À Espada Pelo Sangue escrita por LahChase


Capítulo 25
Capítulo 21 – À Espada pelo Sangue


Notas iniciais do capítulo

Aaaaah deuses! Gente, eu sei, seu sei, prometi o capítulo para ontem >.<
Perdoem-me por favor! É que foi um dia super ocupado e não tive tempo de fazer a revisão do capítulo, e acabei não postando.

Anyway... Kyaaa! Eu estou tããão feliz! Minha fic foi recomendada!!!! Leta Le Fay, MUITO OBRIGADA!!!! Sério ♥ Você é dms ♥
Agradeço também a todos que comentaram e estão acompanhando até agora! Amo muito vocês ♥

Bom, sem mais delongas...



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Não foi difícil achar o local. O prédio tinha uma aura dourada tão forte ao seu redor que eu me perguntei como não havia monstros brotando do chão para atacá-lo.

Desmontei e tirei as rédeas de Pandora, deixando-a livre, e mandei que Link se mantivesse nas redondezas. Eu não sabia quanto tempo iria durar, então achei melhor que ele fosse dormir até o momento em que eu saísse. Com meus companheiros dispersos, corri para o prédio. Havia guardas à porta, mas eles nem me pararam para perguntar quem eu era, apenas me deixaram entrar. Dentro, centenas de semideuses estavam reunidos, virados para um palco baixo, onde um homem adulto, de cabelos grisalhos e aparência oriental, segurava um microfone e dizia, com um sotaque estrangeiro:

— ... à par da situação, que só piora. Cada vez mais demônios estão sendo libertados, e nossos irmãos estão morrendo. Foi um erro de nossos antepassados pensar que poderíamos manter esses monstros no Tártaro. Um erro que só foi percebido pela minha geração. Como vocês bem sabem, a partir daí, começamos a encantar a prata para aprisionar os demônios. Nossas armas são a única coisa capaz de parar os planos deles. Os semideuses que não são Greno logo receberão a missão de parar a Mãe-Terra, mas é sobre nós, ou melhor, sobre vocês que recai a responsabilidade de acabar com essa raça desprezível.

Ele fez uma pausa, respirando fundo. Sua mão tremeu.

Observei com mais atenção o seu rosto. As feições estavam cansadas, e havia rugas ao redor de seus olhos. Os ombros caídos pareciam carregar o peso de longos anos. Eu não havia reparado em o quão velho ele realmente era. Ele franziu a testa e pareceu envelhecer mais. “Pareceu não” notei “Ele de fato envelheceu”. Diante dos meus olhos, os cabelos grisalhos do homem tornaram-se mais brancos. Ele estava envelhecendo anos em minutos. Passara de sessenta para setenta anos em instantes.

“A maldição” pensei sombriamente.

As pernas do homem vacilaram, e uma garota, também oriental, correu para ampará-lo. Ele segurou o microfone com mais força.

— Vocês foram divididos em equipes, com o objetivo de cobrir todo o país – e o mundo – à caça dos demônios. Sete é o número da vez, portanto as equipes terão sete membros. É um número perigoso, mas Lady Hera está apostando nele. Vocês precisarão ser cuidadosos, pois muitos semideuses atraem muitos monstros. Cada equipe já tem seu objetivo definido. Sigam-no, e provavelmente triunfarão. – Ele passou os olhos pelos rostos jovens à sua frente – Estamos em um momento crítico. Vocês precisam esquecer suas rivalidades e deixar de lado as intrigas. Trabalhem juntos para a sobrevivência de todos. – ele suspirou, seu cabelo agora estava quase totalmente branco – Que os deuses lhes abençoem.

Com isso, a garota que o amparava passou essa tarefa a outros dois adolescentes, e segurou o microfone. Sua postura era determinada, e a expressão era controlada, com uma firmeza e força tranquilizadoras.

— Primos e primas – começou, em um inglês perfeito apesar dos vestígios de seu sotaque japonês – Hoje é o dia para o qual nós nos preparamos a vida inteira. Hoje nós herdamos a luta dos nossos pais. E é pelo bem de nossa família que lutaremos, que despedaçaremos esses demônios. Nós somos Greno! Somos o Legado dos deuses, o orgulho da Grécia! É isso que defenderemos. – Ela desembainhou a katana em seu cinto - A força de nossos antepassados reside em nós agora, em nossas veias correm gotas de Licor Dourado! É por esse sangue que nós vamos à espada! Portanto, lutem!

