Onde Mora o Coração escrita por Annie Felicity


Capítulo 3
Nossa Lembranças


Notas iniciais do capítulo

Mais uma vez postando. Eu iria postar mais cedinho, mas não deu... mas está aqui o capítulo sendo postado.

Agradeço a cada comentário, favorito e acompanhamento. Vocês são 10.



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Palo Alto (Califórnia), 10 de Agosto de 2015 (Segunda-feira).

~POV EMILY~.

FLASH BACK ON

Vê-lo me trouxe as mais diversas lembranças e sentimentos, sentimentos que estavam adormecidos e foram despertados. Me lembrei de quando o conheci. Foi no meu primeiro dia de trabalho na BAU, há mais ou menos 20 anos. Ele ainda era somente um analista de perfis, mas já dava para perceber todo o brilhantismo daquele jovem agente. Assim que coloquei meus olhos nele, ele me chamou a atenção, nem sei dizer ao certo se foi amor à primeira vista, mas eu ficava nervosa com a presença dele, apesar de sempre querê-lo perto de mim.

Foram alguns meses apenas trocando olhares, flertando, porém sem nada de concreto acontecer, pois eu tinha muitas dúvidas se aquela troca de olhares, aquele flerte era algo real, ou só era uma fantasia da minha cabeça. Era difícil para mim, ser uma analista de perfis e não consegui analisar o perfil daquele homem.

Ficamos assim até no dia que resolvemos um caso em Baltimore. Era um caso complicado, pois assassino já agia durante anos sem deixar um pista sequer, mas com muito trabalho e dedicação, conseguimos. Então o Xerife local nos chamou para um Happy Hour para comemorarmos o grande feito. Fomos a um bar perto da delegacia e bebemos bastante, rimos, brincamos e até tivemos momentos sérios, lembrando de alguns casos.

Quando percebi que estava ficando bastante bêbada resolvi ir embora, mas Aaron se ofereceu para ir comigo. Então pegamos um táxi e eu não sei explicar direito como, mas acho que por estarmos bêbados, acabamos nos beijando dentro do táxi mesmo. Parecia que nós dois desejávamos há tempo e só tivemos coragem naquele dia, sob efeito do álcool. No momento que chegamos ao hotel fomos direto para o meu quarto e nos entregamos ao amor.

Ele era um lord na cama e me fez sentir prazeres que até então desconhecia. Aaron me beijava ferozmente enquanto ia tirando minha roupa por completo. Ele explorava cada parte do meu corpo, e eu tentava retribuir. Quando Hotch me deitou na cama e deitou-se por cima de mim, ele me olhou nos olhos e disse o quanto me desejava e que há muito tempo queria está comigo. Nessa hora eu não tive o que fazer, simplesmente me entreguei, eu não pensava no que aconteceria depois, como seria o dia seguinte, se ele ainda iria querer ficar comigo depois daquele dia... nada disso importava. Eu só me importava de estar com ele, de aproveitar cada segundo daquele momento que estava sendo único.

Depois daquele dia, começamos a nos encontrarmos com frequência e às escondidas. Porém como trabalhamos com analistas de perfis foi difícil esconder, pois todos os outros agentes já estavam desconfiados, até que resolvemos assumir nosso relacionamento. Na época não foi problema trabalharmos juntos sendo namorados. Após um ano, nos casamos e no nosso primeiro ano de casamento engravidei de Wendy. Aaron ficou tão feliz quando soube e eu também.

Durante 3 anos, nós três vivemos um conto de fadas, como uma família de verdade. Aaron era presente na minha vida e na de Wendy. Os problemas começaram quando meu até então marido foi promovido.

A primeira coisa que aconteceu foi eu ser transferida para a Unidade de Crimes Sexuais, já que meu marido não poderia ser meu chefe. Até ai tudo bem, mas Aaron começou a passar mais tempo na BAU do que comigo e nossa filha, às vezes ele chegava a dormir no escritório e eu chegava a ficar semanas sem ver meu próprio marido. E a medida que Wendy foi crescendo, ela foi cobrando a presença do pai. Aniversários, reuniões na escola, apresentações, dia de ação de graças etc. Aaron quase nunca estava presente e quando estava chegava atrasado ou tinha que sair antes de acabar, mas a nossa filha sempre esperava muito do pai e era de partir o coração a expressão de decepção dela quando percebia que o pai não viria, chegaria atrasado ou teria que sair mais cedo.

Eu não diria que Aaron era um mau pai, eu diria que ele era um pai ausente, e acreditem, é diferente, pois quando ele estava presente, ele era um pai maravilhoso. E nas raras folgas que tinha, ele ficava o tempo todo com ela. Talvez por isso Wendy sempre esperava por ele. E eu achava que com o tempo, Wendy se acostumaria com as ausências do pai, mas não, o tempo só piorava a situação.

