Eu, Meu Noivo & Seu Crush — Thalico escrita por Helly Nivoeh


Capítulo 44
Os jogos vão começar!


Notas iniciais do capítulo

Olá minhas pipopinhazinhas favoritas!
Estavam com saudades?
Hoje é meu aniversário, mas decidi deixar esse presentinho pra vocês!
Espero que gostem!

Recapitulando:
Thalia e Nico precisam e até concordaram em se casar, mas querem o divórcio logo depois.
Pra isso, precisam parecer um casal de verdade.
O aniversário de Jason chegou e Thalia chamou Nico e Will para uma pequena missão em busca do presente ideal: um pequeno espelho.
Infelizmente nosso trio teve que enfrentar um monstro chamado Kata, mas conseguiram vencer pulando de escadas de incêndio e fazendo churrasquinho de Kata com a energia de Nico e Thalia.

Boa leitura!



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Narração: Nico Di Ângelo

 

— Mal consigo acreditar que conseguimos. — arfei, curvado e segurando meus joelhos, subitamente cansado. Mesmo apenas compartilhando a energia com Thalia, era como se o raio fosse composto apenas pelo nosso poder, minando nossas forças. 

— Essa foi por pouco. — Will concordou. — Mas valeu à pena, certo, Thalia?

A filha de Zeus assentiu, sentada no chão e analisando o pequeno espelho.

— O que é exatamente isso? — questionei, sentando-me ao lado da garota e ciente que esses objetos mágicos sempre escondem algum segredo.

— Chamam de “Miragem dos Amantes”. — Thaia explicou, me mostrando a pequena peça que deveria exibir meu reflexo, mas no lugar tinha uma superfície de vidro que mostrava um fundo cinzento. — Com ele é possível visualizar a pessoa que você ama, independente de onde esteja.

— Isso me soa um tanto problemático. — Will opinou, pegando o espelho em suas mãos. — É uma ótima arma para um stalker.

— Não é nada disso. — Thalia suspirou,  alongando os braços.. — Não sei se Jason contou para vocês, mas Piper decidiu fazer faculdade.

— E Jason quer ficar no acampamento. — complementei, já conhecendo a história.

— A vida aqui fora é muito mais perigosa, achei que Jason poderia ficar menos preocupado se tivesse isso com ele. — A garota terminou de explicar.

— Acho que ele vai gostar. — Will sorriu, ficando de pé. — Então que tal irmos entregar?

— Como vamos voltar? — Thalia fez uma careta. — Não quero pegar o táxi de novo.

— E nem pense nas sombras, Di Ângelo. — O filho de Apolo me repreendeu antes que eu falasse qualquer coisa.

— Eu nem tenho energia pra isso, Solace. — suspirei, olhando para o carro que Kata estava próximo quando chegamos. 

Will seguiu meu olhar e sorriu: — Alguém aqui sabe dirigir?

— Por favor, que não seja eu. — Thalia resmungou, levantando-se.

— Eu nunca mais entro em um carro que você esteja dirigindo, Grace. — repliquei, já me preparando para invocar Jules-Albert. — Não se preocupem, para nossa sorte, eu tenho um chofer justamente para isso. 

 

(...)



— Jason gostou do presente? — Perguntei, sentando-me ao lado de Thalia ao encontrá-la sozinha descansando perto dos campos de morango.

Havia uma grande comemoração pelo aniversário do filho de Júpiter no meio do pavilhão, como sempre acontecia quando era o aniversário de um dos sete da profecia. Mas, em algum momento, comecei a me sentir afobado com a presença de tantas pessoas e também senti a falta da irmã do aniversariante, que parecia estar evitando a mini festa.

— Gostou. — A filha de Zeus respondeu, sem me dirigir o olhar. — Entreguei mais cedo quando estávamos sozinhos no chalé e disse que você e Will me ajudaram a conseguir. Ele disse que vai ser útil quando Piper for embora.

— Valeu à pena todo o esforço então. — retruquei e Thalia apenas assentiu com a cabeça, ficando em silêncio e continuando a olhar para algum ponto cego.

Suspirei e deitei na grama, fechando os olhos para o céu do crepúsculo e aproveitando a calma.

— Por que não me deixou para trás? — A voz de Thalia saiu baixa, me fazendo abrir um pouco os olhos. — Ou simplesmente me empurrou da escada? Foi imprudente me esperar pular.

