Iguais mas Diferentes escrita por Laris


Capítulo 2
The date.




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POV Isabela

No dia seguinte acordei cedo para ir para o ensaio e quando desci para tomar café da manhã só minha mãe estava na mesa.

— Meu pai já foi trabalhar? – Eu perguntei para ela.

— Bom dia Isabela. E sim, seu pai já foi.

— Bom dia. – Eu disse friamente sentando na mesa.

Terminei meu café e fui para a gravadora, ultimamente era o lugar que eu passava mais tempo. Porque eu estava dedicando meu tempo para a banda, era melhor do que ficar em casa sozinha ou aguentando a Regina.

Esse mês estava treinando muito meu canto porque logo seria o evento mais esperado da banda, iriamos em uma premiação porque estávamos concorrendo como banda revelação e eu como cantora do ano. E além de ter a chance de ganharmos o prêmio nós também fomos convidados para cantar. Era a primeira premiação da banda, então tudo tinha que ser perfeito. Também teríamos alguns shows antes da premiação.

Cantamos algumas músicas e o pessoal queria parar.

— Não gente, vamos cantar mais uma, a Priscila está errando muito o tom. – Eu olhei para ela de modo crítico e ela me fuzilou de volta com o olhar.

— Não estou errando nada, você que deve estar com problemas de audição. – Eu cruzei os braços pronta para discutir, mas fui interrompida.

— Estamos todos cansados Isa, depois treinamos mais. – O Joaquim me olhou e eu acabei concordando, mas eu ia continuar treinando sozinha.

— Depois de amanhã nos encontramos aqui então? – Eu falei com o pessoal quando estávamos na recepção da gravadora, todos concordaram, eu gostaria de vir amanhã, mas era domingo e eles não animariam vir treinar no domingo.

Saindo da sala de ensaio o Martin me cumprimentou.

— Como foi o ensaio? – Ele sorriu e eu automaticamente sorri de volta.

— Foi legal. – Eu disse tentando parecer indiferente.

— Vamos sair hoje à noite? – Ele disse pegando na minha cintura e se aproximando.

— Acho que não vai dar, tenho que direito ver com meus pais. – Eu não ia ser tão fácil, ele que tinha viajado por duas semanas e nesse tempo nem conversou comigo direito, se ele me queria mesmo, teria que se esforçar.

— Você pode tentar? – Ele sorriu e se aproximou mais. – Por mim?

— Tudo bem. – Eu disse me afastando um pouco dele. – Até mais. – Eu sorri para ele e ele sorriu de volta e foi embora, mas não saiu sem me dar um selinho antes.

— Bela, Bela... – O Omar chegou me dizendo e eu sabia que ele estava me zuando por causa do Martin então mandei língua para ele e ele sorriu. - Eu também já vou indo, tenho um encontro hoje.

— Encontro ou ficada? – Eu disse com desprezo.

— Depende do ponto de vista. E hoje é sábado, não posso ficar sozinho. Mas se você se oferecer para sair comigo largo essa garota na hora por você. – Ele sorriu maliciosamente e eu sorri de volta.

— Te vejo amanhã Omar. – Eu disse saindo antes dele e rindo, ele sempre fazia essas brincadeiras, eu já estava acostumada.

— Você está machucando meu coração Bela. – Ele disse alto enquanto eu andava em direção a saída.

A casa estava silenciosa quando cheguei da gravadora, então tinha certeza que os meus pais não estavam em casa juntos, só um deles poderia estar ou nenhum. Confirmei quando entrei na sala de jantar e a Marina me disse que a Regina tinha ido passar o resto do fim de semana em um Spa e só voltaria amanhã e meu pai estava no escritório. Pensei sobre o Martin e se deveria ir no encontro com ele, mas resolvi não ir.

Fui para o meu quarto e tranquei a porta, não queria ser incomodada.

Liguei meu celular na caixa de som e coloquei as músicas da banda para tocar. Aproveitei a noite livre para treinar mais um pouco meu canto. A premiação do mês que vêm estava me deixando nervosa e ainda tínhamos mais dois shows antes do grande dia.

Sempre tive que me esforçar muito para chegar onde estou, não cantava muito bem quando decidi que ia entrar na banda, e minha mãe sempre foi contra. Mas com a ajuda do meu pai eu passei por cima da minha mãe e entrei em uma aula de canto que me ajudou muito e hoje eu ainda me esforço diariamente para isso, sempre fui muito disciplinada e determinada com o que eu quero. Nada nem ninguém pode me impedir de realizar meus sonhos.

O barulho na caixa de som foi trocado pelo toque do meu celular que era muito estridente e quase me deixou surda. Soltei o cabo do celular e olhei na tela. Era o Martin. Demorei um pouco para atender.

— Alô? – Eu disse fingindo que não sabia quem era.

— Oi gatinha, é o Martin aqui. Acho que você está me devendo uma ligação ou mensagem.

— Ah, oi Martin, quase me esqueci de você.

— Não seja difícil Isa. Você vai sair comigo?

Pensei um pouco, era sábado à noite e eu estava sozinha em casa. Acho que eu podia dar mais uma chance para ver se ele gostava mesmo de mim, e tenho certeza que se eu saísse meu pai nem ia reparar.

— Tudo bem, me pegue em 1 hora.