No aniversário de Wendy de 6 anos, cheguei no meu limite. Aaron confirmou que iria para a festa de aniversário, então a nossa filha, acreditando na palavra do pai, só queria cortar o bolo depois que ele chegasse, porém nunca chegou, somente ligou e deu os parabéns, porém não foi o suficiente para ela. E mais uma vez tive que ver aqueles olhinhos tristes. Wendy se recusou a cortar o bolo, eu mesma tive que cortar para não fazer desfeita com os convidados. Eu nem gosto de olhar as fotos desse aniversário, pois em todas, era nítido a tristeza de Wendy.

Nesse dia, resolvi que deveria me separar do meu marido, não por ter deixado de amá-lo, mas para proteger minha filha. Eu admirava Aaron e sabia da importância do trabalho dele, eu não me importava de esperar, só que nossa filha não tinha noção das coisas. E eu achei que me separando, Wendy passaria a entender mais a ausência do pai e poderia até me culpar por isso. O que eu não podia, era deixar as coisas do jeito que estavam.

Durante mais dois anos, vivemos do modo mesmo modo. Wendy sempre cobrava a presença do pai e ele sempre que podia estava presente, mas não era sempre que podia. Foi quando recebi a proposta para trabalhar na Interpol em Londres, eu não queria separar pai e filha, ainda mais que mesmo pelas ausências dele, dava para ver que os dois se amavam muito, só que Aaron sempre a magoava e eu não aguentava mais conviver com aquilo. Além do mais, era uma ótima oportunidade profissional.

Wendy teve muitas dificuldades de se adaptar, ela se tornou uma menina triste e solitária e por mais que eu fizesse de tudo para ela não se sentir assim, parecia que nada dava certo. E as coisas só pioraram com meu segundo casamento com Philip Froster três anos depois de termos nos mudado para Londres. Eu não sei dizer ao certo se amo o Philip, só sei que ele me faz bem. Ele é presente, compreensivo e me ama... tudo que eu queria que Hotch fosse. Philip também era estadunidense, mais precisamente de Los Angeles na Califórnia, também trabalhava na Interpol, mas como diretor da divisão de crimes contra o Sistema Financeiro.

Só que Wendy não se conformava. Por várias vezes eu pensei em me separar novamente pelo bem da minha filha, mas aos poucos Philip foi conquistando a confiança de Wendy, apesar de não ter conseguido suprir a falta que ela sentia do pai.

Wendy ainda tentou ter um bom relacionamento com o pai. No seu aniversário de 15 anos, ela me pediu um baile de debutantes e pediu para Aaron vir dançar a valsa com ela, ele prometeu que viria, mas no último momento, desmarcou, o que mais uma vez a magoou e fez com que ela ficasse um tempo sem falar com o pai e até sem tocar no nome dele.

Foi quando ela começou a se dedicar ao vôlei, antes ela só praticava por que a escola exigia que todos dos alunos praticasse algum esporte, mas depois desse episódio com o pai, ela chegava a ficar treinando horas por dia e estava sendo uma terapia melhor do que o psicólogo que paguei para ela, Jason Cutt, amigo pessoal do meu marido.

 Então, ela fez amizades com as meninas do time, até passou a ser mais alegre, contudo parecia que a “frieza” britânica a contagiou, pois ela se tornou um pouco reservada.

Nessa época eu fiz uma coisa da qual me arrependi bastante depois, sempre que Aaron ligava, eu inventava desculpas para que ele não falasse com Wendy. A minha filha já estava se adaptando, fazendo amizades e eu não queria que Aaron atrapalhasse tudo, prometendo o que não podia cumprir. Eu sei que foi errado o que fiz e talvez nunca me perdoe por isso, só que fiz por Wendy, a minha filha, a pessoa que mais amo no mundo.

Quando minha filha estava concluindo o ensino médio, ela foi convidada por várias universidades para cursar medicina, inclusive a Oxford, uma das melhores não só da Europa, mas do mundo. Mas ela escolheu a Universidade George Washington nos Estados Unidos, eu perguntei para ela o porquê, ela me disse que era por causa do time de vôlei. Porém, achei muito estranho. Na Europa temos as melhores ligas profissionais de vôlei do mundo, porque ir para um país que nem uma liga profissional tem, só tem os campeonatos universitários. Com certeza a motivação era Aaron, eu só não sei o que despertou isso nela.

