Master Trick escrita por Nárriman


Capítulo 5
Capítulo 5


Notas iniciais do capítulo

Sei que algumas pessoas ficarão surpresas com o fato de eu quem estar postando essa fic, mas pra falar a vdd ela sempre foi minha,eu apenas a escrevia em outra conta. Estava sendo difícil administrar quatro fics tendo ainda a escola...mas agora que the kiss of midnight esta na reta final quis voltar atrás com essa fic então aqui estou eu.Espero não ter perdido os antigos leitores dela e que muitos outros tambem entrem para os meus comentários.
Boa leitura.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/686560/chapter/5

Pov’s Austin
Há quatro horas espero a ruiva.
Há quatro horas estou tendo que ouvir as conversas fúteis de uma loira que nem ao menos sei o nome.
Há quatro horas minha paciência chegou ao limite.
—O que você acha de irmos para outro lugar?-A loira que cujo nome eu ainda não sei se esfregou em mim enquanto mordia o meu pescoço.
Revirei os olhos e continuei encostado em um dos balcões de bebida do Cassino. Ally vai pagar caro por isso.
—Acho uma idéia muito inválida. -Respondi tentando por um fim na conversa.
Ela apenas riu e começou a beijar toda a extensão do meu pescoço.
—Mas eu... -Avistei a ruiva adentrando o saguão e sem pensar duas vezes fui atrás dela fazendo com que a loira ao meu lado se desequilibrasse no balcão.
—O que andou fazendo esse tempo todo?-Parei a sua frente.
—Se não quer que eu coloque ninguém para te seguir acho melhor não desaparecer. -Gritei quando já estava próximo o bastante dela.
Ally apenas riu da minha cara e ajeitou o cabelo.
—Eu nem demorei tanto assim loirinho. -Me mandou um beijou e voltou a rir.
Ally não é de rir ou muito menos mandar beijos para mim. Ela não esta sóbria.
—Você bebeu?-Voltei a gritar sentindo meu sangue esquentar.
—Claro que não. -Revirou os olhos.
—O que combinamos?Nada de substancias que tirem o nosso foco Ally. -Sussurrei aproximando meu rosto dela.
A ruiva colocou o dedo indicador na minha boca e eu arqueei a sobrancelha.
—Você fala demais Austin.
—Eu já disse. Eu não bebi. -Sua voz era mansa e totalmente vagarosa. Realmente não era álcool.
—Você esta drogada. -Cerrei os dentes com força.
Ela piscou o olho pra mim ainda sem ligar para nada.
—Vamos sair daqui antes que faça alguma merda. -Puxei seu braço com delicadeza e me pus a caminhar com ela.
Estava tão atencioso com Ally que mal notei quando esbarrei com um cara. Ele tinha uma cicatriz no rosto e a aparência não era uma das melhores.
Revirei os olhos e voltei a caminhar quando ele me fez parar segurando o meu ombro. Olhei para sua mão ali e quase arranquei suas veias naquele instante.
—Por acaso você não olha por onde anda?-Perguntou com seu hálito de tequila.
Provavelmente mais um pobretão tentando ganhar a vida em poker.
—Não irei discutir com um bêbado. Sinto muito. -Desdenhei enquanto tirava sua mão do meu ombro.
Ele riu e colocou a mão novamente ali.
—Esta pensando que é quem para falar assim comigo playboyzinho?-Aproximou seu rosto do meu.
—Acho melhor você ir embora. –Tentei ser o mais calmo possível. Não preciso chamar a atenção dos chefões do cassino.
—Eu até iria, mas não tenho uma companhia tão boa quanto a sua. -Passou a mão pelos cabelos de Ally.
Se a ruiva estivesse em seu estado normal creio que neste exato momento ele estaria sem o braço, mas Ally esta sob o efeito de drogas. Não esta raciocinando direito e eu percebi isso quando seus olhos sonolentos se voltaram para mim.Ela não estava com medo,estava com raiva.
—Deixa ela em paz. -Minha voz soava como uma lâmina afiada.
