Guerra dos mares - Duologia escrita por KhatySeraph


Capítulo 10
10° Mergulho - O mundo aquático


Notas iniciais do capítulo

Esse capitulo volta a ser narrado pela Ameli. Mas não fiquem triste, até onde escrevi tem mais 3 capítulos narrados pelo Hairu ehehehhehe

Espero que gostem do capitulo :3



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Era maravilhoso dentro daquelas imensas águas, eu via Hairu nadar rapidamente fazendo movimentos graciosos, o mesmo sorriu vendo-me que não saia do lugar, e eu não conseguia! Era tudo maravilhoso!

Peixes passavam por mim se assustando. Corais balançavam, rochas que o homem nunca tinha tocado, fazia um belo arco, todavia tinha gostado mais de uma que me lembrou o filme rei leão.

Hairu se aproximou de mim esticando a mão.

— Vai perder a melhor parte!

Puxando-me, não sabia para onde me levava, todavia queria fitar mais aquele lugar.

O tubarão disparou atrás dos pequenos peixes, realmente ele me dava medo, como Hairu o controlava?

A cauda azul de Hairu mexia-se graciosamente em movimento enquanto me carregava. Olhei para baixo vendo algo verde, como uma alga. Todavia parecia ter glitter. O que seria aquilo? O mais curioso era que havia uma plantação dessa alga.

Queria perguntar a Hairu, todavia era difícil de se comunicar para mim, debaixo da água. Talvez quando chegássemos...

Quando chegássemos... Ele teria uma casa?

Teria uma cama?

Nos aproximávamos de uma espécie de penhas, era Hairu que me puxava enquanto eu tentava acompanhar balançando minhas pernas. Chegávamos cada vez mais perto, o que teria no fundo?

Uma escuridão? Peixes assustadores?

Entretanto, não havia nada disse.

Tentei parar arregalando os olhos fazendo Hairu rir. Realmente não imaginava isso.... Que humano imaginaria uma cidade aquática!

Sim, uma enorme cidade. Casas, iluminação... Realmente como eles tinham construído tudo isso?

Como era possível eles terem energia! Mas não parava por aí.

Toda a cidade era coberta por uma espécie de vidro. Realmente era algo surreal.

Hairu continuou a levar-me para perto daquela cidade, porém como entraríamos lá? O tritão nadava rapidamente para uma parte de cidade onde conseguia avistar um belo castelo feito de pedras cinzas.

Cada vez mais e mais vinha perguntas.

As pessoas seriam gentis? Como construíram suas casas? Como fizeram aquela bolha!

Queria saber como entraríamos ali, se qualquer contato com a água eles mudavam, teria alguma espécie de portal especial?

Continuava a fitar aquela bola enquanto passávamos ao lado dela, olhei para dentro vendo sereias, tritões e crianças para todo o lado. Tinha uma rotina de humanos, trabalhavam, crianças brincavam. Jardins estavam bem enfeitados.

— Não se iluda, o jardim é artificial. — Ria Hairu. — Tiramos o oxigênio da água quando estamos dentro dela, na cidade fazemos o mesmo, apenas extraímos para dentro da cidade assim vai para nossos corpos.

Pensando bem, realmente seria difícil ter plantas dentro da água que não fossem as aquáticas, e por outro lado eles precisavam de oxigênio estando ou não na água.

Começamos a descer rapidamente que parecia que meu coração iria parar de funcionar com a pressão da água. Consegui visualizar uma porta de ferro enquanto meu corpo era entrelaçado pelos braços de Hairu.

Que ele estava fazendo!

Remexi para me saltar, fazendo-o me prender ainda mais contra seu corpo. Fitei um pequeno sorriso, pelo canto dos olhos. Estava me irritando?

Francamente.

Paramos diante daquela imensa porta que parecia ter sido menor do alto. As portas se abriram fazendo Hairu me levar para dentro, diante de nós outra porta cinza se encontrava, todavia, o tritão ficou parado no meio daquele lugar enquanto a porta logo atrás se fechava.