— Combinado! – Ele disse parecendo animado.

Depois disso começou a luta de qual roupa eu ia colocar, eu tinha milhares de roupas, mas nenhuma parecia ser ideal, 1 hora ia ser pouco tempo.

Faltando 15 minutos para ele chegar eu estava entre dois looks, um vestido preto e uma blusa vermelha com saia. Acabei optando pela blusa vermelha e saia preta. Não coloquei turbante essa noite, não tenho usado muito turbantes desde que cresci, eles sempre foram minha identidade, mas acho que chegou no ponto que eu cansei um pouco. Maioria dos shows ainda uso, mas parei de usar nas saídas do dia a dia, só continuei com minhas mechas. As vezes trocava elas de cor só para ficar um pouco diferente.

Coloquei uma maquiagem simples, mas marcante, com delineador nos olhos. Sempre uso delineador, adoro como eles realçavam e deixavam meus olhos maiores.

Eu estava atrasada, mas isso eu já sabia que ia acontecer. Alguém bateu no meu quarto.

— Menina, o Martín chegou. – Ela disse atrás da porta, eu abri para ela.

— Já estou pronta Marina, calma. – Ela olhou para mim e disse:

— Você está linda menina, mas tome cuidado, não se pode confiar nos garotos hoje em dia.

— Aí Marina, pode parar com essa conversinha. Eu sei me cuidar. – Eu disse saindo do quarto e indo até o andar de baixo, o Martin estava na sala esperando.

Quando desci as escadas ele ficou olhando para mim de baixo para cima. Como sempre escolhi o look certo. Sorri para ele e ele sorriu de volta.

— Você está linda. – Ele disse pegando na minha mão e dando um beijo nela. Ele sempre foi um cavalheiro.

Fomos até o carro dele, ele já tinha 18 anos então já dirigia. Ele já terminou o ensino médio e já devia estar na faculdade, mas ele me disse antes de viajar que ia esperar um ano para começar, para ele era fácil, ia continuar cuidando da gravadora do pai. O futuro profissional dele já era certo, então não precisava se apressar.

No caminho para o jantar ele foi conversando, contando sobre a viagem e me perguntando as coisas.

Ele escolheu o restaurante japonês mais famoso da cidade. Eu adorava comida japonesa, ponto para ele.

A moça da recepção nos cumprimentou.

— Konnichiwa. – Ela disse em japonês e sorriu. – Vocês têm reserva?

— Sim, em nome de Matín Ricca. – Ele disse.

Ela olhou na lista até encontrar o nome dele.

— Me acompanhem por favor.

Nós seguimos ela até uma sala mais privada, o restaurante era todo tematizado, a mesa era como as do Japão, baixinha com almofadas para nos sentarmos.

Ficamos conversando mais um pouco e ele comentou.

— Sabe Isabela, eu amo você. – Ele sorriu. Ele disse a primeira vez que me amava fazia uns três meses e eu não disse de volta, não sei, parecia forçado.

— Às vezes parece que não. – Eu disse indiferente.

— Sério? Porque você acha que eu sempre vou a gravadora? Não é para passar mais tempo com meu pai. – Eu sorri.

— Então porque você nem me ligou quando estava em Roma?

— Desculpe, fiz tantas coisas lá que nem dava tempo. – Ele pegou na minha mão que estava na mesa. – Você me perdoa?

— Talvez. – Eu disse sorrindo e ele sorriu de volta.

— Estou falando sério Isa, eu senti muito sua falta. Eu sou só um garoto desligado.

Eu não disse nada. Não era só chegar e falar coisas bonitas e eu já corria de volta para ele.

O resto do jantar foi tranquilo, nossos pedidos chegaram e comemos, depois eu pedi para ir embora porque já estava ficando tarde e meu pai poderia perceber que eu sai.

Ele concordou e voltamos para casa. Quando chegamos no portão ele pediu para eu esperar para entrar.

Ficamos parados frente a frente e ele se aproximou de mim esperando um pouco para ver se eu ia me afastar, mas não me afastei então ele entendeu que podia se aproximar mais. Ele colocou a mão na minha cintura e me puxou para mais perto até nossos lábios se encontrarem, o beijo começou suave, mas quando ele percebeu que eu estava gostando ele começou a me beijar mais intensamente, e foi muito bom. Quando nos soltamos ele disse:

— Eu prometo que vou ser um namorado melhor. Você me perdoa?

Eu sorri, finalmente ele falou o que eu esperava.

— Sim. – Eu disse sorrindo e demos outro beijo.

— Podemos nos ver amanhã à tarde? – Ele perguntou.

— Acho que sim, minha mãe não está em casa e meu pai deve ficar no escritório então nem vão sentir minha falta.

— Que bom. – Ele disse sorrindo. – Te vejo amanhã então.

Quando entrei em casa estava super feliz, sem falar nada com ninguém subi direto para o meu quarto e fechei minha porta.


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Notas finais do capítulo

Mais um capítulo, espero que gostem e obrigada pelos elogios!!

Desculpe a demora para postar, esses dias estou cheia de trabalhos, e essa semana ainda vai ser pior porque é semana de provas! Então provavelmente só terei tempo para postar o próximo capítulo no outro final de semana...


Beijinhos e tenham uma ótima semana! :**



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