Friends in Texas - Between Straight and Gay escrita por JPoseidon


Capítulo 1
The Best Day for Travel.


Notas iniciais do capítulo

♥ Gente, cheguei com essa história mega fofa, e que terá uma leve explicação no final...

♥ Os palavrões e xingamentos em inglês é para dar um realce americano na história.

♥ Espero que gostem...



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— Parece que alguém precisa de ajuda... - Pronunciou Dylan, passando pela porta da cerca, olhando João, só de cueca boxer e os cabelos cacheados presos, se erguendo tentando estender as roupas. 

— O que você está fazendo aqui, asshole? - Perguntou João, ainda tentando alcançar o varal, devido sua baixa altura, sendo ignorado pelo garoto de cabelos espetados em topete, que agora vinha por detrás dele, pegando a roupa da mão de João e estendendo para ele. 

— Te ajudando. - Depois de longos segundos, respondeu Dylan, sussurrando nos ouvidos do mais baixo, que somente revirou os olhos, virando para ficar frente-a-frente com Dylan, sem poder evitar responder: - Eu sou baixo, mas consigo. Agora responde, o que está fazendo aqui, jackass

— I am not one idiot... Respondendo sua pergunta, preciso de uma ajudinha com a lição de Química. - Falou o garoto, vendo João rir. 

— Em troca do que? - Foi direto, vendo o amigo lhe olhar com descrença. 

— Amizade é isso para você? Uma troca? - E João logo resmungou um 'para de drama'. - Mas sei lá, um beijo? 

— Sério? É isso que você propõe para seu amigo gay? Quem disse que eu aceitaria? - Brigou João. 

— Calma, mas ué, foi uma ideia. E eu nem falei onde seria. - Sorriu, provocativo. 

— Onde? 

— Na boca... - Dylan disse, caindo na gargalhada com a cara do amigo brasileiro. 

— I will kick your balls. - Disse João, voltando para o varal, jogando a bermuda lá e voltando-se para o amigo, empurrando-o e indo até a porta que dava para a cozinha. 

— Certo, então que tal, um pote de sorvete? - Perguntou, vendo os olhos do amigo brilharem e ele logo responder: - Topo. 

Enquanto ambos riam, João subiu as escadas da sala, parando no meio do corredor do segundo andar, indo para o quarto e pegando seu caderno e livro de Química e vestindo uma camiseta e uma bermuda, indo para sala novamente, enquanto descia a escada, via o amigo sentado no sofá, ligando a TV. 

— Pode desligar. Veio pra uma ajuda em Química, então, vamos estudar. - Diz João, vendo o outro resmungar, causando-lhe um sorriso pela falta de coragem em estudar do amigo. 

Apoiou o livro e o caderno na mesinha de centro, enquanto pegava uma folha, e um lápis, começando as explicações, às vezes emitindo um risinho da cara de confusão de Dylan. Em pouco-a-pouco, Dylan ia entendendo, facilitando a explicação, o exercício. Até por sim, acabarem e ambos suspirarem de alívio. Aproveitaram para conversar, falando um pouco sobre a faculdade que cursariam ano que vem, ali mesmo, no Texas, depois que terminassem, sairiam da cidade, indo para Manhattan. João cursaria Letras, enquanto Dylan ainda não pensava muito nisso por ainda ter dúvidas do que queria. 

— Falando em faculdade, porque você veio para cá? Digo, porque fazer faculdade aqui, se podia fazer no Brasil? - Pergunta Dylan, vendo João sorrir genuinamente. 

— Meu sonho sempre foi morar fora... Por isso. - Respondeu, acrescentando. - E sem contar que todo o caminho que trilhei até aqui, realmente valeu a pena. 

— Qual foi esse caminho? - Dylan percebia agora que nunca haviam conversado sobre isso, seus sonhos e desejos.  

— Desde que tinha meus onze anos, comecei à fazer Fisk, e no começo fiz emburrado por não querer aprender inglês, comecei a pegar gosto e então com o tempo passando e eu fazendo o Teenstation 4 eu decidi que queria ser professor ali mesmo, no Fisk, e fui. Os três anos e meio disso tudo passaram rápido, e no fim do ano do meu primeiro ano no colegial, na virada para o segundo ano de colegial, vim para cá (depois de muito choro com minha família e a revelação para meu pai de que eu sou gay), morei uns meses com a prima da minha mãe, Flávia, e juntei um dinheiro pequeno que com a ajuda de uns parentes, comprei essa casa - que estava muito barata, até suspeitei antes de comprar -, e daí você se tornou meu vizinho amigo, em apenas algumas semanas. Nisso, quero fazer a faculdade de Letras, me mudar com você para Nova York e fazer o pós em Harvard. - Falou o garoto, com os olhos molhados sorrindo nostálgico. - E você, o que quis, o que quer? 

— Nasci e cresci aqui, e sempre quis viajar. Viajar para tudo quanto é lugar, ver tudo quanto é coisa, viver. Aprendi espanhol muito novo graças minha avó, e viajei com meu pai para perto de Londres, onde morei um tempo e peguei o sotaque britânico, mas uso o americano, pois prefiro. Ainda estou em dúvida de que profissão seguir, estou entre Fotografia e algo na área de viagem, mas na verdade eu sei meu caminho, vou fazer um curso de especialização em Fotografia, e farei faculdade em sabe-se lá o que (ainda não sei bem), mas gostaria de algo que eu pudesse viajar. Apesar de estar sempre confiante, meu medo é nunca achar algo que quero para ser A minha faculdade. - João, comovido pela carinha fofa que o amigo fez, abraçou ele, deitando a cabeço no ombro do mesmo. 