Um grito de guerra percorreu o prédio, fazendo-o tremer, e semideuses ergueram suas armas. Meu coração acelerou. Então aquela era a força da minha família. Puxei minha pulseira e ergui minha espada, juntando-me ao grito. Senti um arrepio nos braços, uma energia que eu mal podia conter percorreu minha espinha. Minhas incertezas se foram. Sim, nós derrotaríamos os eidolons. Eu vingaria meu pai. Salvaríamos o mundo. Por que éramos os Greno. Éramos fortes juntos. E estávamos prontos para a luta.

 

 

— Izumi... Asada. – li o nome da líder do meu grupo.

Eu estava de pé diante da mesa de distribuição, segurando a folha com as informações sobre a minha equipe. Depois de todo o discurso, mandaram que nos apresentássemos para receber as instruções relativas às nossas missões específicas. Ao informar à mulher na mesa meu nome e idade, ela me entregara a folha que eu agora lia, com sete nomes – incluindo o meu – e informações quanto a idade, descendência divina, armas, posições no grupo e habilidades, embora essa última fosse extremamente resumida.

— A sílaba tônica é a primeira. – disse uma voz por cima do meu ombro.

Virei rapidamente e dei de cara com uma garota sorrindo de canto para mim. Os olhos grandes e expressivos eram de uma tonalidade mel quase vermelha, e carregados de humor. Seu cabelo ondulado também possuía a mistura de cores incomum de seus olhos: um castanho claro ligeiramente ruivo, em um tom canela. Ela vestia uma blusa grande, quase cobrindo sua saia de pregas curta, que deixava suas pernas a mostra. Segurava debaixo de um braço um skate e na outra mão o equipamento de proteção.

Claro, notei tudo isso entre o segundo que a olhei e o que ela continuou a declaração:

— É como Ássada – ela gesticulou, indicando a pronúncia correta do nome. Percebi que ela possuía um sotaque mesclado, que não pude identificar de onde vinha – Mas nem o inglês nem o japonês usam acento, ou mesmo dois “esses” juntos para facilitar as coisas, então... Não se lê como se escreve. – deu de ombros – De qualquer jeito, não deixe que Izumi-chan te ouça chamando-a pelo nome errado. Ela fica furiosa. Aliás, caso não saiba, deve chamá-la de Asada-san até que ela lhe permita mais intimidade.

Pisquei, um pouco confusa com o bombardeio de informações.

A garota fez uma pausa, seu olhar alternando entre meu rosto e o papel em minha mão.

— Você é Mayara, certo? – perguntou.

Acenei com a cabeça.

Ela pôs o skate no chão, deixando a mão livre e estendendo-a para mim.

— Sou Charlotte. – sorriu – Mas se quiser pode me chamar de Tori-chan.

Tori-chan? Perguntei a mim mesma. O que tinha a ver?

Apertei sua mão, finalmente abrindo a boca.

— Prazer, Charlotte. Pode me chamar de May.

Ela ergueu uma sobrancelha ao ver que eu não adotara o apelido.

— Se prefere... – deu de ombros, pegou o skate no chão e depois sorriu – Vou te chamar de May-chan, então.

Eu não soube como responder àquilo. Não sabia nem mesmo o que significava.

— Então, pelo visto está no meu grupo. – continuou, fazendo um gesto para que eu a seguisse e serpenteando entre as pessoas – Sorte a sua. Esta é certamente a melhor equipe que poderia ser formada. Você pode perceber pelo fato de Izumi-chan ser a líder, e vendo o restante dos integrantes... Bom, cá pra nós, somos os mais fortes dentre todos. De qualquer jeito, como pode ver no papel, a equipe deve se reunir no segundo andar, em frente ao restaurante brasileiro, em cinco minutos. – ela se virou para mim com um sorrisinho – Ainda bem que eu te encontrei, ou iria se atrasar. E para Izumi-chan isso causa uma terrível primeira impressão.

Ela me guiou até um elevador que se encontrava ao lado do pequeno palco, e nós entramos junto com mais quatro ou cinco semideuses.

