégio também. A banda não pode ficar parada enquanto isso. Precisa crescer. E quando você puder finalmente se juntar a eles o tempo todo vai ficar melhor ainda! Por que eles vão ter exclusivamente o melhor baterista do mundo! – A garota disse ao abraçar o irmão mais novo e bagunçar seu cabelo.

                - Isa... Você é chata, mas também vou sentir saudades – ele disse, ouvindo risadas novamente, de divertimento e felicidade.

                - E se você ficasse viajando o tempo todo, eu ia ter que ficar por causa da escola e ia morrer de saudades – Rosário lhe disse.

                - Ah, Rosário, mas quando a gente terminar eu vou te levar em todos os shows!

                Minutos depois Jennifer e Júlio, agitados e apressados entraram na pizzaria.

                - Olá, bom dia! – Disseram juntos.

                - Viemos nos despedir de você, filha – Jennifer disse a Isa.

                - Não queríamos que fosse embora sem nos vermos pra desejar boa viagem e boa sorte – Júlio falou.

                - Ai, obrigada, mãe, pai! – Ela respondeu ao abraçar os dois.

                O casal sentiu os olhos marejarem, especialmente Jennifer, ainda que tivessem encontrado Isa há tanto tempo, os anos que ficaram sem ela eram muito mais, e ouvi-la chamá-los daquele jeito era a melhor coisa do mundo. E ainda mais gratificante por verem um sorriso no rosto da família adotiva diante daquela cena.

                Os três se separaram ao ouvir várias vozes conversando se aproximando da pizzaria. Haviam combinado como ponto de encontro para que Zafira os encontrasse e os levasse para o ônibus. Então entraram Linda e Rey, Micky, Carlinhos, as gêmeas, Alex e Stela, além dos pais de Rey e Linda. Linda tinha suas próprias turnês de dança e atuação junto com Rey. Os quatro haviam se separado por meses quando Linda havia partido com Rey para Nova Iorque, mas para o alívio e alegria das duas melhores amigas do mundo, haviam se reencontrado para trabalharem juntos até quando fosse possível.

                - Gente, minha mãe não pode vir, até porque por enquanto estamos aqui na cidade mesmo, mas ela desejou boa viagem a todos – Micky falou.

                - Nós agradecemos, Micky – Isa disse ao primo.

                - Amiguisa! Tic tic tic umaaá!

                As duas dançaram juntas enquanto os demais conversavam.

                - Eu tô triste por a gente ir embora de novo. Mas tô tão ansiosa pra dançar e dançar, e cantar com você!

                - Eu também, Gordinha!!

                - Olha só quem vem aí... Eu vou até ali... – a Gordinha disse piscando um olho e se afastando sorrateiramente.

                Isa viu Alex vindo em sua direção. Estava tão bonito, ainda mais do que sempre estava. Ele sorriu para ela e a abraçou forte, beijando seus cabelos.

                - Bom dia, meu amor.

                Isa sorriu, ele a vinha chamando assim com mais freqüência.

                - Linda como sempre – Alex elogiou.

                - Ai, para... – Isa lhe deu um tapinha no ombro – Você também... Tá lindo, Alex.

                - Te amo – os dois sussurraram ao mesmo tempo antes de trocarem um beijo.

                Ao se separarem, se olharam. Apenas se olharam e seus olhares sorriam um para o outro e podiam conversar sem uma única palavra. Podiam ler tudo. Amor, felicidade, esperança, ansiedade, alegria, agitação... Estavam viajando novamente para outra turnê, juntos, como sempre sonharam. A atenção do casal foi chamada por Rey tagarelando do outro lado.

                - É claro que desde já eu preparei um grande estoque de gel e fixador da melhor qualidade pra levar comigo, pra o meu topete ficar sempre perfeito pra minha Gordilinda! – Rey dizia se penteando loucamente.

                Linda riu e o beijou no rosto.

                - Isso merece muitos bolos bem gostosos, Rey do meu coração.

                Os dois se olharam sorrindo, com um suspiro e uma cara de bobos. Alex e Isa riram.

                - Pessoal! Pessoal! – Carlinhos chamou de repente – A Zafira me pediu no meio do caminho da minha casa até aqui que eu desse uma boa notícia, já que eu continuo sendo um dos produtores da Isa e das bandas aqui na Venezuela até hoje.

                - Uma super notícia! – As gêmeas falaram juntas.

                - Eu acredito, Isa, que a Zafira falou que vocês firmariam algumas parcerias pra os últimos shows. E que teriam surpresas – Carlinhos continuou.

                - Sim... Ela disse, mas depois não falou mais nada.

