À Espada Pelo Sangue escrita por LahChase


Capítulo 43
Capítulo Extra - A História de Mais Alguém: Olhos e Ouvidos


Notas iniciais do capítulo

Heeeey!
Aqui estou eu com mais um capítulo ^^
Agradecimentos a Leta Le Fay, Minoran e Ary por seus comments fofinhos ^^
Sobre isso: eu sei... Estou demorando a responder de novo >.< Perdoem-me! Mas nenhum comentário vai ficar sem resposta, prometo!
(Tenho uma pergunta para vocês nas Notas Finais, então leiam, por favorzinho ˆㅅˆ )
Enfim, vejo vocês no final :3



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— Izumi. – a voz de um garoto soa em meio às árvores do parque.

Taiga aparece, seus cabelos vermelhos caindo em seus olhos com o vento, aqueles olhos astutos emitindo seu brilho. O coração de Izumi parece bater mais calmamente uma vez que seus olhares se encontram, como se sua presença fosse um balsamo, um refúgio.

— Taiga... – ela diz, caminhando até ele.

Os dois se encaram por alguns segundos e ele abre um sorriso.

— Faz algum tempo, não é? – fala, em sua língua nativa.

A garota suspira.

— As coisas estão corridas ultimamente. – responde, também em japonês.

Mais silêncio. Izumi respira fundo, assumindo seu ar profissional.

— Onde Ian e May-san estão?

— Eu os deixei em meio à luta com Jay, como você disse.

Ela assente e então vai direto ao ponto:

— Quais são as notícias?

Taiga fica sério.

— Não estamos indo muito bem. – fala – A Maldição está mesmo avançando, e os demônios estão ganhando força. O Conselho está uma confusão.

— Como está o Líder?

— Quase tão bem quanto antes. – o garoto responde, com uma nota de insatisfação na voz – Algumas rugas e fios brancos a mais, e isso é tudo. Os Feiticeiros dizem que estão conseguindo diminuir os efeitos da Maldição, mas particularmente não estou convencido. Sabemos que os sintomas estão afetando a todos de maneira diferente, alguns mais rapidamente e outros de forma mais lenta, mas... Considerando só esse fato não há nada de estranho, mas se somarmos a isso todas as nossas outras suspeitas...

Izumi assente, concordando.

— E quanto aos outros? Os Generais mais velhos?

Taiga passa a mão pelos cabelos e suspira.

— Lao Xang foi desafiado e perdeu sua posição para aquele jovem italiano, Lucca. Ele já estava debilitado, e o esforço da luta foi o suficiente para lavá-lo aos Curandeiros. Os demais estão aguentando melhor, mas estão morrendo de medo. RR-sama e os outros videntes estão recebendo visitas o tempo todo, de homens querendo previsões, perguntando se suas mortes estão próximas. Muitos estão impacientes conosco. Quando apareci no Concelho há dois dias, dava para sentir a pressão no ar, quase como se eles nos culpassem por não estarmos resolvendo o problema.

A garota suspira.

— É compreensível que estejam nesse estado. – comenta – Mas não temos como acelerar as coisas ainda mais. Estamos caçando. Se nos apressarmos de mais, perdemos a presa. Se tem algo que aprendi bem com Lady Ártemis foi que precisamos ter paciência.

Ela cruza os braços.

— Cullmann-sama deveria fazer algo sobre isso. – continua, mas então suspira novamente – Esquece isso. Ele não tem a intenção de aliviar as coisas para a nossa geração.

O garoto leva a mão ao queixo.

— De fato, o Líder não faz nada por nós. – diz – Ele tem deixado que falem à vontade. Izumi, tenho certeza de que ele ainda quer abalar sua reputação com essa situação. Não importa com o quão mal as coisas vão, aquele lá ainda não deixa passar uma única oportunidade para prolongar sua própria liderança e fazer com que desconfiem de você e de sua competência.

Izumi encosta as costas no tronco de uma árvore, cruzando os braços e fitando seu amigo.

— Não posso dizer que compreendo o que ele espera alcançar com isso. Não importa o que ele faça, eu ainda sou a Herdeira Destinada.

Taiga tira suas luvas distraidamente, em seguida enfiando-as no bolso da calça.

— Tem razão, mas ele ainda pode atrasar e dificultar as coisas para você. Se os Generais e o restante do Conselho não estiverem satisfeitos com você, não te obedecerão prontamente, oferecerão resistência... Basicamente, sua liderança será abalada.