—Ou o que?Acho que ela é mais educada do que você. -Desceu sua mão até o decote de Ally e antes que fizesse qualquer coisa o puxei pelo colarinho do terno.
—Eu falei pra deixar ela em paz. –O joguei contra uma mesa de vidro próxima de nós a fazendo se estilhaçar em segundos.
Ally se encolheu ao meu lado para se proteger dos cacos de vidro.
Todos daquele andar do cassino pareciam estar nos observando o que parcialmente era verdade. Olhei para a ruiva e ela ainda estava quieta, colada a minha roupa.
—Eu vou chamar a policia. -Ouvi um sujeitinho dizer. O celular já estava no ouvido.
Rapidamente agarrei a mão de Ally e comecei a caminhar até ele.
—Se eu souber que a policia esteve aqui juro que faço você sair desse cassino apenas em um caixão. -Peguei seu celular a força, o joguei no chão e pisei no aparelho.
—Vamos. -Falei para Ally que ainda estava muito calada.
—Você por acaso ficou louca?-Perguntei quando já estávamos dentro da limusine.
Ela apenas continuou e silêncio.
—Quem te drogou?-Perguntei com raiva.
Mais silêncio.
Sei que não vai dizer nada nessas condições.
Respirei fundo e peguei uma água gelada do frigobar.
—Toma. Deve estar com sede. -Lhe ofereci a garrafa com água e ela logo tratou de bebê-la.
—Daqui a alguns minutos sei que vai apagar mesmo. -Falei encostando a cabeça no banco.
***
Quando chegamos ao hotel a ruiva já não estava mais consciente o que me fez subir todos os andares em um mini elevador com ela em meus braços.
—Acho bom você contar tudo amanhã de manhã Dawson. -Falei sozinho enquanto ia em direção ao corredor do ‘’nosso’’ apartamento.
Tentei abrir a porta do quarto dela e estava trancada.
—Merda. -Chutei a porta e virei de costas para ela.
Girei a maçaneta do meu quarto e entrei nele. Coloquei Ally na cama e tirei seus saltos. Arranquei minha gravata com força e fiz o mesmo com o paletó e o resto do meu terno. Joguei meu relógio na parede e tirei meus sapatos com raiva.
Fui até o guarda roupa e de lá tirei uma colcha de veludo. Cobri Ally com ela e me deitei na cama junto a ela. Dormindo nem parece ser uma das mulheres mais procuradas do país.
Puxei um pouco o lençol e tentei dormir. Bom só tentei mesmo.
***
—Pode deixar em cima do criado mudo. -Falei com a nova empregada. A contratei no meio da madrugada junto a mais outra empregada e um mordomo.
—E, por favor, bata a porta com força ao sair. -Respondi ainda entretido com alguns documentos.
—Perdão, senhor?-Se fez de desentendida.
Bufei, joguei os papeis ao lado do meu criado mudo e a encarei.
—Estou mandando bater a porta com força ao sair. -Com as mãos fiz movimentos a expulsando do quarto.
Ela a passos rápidos foi até a porta e ainda receosa bateu a porta ao sair de forma violenta. Uma pintura que estava na parede próxima à porta caiu e Ally acordou assustada.
Seus olhos se arregalaram e ela rapidamente sentou na cama com a respiração descontrolada.
—O que foi isso?-Questionou com a mão no peito.
—Empregados. Não era isso o que você queria?-Dei de ombros.
—Do que você esta falando?O que aconteceu?-Franziu a testa.
Apenas sorri para ela.
—Filho da puta. -A ouvi resmungar.
Voltou a se deitar na cama e cobriu o rosto com o travesseiro para que os raios de sol não a tocassem.
Levantei-me, escancarei as cortinas e lhe entreguei um copo com suco de maracujá e um comprimido.
—Você faturou um milhão em um caça níquel, roubou um cartão de entrada para o último hall do cassino, consegui a conta bancária de 35 jogadores, esperei pacientemente você voltar de nárnia, possivelmente quebrei o crânio de um bêbado e ameacei um homem de morte. Uma noite normal amor. -Observei as ruas da enorme janela de cristal do quarto.
Já deve estar perto do meio dia.