                - Bom, é o seguinte... Ela me disse que vocês tem amigos lá do outro colégio da Colômbia, certo? Que também são artistas, inclusive músicos.

                - Do Bravo? Sim, temos – Alex respondeu.

                - Ela falou que alguns deles também formaram bandas depois que terminaram. Outros trabalham com música e com outras coisas ao mesmo tempo. A questão é que... Eu vou dizer de uma vez. Alguns deles estão aqui na Venezuela.

                - É sério?! – Isa perguntou saltitando de felicidade.

                - Sim! E outros não puderam vir agora, mas estarão no show do DVD com certeza.

                A pizzaria novamente virou uma bagunça de exclamações de felicidade, até Carlinhos voltar a falar.

                - Bom... Eu e minha gêmeazinha repetida encontramos quatro deles no caminho pra cá e eles vieram ver vocês antes da viagem.

                - É sério que estão aqui?! – Linda perguntou – Cadê, cadê, cadê??!!

                - Quem são, Carlinhos? – Rey questionou.

                - Podem entrar pessoal! – O gênio falou alto ao descer da cadeira.

                Os quatro estudantes venezuelanos do Bravo arregalaram os olhos de surpresa e ansiedade ao verem Sebastian e Naty, Kike e Ágatha entrarem na pizzaria. Ninguém precisou perguntar para saber que finalmente depois de tantas idas e vindas Sebastian e Naty estavam juntos de verdade, pois seus braços estavam entrelaçados e eles pareciam de fato felizes juntos. Kike e Ágatha pareciam dois morcegos saídos da selva. Suas roupas misturam preto e vários tons de verde, como uma camuflagem, listras de tinta verde estavam em seus rostos e algumas folhinhas presas em suas roupas. Ainda assim os dois riam como se tivessem ganhado na loteria e pareciam mais felizes do que nunca. Kike carregava alguma coisa coberta, parecia uma gaiola. Deixando os demais detalhes para depois, os amigos pularam de alegria e correram uns para os outros e se abraçaram. Até mesmo Alex e Sebastian se cumprimentaram.

                - Então vocês... – Linda começou.

                - Sim! – Sebastian respondeu – Finalmente eu e a Naty estamos juntos pra valer – ele falou e os dois trocaram um grande sorriso – Depois de um tempo deixamos tudo pra trás e acabamos nos aproximando de novo e...

                - É!! –Naty apertou o abraço.

                - Nós ficamos muito felizes em ver vocês de novo. E você, Isa – Sebastian falou – E você, Alex.

                - Tenho que confessar... Que também tô feliz por a gente se ver de novo – Alex respondeu sinceramente.

                - Oi, Rey – Sebastian falou – Como vai o seu topete? – Ele perguntou divertidamente.

                - Muito bem, Sebastian! – Rey disse quando apertaram as mãos e ele cumprimentou Naty em seguida.

                - Às vezes sinto saudades de quando dormíamos juntas – Naty disse.

                - Eu também – Ágatha falou.

                - Nós também! – Isa e Linda disseram quando as quatro se abraçaram.

                - ALEX!!

                - KIKE!!

                Os dois correram um para o outro e se abraçaram, passando um bom tempo conversando como loucos.

                - Ágatha... De onde você e o Kike vieram? – Linda perguntou.

                - Ah, a gente veio correndo da nossa última missão quando a Zafira chamou – a garota ria como boba de tanta felicidade – Estávamos numa reserva salvando os morceguinhos! Tínhamos acabado de acabar nossas tarefas quando a Zafira ligou. Aí viemos voando! – Ela pulou enquanto os demais a olhavam estranhamente – Vocês têm que conhecer o nosso filhinho!!

                - FILHINHO?! – Os demais exclamaram.

                Ágatha apenas riu e chamou Kike, que riu junto com a namorada enquanto os dois se olhavam como bobos.

                - Kike, apresenta o nosso bebê pra eles!

                - Oi, meninas! Isa, Linda!

                - Oi Kike – disseram juntas.

                - Esse aqui é o nosso filhote adotivo, temporariamente, até ele se recuperar... Se chama Adams – falou rindo novamente junto com Ágatha quando descobriram um pouco a gaiola e todos olharam lá dentro.

                Um pequeno morceguinho dormia enroscado nas folhas do chão da gaiola, que tinha uma tigelinha de comida e um bebedouro.

                - Um filhotinho... – Isa se derreteu – Assim e dormindo nem dá medo.

                - Sim, ele é fofo! – Naty falou.

                - O que houve com ele, Ágatha? – Linda perguntou.