Ela ergue as sobrancelhas.

— Bom, isso é mesmo possível. Mas ele não pode achar que minhas habilidades como líder são tão fracas a ponto de eu não ser capaz de, mais do que fazer o Conselho me obedecer, fazê-lo me admirar, não é? – responde, confiante.

De fato, uma confiança que pareceria uma imprudência para quem não conhece bem quem fala. Mas Taiga dá um sorrisinho.

— O Líder não te conhece se pensa assim. – fala – Ele não tem noção de com quem está lidando. Mesmo que todos cheguem a duvidar de você, tenho certeza de que você pode dissipar toda desconfiança. E, uma vez que o fizer, a fidelidade deles será ainda mais forte que antes.

Um sorriso surge nos lábios de Izumi, enquanto ela sente seu coração se aquecer. Aquele garoto sempre firma suas certezas. Ele não é de dizer o que não é verdade, então ela sempre sabe que se ele fala, é porque acredita de verdade no que disse. E é grata por sua confiança.

— Obrigada, Taiga. – diz.

Ele assente, e coloca a mão no bolso.

— Bem, há mais uma coisa que vem me preocupando. – continua – Os jovens vem sendo enviados ao Campo de Batalha. Assim o Conselho está basicamente nas mãos dos mais velhos.

— Eles certamente enviaram os Generais mais jovens para que isso acontecesse. – Izumi soa insatisfeita – Ah, como esse conflito de gerações me incomoda, Taiga. Francamente...

O garoto concorda, calado.

— Mas não há o que fazer. – ela continua – Pelo menos por enquanto, nós vamos precisar lidar com isso. Ao menos o Mestre poderia interceder por nós, mas na situação que ele está agora...

— Izumi. – Taiga interrompe, fitando-a – Izumi, você não soube ainda?

A garota desencosta do tronco, intrigada com o tom de voz dele.

— O que?

Ele se aproxima.

— O Mestre... O seu pai faleceu ontem. – diz, triste – Ele foi enterrado essa manhã, em Tóquio.

Ela arregala um pouco os olhos, surpresa por alguns segundos, mas então sua expressão suaviza e ela fita o chão, soltando um suspiro.

— Ah... – deixa escapar – Não é inesperado mesmo. Ele... Ele já havia até se despedido, afinal.

Taiga tem um olhar triste.

— Eu sinto muito, Izumi.

Ela o fita novamente, recompondo-se.

— Obrigada. – responde – Bom, eu sabia que estava próximo. Mas o estranho é não ter recebido a notícia. Todos no Conselho já estão cientes disso?

O garoto assente.

— Himeko-sama enviou uma nota avisando. – diz – E solicitando que um novo Mestre seja escolhido.

Izumi franze a testa.

— Aquela... – resmunga, contendo um tom irritado, enquanto leva a mão ao queixo.

— Ela está planejando indicar alguém sem que você intervenha, com certeza. – Taiga expressa o que se passa pela cabeça da amiga.

Ela concorda.

— Não podemos deixar isso acontecer. – ajunta – Taiga, eu queria que Hiro assumisse os treinamentos quando ele ficasse mais velho. Ele, melhor que ninguém, conhece os métodos da família e saberia impor limites, mas...

— Imagino que Hiro não tenha o menor interesse em assumir esse cargo. – ele adivinha e ela assente.

— Pelo menos não por enquanto. Aquele lá só quer saber de estar em campo. Eu sinto sua inquietação quando estamos em meio ao Conselho. Ele os detesta.

Taiga dá de ombros.

— Bom, não há o que fazer. – diz – Ninguém consegue controlar o seu irmão.

Izumi lhe lança um olhar ladeado, expressando sua insatisfação, mas acaba concordando.

— Tem razão. – fala – Hiro não está nem aí para quem está mandando o que. Se ele não quiser, ele não faz. Pelo menos tem bom senso e não anda arrumando problemas. Apesar de que eu gostaria que ele colaborasse um pouco mais comigo.

O garoto abre um sorriso divertido.

— De qualquer jeito – Izumi continua – Nós precisamos de alguém para indicar. Vou precisar que você procure bem nossas opções. Nós realmente não podemos ter um Mestre indicado por Himeko Nee-sama.

Ele assente.

— Farei isso.

