À Espada Pelo Sangue escrita por LahChase


Capítulo 57
Capítulo 46 - O Passado da Princesa dos Asada


Notas iniciais do capítulo

Oieee!
Eis mais um capítulo para vocês ^^
Tenho algo para falar, então leiam as Notas Finais, por favor.
Agradeço de coração os comentários de Ary, Minoran, Malika e Cassandra Tancred.



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Três portas diante de mim, nada além de escuridão ao redor.

Aquele já era um cenário conhecido, mas eu fiquei surpresa por estar ali, por um momento tentado lembrar quando eu havia dormido. Quando minha memória finalmente me alcançou, e eu lembrei ter desmaiado em meio ao campo de batalha, senti um desespero me invadir. Não podia estar ali! Meus companheiros precisavam de mim! E mais, desmaiada eu seria nada além de um peso, um atraso.

Mas, não importava quanto esforço eu fizesse, eu não conseguia acordar. E, apenas depois de muito tentar, finalmente me conformei com minha inutilidade.

“Ou talvez nem tão inútil assim...” pensei, encarando a porta com o nome de Himeko. Antes mesmo de pensar nas consequências, estendi a mão e girei a maçaneta.

— Hime-san, você ficaria mais legal com o cabelo curto – um garoto com cerca de 12 anos falava para uma menina mais nova, que exibia longos fios negros cobrindo a bainha de sua katana nas costas. Ele mesmo tinha um cabelo preto mais longo que o comum, cobrindo um dos olhos.

A menina, que pensei ser Himeko, sorriu para ele.

— Mentiroso.

Os dois iniciaram uma discussão, provocando uma ao outro, exatamente o tipo de cena que faz os mais experientes murmurarem “vai dar namoro” com um sorrisinho na cara, resultando no fim da briga para enfraquecer – ou não – o argumento.

O sonho mudou. Himeko estava mais velha, com cerca de 13 anos, vestida em uma roupa japonesa ornamentada e ajoelhada no chão de madeira, com vista para uma espécie de campo de treinamento, onde o garoto da cena anterior estava de pé diante de um adversário derrotado. A vitória dele foi anunciada, o que fez um sorriso quase imperceptível cruzar o rosto dela, e ele caminhou até ela e se ajoelhou ali, em seguida dizendo:

— Eu aqui juro lealdade a Asada Himeko, ofereço-lhe minha força e dedico-lhe meus serviços. Que você me seja uma boa líder.

A garota se pôs de pé.

— Eu aceito Asada Mitsuki sob meus comandos e o tomo sob minha responsabilidade. Que você me seja um bom aliado.

Ela lançou um sorriso a um grupo que assistia sob outro teto de madeira e eu pude vê-los. Fiquei surpresa ao reconhecer o sr. Asada, o que devia significar que a mulher nada japonesa ao seu lado carregando um bebê era a sra. Asada com o pequeno Hiro, enquanto a garotinha de 5 anos perfeitamente sentada sobre os calcanhares e com olhar sério só podia ser Izumi.

O sonho mudou novamente, talvez para uns dois anos à frente, e a cena brutal que surgiu à minha frente me fez querer desviar o olhar.

Era um quarto japonês banhado de sangue, com corpos que jaziam espalhados, cortados em pedaços. Se olhasse bem, dava para ver que eram todos jovens. À porta, estava um Mitsuki extasiado, com uma expressão aterrorizada no rosto. Ele disparou pelo corredor, gritando por Himeko desesperadamente.

— Todos...! – as palavras dele eram engolidas pelas lágrimas – Todos eles, Hime-san! Foram todos mortos!

O grito de dor que a garota exprimiu ao encarar a chacina ecoou por toda a casa.

A cena avançou. Himeko estava desconsolada em seu quarto, agarrada a Mitsuki, que acariciava sua cabeça.

— Minha culpa... – os sussurros dela quase não eram audíveis – Todos eles... Juraram lealdade a mim e eu não pude protegê-los...

O garoto abriu os olhos, e o ódio que se instalara ali fez um frio percorrer minha espinha.

— Eu vou... – sua voz soou dura – Eu vou vingar o sangue de cada um deles.

Outra cena apareceu, dessa vez Himeko tinha o olhar perdido enquanto estava sentada no jardim. Ela parecia pálida e magra.

— Mitsuki... – murmurou – No fim, até mesmo você me deixou...

— Você me quer de volta? – uma voz fria soou e ela ergueu a cabeça sobressaltada.

Dentre as plantas, um homem de olhos dourados saiu, claramente possuído.

— Demônio. – Himeko levou a mão à Katana, mas não a puxou da bainha.

— Vai lutar, Hime-san? – perguntou o eidolon – Quanto tempo faz desde que usou sua lâmina? Não sente falta?