Conversaram e conversaram mais, deixando o tempo passar, naquela tarde morna de Domingo, com o escurecer lento, pegaram um filme e decidiram ficar sentados no sofá (já que com o tempo que passaram estudando, se jogaram no chão, já que o calor que o sofá emanava os irritava), a escolha havia sido Terror, justo o que João não gostava, mas depois de discutirem um pouco e irem direto para o Pedra, Papel ou Tesoura; João perdera, deixando a escolha para Dylan que sorriu macabro. O filme começou, e João se encolheu. Dylan passou o braço sobre o ombro do menor. 

Com o típico padrão Terror estereótipo, a garota loira andava pelo bunker vazio, e João já gritava para a burra não entrar na última porta do corredor que dava para sabe-se lá onde. Quando a idiota abriu a porta, foi puxada para dentro e João quase teve um enfarto, praticamente 'jogando' as mãos na cara, cobrindo os olhos e encolhendo mais o corpo pequeno. 

— Calma. - Sussurrou Dylan, vendo João espaçar um pouco os dedos, olhando para a cara dele, com o olhar de 'quero te bater'. 

— É sua culpa eu estar morrendo de medo aqui, douchebag. - Pronunciou irritado. 

— Ei, calma. - Riu Dylan, fazendo carinho na nuca de João, que curvou-se, deitando no peito do amigo. 

— Isso é golpe baixo, jerk. - Falou João, suspirando. 

— Isso é um golpe certeiro, Big ass. - Zombou Dylan 

— Que engraçado... Mas eu realmente tenho um belo atributo traseriano. - Falou sério João, ainda sentindo o corpo arrepiar com os carinhos na nuca. 

E por um segundo, seus olhares se conectaram, deixando-os envoltos no silêncio, já que o filme agora parecia estar mudo – a explicação lógica era que a bunda de João apertara o controle e deixou o filme mudo -, castanho no verde-azul. 

Os orbes castanhos de João olhava para os olhos ora verde ora azul do amigo, e desviando para a boca do mesmo. João apoiou as mãos na camiseta de Dylan, puxando-o, colando os lábios de ambos e fechando os olhos. 

As explosões de sentimentos eram intensas, o beijo era agressivo, demostrando o desejo ali presente, os beijos de João não se limitavam somente aos lábios, mas também ao maxilar de Dylan, que somente sorria cada vez mais malicioso que podia, vendo João emitir um risinho. Os beijos de Dylan, provocantes como ele, davam mordidinhas no lábio inferior do menor, enquanto seguia para baixo, atacando o pescoço, dando algumas chupadas e mordidas que ficariam marcadas depois e provavelmente doloridas. 

As mãos de João levantaram de leve a camiseta do outro, passando a mão onde era o ponto sensível de Dylan, a barriga trabalhada, o garoto não pôde evitar o suspiro. 

O beijo se encerrou aos poucos, com selinhos. 

— Desculpe, de verdade, ai meu Deus, What hell I done? - Disse João. 

— Calma, antes que entre em pânico, tenho algo que você precisa ver. - Disse Dylan, o pegando pela mão, enquanto levantava e o puxava, saindo pela porta principal – agora trancada –, indo em direção ao jipe que lhe fora dado usado no aniversário pelo pai, fazendo João entrar e sentar-se no banco do passageiro, enquanto entrava na direção e acelerava o carro, entrando na avenida iluminada, pegando uma caixinha no banco de trás e entregando para João. 

— O que é isso? - Perguntou João, abrindo a caixa e dando de cara com passagens para Miami Beach. - What hell are you doing?  

— Uma viagem para Miami Beach. 

— Mas como assim? Amanhã já tem aula de novo, e nem peguei minhas coisas. - Disse João, já exasperado. 

— Já fiz tudo isso, já peguei seus cartões, sua carteira, suas roupas, etc. - Disse calmo, Dylan. 

— You're a really son of a bitch. - Disse João, vendo o outro gargalhar, lhe contando que tinham dez minutos para chegar no aeroporto e que havia ido até a secretária da escola onde estudavam e entregado uma declaração de falta escolar, falando que João tinha um problema de família que tinha que resolver e que Dylan estava indo visitar o pai, anulando suas faltas. 

— Always... - Disse, enquanto as luzes da cidade passavam correndo, confundindo ambas as vistas e fazendo-os rir de felicidades. 

— Uma semana em Miami... - Disseram ao mesmo tempo, compartilhando um selinho ao saírem do carro, já no aeroporto.


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Notas finais do capítulo

Primeiro: A declaração de justificativa de falta é para justificar sua falta e não lhe prejudicar ao faltar na escola.
Segundo: O fato de Dylan estar apaixonado por um homem, não quer dizer que ele seja homossexual, ele é homo romântico¹ e heterossexual. ;)
Terceiro¹: Romancismo é por quem tu se apaixona, ama. A sexualidade é, resumidamente, por que sexo você se sente atraído, ao carnal. São linhas que se confundem, tem suas semelhanças e diferenças, mas aprofundando no assunto, há como entender melhor, até eu mesmo acabo confundindo, ainda estou aprendendo, é bom que conheçamos mais do desconhecido. Espero que tenham gostado, e nos vemos nos comentários. ;)
♥ Beijos ♥
ATÉ!