FLASH BACK OFF

Há 10 anos sem vê-lo, não imaginava que sentiria aquele frio na barriga ao reencontrá-lo, ele está mais velho, porém está mais charmoso e encantador. Quando o vi não pude conter a emoção, ele me olhava com aquele olhar de quando nos casamos, quando sentia que ele me amava. A emoção de vê-lo atrelado ao fato de ter nossa filha desaparecida, me fez correr para abraçá-lo. Eu tinha esquecido como era estar naqueles braços e quis aproveitar cada momento.

~POV HOTCH~

Olhando-a assim que entrou, a emoção que me deu, me fez me arrepender amargamente de ter praticamente destruído meu casamento. Eu sinto tanto por tudo, principalmente por nossa filha, que teve que crescer sem o pai. Quando aceitei ser chefe da BAU, já imaginava que não seria fácil conciliar com minha vida pessoal com a profissional, porém eu tentei, me esforcei ao máximo que pude, só que nada do que fiz foi suficiente, principalmente para nossa filha. Emily não me contou, mas sei que ela só se separou de mim para proteger Wendy e isso me fez admirá-la mais ainda.

Eu tenho uma missão muito importante, prender psicopatas e é isso que faço de melhor, mas nunca, em nenhum momento, deixei de amá-las. Durante todos esses anos não ouve um dia sequer que eu não pensasse nelas e tenha desejado as duas ao meu lado. Sofri muito quando soube do casamento da Emily, porém não há nada que eu deseje mais nesse mundo, do que a felicidade dela e da minha filha. Então se for para a felicidade das duas, eu não me importo de sofrer.

***

Rossi conversava com Reid no celular do lado de fora do hospital, durante o tempo que Elle conversava com o detetive Martin na sala de espera. Martin já havia interrogado todas as meninas e estava passando o relatório para Elle. Após a conversa com Reid, Rossi foi para onde os dois.

— Reid falou que pela posição que elas estavam nas poltronas, a jogadora Dana Chelsea pode ter visto alguma coisa — disse Rossi.

— Dana Chelsea? Essa não vai falar, eu já tentei — retrucou Martin.

— Por que? — quis saber Elle.

— Parece que ela ficou com muita raiva por que a Wendy Prentiss tirou a titularidade dela no jogo — respondeu Martin.

— Quer dizer que ela vai deixar uma garota inocente morrer nas mãos de um criminoso por que ela tomou a titularidade dela num jogo de vôlei... ah mais eu tenho que conversar com ela — disse Elle irritada.

— Elle, vai com calma — pediu Rossi — temos que montar uma estratégia.

— Estratégia? Essa garota está precisando de uma boa lição. Como pode deixar uma pessoa nas mãos de um serial killer por causa de uma briguinha boba por causa de um jogo. Que idade esse menina tem? 12 anos?

— Elle, eu entendo a sua revolta, mas de nada vai adiantar chegar lá com quatro pedras na mão. É como Gideon diz, você é uma ótima profissional, mas peca pelo seu temperamento.

Elle ficou calada tentando ter autocontrole. Gideon foi uma espécie de mentor para ela, e Rossi sabia que falar nele era o ponto fraco dela.

— Tem vídeos do jogo? — perguntou Elle.

— Os jogos não são transmitidos pelas emissoras de TV — respondeu Martin — mas é provável que algum aluno tenha filmado. Por quê?

— Se Wendy foi uma vítima escolhida a dedo, como eu acho que foi, talvez o assassino tenha estado no ginásio para observá-la, ver o momento certo de atacar — respondeu Elle — sei que é difícil e que havia várias pessoas lá, mas não custa nada tentar.

— Na Universidade Stanford tem curso de jornalismo. Sendo o vôlei um dos esportes mais populares desta universidade, com certeza o jornal da escola deve ter coberto o evento — sugeriu Rossi.

— Boa — comemorou Elle — vou ligar para Garcia para ver se ela acha alguma coisa na internet.

***

Hotch e Emily continuavam abraçados chorando muito, era um misto de sentimentos, a emoção de se reencontrarem e o desespero por não terem notícias da filha. Os dois continuaram abraçados. Philip entrou e ficou olhando a cena. Hotch viu que o atual marido da seu ex os observava, mas pouco se importou.

— Querida — chamou Philip.

Emily desfez o abraço com Hotch se sentindo incomodada por estar diante do ex e atual marido.

— Alguma notícia de Wendy? — perguntou Philip.

— Vamos numa sala para conversamos — sugeriu Hotch olhando para Emily — mas só nós dois.

— Por que? Eu também estou preocupado com minha enteada — falou Philip.

— Mas eu preciso conversar com Emily a sós — insistiu Hotch.

— Tudo bem, Philip — pediu Emily olhando para o marido.

— Certo, meu amor. Vou te esperar aqui fora — disse Philip dando um selinho na esposa, o que fez Hotch revirar os olhos — qualquer coisa grita, querida.