— Você é minha noiva. — retruquei brincando. — Não podia te deixar e, se eu te empurrasse, como você ia ficar bonita no seu vestido de noiva depois de machucar toda?

— Eu estou falando sério, Nico. — Thalia retrucou, me fazendo suspirar e fechar os olhos novamente.

— Nós tínhamos tempo, Grace. Eu sabia que aquela escada não ia ser o suficiente para te impedir de voltar, você só precisava de um minuto para tomar fôlego. — respondi, sendo sincero. — Sei que você tem pavor de altura, mas você não é de se deixar intimidar, é forte o suficiente para vencer seus medos.

Não me atrevi a abrir os olhos para verificar a reação de Thalia que permaneceu em silêncio, mas decidi completar minhas palavras depois de alguns minutos calado.

— Para ser sincero, você também tem me ajudado com meus próprios traumas. — continuei. — Quando estávamos nos beijando na frente do acampamento e você invocou os raios… Eu só queria fugir dali. Mas quando você disse que eu estava seguro, senti que eu não estava sozinho. Foi meio estranho, mas… Aquilo me acalmou. E, mais cedo, quando invocamos o raio, me lembrei novamente de suas palavras e me ajudou a não surtar. Com a sua ajuda e a de Will, eu consegui ficar bem. Acho que eu até suportaria uma tempestade com a ajuda de vocês.

Novamente fiquei em silêncio por alguns segundos, mas dessa vez abri os olhos para ter certeza de que não havia sido deixado falando sozinho. No entanto, Thalia ainda estava sentada ao meu lado, seus olhos azuis fixos em mim, a testa franzida e os lábios separados.

— Somos noivos, Thalia. — Completei. — Podemos não gostar e nem querer isso, mas nos tornamos aliados em uma batalha contra nossos próprios pais, precisamos nos ajudar se quisermos vencer.

— Você está certo. — A filha de Zeus disse por fim, ainda me analisando. — Precisamos nos ajudar.

— Isso aí, noivos fazem isso. — sorri, levantando-me e espreguiçando. — Falando em noivado, no dia quatro, além dos fogos de artifícios, o acampamento vai fazer uma festa para comemorar o dia da independência e as vitórias contra Cronos e Gaia que tivemos. Acho que é um bom momento de nos exibirmos como um casal, não?

— Isso é um convite para a festa, Di Ângelo? — Thalia alfinetou sorrindo. 

— Exatamente, senhorita Grace. Poderia me dar a honra de vossa companhia? 

— Será um prazer, senhor Di Ângelo. 

 

(...) 

 

— Thalia tá pronta? — questionei no dia quatro de julho, após bater na porta do chalé de Zeus.

— Está quase. — Jason respondeu, parado na soleira da porta. — Ela está… bem, ela está diferente.

— Diferente como?

— Você vai ver.

O loiro deu de ombros, saindo do chalé e indo em direção ao de Afrodite. Franzi a testa e continuei esperando a Grace, até ela abrir a porta e eu entender o significado de “diferente”.

Primeiro de tudo, ela estava de vestido. Não um vestido qualquer, mas um de veludo preto com alças caídas nos braços e eu me arriscaria a chamar de curto para uma caçadora. Segundo, o cabelo estava meio preso em um dos lados com uma presilha, exibindo metade de seu rosto claramente. Até mesmo sua maquiagem estava estranha, ainda com tons sombrios e um estilo punk, mas parecia um pouco mais suave.

— Os fogos já começaram? — Thalia perguntou, batendo a porta do chalé.

Fiquei parado alguns segundos, processando, a ponto de quase seus coturno pesados pisarem nos meus pés.

— Qual é? Não vai se mover? — questionou irritada.

— Por que você está vestida assim? — foi minha vez de perguntar, um tanto curioso.

— Assim? — A filha de Zeus olhou para si, alisando a barra do vestido. — Você não disse que ia ter uma festa depois dos fogos? 

— Sim, eu disse, mas…

— Achei que era apropriado, peguei esse vestido com Alexia. — Thalia continuou. — Não ficou bom?

— Ficou, claro. — admiti. Realmente, Thalia estava linda. — Mas, você está diferente.