—E não vamos esquecer o fato de que você estava drogada. Alias como eu poderia esquecer a merda que resultou em todas as outras?-Dei um sorriso frio.
—Eu não ingeri nenhuma droga Austin. -Disse sem se importar com nada do que eu acabara de falar.
Colocou o comprimido na boca e bebeu o suco até a metade.
—Responda isso para as câmeras do hall do cassino. -Contei até três para tentar me acalmar. Eu não vou perder a cabeça hoje, não vou.
—Isso esta nas filmagens?-Perguntou sobressaltada.
—Porra. -Jogou o copo na parede.
Os cacos de vidro voaram para todos os lados e quase me acertou no olho.
—Não, não estão mais. –Dei um peteleco em um pequeno vidrinho que enfeitava o meu ombro.
—Somos procurados em todo o país, acha que eu iria deixar que descobrissem onde estamos?Dei um jeito de me livrar de todas as filmagens da semana.
Ela não respondeu, apenas continuou admirando a parede com os olhos em chamas.
—E então?-Perguntei com raiva.
É impossível não querer estrangular alguém quando se esta ao lado dessa mulher, pelo amor de Deus.
—Eu estava com o Flinn. -Deu de ombros ao se levantar da cama.
—Você o que?-Gritei.
Passei as mãos pelo meu cabelo e senti meu maxilar endurecer. Ela só pode estar brincando.
Flinn não aparece do nada nos cassinos no meio da semana. São quase nulas as chances de isso acontecer.
—Cala a boca que eu fiz mais em uma noite do que você fez na semana inteira. -Fez um coque no cabelo e foi até o meu banheiro.
—E fez mais merda do que eu em um ano. -Chutei o criado mudo.
Ally não deu bola pra mim e apenas continuou lavando o rosto na pia. Essa mulher me irrita.
—O que ele falou?-Perguntei indo até o banheiro à contra gosto.
Eu quero respostas e terei nem que precise dopá-la.
—Não conversamos Austin. –Suspirou entediada.
Enxugou o rosto com a minha toalha e enfim começou a tirar a maquiagem.
—E o que fizeram?-Cruzei os braços. As promessas de não me estressar hoje claramente terão que ser adiadas para amanhã.
Ela olhou para mim e arqueou a sobrancelha. A vi morder os lábios como forma de tentar prender o riso e ainda assim continuei a encarando com meu pior olhar.
—Isso é sério?-Perguntou desmanchando o sorriso.
—O que você acha?-Encostei-me a pia.
Ela revirou os olhos, terminou de tirar a maquiagem como se não tivesse preocupações com o amanhã e por fim me encarou ainda com os olhos brilhando.
—Nós transamos Austin. -Deu de ombros e saiu do banheiro.
Fechei os olhos com força e me segurei para não soltar nenhum palavrão.
—Ao menos serviu de algo?-Minha voz saiu fria e violenta.
—Se você considera um jantar hoje a noite com o seu maior inimigo algo produtivo então creio que irá servir de algo sim. -Ameaçou girar a maçaneta e segurei seu braço.
—Não ligo pro que vá fazer a noite ou com quem irá fazer, mas preciso de você pelo resto do dia. -Cocei a nunca sem saber como começar o assunto.
No contrato não havíamos chegado a esse ponto e eu sei que Ally irá reclamar.
—Que seria?-Soltou o seu braço da minha mão e encostou seu corpo na porta.
A olhei bem no fundo dos olhos. Eu podia ver como ela estava cansada. Isso era o necessário para saber que o dia não seria tão satisfatório assim para ela. Isso era o bastante.
—Um terno e um vestido branco estão no sofá da sala. -Falei abrindo um sorriso malicioso.
—Acho bom nos apressarmos. O juiz não gosta que os noivos se atrasem para o próprio casamento.

 


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Por favor comentem. Isso é importante pra o desenvolvimento da fic e para eu saber o que estão achando dela.



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Master Trick" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.