— Vamos, Aaron — falou Emily.

Hotch foi para a sala que o Xerife havia reservado para a equipe trabalhar, mas como todos estavam em campo, ele quis aproveitar e conversar com Emily lá. A sala era pequena, com uma mesa simples redonda no meio e várias cadeiras ao redor da mesa, um quadro negro de vidro à esquerda. Eles entraram e se sentaram lado a lado à mesa.

— Eu queria entender o porquê faz sete meses que minha filha está nos Estados Unidos e não fui informado? — perguntou Hotch.

— Acho que essa pergunta tem que ser feita a ela — respondeu prontamente Prentiss — eu tenho certeza que ela veio por sua causa, eu só não entendo o porquê de ela não ter falado contigo ainda. E não te contei, por que não queria pressioná-la.

— Eu sinto tanta falta dela — disse Hotch — quantas vezes eu quis abandonar tudo por causa dela.

— Aaron, a Wendy também te adora... acho que ela pode estar com medo de te procurar.

— Medo? Minha filha com medo de me procurar?

— É a única explicação lógica que acho para isso.

— Mas por que medo?

— Medo de você magoá-la de alguma forma. A nossa filha anda muito, digamos, rebelde. Eu não sei o que aconteceu, mas ela estava estranha nos últimos meses, mesmo antes de vir para cá. Ela demonstrava uma agressão como nunca vi, ela sempre foi muito obediente.

— Nas poucas vezes que nos falamos, você me disse que ela tinha mais juízo que nós dois juntos na idade dela.

— E era, mas eu não entendo o que aconteceu — Emily fez uma pausa como se respirasse fundo e continuou — sei que tenho culpa nisso também. Ela tentava falar comigo e eu não a escutava, e só percebi isso depois que ela veio embora. Eu tenho certeza que ela queria me contar alguma coisa, eu só não sei o que. Porém depois que chegou aqui, ela não quis mais dialogar comigo. E quando falava era monossílaba.

— E a relação dela com o Philip? — quis saber Hotch.

— Era tranquila, apesar de que nos últimos dias ela estava agressiva com ele também. Mas Philip foi compreensivo e paciente com ela.

— Já sei, o senhor perfeição.

— Vai começar?

— Não, claro que não. Eu só não entendo...

— Não entende o que?

— Você gostar dele. Ele é tão diferente de mim.

— Se era isso que queria falar, então terminamos por aqui. Eu já estou de saída — disse Emily levantando-se — meu marido está lá fora me aguardando.

— Espere — falou Hotch segurando o braço da ex-esposa. Ele ainda estava sentado e ela continuava em pé — eu tenho mais uma coisa para te dizer.

— Se for sobre Philip, eu já vou logo dizendo...

— Não é... é sobre Wendy.

Emily parou e ficou encarando o ex-marido esperando uma resposta. Hotch ficou calado, pensativo.

— Emily, eu não sei como dizer isso — disse Hotch — mas Wendy foi sequestrada por um serial killer.

***

Elle estava falando com Garcia no telefone, Rossi ficou somente observando. Assim que terminou, a morena parecia muito empolgada.

— Garcia conseguiu um vídeo do jogo e estou certa que com ele, conseguiremos fazer Dana Chelsea falar.

***

— Meu pai vai pegar você — disse Wendy, enquanto o desconhecido ainda pressionava corpo dela contra as grades.

— Seu pai não está nem ai para você, ele nem sabe que você desapareceu.

— Meu pai se importa comigo sim... ele vai pegar você. E quando minha mãe souber, ela também vai te pegar...

Logo outra mulher apareceu, mas Wendy não conseguiu ver o rosto dela também, só ouviu a voz. Ela entregou uma seringa para o desconhecido, que logo cravou bem no pescoço de Wendy e depois a soltou. A garota chorou, colocando as mãos bem aonde ele cravou a agulha e mais uma vez sentiu seu corpo pesar e caiu desfalecida no chão.

— E agora? O que vai fazer? Ela te reconheceu — falou a mulher.

— Não importa, ela não vai sair daqui viva para contar para alguém.


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Notas finais do capítulo

Gente, eu gosto de especulações. Então, quem quiser especular alguma coisa, fique à vontade.

Comentários são sempre bem-vindos e alegram o coração do autor.

Não se vai dar para postar amanhã, pois eu vou sair bem cedinho (5:00 da manhã) e vou trabalhar até tarde e ainda vou ter que ir à faculdade a noite para falar com meu (DES)ORIENTADOR. Vou chegar bem tarde e não sei se vou ter ânimo para revisar o capítulo e postá-lo, mas na quinta é certeza.

Beijos e até lá!



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