                - Ah... – a garota entristeceu – Infelizmente ele ficou órfão, Linda. Estamos cuidando dele enquanto o pessoal da reserva prepara uma família adotiva.

                - Nós estamos cuidando dele com muito amor e muito carinho. E com certeza ele vai ficar bem, não é minha coelhinha gótica?

                Os dois trocaram outro sorriso ultra feliz, mas a atenção de todos foi chamada por Antônio e Carminha que ofereciam pizza para todos antes que viajassem.

                - É tão bom ver você e o Sebastian juntos sem os dois ficarem se mordendo de ciúmes, Cuti cuti – Isa falou sorrindo ao traçar o nariz de Alex com o indicador.

                - Eu concordo. Até porque agora é praticamente impossível o mini Lorenzo se esquecer que você é “minha” namorada, “minha menina”, “meu amor”, “minha vida”, “minha Isa”!

                Isa riu.

                - Alex! Assim parece que você ainda tem ciúmes.

                - Eu não tenho mais nenhum problema com o Sebastian, Isa. É sério, somos amigos. Mas ciúmes eu nunca vou deixar de ter, porque eu te amo mais do que tudo, minha vida.

                - Ai, Alex... – ela suspirou quando os dois fecharam os olhos e trocaram um beijo rápido, porém não menos amoroso.

                Com tanta gente em volta certamente seriam interrompidos rápido. Não demorou muito para Zafira chegar e levar todos eles da pizzaria. Tomaram ainda meia hora com mais despedidas e até choro. E finalmente estavam no ônibus em frente ao prédio, arrodeado pelos demais e até por alguns fãs com os quais haviam falado rapidamente. Isa estava sentada na janela, ao lado de Linda, quando Sebastian e Naty apareceram ali.

                - Isa... – Sebastian parecia sério e preocupado.

                - A gente tem que te contar uma coisa – Naty falou – Ficamos adiando pra não estragar toda a felicidade lá dentro.

                - Mas você tem que saber antes de irem – Sebastian falou.

                Isa e Linda se entreolharam intrigadas.

******

                - Linda...

                A ruiva se virou ao ouvir Alex chamar seu nome baixinho.

                - A Isa não me parece bem. Aconteceu alguma coisa?

                - É melhor você mesmo falar com ela, Alex.

                - Isa – ele chamou mais alto, vendo a namorada o encarar apreensiva – O que aconteceu, meu amor?

                A resposta foi um olhar agitado.

                - Isa... Por favor, me diz... Eu fiz alguma coisa pra te deixar triste?

                - Linda... Eu vou ficar com o Alex um pouquinho.

                - Tudo bem, Miisa. Eu também vou ficar um pouquinho com meu Rey.

                Linda saiu para sentar-se ao lado de Rey, que dormia numa das cadeiras da frente. Isa levantou-se e foi para o outro lado do ônibus, sentando-se ao lado de Alex. Ele inclinou as cadeiras para trás para que pudessem quase se deitar e se olharam nos olhos, um de frente para o outro. O guitarrista afastou uma mecha de cabelo para trás da orelha dela e afagou seu rosto, vendo Isa fechar os olhos.

                - O que foi, Isa? Me diz. Foi alguma coisa que eu fiz? Tava tudo tão bem antes da gente sair...

                - Não é culpa sua, Alex. Eu te amo, e nunca esqueça disso – ela segurou firme a mão dele em seu rosto.

                - Então o que foi? Você tem que me dizer. Não é assim que sempre foi? Nós dividimos as alegrias e as tristezas.

                - Eu vou te contar, mas... Só quero falar disso quando chegarmos no hotel, não tem porque se preocupar durante a viagem.

                - Não confia mais em mim?

                - Confio, Alex. Confio. Mas não quero te preocupar. Eu prometo que vou te contar lá com mais calma. Confia em mim também, meu Cuti cuti – ela pediu com um olhar suplicante e beijou a mão do namorado.

                - Tudo bem, tudo bem. Isa... Vem cá.

                Os dois se abraçaram e pouco a pouco Isa adormeceu, como naquela noite na montanha, mas dessa vez ela não estava machucada nem doente, e se Alex não sentisse aquele pequeno aperto no coração, tudo seria perfeito. Mas era como haviam dito. Precisavam confiar um no outro. E ele confiava nela, e a amava, mais que a sua própria vida. Alex a abraçou mais apertado enquanto a ninava, e beijou suavemente os cabelos escuros, se perguntando mais uma vez o que a estava atormentando, antes de também dormir abraçado a ela.

 


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Notas finais do capítulo

Próximo capítulo: Amigas para siempre



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