— É engraçado. – Charlotte falou – Eu nunca te vi em nenhuma reunião da família.

Dei um sorriso tímido.

— É que eu nunca fui. – respondi e ela ergueu a sobrancelha novamente.

A porta se abriu, revelando o segundo andar. O local parecia com a praça de alimentação de um Shopping Center, com restaurantes e Fast-foods para todos os lados. Nós caminhamos até um deles, que o nome em outra língua e uma bandeira verde, amarela e azul. Brasileiro, lembrei. O que queria dizer que o nome estava escrito em português. Esforcei-me um pouco para lembrar do que já aprendera da língua, tentando ver se podia ler as palavras, mas a dislexia fazia com que quanto mais eu olhasse, mais as letras parecessem embaralhadas.

— Droga. – murmurei, esfregando os olhos. Eu já havia esquecido como era essa sensação, visto que vinha lendo muito mais Grego Antigo que inglês.

— Restaurante da Mãe Joana. – Charlotte traduziu para mim, percebendo meu esforço. Ela soltou um risinho – É uma piada bem sem graça.

Não entendi, mas ela não me deu oportunidade de perguntar. Seguiu a passos largos para o restaurante, acenando para alguém.

Apressei-me para segui-la.

Nas mesas bem em frente ao próprio restaurante, um grupo de quatro garotos conversava. Dois deles eram gêmeos idênticos, aparentando ter quinze anos, com cabelos castanhos e pele branca. A única diferença entre os dois era a cor dos olhos: um tinha olhos castanho-escuros e o outro tinha olhos cinza como os meus. Outro garoto era um japonês com cerca de treze anos, tinha um óculos de grau apoiado em seu nariz, e o cabelo preto caía em seus olhos de dez em dez segundos, à medida que o afastava. Ele e o dos olhos cinza mexiam com chaves de fenda e ferramentas em algum dispositivo eletrônico, enquanto consultavam um manual. O quarto garoto estava de costas, de modo que só pude perceber seu cabelo preto, e o casaco da mesma cor. Ele carregava uma espada embainhada às costas e tinha um skate ao seus pés, assim como Charlotte.

— Onii-sama! – Charlotte chamou e o garoto virou para nós.

A pele bronzeada, o cabelo preto bagunçado, o físico atlético e principalmente os olhos verdes-mar brilhantes me fizeram reconhecê-lo imediatamente. Era o garoto que enfiara uma espada na minha madrasta.

Era tarde de mais para dar meia volta. Ele me reconhecera também.

— Ah, ótimo. Você. – falamos em coro.

Charlotte alternou o olhar entre nós dois.

— Então já se conhecem? – falou, aparentemente sem notar o clima hostil entre nós.

— Não. – respondemos ao mesmo tempo novamente.

Ela fez uma expressão tipo “Okay, vou fingir que acredito”.

— Então, tá. – disse – Mayara, este é o meu irmão, Ian. Onii-sama, esta é Mayara. Ela está no nosso grupo.

Eu estendi a mão por educação, e ele me encarou, com as dele ainda nos bolsos da calça surrada.

— Achei que fosse desertar. – disse ele.

— Achou errado. Não sou covarde. – Respondi – Vai me deixar com a mão estendida, ou vai mostrar que tem educação e apertá-la?

Ele estendeu a mão e apertou a minha com firmeza. “Pelo menos isso” pensei.

Apertos de mão podiam revelar muito sobre a personalidade de alguém. Eu havia aprendido a ler as pessoas, e sabia que um aperto de mão fraco podia significar timidez, covardia ou falsidade. Ian certamente não era covarde, eu sabia, e me parecia sincero demais em seu desprezo por mim para ser falso. No entanto, essa firmeza também poderia ser uma demonstração de poder: quando as pessoas querem mostrar quem está no controle ao se apresentar, costumam apertar com força.

— E estes – Charlotte continuou, obrigando-me a deixar de lado minha análise – são os gêmeos Kess – apontou para o de olhos castanhos e depois para o de olhos cinza – e Matthew. Este japinha aqui é o irmão de Izumi-chan, Hiro Asada.

— É um prazer. – falei.

