Para Sempre escrita por Srta Taques
Notas iniciais do capítulo
Olááaa, boa leitura!
Joaquim Vaz.
FLASHBACK ON.
TRÊS DIAS ANTES.
— A Manuela precisa da nossa ajuda. — Disse ela. — Vamos fazer o máximo que a gente conseguir, a minha irmã está quase sem forças para continuar, nós precisamos fazer algo por ela a tempo. Antes que ela decida por fim nesse sofrimento sozinha.
— O que você está querendo dizer com isso, Isabela? — Perguntei.
— A Manuela pode querer se suicidar a qualquer momento. É por isso que...
— Que?
— Nós iremos pôr um fim no sequestro nesse final de semana, durante o show da banda.
FLASHBACK OFF.
Manuela Agnes.
Solidão.
É a única palavra que me resume nesse momento. Sem poder falar com ninguém, grades no quarto, ameaças que me fazem chorar todas as noites. Minha voz tem ficado mais triste, e as pessoas estão se aproveitando cada vez mais dela.
Minha vida tem sido um inferno. Há dois anos presa, obrigada a cantar, me afastar da minha família tem sido cada vez mais difícil de aceitar. E a esperança tem ido embora aos poucos.
São exatamente três horas da tarde de um domingo. Semana que vem é o show da banda, e a Regina disse que as seis horas haveria uma reunião para decidirmos a ordem das músicas. Joaquim e a Priscila iriam vir aqui, o resto da banda tinha outros compromissos.
Ou pelo menos não queriam vir.
Estou sentada em uma cadeira, lendo um livro que encontrei em uma gaveta do closet da Isa. É um conto de fadas. Alguém bate na porta e em seguida a destranca, interrompendo a minha leitura, e fecho o livro.
Era o Sandro. Ele me trazia uma vitamina.
— Não me olhe assim, como se eu estivesse me fazendo de vítima. Tenho certeza que não vai aguentar nem duas horas se estivesse aqu. E vai fazer dois anos desse inferno.
— Você sabe que eu tenho pena de você, menina. Não gosto de te ver assim, tristinha.
— Então que fizesse algo pra me ajudar.
— Não dá menina, senão a Regina corta o meu pescoço.
— Pra você é mais válido ficar no lado de uma mulher criminosa, do que numa menina que não tem ninguém para defender. Vai Sandro, antes que eu perca a paciência com seu sentimentalismo falso.
— Com licença.
Olhei para ele, que fechou a porta e a trancou. Tomei alguns goles de vitamina, e joguei o resto em uma vasilha de planta, a qual o Raul me presentou dois dias atrás.
Fui até a janela e afastei as cortinas. Coloquei minhas mãos na grade e olhei para baixo.
Voará, poderá, voará, sentirá
Que a liberdade te fará cantar
Voará, poderá conquistar a liberdade
Voará, poderá, voará, sentirá
Que a liberdade te fará cantar
Voará, poderá alcançar a liberdade
— Ai Deusinho, se você estiver me ouvindo, me tira daqui por favor, eu não sei por quanto tempo vou suportar isso.
Olhei para o relógio. Faltam menos de duas horas para eu encontrar o Joaquim e a Priscila. Isso era mais um motivo para eu chorar e me sentir mais presa. Eles ainda fingiam estar namorando para a imprensa. Ou talvez, a mentira se tornou verdade.
— O Joaquim tirou a minha irmã daqui, e a levou para o Vilarejo. Eu comecei a gostar dele, e de repente... A Regina inventou de ter um namoro falso na banda.
— Será que o Joaquim sabe que eu gosto dele?! — Essa pergunta batia milhões de vezes na minha cabeça. — Eu juro, que quando eu sair daqui a Regina vai pagar por tudo o que está fazendo comigo. E o que fez com a minha irmã.
Suspirei fundo e fechei a cortina. Deitei na cama e abracei meu urso de pelúcia*. Ele era grandão. Me fazia companhia durante todas as noites e foi presente do Joaquim no amigo secreto.
— Quando eu sair daqui você vai comigo para o Vilarejo, só você e o Tuntum sabem como eu sofro aqui.
Deitei a cabeça no urso e adormeci.
— Manu, acorda... Manu! — Alguém me chamava. Levantei a cabeça, ainda piscando os olhos. — Finalmente!
— O que foi? — Sentei na cama e passei as mãos nos olhos. — Ah, é você Ofélio.
— A Priscila e o Joaquim já estão lá em baixo.
Levantei da cama e fui para a frente do espelho. Meu rosto estava com uma aparência cansada, meus olhos estavam vermelhos de tanto chorar,e meu cabelo estava pior ainda.
Então, amarrei-o em um rabo de cavalo. Despejei em um copo a água que estava em uma jarra, em uma cômoda ao lado da cama.
— Vou lá, Ofélio. — E tentei abrir a porta, mas estava trancada. — Eles fecharam com você aqui dentro, ô gente burra. SANDRO!
Ofélio me observou. Sandro abriu e nós saímos do quarto. Desci as escadas, e Joaquim estava bem afastado da Priscila, eles mal se olhavam direito. Sentei-me em uma poltrona ao lado dele.
— Oi. — Disse.
Ele pegou em minha mão e sorriu.
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Imaginem o urso como esse aqui: http://www.nettendencias.com/img/fotos/pelucia%20gigante%204.jpg
Comentem por favor!! Até maiss :)