Onde Mora o Coração escrita por Annie Felicity


Capítulo 5
Desvendando o caso


Notas iniciais do capítulo

Cheguei agora há pouco (mais cedo do que imaginava) e tive ânimo para revisar o capítulo para postar, tomara que ele não fique com tantos erros... rs rs rs rs.

Obrigada a todos que comentaram e favoritaram a fanfic.

Na capa do capítulo, a foto de como eu imagino alguns personagens da fanfic que não tem rosto.

Boa leitura!



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Palo Alto (Califórnia), 10 de Agosto de 2015 (Segunda-feira).

— Tem certeza? — perguntou Hotch.

— Mas é claro que tenho — respondeu Emily ainda olhando para a foto — foi ele quem sequestrou minha filha?

— Sim, esse foi o retrato falado feito por uma testemunha ocular — completou Hotch.

— Nos fale mais desse terapeuta — pediu Rossi — como o conheceram.

— Eu não sei muito dele, mas ele é de confiança... é amigo pessoal do meu marido — disse Emily ainda abalada.

Hotch e Rossi se entreolharam. Emily percebeu, mas ficou quieta.

— Por que escolheram esse terapeuta? — perguntou Hotch.

— Por que Philip achou que seria melhor um terapeuta do nosso país — respondeu Emily — por que essas perguntas? Estão achando que meu marido tem alguma a coisa a ver com isso?

— Não estamos falando nada — falou Rossi calmamente.

— Certo... eu vou lá fora, preciso de um pouco de ar — disse Emily.

— Eu te acompanho — se ofereceu Hotch.

— Não precisa, Philip está me esperando.

Na verdade, Emily queria ficar sozinha, ficar sem notícias da filha estava a enlouquecendo. Precisava parar de pensar um pouco e esfriar a cabeça. Enquanto ela saia, Hotch ficou a observando.

— Vou pedir para a Garcia investigar Philip — disse David se convencendo das suspeitas de Hotch.

— Bom, já é um começou — falou Hotch e em seguida saiu.

Depois Rossi voltou sua atenção junto com os demais agentes para o caso.

— O que jovem prodígio descobriu? — perguntou Rossi.

— Bem, essa moeda encontrada na manhã de hoje no micro ônibus, não é só uma relíquia raríssima. Ela faz parte de um colecionário criado no final do século passado. São ao todo vinte e oito moedas, mas essa do império brasileiro, é a mais importante. Tanto que na caixinha onde elas eram para estarem guardas, todas as outras moedas são dividida em três grupos com nove, essa fica sozinha, isolada, como se quisessem dizer que ela é diferente das outras.

— As outras moedas da cena do crime antiga pertenciam a esse colecionário? — ´perguntou Elle.

— Não... por isso acho que não sejam a mesma pessoa.

— Um imitador? — indagou JJ.

— Eu acredito que não — retrucou Rossi — o primeiro assassino é meticuloso, organizado... o suspeito de hoje demonstrou ser muito desorganizado quando sequestrou Wendy a plena luz do dia e com testemunhas. Um imitador tentaria ser o mais fiel possível do assassino original.

— Acredito que já tenha uma teoria — falou Morgan — vamos lá, nos diga logo.

— Que Wendy foi escolhida por um motivo pessoal e estão usando esse caso para encobrir algum crime que pretendem cometer — disse Rossi.

— Mas por que deixar para trás uma relíquia tão valiosa? — perguntou Elle.

— Por que talvez ele não dê importância ao dinheiro — respondeu Morgan.

— Ou ele pretende conseguir algo mais valioso — sugeriu JJ.

— Nós precisamos descobrir o que Wendy fez nos últimos meses — disse Rossi — Elle, como foi o interrogatório de Ravenna Pierce?

— Ela disse não saber de muita coisa. Só que Wendy parecia fugir nos últimos meses, mandou colocar umas trancas extra na porta do quarto e não dormia sozinha, que sempre a esperava para dormir, mas que não falava sobre o que estava acontecendo.

— Esse comportamento de Wendy é de quem está sendo perseguida — falou Morgan.

— Faz todo sentido — completou Elle — então ela estava sendo perseguida em Londres, por isso veio embora para os Estados Unidos, só não imaginava que o perseguidor viria atrás dela aqui.

— Parece a teoria perfeita, mas alguma coisa não está se encaixando — retrucou Morgan — um perseguidor não armaria esse “teatro” todo para ludibriar a polícia. Ele vive num mundo de ilusão. Porém o ataque desorganizado no ônibus combina perfeitamente com o perfil, menos na parte que ele deixa a moeda.

Reid ficou pensativo.

— Vamos, garoto — disse Rossi — daqui estou ouvindo seus neurônios pulsarem, a que conclusão chegou?