Ela deixou sua força de vontade se esvair, seu olhar vazio voltando.

— Eu não... Não sou mais digna desse Laço. Não pude protegê-los... Até mesmo Mitsuki... Deixei todos eles morrerem.

O homem abriu um sorriso macabro.

— Você quer se redimir? – investiu, e eu senti vontade de gritar para que Himeko não lhe dê ouvidos, mas ela debilmente assentiu – Ora, é simples...

Nesse momento, o corpo treme, interrompendo a fala, e de repente a voz não soa tão fria:

— Hime-san! Mate-me! – o corpo ainda estava claramente possuído, mas aquela voz parecia mais com a voz de Mitsuki que de um eidolon.

Ela arregalou os olhos.

— Mitsuki?!

— Hime-san, a transformação... Antes que façam de mim um monstro... Por favor, mate-me!

Himeko agarrou os braços do hospedeiro.

— Mitsuki, você está aqui! – ela parecia aliviada – Você voltou para mim!

— Não.... Eu morri! Eles fizeram de mim um monstro, mas eu não quero... Por favor, use sua espada! Hime-san, por favor...

— Não! – ela chorou – Não, você não pode ir para longe novamente! Eu preciso de você, Mitsuki!

— Eu não... – a voz oscilou novamente – Eu não entendo como se tornou tão fraca... Desde aquele dia, você parece vazia, inútil!

Os olhos dela verteram mais lágrimas, e ela não conseguiu responder. O homem, possuído pelo eidolon de Mitsuki, estendeu a mão e acariciou seu rosto.

— Pobrezinha... – a forma como seu tom oscilava entre a agressividade e a gentileza era assustadora – Como eu desprezei os culpados pelo seu sofrimento! Eu queria puni-los para que você tivesse paz!

— Mitsuki...

— Você me quer de volta? – ele interrompeu.

Ela nem pestanejou. Diante de sua afirmativa, ele abriu um sorriso.

— Pois bem, serei gentil.

O corpo do homem caiu e de repente os olhos de Himeko brilharam em dourado por dois segundos antes de voltarem ao normal. Ao normal não. Agora eles carregavam um brilho ardil, odioso. Ela agarrou o rabo de cavalo longo em sua cabeça e, sem hesitar, cortou os fios negros com a katana. Quando o cabelo lhe emoldurou o rosto, agora curto, ela inclinou a cabeça para o lado, fazendo com que um de seus olhos ficasse coberto. Idêntico ao corte que Mitsuki usava. Quando ela falou, sua voz quase era dela:

— Eu sempre achei que você ficaria melhor com cabelo curto.

Eu acordei sentindo meu corpo doer como se tivesse sido atropelada. Por um avião. E umas três vezes seguidas. Somado às dores musculares, havia o fato de que meus olhos não conseguiam se focar em nada, ardendo em agonia. Minha cabeça parecia que ia explodir, e eu nem precisei de muito tempo para notar a febre absurda. Foi inevitável começar a gemer assim que abri os olhos.

— Não se mexa. – a voz de Ian me alcançou quando movi a cabeça de um lado a outro, em um reflexo para expulsar a dor.

— Ian... – arfei – Onde...?

Senti seu toque em meu braço, tentando me fazer ficar quieta.

— Estamos seguros. – respondeu – Está tudo bem. Descanse, você precisa se recuperar.

— Os outros... – consegui dizer, mas não fui capaz de permanecer acordada até sua resposta. Dormi dessa vez um sono sem sonhos.

Quando acordei novamente, talvez algumas horas depois, minha cabeça não doía tanto, e consegui erguer meu corpo por dois segundos antes de perder as forças e deitar novamente. Frustrada, procurei alguém no quarto, e vi uma outra cama, sobre a qual Charlotte estava deitada. Senti um alívio percorrer meu corpo ao ver que ela estava bem.

— Fomos salvos graças a você. – ouvi a voz de Ian, e virei para vê-lo sentado do outro lado do quarto.

— Onde estamos? – perguntei.

— Em um hotel. – respondeu.

Tentei sentar mais uma vez, mas acabei desistindo diante da fraqueza.

— O que aconteceu?

Ian levantou e veio para perto da cama. Tentei olhar seu rosto, mas meus olhos ainda ardiam, então preferi mantê-los fechados.

— Pouco depois da chegada de Izumi, você começou a gritar. – disse ele – Seus olhos estavam sangrando...

— Eu lembro disso. – falei.

— Bom, depois que desmaiou, Hiro e os outros saíram da cela. Ele e Izumi conseguiram abrir o caminho e nos levaram pelas sombras. Estamos todos aqui, exceto por Kess, que ainda está preso em algum lugar. Viemos para cá porque precisávamos recuperar as forças antes de ir atrás dele... Mas você não acordava de jeito nenhum. Matthew disse que o sangramento provavelmente era o preço por usar a Habilidade, e quando começou a ter febre, nós percebemos... – mesmo com olhos fechados, eu quase sentia seu olhar fuzilador – Estava usando o Past Dream, não estava?