A garota leva a mão ao queixo novamente.

— Também me preocupa a fraqueza dos atuais generais. Aqueles que visam um cargo entre os Doze irão tentar se aproveitar da situação. Taiga, se as pessoas erradas começarem a assumir as cadeiras, todo o meu plano vai por água abaixo.

— O que quer fazer?

Ela cruza os braços, encostando-se mais uma vez ao tronco atrás de si.

— Precisamos de um jeito de lidar com isso. – fala – Eu não tenho certeza ainda. Gostaria de poder colocar os gêmeos, Ian e Charlotte lá dentro, mas não tenho como pedir que eles desafiem ninguém agora, em meio à missão.

Taiga parece incomodado.

— Izumi... De novo, sobre a sua equipe... Tem certeza...?

— Eu confio neles, Taiga. – interrompe – A lealdade dos meus irmãos é inquestionável. Mesmo que Ian tenha suas próprias prioridades e motivos para lutar, ele nunca me deixa na mão. Charlotte é mais forte do que pode parecer. Ela não me trairia. Quanto aos gêmeos... Eu os respeito, e eles respeitam a mim. Já deram provas de sua lealdade antes, e mais uma vez estão me emprestando sua força. Eles são, sem dúvida, uma dupla formidável, e dois dos guerreiros mais fortes que já vi, mas, além disso, Matthew tem uma índole exemplar, enquanto Kess é sempre transparente. Nenhum dos dois concorda cegamente com tudo o que eu falo. É esse o tipo de pessoa que preciso: capaz de discordar, mas ainda obedecer. A única ponta solta é May-san. O que achou dela?

Ele imita sua posição, também se apoiando em um tronco atrás de si.

— Impressionante, para dizer o mínimo. Deu pra sentir a pressão de seu olhar sobre mim. Ela certamente tem talento. E não acredito que esteja mentindo também. Confirmei que ela é quem diz ser, e, até onde vi de sua luta com Jay, também é forte. Tem potencial. – ele fica sério – Izumi, não sei se é por ter sido gerada fora dos padrões da Programação Genética, mas se aquela garota tivesse passado pelo treinamento da família... Ela seria poderosa de mais. Talvez tenha sido por isso que JJ-sama decidiu mantê-la em segredo.

Ela o fita em silêncio por alguns segundos, até finalmente desviar o olhar para o chão.

— Eu não sei, Taiga. – responde – Tenho a impressão de que os motivos vão mais fundo que isso. JJ-sama... As coisas que ele nos disse, aquilo que nos levou a começar a investigar... Eu me pergunto quais eram seus objetivos. Ele não era do tipo de deixar pontas soltas. Colocou sua filha na minha equipe, mesmo tendo praticamente apagado sua existência por dezesseis anos, e ela agora traz consigo uma visão de mundo completamente diferente da nossa. Eu sinto que ela está começando a perceber como as coisas são feitas entre nós, e não está gostando nem um pouco.

— Você acha que ela vai começar a investigar. – Taiga conclui.

— Ela já o está fazendo. – ela retruca – Agora mesmo, em sua luta com Jay Kill. Nós descobrimos que uma de suas habilidades é ver o passado das pessoas que ela vence em combate. Se ela ganhar essa luta, pergunto-me o que as revelações sobre aquele garoto vão desencadear. Além disso, ainda tem a questão da visão sobre Himeko Nee-sama. Do jeito que as coisas estão agora, não vai demorar muito para que ela também esteja sob a desconfiança dos outros. Ian e Hiro vêm me pressionando. Se algo acontece e ela pressente algum perigo, se desconfia que nós estamos de olho em seus passos, nossos esforços serão desperdiçados. A última coisa que precisamos é que ela fique alerta.

Taiga assente, concordando.

— O que vai fazer? Acha que devemos abrir o jogo com May-chan?

Izumi fica em silêncio por mais alguns segundos antes de dizer:

— Ainda não. Eu vou esperar mais um pouco, ver que atitudes ela tomará. Acredito que ela é uma garota sensata.

Ele concorda e suspira. Após alguns segundos de silêncio, continua:

— Bom, próximo assunto, então: tenho algumas pistas que podem te ajudar com a missão de vocês.

A garota o olha.

— Está relacionado com essa missão de hoje? – pergunta – Interromper uma operação policial não é exatamente algo que nós comumente fazemos.

Ele assente.