— Nunca ouviu falar do “efeito namoro”? — A Grace retrucou. — Ouvi algumas garotas falando sobre isso, como as pessoas podem mudar o jeito de vestir quando começam um relacionamento. Pensei em fazer isso, já que sou sua noiva agora.

Thalia tinha um ponto, no entanto, algo que eu não sabia explicar estava me incomodando. Mudar por conta de um relacionamento? Não me parece algo que Thalia Grace fizesse, nem de mentira, nem por uma noite.

— Uau, Thalia! — A voz de Will me tirou dos meus pensamentos, assustando-me quando percebi que ele estava ao meu lado. — Você está uma gata! Não é atoa que vi Nico babando a quilômetros de distância.

— Eu não estava babando. — retruquei.

— Viu? — A filha de Zeus piscou seus olhos azuis para mim. — É assim que deveria me elogiar, não perguntar porque estou diferente!

— Tadinho, você apenas o deixou sem palavras. — Will me defendeu, mas não tive certeza se fiquei feliz por isso. — Tenho certeza que ele ficou impressionado, não é?

O Solace me deu uma cotovelada, mas apenas fechei a cara, não gostando do rumo dessa conversa.

— Você também não está nada mal, Will. — A garota comentou e foi a minha vez de reparar no filho do Sol.

E, para complementar, ele também estava vestido diferente. Seu cabelo estava alinhado em perfeitos cachinhos que pediam para serem bagunçados, a camisa floral com tons dourados estava aberta, alinhada e sem nenhum sinal de amarrotado por cima de outra camiseta branca.

Ele ainda parecia ainda reluzente, mas bonito, arrumado e com um sorriso controlado. Na verdade, estava parecido demais com seu pai.

— Obrigado, senhorita. — Will respondeu. — Fico feliz que alguém notou.

Revirei os olhos, subitamente me perguntando se também deveria me vestir diferente para aquela festa, mas descartando a ideia.

Marchei em direção ao local dos fogos, deixando Will e Thalia se elogiando, sem muita paciência para ficar nessa conversa.

— Achei que estivesse me esperando para assistirmos juntos, Nico. — Thalia zombou, me fazendo parar e esperá-los.

— Nosso Milhozinho está um pouco nervoso hoje, cuidado para não estourar. — Will fez chacota.

— Pensando bem, vou assistir sozinho. — retruquei.

— Não se preocupe, já estou em retirada. Sou quente, mas não sou uma vela. — O Solace finalizou com uma piscadinha.

— Não precisa sair, Will. — Thalia respondeu no meu lugar. — Preciso de ajuda para aguentar o mau humor de Nico e você é uma companhia adorável.

— Mas eu quero sair. — o filho de Apolo retorquiu. — Também não quero fazer ninguém de vela hoje.

Franzi a testa sem entender o que ele quis dizer. Antes que eu pudesse questionar, Will se afastou, correndo em direção a um grupo de campistas animados.

— O que ele quis dizer? — Thalia perguntou, mas dei de ombros, fazendo-a bufar. — Realmente, terei que aguentar seu péssimo humor hoje.

Mais uma vez revirei os olhos, preferindo não responder.

 

(...)

 

Não é que eu estivesse de mau humor, propriamente dizendo. É só que Will e Thalia me deixaram de mau humor. No entanto, quando nos sentamos na grama pra assistir ao espetáculo, me esqueci da irritação.

Havia algo de sublime e belo em ver as luzes iluminando o céu em explosões coloridas, mas havia muito mais emoção quando eu pensava no porque estávamos fazendo aquilo: Além de comemorar a independência dos Estado Unidos, o acampamento usou aquele dia para celebrar todas as batalhas que travamos nos últimos anos.

Por mais que tivéssemos perdidos tantos amigos, irmãos e companheiros nas guerras, nós sobrevivemos, estamos bem (ou quase isso), somos fortes e somos capazes de vencer e sermos felizes. Isso me fez sorrir e me emocionar, pensando nas alegrias que tantos campistas poderiam conquistar nos próximos anos.

Senti um toque na minha mão direita e olhei para os dedos de Thalia que repousavam suavemente no torso, como se ela nem notasse o gesto. A cabeça da filha de Zeus tombou para o lado e também repousou no meu ombro, deixando-me surpreso, mas não a afastei.

Ela também tinha um sorriso doce e lágrimas nos olhos ao observar o céu e me perguntei se poderíamos estar compartilhando dos mesmo pensamentos.