Levei as mãos ao rosto, tirando os fios de cabelo bagunçados. Lembrar do sonho me deixou com o humor sombrio de repente. Se aquele era o passado de Himeko, isso significava que ela não só era uma traidora infiltrada, como também estava possuída. Não, pior: ela certamente já havia chegado ao ponto em que é impossível exorcizar. Àquela altura, ela já era uma com o eidolon de Mitsuki.

— Sim. – admiti, ainda com as mãos no rosto.

Ele suspirou, e o ouvi afastar-se da cama.

— Você não deveria ter feito isso. – falou – No seu estado, devia saber que só pioraria.

Não senti vontade de discutir.

— Eu não pensei direito. – respondi, chegando à conclusão de que, se soubesse que doeria tanto quando acordasse, não teria aberto aquela porta.

— Você pode deixar para contar o que viu depois. – ele disse – Ainda precisa descansar. 

Abri os olhos, percebendo que a ardência diminuía. O quarto estava meio escuro por causa da cortina que cobria a janela.

— Ian, eu vi o passado de Himeko. – revelei, ignorando sua recomendação.

Ele assumiu um ar grave, virando-se para mim à espera do restante.

— Ela não é mais ela. – balancei a cabeça – Chegou ao estado irreversível há muito tempo.

Ian ficou em silêncio, parecendo absorver as palavras. Permaneci quieta por mais alguns minutos, mais por causa de meus próprios pensamentos que em respeito aos dele.

— Quem é Mitsuki? – finalmente perguntei.

Ele sentou.

— Onde ouviu esse nome?

Fitei minhas mãos, ainda incapaz de enxergar bem.

— É o nome do garoto cujo eidolon possuiu Himeko. – falei – Pelo que entendi, ele lhe jurou lealdade, mas... No final, ela estava tão devastada que o deixou tomá-la sem nem resistir.

Eu o ouvi suspirar novamente, mas esse suspiro tinha um tom triste, e eu já podia imaginar o motivo.

— Ninguém gosta de falar disso. – começou – Izumi nunca entra em detalhes nesse assunto, e Hiro era muito novo quando aconteceu para saber. Mas... Bem, nos maiores clãs (ou casas) da Família, é comum que os próximos líderes sejam cercados por pessoas que lhe servem e que lhe acompanham em batalha. São apelidados de familiares: pessoas que juram lealdade ao próximo líder de certa casa e dedicam suas vidas a ele, enquanto ele jura protegê-los. O primeiro a fazer isso é como o chefe dos familiares, e o principal conselheiro do líder. Na maioria das vezes, o herdeiro da casa aceita seu primeiro familiar entre os doze e os quinze anos... Himeko era a próxima líder da casa dos Asada, era chamada até de "Princesa", por causa de seu nome, e Mitsuki foi o primeiro dela.

Ele fez uma pausa.

— Ele era um Asada também, filho de uma prima do pai dela. De qualquer jeito, ela aceitou cerca de seis familiares, mas...

— Eles foram assassinados. – completei quando ele deixou a voz morrer.

— Sim. – confirmou – E Mitsuki morreu depois. Pelo que eu soube, ela nunca mais foi a mesma depois disso. Não aceitou mais nenhum familiar, e foi pouco depois que começou sua fama de cruel. “Tokyo No Karasu”... Ela não nasceu com esse apelido.

— E nem o escolheu para si. – acrescentei – Ian, não é ela ali. A Himeko de verdade morreu junto com aqueles jovens. Agora só há um espírito corrompido pelo ódio e pela sede se vingança.

Ian não respondeu.

Não pude evitar o pensamento de o quão triste era a história da irmã de Izumi. Quanto mais fundo eu ia no passado de cada Greno, mais tristeza e sofrimento eu encontrava. E mais grata por ter sido poupada eu ficava. Lembrei das palavras de meu pai: “a maioria dos Greno experimentou um mundo cruel”. A precisão das palavras dele não podia ser maior.

— Deixe esse assunto de lado por enquanto. – o garoto falou – Você precisa descansar.

Suspirei.

— Eu não quero mais dormir. – disse – Ficar na cama não é descansar o suficiente?

Ele bufou.

— Pegue minha mochila. – pedi, vendo-a sobre uma cadeira. Imaginei que alguém houvesse voltado ao hotel que estávamos antes para pegar nossos pertences.

