Talvez seja uma história de amor escrita por Calls


Capítulo 3
No dia seguinte


Notas iniciais do capítulo

Eu sei que demorei, mais uma vez, mas antes tarde do que mais tarde ainda não acham?
De qualquer forma, tenham uma boa leitura.



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Shura acordou no outro dia, ainda cansado, havia dormido tarde e como de costume, ou maldição, acordou cedo. Estendido em sua cama ele olhava para o teto curtindo um pouco a maresia do despertar, mesmo que não fosse de seu feitio. Levantando-se minutos depois, o cavaleiro tomou seu banho e foi preparar um café que ele sabia que seria horrível. Com a caneca do café fumegante nas mãos, ele observou de sua varanda o sol despertar por entre as nuvens, esperando enquanto o café da manhã do Santuário ainda não havia sido servido.

Shina levantou um pouco mais tarde que ele, as pontas dos dedos da mão esquerda latejando, logo ela se adiantou para o banheiro, banhando-se com certa dificuldade, por fim passando a pomada nos dedos aliviando o desconforto. Terminando, ela foi até a cozinha e se viu em um dilema, como ela iria acabar o pão com uma mão só? Sendo que seria difícil, ou talvez impossível, sovar o pão, já que ela nunca havia feito isso com apenas uma mão. Desistindo, ela se viu obrigada a comer no refeitório. Para sua sorte, já estava perto das sete horas, e seria o tempo certo dela chegar e começarem a servir o café da manhã.

Marin foi a primeira a cumprimentá-la, e até a estranhou a presença dela lá. Rapidamente, Shina explicou que havia cortada a sua mão, e Marin lamentou-se, principalmente quando Shina disse que elas iriam ficar sem pão, ou qualquer outro quitute até que sua mão melhorasse.

Shura chegou no refeitório às sete horas em ponto. Logo outros chegaram, não muitos, mas os de sempre. Começou a se servir de café e colocar comida no prato, depois se encaminhou para uma das mesas, esperando Aiolos e Aiolia se juntarem a ele, como sempre. Shina foi com Marin até as bandejas e começou a se servir. Ao lado delas, Leão e Sagitário as cumprimentaram e brincalhão como sempre, Aiolos deu as boas vindas para Shina.

–Aiolia foi com Marin - disse Aiolos sentando-se, antes que o outro perguntasse sobre seu irmão.

Passado algum tempo, ele comentou que tanto Marin quanto Aiolia estavam lamentando que iriam ficar um tenebroso tempo sem pães quentinhos pela manhã.

–Tinha uma quantidade razoável de pães nas bandejas quando eu passei - disse Shura lembrando-se.

–Sim, mas não os da Amazona de Cobra.

–Aham! - Shura concordou. - O quê? - ele exclamou olhando para um Aiolos sorridente.

–O que me faz pensar porquê a mão enfaixada dela cheira a pomada que você mesmo criou - disse ele, sorrindo agora irônico.

–Não é dá sua conta - respondeu Shura simplesmente e se levantou.

Aiolos deu uma gargalhada enquanto Shura já se afastava, mas não sem ouvir o sagitariano dizer, entre risos, "pegador".

Shura estava furioso, pra variar. Aquele Aiolos idiota sempre teve a capacidade de tirá-lo do sério. O que diabos ele estava pensando que estava acontecendo entre a Amazona e ele? Imbecil. Ainda com raiva, ele começou a fazer o relatório de sua missão para o Grande Mestre. Já que fora dispensado dos treinos matinais, durante três dias, Shura ficou em sua casa, sem fazer absolutamente nada até a hora do almoço, ele até poderia ir ter com Saga, mas visto que ainda estava esgotado, tentou dormir um pouco, mesmo que soubesse que não iria conseguir.

Shina chegou no pátio de treinamento preparando-se para os treinos matinais, que era considerado o mais leve de todos, já que não consistia em combate corpo a corpo e sim aprimoramento das técnicas em bonecos e moodjungs. Seguindo a recomendação de Shura, ela colocou uma luva por cima das bandagens e começou seu treinamento. No entanto, os cortes nos dedos começaram a incomodá-la muito antes do que havia previsto e até o contato com a luva causava uma dor fina. Se segurando para não demonstrar nenhum tipo de desconforto, ela descalçou a luva com o maior cuidado possível.

–Estão doendo os seus cortes?

Shina se assustou, batendo com a mão em um dos ganchos de madeira, fazendo ela gemer.

–Me desculpe - pediu Aiolos, realmente sentido. - Tem quanto tempo que você passou a pomada neles?

–Logo que acordei - disse ela.

–Devia passar de novo, isso vai arder um bocado - disse ele olhando bem os cortes.

–Certo - ela respondeu. - Mas como? - perguntou meio confusa.

–Como eu sei sobre a pomada? - disse o sagitariano vendo-a balançar a cabeça. - Acha que eu não reconheceria os cortes de Shura? - ele riu um tanto sem graça. - Vá pra casa, Amazona. Está dispensada dos treinos da tarde também. Você não iria aguentar os treinos pesados, de qualquer forma - ele continuou, bastante familiarizado com o assunto. - Não se preocupe, eu mesmo falo com o Mestre - terminou, deixando uma Shina parada olhando para ele. Ela, mais confusa ainda, voltou para casa.


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Notas finais do capítulo

Até o próximo, acredito que semana que vem eu poste.
Abraços pessoas



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