— Tem mais alguém por trás disso — respondeu Reid — alguém mais inteligente e manipulador.

— Que até seja capaz de manipular uma analista de perfis... — falou Rossi pensando alto.

— Do que está falando? — quis saber JJ.

— Nada — respondeu prontamente o agente — Reid, continue...

— O que seria o controlador sabe dos sentimentos do perseguidor por Wendy e usa isso para manipulá-lo — concluiu Reid — ele tem interesse em um dos dois: ou em Wendy ou Cutt.

— Mas se o perseguidor se declarou para Wendy e ela o rejeitou, então ele deve estar querendo a matá-la agora — disse Morgan — se já não tiver feito.

— Não — retrucou Reid — o controlador não deixaria, pelo menos até conseguir o que ele quer. E acho que ele não conseguiu ainda.

O que ele quer? — perguntou Elle — a moeda faz sentido para qual dos dois?

— É o que precisamos descobrir — respondeu Rossi.

***

Wendy acordava, estava deitada no chão da cela escura. Seus olhos demoraram abrir como se quisessem permanecer fechados. Ela assustou-se quando viu Jason Cutt de cócoras, bem do seu lado. Ele começou a acariciar o rosto dela, enquanto ela se tremia de medo.

— Por que você teve que me rejeitar, minha Wendy — falou vagarosamente ainda acariciando o rosto dela — agora você vai morrer, e a culpa é sua. Você só tinha que ter dito “sim”.

Wendy gritou desesperada, se levantando rapidamente. Jason Cutt a agarrou e a jogou no chão de novo.

— Calma, fofa. Não vai ser agora, agora... a sua hora vai chegar, pode apostar — ele falava sarcasticamente, em seguida sua feição mudou para de um homem magoado e ele voltou a ficar agachado, enquanto Wendy continuava caída no chão — eu te amei durante todos esses anos que fizemos terapia, esperei você completar 18 anos para me declarar. Olha, eu malhei, cortei meu cabelo, fiz dieta... tudo para ficar lindo para você e você não me deu valor.

— Jason, me perdoe — falou Wendy se levantando e ficando de joelhos — eu não estava em mim quando te rejeitei... eu amo você, eu sempre amei.

— Sério, Wendy? — perguntou Jason emocionado.

— Claro, estou falando a verdade.

Ele lentamente foi aproximando seus lábios nos lábios dela. Wendy teve vontade de vomitar quando sentiu a boca dele na sua, mas sabia que tinha que fazer isso para sobreviver.

— Estás mesmo acreditando nessa garota? — perguntou a mulher do outro dia, só que a agora Wendy pode ver seu rosto — ela está jogando com você?

— Senhorita Bello? — estranhou Wendy assim que a viu.

— Sim, garotinha mimada — respondeu a mulher.

— Então você está me mantendo aqui? — indagou Wendy — olha, eu não contei para a minha mãe do seu caso com Philip. Ela nem me escutou.

— Isso pouco importa agora — retrucou a morena — eu só estava com ele pelo dinheiro e é isso que vou conseguir com você aqui.

— Vai pedir resgaste? — perguntou Wendy.

— Não, vou fazer melhor... aguarde, amanhã você saberá.

A Senhorita Bello saiu dando risada, deixando Wendy com mais medo. Jason ficou lá com ela, mas ele somente acariciava os cabelos dela, mas mesmo assim a garota ficou tensa.

***

Após sair da sala onde os agentes se reuniam, Hotch também foi respirar um pouco de ar puro. Ele precisava colocar suas ideias em ordem. Ele ficou pensando o tempo todo na filha e em Emily, no quanto ele amava as duas e como sentia falta delas. Depois de muito pensar, ele lembrou-se que não tinha uma foto atual da filha, então ele resolveu procurar Emily para pedir.

Já estava tarde, ele entrou na delegacia, que aquela hora estava mais vazia do que antes, apesar de ainda chegar casos. Logo avistou Emily dormindo sentada numa cadeira encostada na parede. Com certeza ela havia sido vencida pelo cansaço. Ele aproximou-se lentamente e de leve tirou a parte da franja que cobria os olhos dela e colocou atrás da orelha. Ela lentamente abriu os olhos.

— Aaron — falou baixinho.

— Desculpe, não queria te acordar.

— Acharam nossa menina?

— Ainda não, mas eles vão encontrar.

— Será se está tudo bem com ela?

— É claro que está — falou Hotch tentando animar a ex-mulher, em seguida sentou-se ao lado dela — ela se vira muito bem sozinho, ela puxou para mim.

Emily sorriu.

— Isso é verdade — concordou Emily.

— Emily, você tem uma foto atual da nossa filha para me mostrar agora — pediu Hotch.