De mau grado, ele atendeu. Consegui reunir forças para sentar e busquei um livro em grego antigo que estava lendo. Era sobre classes de monstros e coisas do tipo. Literatura super leve. De um jeito ou de outro, eu queria distrair minha mente. Sentia que não queria continuar repassando na mente aquele sonho, ou ficar pensando sobre Kess, preso em algum lugar, nas mãos dos eidolons. Ian estava certo quanto a uma coisa: eu ainda precisava recuperar minhas forças antes de podermos fazer algum plano.

Mas...

— Ian...

— O que?

— Eu... Não consigo ler aqui.

— Qual a novidade? Você não é disléxa?

— Tá em grego, criatura. Em grego eu normalmente leio, mas... Está tudo embaçado. 

Ele franziu a testa.

— Hm, espere um pouco. 

Ian abriu a cortina lentamente, permitindo que a luz do sol entrasse com velocidade suficiente para não me incomodar, o que nos permitiria olhar para uma paisagem lá fora. 

— Consegue enxergar de longe? - ele perguntou. 

Fiz um esforço, mas quanto mais eu tentava focar um ponto, mais minha vista ficava embaçada.

— Se eu não olhar por muito tempo não é tão difícil. - falei - Mas quanto mais tempo passo olhando, pior vai ficando.

Ele assentiu.

— Isso ainda deve ser efeito da sua Habilidade. 

Franzi a testa.

— Por tanto tempo assim? - perguntei - Quase ficar cega em campo de batalha não é o suficiente para balancear o meu poder?

Ele se sentou na ponta da cama, as feições sérias.

— Eu acho que você ainda não entendeu: o seu poder é grande de mais. O controle do tempo... Isso é absurdo. Sinceramente, se você tivesse caído nas mãos do Conselho logo que nasceu, e tivesse crescido sendo treinada por eles... Eu tenho quase certeza de que estaria entre os mais poderosos de todos. O fator neutralizador e as consequências da ativação da sua Habilidade devem ser pelo menos quase tão forte quanto ela. - ele suspirou - Além disso, você ainda teve a incrível ideia de usar o Past Dream logo depois da batalha. Isso com certeza deve ter piorado. Por mais que essas coisas sejam questões ligadas ao nosso sangue divino, nosso corpo ainda é pelo menos um terço mortal. Claro que coisas como essas nos abatem e enfraquecem. Você se sobrecarregou.

Desviei o olhar, pensativa. Mas não era fácil tentar fitar o nada para pensar se tudo começa a se desfocar depois de alguns segundos.

— Argh! - resmunguei, cruzando os braços - Culpa minha ou não, ainda é muito incômodo. 

Ele bufou e ficou de pé.

— Então deixa logo de ser teimosa e vai dormir como já falei. 

Eu o encarei por alguns segundos, pensando em um jeito de rebater, mas logo seu rosto também começou a virar uma massa indefinida, e eu notei que não tinha mesmo alternativas. A contragosto, deitei e puxei o lençol por cima da cabeça, cobrindo o rosto.

— Não faça nada estranho enquanto eu durmo. 

Eu o imaginei revirando os olhos ao ouvi-lo resmungar algo em japonês, provavelmente algum insulto. Segurando a vontade de rir, fechei os olhos e adormeci.

 

 


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Notas finais do capítulo

Beeeeeeem
O que acharam?
O passado de Himeko é um tanto sombrio, não?
Dúvidas, erros, críticas, expectativas, pedidos? Deixa um comment aí me contando tudo!

Bom, agora o que eu queria falar. Teve gente comentando que seria bom se eu levasse menos tempo pra postar as atualizações da fic. Primeiro tenho que dizer que eu entendo perfeitamente: quando demora, o interesse da gente diminui mesmo. Mas acontece que eu estou tentando. Estou tentando de verdade, mas tinha muita coisa acontecendo, uma correria, e muita falta de inspiração. Nada do que eu escrevia pra essa fic me deixava feliz, e foi por isso que levei tanto tempo pra postar o último capítulo. E, no momento, as coisas ainda não mudaram. Sim, eu não estou mais em um completo bloqueio, mas minha criatividade não está caindo do céu. Além disso, é fim de ano, tem muita festa com a família, e eu vou viajar dia 27 pra um lugar que não sei se tem internet. E depois vou pra casa da minha vó, onde eu ESPERO ter muito tempo para escrever, mas nada é garantido. Só volto pra minha cidade em Fevereiro, então dá pra entender se eu não conseguir postar com muita frequência. Mas, bem, imploro que não desistam de mim. A fanfic já está chegando perto do final, e, se leram e amaram até aqui, por favor, insistam só mais um pouco. A May ainda tem algumas aventuras para viver. ^^

Obrigada pela leitura e pelo amor que vocês me dão ♥
Vou tentar postar o próximo capítulo no dia 26.

~Jaa ne!

P.S.: Para as ARMY's por aí, acessem meu perfil para ler minha fanfic das criaturinhas à prova de balas ^^/