Conseguia ver que alguns tipos de furos logo a baixo. Semicerrei os olhos vendo uns redemoinhos se formar enquanto aqueles furos sugavam a água e logo aquele lugar estava sem água.

Gargalhei vendo Hairu sentado no chão balançando a cauda.

As portas da frente se abriram revelando dois guardas que pararam ao me ver. Não esperavam uma humana?

Enquanto tirava meu equipamento os vi fitarem Hairu esperando um sinal, talvez.

— Vão me ajudar! — Resmungou ele de braços cruzados.

O chão ainda estava molhando dificultando o processo de metamorfose dele. Os guardas o jogaram uma toalha começando o processo de secagem.

— Que mordomia. — Provoquei.

O vi me fitar, todavia não falou nada.

Dei um passo à frente fitando um imenso corredor onde suas paredes eram vidros dando para ver a cidade. Isso era na verdade uma ponte? Mas como se tínhamos ido para baixo!

— Esta curiosa tanto assim? — A voz de Hairu soou perto de mim.

Virei-me sorrindo para falar algo irônico, porém apenas consegui ficar vermelha e virar o rosto rapidamente.

— Por que está nu em minha frente! — Berrei. — Pervertido!

Hairu ria alto.

Francamente, o que esse tritão tinha na cabeça! Ficando nu por aí.

— Aqui eles andam nu. — dizia ele.

Pisquei olhando em sua direção, entretanto me controlando para focar apenas em sua face. Ele colocava um Hobby negro sobre o corpo e logo fazendo um nó naquela fita.

— Você esta falando sério! — Exclamei.

Ele caiu na gargalhada dizendo para segui-lo. Realmente ele estava brincando comigo!

Olhei por cima dos ombros vendo que os dois guardas permaneceram lá. Agora minha pergunta era como eu conseguia ver a cidade.

— Sobre a cidade. — Hairu disse. — Você viu muito de cima, é pura física vendo daquela distância e sobre um vidro, sendo que ela realmente é profunda.

Ele apontava para a cidade. Não estávamos tão distantes assim, contudo ainda era estranho.

Continuei a segui-lo, observando a cidade e poucos segundos depois me deparei com uma parede. Olhei para frente vendo que tínhamos adentrado algum lugar que aquele túnel se conectava.

Hairu levou-me por diversos corredores não muito decorados. Onde iriamos?

— Mamãe? — disse abrindo uma serie de portas duplas.

Isso aqui era tão imenso? Eu estava era mais preocupada com o lugar parecer todo igual! Eles não sabiam diferenciar não.

Corredores de pedras, poucos quadros, poucas pessoas andando por eles. Sem tapete ou qualquer objeto que destaque.

Pelo menos as lâmpadas eram bonitas.

Hairu suspirou.

— Onde ela esta? — Pensou alto.

— Por que esse lugar me assusta? — Pisquei olhando em volta.

Hairu puxou meu braço prosseguindo mais rápido. O que era isso?

Olhei para frente vendo que o corredor mudava totalmente dos outros. Seria outro local?

Agora com paredes e teto eram esverdeados, todavia, um verde forte onde em lugares pouco iluminados poderia se dizer que era negro.

O que mais chamou minha atenção foi o piso, não era madeira, piso... E sim um vidro podendo ver peixes passeando, e até mesmo tubarões e outros raças aquáticas.

O chão me assustava. Aquilo quebrava?

Adiante dava para perceber uma luz fraca parecendo de vela. Aproximávamos rapidamente me deparando com uma enorme sala.

Realmente não reclamaria mais dos lugares. Diferente de todos que passei.

Aquele era bem decorado, com pilares brancos e suas decorações douradas. O teto também era levante decorado, o piso puxado para um amarelo ouro tinha símbolos estranhos, lembra-me coisas de bruxas. Segui meus olhos pelo salão vendo uma pilha de livros, estantes cheias e fracos coloridos e uma mulher de costas folheando um livro.