Kess estendeu a mão para mim, com um sorrisinho na cara, mas quando fui apertá-la, percebi um pequeno dispositivo em sua mão. Parecia um daqueles aparelhinhos que davam pequenos choques.

— Ah! - ele disse, como se tivesse acabado de se dar conta que o dispositivo estava ali, mas sua expressão parecia frustrada por eu ter notado a armadilha - Desculpe, você não vai querer tocar nisso, não é?

Eu ergui uma sobrancelha, ainda com a mão estendida.

— Não seja bobo, Kess. – Matthew repreendeu, tirando os olhos do manual que segurava e apertando a minha mão no lugar do irmão – Pode me chamar de Matt.

— May. – respondi, fitando seus olhos.

Eram cinzentos como os meus, com um brilho astuto. Eu tinha certeza de que era ligado a Atena, e a forma como ele me olhou de volta confirmou meu pensamento. Nós nos analisamos, medindo forças e tentando desvendar a personalidade um do outro. Ele parecia um cara sensato, esperto e simpático, mas se sabia como ler as pessoas, certamente também sabia como confundi-las.

“Um voto de confiança antes de um de desconfiança” disse a mim mesma. Matt não parecia ser um cara ruim ou nada do tipo, mas me despertava um certo instinto de observá-lo, exatamente por ser como eu. “Se ele é de Atena, eu provavelmente posso contar com sua ajuda” pensei, imaginando que precisaria de alguém que me ensinasse tudo relacionado aos Greno.

Deixei a questão de lado por enquanto, e virei para Hiro Asada e me curvei, sabendo que era como eles faziam no Japão. Ele se levantou e curvou-se em resposta.

— Pode me chamar de Hiro. – disse.

— Hiro-kun – Charlotte interrompeu – onde está Izumi-chan?

O garoto apontou para dentro do restaurante. Numa mesa no fundo, o homem e a garota que haviam discursado conversavam. O homem estava ainda mais velho. Eu diria que teria cerca de noventa anos, ou mais. A garota tinha lágrimas no rosto.

Charlotte, com os olhos arregalados, colocou o skate no chão e avançou alguns passos em direção aos dois, mas Ian segurou seu braço.

— Dê um tempo a eles. – falou baixinho.

— Izumi-chan nunca chora. – Charlotte disse.

Ela fechou os olhos e uma lágrima correu por sua face.

— De novo não. – sussurrou, e Ian a abraçou, falando com ela em outra língua, em um tom suave.

O rosto de Hiro era uma máscara, enquanto suas mãos continuavam a trabalhar.

Sem entender a situação, só pude deduzir que aquele homem era o pai dos Asada, o que explicava o sofrimento da garota. De alguma forma, Ian e Charlotte também deviam ter alguma ligação forte com ele.

Olhei para Matthew com uma expressão questionadora, mas ele apenas sinalizou um “depois”, e voltou a mexer no dispositivo. Kess estava ocupado vasculhando uma mochila que não estava ali antes. Matthew notou e a arrancou das mãos do irmão, colocando-a de volta na mesa ao lado, onde dois semideuses encaravam os gêmeos com raiva.

Puxei uma cadeira e sentei, sem saber o que fazer. Meus pensamentos voltaram-se para o discurso que o velho fizera mais cedo. Os Greno tinham força e muito poder, mas de certa forma, pareciam aflitos por começar logo a missão. “Também, veja só a situação!” pensei. Quantos outros semideuses acima dos trinta e cinco já não haviam morrido, ou estavam começando a sentir os efeitos da maldição? Muitos já até poderiam estar na mesma situação que o pai de Hiro: sem mais nenhuma esperança. Era só olhar para ele para saber que ele não devia ter nem mesmo mais dois dias de vida.

Sim, os Greno estavam desesperados, e sofrendo. O suficiente para aceitar novatos, como eu. Ao contrário de mim, a maioria ali parecia ter se preparado para o momento em que levariam adiante a aliança com os deuses “a vida inteira”, como Asada-san havia dito no palco. Ian e tudo o que ocorrera de manhã provara que mais do que inexperiente, eu era bastante ignorante sobre o assunto – o que também dizia que as horas infinitas que eu gastara na biblioteca do Chalé 6 haviam sido bem pouco produtivas. Eu sabia um pouco sobre histórias, genealogia, e feitos dos principais heróis, mas fora isso... No entanto, eu nem precisara fazer nada para ser incluída na missão: meu nome já estava lá antes mesmo de eu saber se iria. Isso provavelmente fora obra do meu pai.