— É claro — ela então pegou o celular e foi escolher uma foto — hum... vamos ver, tem essa com o time lá de Londres — falou mostrando a foto no celular de sete meninas juntas com uniforme do time de vôlei, short azul bebê e blusa branca — veja se advinha qual é a sua filha.

— Humm... deixe-me ver, ela é levantadora, geralmente as levantadoras são as mais baixas do time ao lado das líberos, mas as líberos usam uniformes diferentes, então deve ser essa — brincou Hotch acertando qual era a filha.

— Você chutou mesmo ou sabia qual era ela?

— Claro que sabia, ela tem seus olhos. E eu reconheceria esses olhos de qualquer lugar. São os mais lindo e mais sincero que já vi.

Emily se sentiu lisonjeada, ao mesmo tempo que ficou incomodada com a declaração do ex-marido.

— Emily — disse Hotch como se procurasse as palavras — depois que isso tudo acabar, vamos voltar a ser uma família: eu, você e Wendy, como era para ter sempre sido.

— Aaron, as coisas não são simples assim, eu estou casada...

— Você o ama? — perguntou ele interrompendo a fala dela.

— Philip tem sido um companheiro incrível, não é justo com ele.

— Eu não perguntei isso, eu perguntei se você o ama...

***

Rossi, JJ, Morgan e Elle fizeram uma pausa e foram tomar café numa pequena copa que havia delegacia, havia inclusive uma TV que estava ligado no noticário.

— Você estava certo, eu tenho que me controlar — disse Elle para Rossi — se eu tivesse ido falar com Dana Chelsea naquela agressividade que eu estava, ela não teria falado o que viu e com certeza agora ainda estaríamos andando em círculos. Obrigada!

— Ai meu Deus — falou JJ olhando para a TV, fazendo os outros também olharem. Era a repórter que havia falado cedo com JJ.

“Senhores telespectadores, acabo de saber por fonte seguras, que a garota desaparecida no acidente com o ônibus com as jogadoras de vôlei da Universidade George Washington, se chama Wendy Prentiss Hotchner, filha do agente especial do FBI, Aaron Hotchner, que é inclusive chefe da Unidade de Análise Comportamental, com uma tenente da Interpol. A fonte também cita que o desaparecimento está relacionado com o retorno de um serial killer que aterrorizou a nossa cidade por uma década e há sete anos não agia. Agora eu pergunto, se Wendy Prentiss Hotchner, sendo filha de quem é, não ficou a salvo desse assassino, o que será de nós cidadãos de bem, que não temos que m nos proteja”

— O que ela pretende? — perguntou Morgan — aterrorizar a cidade?

— Preparem-se, amanhã vem bomba das grandes — disse JJ.

— Amanhã? Daqui a pouco isso aqui vai está cheio de jornalistas — completou Elle.

— Isso pode atrapalhar nossa investigação — concluiu Rossi.

***

Reid ficou sozinho na sala de reuniões e continuava analisando a moeda e lia várias enciclopédias, pedia para Garcia fazer aums pesquisas, mas não encontrava sentido para aquilo.

— Uma moeda, brasileira de 1822. O que você quer me dizer? 1822 foi o ano da independência brasileira, 07 de setembro para ser mais exato — falava sozinho fazendo as anotações no quadro de vidro — porém, o que isso quer dizer? Muitas pessoas usam datas para senhas — ficava pensativo — talvez nada disso também faça sentido para ele ou talvez ele saiba e esteja jogando conosco, gosta de correr perigo. Ele quer que o procuremos, por isso deixou uma pista, quem sabe quer ser encontrado. Vamos ver: 07-09-18-22... pense Reid, pense. O que pode ter oito dígitos... é isso.

Reid pegou o celular e ligou para Garcia.

— Fonte de todo conhecimento. Pode me testar — disse a loira atendendo o telefone.

— Garcia, verifique se há algum cofre em banco alugado com os seguintes dígitos 07091822? Pesquise nos bancos da Califórnia, Washington...

— Vamos ver — disse digitando a pesquisa — tem sim, no banco de Miami... opa! — Garcia havia se assustado com alguma informação que viu na sua pesquisa.

— O que foi Garcia?

— O cofre está no nome de Wendy Prentiss Hotchner.


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Notas finais do capítulo

Quem acompanha minhas fanfic's, sabe que adoro um mistério e um drama, e isso não podia faltar. Mas aos poucos estamos desvendando o mistério.

Gostaria de saber o que vocês estão achando do caso, se Philip tem alguma coisa a ver com isso tudo ou se ele é também uma vítima ou se ele não é p*rr* nenhuma.

Agradeço a quem leu. Beijos e até sábado!



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