— Mamãe. — A voz dele ecoou naquele espaço grande.

A mulher que já conhecia se virou surpresa, todavia sorriu abraçando fortemente seu filho. Sorria vendo a cena ela o analisava verificando se estava tudo bem com ele.

Hairu sorria dizendo que estava bem, porém o extinto de mãe é mais aguçado.

— Esta mais pálido. — Ela comentou fazendo Hairu continuar a rir.

— Eu estou bem! — Afirmou. — Trouxe Ameli comigo.

A mulher sem que tivesse me percebido antes, piscou me olhando de cima a baixo para confirmar. Não tinha uma expressão séria ou desgosto enquanto me analisava.

Por fim, ela sorriu.

— A humana. — Eles se aproximaram de mim rapidamente.

Podia realmente ver semelhança neles. Como seria o pai de Hairu?

— Tenha cuidado. — Dirigiu essas palavras ao filho. — Seu pai pode voltar a qualquer momento.

Hairu assentiu suspirando.

— Na verdade quero que ele conheça Ameli. — sussurrou.

Sua mãe o olhou com tristeza. Já deveria saber e conhecer bem o marido. Ele nunca me aceitaria. Não agora que seus clãs estavam prestes para começar uma guerra.

Sentia-me mau também por isso.

O que eu deveria fazer? Esquece-lo? Mandar me esquecer?

Fitei a imensa sala. Talvez seria mais fácil de esquece-lo enquanto ainda não participava de seu mundo, certo?

Olhei para eles quando percebi o olhar da mãe dele sobre mim.

— Ameli. — Chamou ele. — Deixe-me apresentar minha mãe.

— Thamille Depth. — Sorriu.

Seus sobrenomes realmente são semelhantes a onde vivem.

Estendi minha mão.

— Ameli Liht.

A mulher piscou analisando-me novamente.

— Liht? Você tem ligação com aquela empresa conhecida dos humanos?

Arregalei os olhos. Como ela sabia disso? Pensei que eles não sabiam tanto para o mundo humano. E ligação? Realmente não queria ter.

Apenas assenti.

A mesma não tocou mais no assunto percebendo minha expressão. Hairu, todavia, parecia curioso com minha expressão.

— Veio traze-la para conhecer o castelo?

Castelo?

Então estávamos agora dentro do castelo?

— Acho que vou começar pelo jardim.

A mulher assentiu.

Pisquei olhando em volta. Estávamos em um castelo? Aquele que tinha visto, certo? Isso significava que...

— Você é um príncipe! — Exclamei alto.

Hairu caiu na gargalhada.

— Você só notou agora? — Sorriu.

Semicerrei os olhos, xingando-o alto.

Sua mãe parecia rir divertidamente vendo-nos assim. Cruzei os braços dando as costas para aquele príncipe idiota.

— Esta brava?

— Não vossa majestade.

— É vossa Alteza. — Ele me corrigiu.

Sabia que era alteza para príncipes e majestade para reis, todavia queria irrita-lo! Mas não consegui.

Ele pegou minha mão puxando-me ainda com um sorriso divertido.

— Vamos.

Olhei para trás vendo sua mãe sorrindo enquanto balançava a cabeça. Ela realmente foi humana? Ele usou o passado isso significava que ela não era mais...

Como?

Como tinha virado sereia?

Pisei naquele chão estranho ainda pensando nisso. E mais uma curiosidade surgiu em minha mente. Por que tantos livros e uma imensa sala parecendo aqueles filmes de bruxas.

Hairu levava-me por vários corredores até finalmente chegarmos em frente de imensas portas. Realmente era grande a ponto de passar um elefante por ali!

Abrindo-as facilmente, Hairu sorriu ao ver-me deslumbrada com a beleza daquele jardim. Sereias recolhiam alguns frutos de várias arvores, outras cuidavam das flores sintéticas.

Pensei que tudo ali era sintético!

— Tudo isso não era falso?

— Eu menti. — Hairu sorriu me puxando.