— Meu pessoal encontrou algumas evidências de que a polícia da Califórnia está envolvida com os demônios.

— Na Califórnia? – repete, franzindo a testa – E como isso está ligado ao que fizemos hoje?

— Longa história. – ele acena com a mão – Nós interceptamos por acaso uma viatura com três policiais possuídos. Dois deles eram de São Francisco. Decidimos manter os olhos neles ao invés de matá-los logo, para ver se nos levavam a algo maior. Para encurtar, eu acho que a missão de hoje apenas acabou com a ponta do iceberg. Acreditamos que há muitos outros policiais possuídos naquela cidade.

Ele tira do bolso um bloco de anotações e o entrega a Izumi.

— Nós íamos investigar nós mesmos – continua – mas, quando percebemos que em muitas mensagens trocadas entre os demônios aqui e os de lá referências a um líder apareciam, preferi passar as informações para você. Aí estão alguns dados que coletamos.

A garota folheia o bloco, passando os olhos sobre as anotações de Taiga. Ela abre um sorrisinho ao notar que ele tivera o cuidado de escrever tanto em inglês quanto em japonês.

— Obrigada, Taiga. – diz, colocando o objeto no bolso – Eu e Matt-kun vamos fazer bom uso do seu trabalho. Não que reste alguma dúvida quando você suspeita de algo, mas nós vamos ver se confirmamos isso.

Ele sorri, achando graça.

— Se puder mostre a May-chan também. Tenho certeza de que ela vai se interessar. Ela e Matthew-kun se dão bem?

Izumi olha pra cima, como que em tom de súplica:

— Bem até de mais. Quando aqueles dois começam a falar de estratégia, então...

Taiga ri.

— Imaginei.

A garota permite seu sorriso se alargar com a brincadeira, antes de dar um suspiro que ela não tem certeza se expressa satisfação ou cansaço.

— Bom, acho que vamos para a Califórnia, então... – diz – E quanto a vocês?

Taiga cruza os braços.

— Nós vamos terminar a limpeza da cidade. – responde – Se possível. As coisas não estão simples. Eles estão usando a cabeça melhor do que antes.

Os dois mergulham em um silêncio inquieto. Há problemas de mais, questões de mais para resolver. E ainda não acabou.

— Izumi... Há mais uma coisa. – Taiga finalmente diz.

— O que foi? – o tom dele acaba por prender a atenção dela completamente.

Ele coloca a mão na nuca, hesitante, e então fita seus olhos, dizendo:

— Eu recebi a ordem... Devo me dirigir aos Criadores o quanto antes... Para que decidam com quem eu vou me casar.

Os olhos dela, por um momento quase breve de mais para que ele note, parecem assustados. Mesmo quando ela recobra o controle, Taiga pode ver a tristeza claramente em seu rosto.

— É assim mesmo, não é? – Izumi diz, com a voz baixa enquanto fita o chão – Estávamos esperando por isso, não é?

Ele não responde, os olhos fixos nos dela, que exibem um brilho frágil que só ele pode ver.

— Realmente, é um milagre que tenham levado tanto tempo para finalmente escolher sua parceira, não é? – ela continua – Eu já havia começado a pensar que talvez...

Sua fala morre. Apesar da expressão pouco alterada, ele sabe que por dentro ela está se quebrando. Ela demorou para conseguir se abrir com ele. Mesmo agora, ele a tenta entender observando-a, para que ela não precise se esforçar dizendo o que sente. Com o tempo, ela passou a mostrar para ele esses pequenos sinais do que sentia... Mas quando ela finalmente depositou em alguém sua confiança...

Taiga se aproxima e estende a mão, tocando os dedos dela com delicadeza.

— Izumi...

Ele se imagina tendo que vê-la nos braços de outro cara. É uma cena que repassa em sua cabeça desesperadamente desde que recebeu a ordem. Imagina outro rapaz tocando seus dedos daquela forma. Detestável. Não pode entrega-la a mais ninguém. Ele é o único, excluindo – talvez – seus irmãos, que a conhece de verdade: seus medos, alegrias, arrependimentos. É o único que está disposto a deixá-la ser o que ela quiser, e não o que precisa ser pelo bem da família. Ele está disposto a ser quem ela precisar. Não quer mais ninguém além dela, e não a quer com ninguém além dele.