“Pai” pensei. Por que aquela palavra doía tanto? Tudo ainda era tão recente e ao mesmo tempo parecia ter se passado tanto tempo. Na manhã daquele dia eu matara meu pai, e agora, quase à noite, eu dava início à missão que ele insistira que eu participasse.

“O mundo continua girando” pensei sombriamente.

 

Dez minutos se passaram até que Izumi Asada finalmente viesse ao nosso encontro, a sua compostura equilibrada apesar dos olhos vermelhos. Ela tinha cabelos negros e lisos, como é característico dos orientais, presos em um rabo de cavalo por uma trança feita com os próprios fios, e enfeitado por duas agulhas. Sua íris era escura, mas emanava um brilho sagaz e gentil ao mesmo tempo.

Ela olhou para Ian e Charlotte.

— Ele quer falar com vocês.

Hiro levantou-se, colocando os óculos de grau na mesa.

— Suponho que devo poupá-lo de minha presença em seus últimos momentos. – falou, com um pingo de amargura na voz.

Sua irmã lhe lançou um olhar suave.

— Hiro, não pense assim, tenho certeza de que...

— Não tem problema, Izumi Nee-san. – ele interrompeu – Fico aliviado de não ter que encará-lo.

Com um notebook debaixo do braço, o garoto virou para o outro lado e caminhou tranquilamente para o elevador, desaparecendo atrás das portas.

Asada-san suspirou, e direcionou um olhar raivoso para dentro do restaurante, onde seu pai aguardava Ian e Charlotte. Quando os dois caminharam até ele, a garota olhou para mim.

— Você deve ser Mayara-san. – disse.

Eu me curvei, e em seguida estendi a mão.

— May, para simplificar. – respondi.

Ela correspondeu o cumprimento.

— Asada Izumi – falou, então pareceu perceber um erro e esboçou um sorriso – Desculpe, força do hábito. Sou Izumi Asada. Eu sei que é bem incômodo já que estaremos trabalhando juntos por um tempo, então não precisa ficar se preocupando em ser formal, pode me chamar de Izumi. Não estou acima de ninguém.

Assenti, sem saber muito bem como responder. Eu de certa forma esperava que ela seguisse o estereótipo de japonesa rígida que faz seus colegas se calarem toda vez que chega perto. Mas pelo contrário, seu jeito de falar não era autoritário, e sim simpático.

— Nós vamos jantar aqui. – falou, virando para os gêmeos – Depois disso, vocês têm uma hora para visitar as lojas do andar de cima e se equipar. Partimos logo depois. Não se acomodem. A partir do momento em que pisarmos fora deste prédio...

Ela deixou a frase pairando no ar, mas nós com certeza entendemos a mensagem. Sete semideuses juntos funcionariam como fogos de artifício, uma grande placa em neon dizendo: “olá, somos uma refeição completa!”.

Assim que colocássemos os pés fora do edifício, não teríamos paz.

 

 


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Notas finais do capítulo

Eu de novo!
Apresento-vos, Charlotte, a irmã mais nova do cara que salvou a May. Ela tem uma personalidade viva e ama muito o irmão.

(Gente, sobre os termos em japonês... Eles serão devidamente explicados, ok? Por enquanto, vocês sabem tanto quanto a May sabe, mas ele detesta não saber de algo, não é? Então, alguém terá que explicar-lhe hehe)

Então, o que acharam? Como será que a May se sairá com a nova equipe? O destino parece realmente querer colocar Ian e May no mesmo lugar, hein? O que acham que vai acontecer? Qual será a missão deles? E mais importante: o que a May descobrirá sobre sua família daqui para frente?

Teorias? Expectativas? Críticas? Erros? Deixa um comentário me contando tudo! ^^ Duas palavras ou textões, tenho o maior prazer em ler e responder ♥ Ah, e quem vocês querem ver na próxima imagem? Hiro, Matt e Kess, ou Izumi?

O que vem por aí é: Capítulo 21 - A Nova Equipe. Posto na quarta ^^
Até lá ♥ ♥ ♥