Nunca mais iria confiar em um tritão com um belo sorriso nos lábios!

Indo em minha frente Hairu apontava para vários tipos de árvores. Eram famosas árvores humanas, todavia um em especial chamou minha atenção.

Ninguém estava em sua volta deixando-me mais curiosa.

Suas folhas não eram verdes como era de costume ver e sim azuis. Um azul brilhante que se balançava mesmo não tendo brisa nenhuma. Ao seu lado pequenas mudas nasciam. Aquilo dava algum fruto?

— Aquela árvore é desconhecida para os humanos, é de cultivo nosso. — Hairu disse vendo-me fitar a árvore.

O fitei brevemente voltando logo para aquela magnifica árvore.

Era esdrúxula, porém belíssima.

— Ela não dá um "fruto". — Hairu deu ênfase. — Não posso falar o que ela beneficiaria para os humanos, todavia saiba que o gosto é ótimo. — Riu ele.

Hairu continuou a mostrar-me o jardim apontando o que era verdadeiro e falso ali. Sereias como tritões cuidavam do jardim, havia mais mulheres recolhendo frutos. Hairu dizia que os homens eram mais chamados para serem guerreiros e guardas, todavia as mulheres também poderiam ser.

Contou-me que havia uma sereia que comandava os guardas dentro do palácio, ela o assustava quando era menor por que sempre estava aprontando e querendo fugir.

Ria com aquelas histórias. Realmente tritões também eram pestinhas.

Sentamos em um banco que tinha sido decorado, o objeto a nossa frente era agora o alvo de um tritão que fazia seu trabalho bem feito, mas por que decorar os bancos?

— Nossas estações são iguais dos humanos, a natureza define isso. — Começou Hairu olhando o homem. — No primeiro dia da primavera tem um festival aqui no jardim e eles decoram tudo.

Parando para pensar, faltava apenas dois dias para a primavera... Deveria ser lindo um festival daqueles, todavia não podia abusar de Hairu.

Nem ao menos sabia se seu pai permitiria ele voltar para o mundo dos humanos se descobrisse que estive aqui.

— Nós temos nossa própria cultura, todavia admiramos algumas dos humanos. — Ele dizia olhando para cima.

Segui seu olhar vendo alguns peixes de pequeno porte passar perto dos vidros e um grupo de tritões passar logo atrás.

Era relaxante aquilo. Pensando que você estando em um lugar totalmente diferente seria execrável, pavoroso. Todavia, era belíssimo e relaxador.

Um som fraco de violino chegou em meus ouvidos. Pisquei olhando em meio de arbustos, um jovem tocava tranquilamente enquanto mantinha seus olhos fechados.

Seu som era pulquérrimo, fraco indo para o forte dando várias reviravoltas em seu som. Não sabia se ele pensava em alguma canção, apenas fiquei os olhos deixando aquele som adentrar dentro de mim.

Não o observei, não notei se realmente era um garoto tocando apenas... Relaxei.

O som ficava cada vez mais fraco fazendo-me abrir os olhos pensando que aquele garoto tinha ido embora, todavia ele estava lá com seus magníficos cabelos loiros. O som sessou e o mesmo se desvencilhou de seus instrumentos se levantando devagar vendo que mais alguém estava com ele.

Era um homem que aparentava ter minha idade, e ao seu lado uma criança sorria talvez pedindo mais.

Seus olhinhos foram de encontro a nós fazendo se arregalarem.

Pisquei, será que ele sabia que eu era humana? Olhei para Hairu que se levantava.

A criança pulou os arbustos vindo em nossa direção, mas preciso, na direção de Hairu que se abaixou para abraça-lo.

— Maninho. — Gritou alegre.


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Notas finais do capítulo

E ai descobrimos que o Hairu tem um maninhooo Será que é parecido com o irmão mais velho? Imaginem? Duas copias de Hairu, um mini ehehhehehehehe

Então espero que tenham gostado do capitulo :3

Deixem seu comentário :3 Hairu vai ficar muito feliz ehehhehehe



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