— Taiga. – ela chama e ele a fita – Posso... Posso fazer um pedido egoísta?

Ele assente, surpreso.

Ela aperta sua mão, e sua expressão normalmente calma se transforma no mais próximo de um choro preso que ele poderia imaginar em seu rosto delicado e forte. Seus olhos tremem durante os quase dez segundos de silêncio que se seguem, enquanto ela permanece hesitante. Taiga já quase não pode mais aguentar, quando ela diz:

— Não se case, por favor.

Ele arregala os olhos enquanto vê uma lágrima correr por sua face.

— Eu... Eu sei que como Herdeira eu não deveria de dizer para desobedecer, mas... Mas pelo menos uma vez na vida eu vou fazer um pedido egoísta. Não quero que você se case, Taiga. Quero que você fique ao meu lado, não do de mais ninguém... Por isso, se eles escolherem alguém que não seja eu...

— Eu também. – ele interrompem, e ela sustenta seu olhar – Izumi, não quero me casar. Isso significaria abrir mão de você. E isso eu não posso fazer. Se escolherem alguém que não seja você, eu jamais aceitarei.

O coração de Taiga sente um peso se esvair quando os olhos dela brilham, aliviados. Ele estende a mão e limpa seu rosto, em seguida gentilmente trazendo sua cabeça para seu peito. Ela o abraça, apertando o tecido de seu casaco, e eles ficam assim por dois, três minutos, sentindo a respiração um do outro.

— Isso é perigoso. – Izumi sussurra, finalmente quebrando o silêncio – Eles não vão tolerar isso...

— Não tem problema. Nós dois juntos... Somos fortes.

Ela concorda.

— Agora eu entendo... Entendo porque JJ-sama não obedeceu. – continua, e então se afasta um pouco para olhar nos olhos dele – Taiga, enquanto eu não assumir a Cadeira do Líder...

— Eu sei. – ele fala – Vou driblar os Criadores enquanto puder, até que você tenha autoridade para cancelar a ordem.

Ela esboça um sorriso.

— Izumi. – ele chama, seus olhos com um brilho divertido – Com isso você está finalmente dizendo que me ama? Que vai casar comigo?

Ela sente seu rosto ficar quente, e não consegue fazer as palavras saírem. Ele ri.

— Tudo bem. – diz – Eu entendo, mesmo que você não fale.

Ele aproxima mais o rosto, seus lábios prontos para tocar os dela, enquanto ela mesma espera por seu toque... Ambos congelam, suas expressões tensas de repente.

— Taiga... – Izumi sussurra.

— Ela está por perto. – ele completa.

Os dois se afastam, ainda de mãos dadas.

— O que ela está fazendo aqui? Pensei que estivesse no Japão. – Taiga pergunta.

Izumi balança a cabeça, sem resposta.

— Mais importante, ela não pode te ver aqui. – fala – Vá, depressa.

Ele franze a testa, mas lhe dá as costas e corre, desaparecendo entre as árvores. Assim que Izumi o perde de vista, uma voz se faz ouvir:

— Ora, ora, irmãzinha. Há quanto tempo.

A mulher que surge das sombras pousa seu olhar cortante sobre Izumi.

— Chame seus companheiros de equipe. – ordena – Temos assuntos a tratar.

 

 


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Notas finais do capítulo

Entããão... É TAIZU, GENTE! ♥ Fiquei tão feliz escrevendo sobre os dois ^^ Sério, esse casal me faz muito feliz hahah
Além disso... Alguém sente cheiro de treta?
Saate, conte-me suas teorias, expectativas... Viram algum erro? Acham que há algo que preciso melhorar? Algum pedido? Ou mesmo alguma palavra de incentivo? Deixa um hello aí nos comments ♥ Cada um deles gera um punhado enorme de inspiração nessa autora aqui hehe

Tenho uma pergunta: para o próximo "A História De Mais Alguém", quem vocês querem como foco? Dentre os sete, ainda não tivemos nenhum extra dos gêmeos, nem de Tori. E, ainda resta a dúvida (já que nada foi dito com todas as letras) se o garoto de "Um Garoto e Uma Promessa" é realmente o Ian. Sendo assim, quem vocês querem que seja o foco no próximo Extra?

O que vem por aí é Capítulo 35 - Um Desvio. Posto próximo fim de semana ^^
Bom, vou ficando por aqui :3
~Jaa ne! ˆㅅˆ