Uma segunda ideia me ocorreu: no acampamento das caçadoras elas compartilhavam momentos assim? 

E, por fim, tive um terceiro pensamento: se elas tinham esse momentos, qual Thalia preferia? Comigo ou com elas?

No final, me perguntei por que eu estava pensando sobre isso.



A festa não estava muito diferente do que normalmente eram os dias de fogueira. Havia música, risadas, muita comida e bebida, mas também os campistas decidiram usar o dia para exibir suas roupas, com um verdadeiro arco-íris de vestidos e camisas que me deixavam um pouco tonto.

No meio de tudo aquilo estava Will, sorrindo e conversando com um grupo de adolescentes mais velhos e particularmente alegres. Nem me atrevi a chegar perto, preferindo ficar em um canto mais calmo com Thalia, que parecia igualmente atordoada com tanta bagunça.

— Quanto tempo temos que ficar? — A filha de Zeus questionou com uma careta, quando um grupo de semideuses passou correndo brandindo suas espadas em direção a uma pinhata.

— Mais uns dez minutos e vamos embora. — Suspirei.

— Ei, estão gostando? — Jason apareceu segurando a mão de Piper. Fiz uma careta como resposta e ele riu. — Estamos indo para o chalé de Hipnos com alguns campistas. Querem ir?

Antes que eu pudesse recusar, Will segurou o ombro de Jason com um sorriso e um rapaz ao seu lado.

Tentei me lembrar qual campista era aquele, mas com certeza ele não havia passado o verão no acampamento. Parecia estar próximo aos dezoito anos, era alto, com cachos castanhos posando em seus ombros. Era magro, com músculos visíveis, uma boca carnuda e olhos grandes. É, ele era bonito e atraente.

— Uma festa no chalé de Hipnos? Uau, que divertido! — O rapaz disse, mas havia um tom de chacota que me fez franzir a testa. — Deixa eu adivinhar: vai rolar jogos de tabuleiros a madrugada toda, certo?

— Bom, até o toque de recolher. — Jason franziu a testa, parecendo também se questionar quem era aquele.

— Como eu disse, super divertido. — O campista retrucou e Will lhe deu uma cotovelada e uma expressão de aviso.

— Desculpa, mas quem é você mesmo? — O filho de Júpiter fez a pergunta que eu tanto queria.

— Sou Félix, filho de Tique. Normalmente não venho ao acampamento, mas não pude recusar o convite de William.

Ele lançou um olhar e um sorriso de canto para o filho de Apolo, que ficou vermelho e desviou os olhos.

Will vermelho? Aquilo era novo.

—  Não sabia que Tique tinha filhos no acampamento. — Thalia comentou e vagamente me lembrei de ter visto o tal Félix algumas vezes quando era mais novo.

— Eu fui embora há alguns anos. Sabe como é, uma hora queremos viver fora das fronteiras do acampamento, ter um emprego, essas coisas. 

Estreitei os olhos. Alguma coisa naquele cara estava me incomodando.

— E vocês? Quem são? — Félix questionou e Will nos apresentou. 

Se o garoto estava impressionado por ter três filhos dos Três Grandes entre nós, não demonstrou. 

— Romano, certo? — perguntou para Jason que assentiu, antes do filho de Tique se virar para Piper, em um tom de desgosto:. — E você… esperava mais de uma filha de Afrodite. Quanto a vocês dois… — apontou para mim e Thalia, depois olhou para Will e ergueu a sobrancelha, em uma conversa interna. — são bem interessantes.

— Félix… — o filho do Sol começou, mas o outro rapaz apenas revirou os olhos e sacou uma moeda do bolso.

— Cara sim, coroa não. — declarou jogando a moeda rápido e a capturando no braço. Antes mesmo de ver qual foi o resultado, sorriu e guardou a moeda novamente no bolso. Virou-se para Jason: — Bom, meus queridos, tenho certeza que vocês definitivamente vão se divertir nessa maravilhosa noite intelectual de vocês. Quanto ao casalzinho gótico… venham comigo.

Por instinto, ergui o braço na frente de Thalia, impedindo-a de se aproximar. Félix ergueu a sobrancelha e aumentou o sorriso, acrescentando em um tom doce: — Se quiserem, é claro.

— Acho melhor não. — respondi, a mão já na bainha da espada.

— Deixa eles, Félix. — O filho de Apolo segurou o braço do garoto. — Eu disse que eles não.

— Por isso eles sim. — Félix replicou, segurando a mão de Will sobre seu braço, mas sem forçá-lo a tirar, como se gostasse do gesto. — O que me dizem?

Troquei um olhar com Thalia, que não tinha reação, deixando nas minhas mãos a decisão.

— Nico, não… — Will pediu. Não me chamando pelo sobrenome, mas de Nico, como quando me dava bronca.

Não estava gostando nada daquilo, muito menos de como Will estava nos dispensando. Ergui o queixo e olhei diretamente nos olhos de Félix:

— Nós vamos. 

 

(...)

 

Se Jason estava em sua festa particular no chalé de Hipnos, Félix tinha sua própria festa no chalé de Tique, com convidados escolhidos a dedo — ou à moeda, como notei, ele se aproximava de alguns campistas e decidia se convidaria ou não após escolher no cara ou coroa.

Entre a dúzia de semideuses beirando os dezessete anos, havia dois que também não eram campistas, Alexia, seu noivo e — infelizmente — Ayla. Suspirei ao reconhecer a filha de Melinoe, mas também franzi a testa ao notar a ausência de sua irmã.

Will parecia nervoso e a própria sombra de Félix, o que tornava tudo cada vez mais estranho. Havia também uma música alta e eletrizante tocando, que combinava perfeitamente com o clima do chalé que parecia um mini cassino cheio de jogos de azar, puffs e pessoas se espalhando pelos cantos, conversando e bebendo de garrafas de vidro e copos de plástico.

— Querem uma bebida? — Um filho de Hermes ofereceu uma garrafa com um líquido azul escuro dentro.

— O que é isso? — Estranhei, vendo Thalia aceitar a bebida e analisar o conteúdo.

— Turmalina. — O garoto deu de ombros, como se isso explicasse muita coisa, e apenas se afastou oferecendo para outras pessoas.

A filha de Zeus destampou a garrafa e estava pronta para provar, quando Will se materializou ao nosso lado, segurando o pulso da garota: 

— Não bebe isso.

— Por quê? — questionei irritado. — O que é isso?

Will deu um longo suspiro antes de responder: — Bebida alcoólica.

— Achei que fosse proibido no acampamento. — retorqui erguendo a sobrancelha.

— É por isso que vocês não podem contar pra ninguém o que verem ou ouvirem aqui, ok?  — Solace suplicou, um filete de suor descendo pelo rosto bronzeado. — Esqueçam tudo quando saírem pela porta.

— É por isso que você não queria que nós viéssemos? — continuei em um tom de deboche. — Acha que vamos sair correndo chamando Quíron?

— Não é isso… — Will suplicou. — Eu confio em vocês… 

— Não é o que parece. 

Finalizei, pegando a garrafa nas mãos de Thalia e virando de uma vez na boca. O líquido desceu queimando, mas evitei uma careta.

— Nico… — Will pediu de novo, mas foi interrompido por uma campainha alta, como se alguém acabasse de ganhar um grande prêmio nas máquinas de caça-níquel.

A música cessou e todos olharam para Félix, parado no centro do chalé com um sorriso maldoso e uma taça na mão:

— Aproximem-se todos, meus amigos! É hora da diversão: Os jogos vão começar!


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Notas finais do capítulo

Obrigada a todos que me mandaram mensagem nesse período que fiquei sumida. Vocês sempre me ajudam a recuperar a inspiração e o amor por essa história. Mesmo que a passos de formiguinha, quero concluir ela com vocês! Obrigada mesmo!!! E tô sempre disponível para baterem um papinho também!

Dito isso, o que vocês acharam do capítulo? Ele foi mais de transição, mas o Félix está certo: Chegou a hora da diversão. Espero que estejam preparados :)

Ah, vocês estão gostando da série? Ainda não pude ver, mas tenho visto várias reações positivas, então estou animada!

Por fim, espero vê-los nos comentários. Me deixa um presentinho de aniversário, vai!

Obrigada por lerem e até mais!

Ps: Eu escrevi uma história nova original recentemente. Ela é bem curtinha, tá concluída e é chamada “O Cuidado no Silêncio”. Que tal irem lá conferir?!



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