Stuck in love escrita por Typewriter


Capítulo 2
Capítulo I


Notas iniciais do capítulo

Tenham uma boa leitura



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—Procuramos você em cada canto do planeta. Eu quase enlouqueci, Charlie. — Magnus sussurrou com o rosto enterrado na curva do pescoço feminino.

—Fazer feitiços de cura depois passar quase um século tendo os Irmãos do Silêncio tentando me fazer contar onde está o Cálice Mortal pode ser realmente difícil e eu ainda estou tentando entender o motivo que os fizeram criam que eu sei onde está o Cálice. — As palavras da mulher eram pronunciadas de forma cansada.

—Onde está Ícaro? — O feiticeiro perguntou com o coração quase parando de bater, já era um milagre que ela estivesse de volta, esperar que um garotinho de quatro anos sobrevivesse aos Irmãos do Silêncio era de mais, não era?

—Ele está suspenso, consegui fazer isto antes de ser torturada. — A mulher falou e esta informação tranquilizou o coração de Magnus.

Alec parara de respirar ouvir o Alto Feiticeiro do Brooklyn chamar aquela subumundana de Charlie, pois o fez lembrar do dia que ele lhe contara ter sido com Charlie, mas que Charlie sumira e Magnus acreditava em sua morte.

Este fato impediu que Alexander se esquecesse como se respira e como o coração bombeia sangue pelo corpo, sua vontade era extravasar sua raiva na feiticeira, mas sabia que Magnus jamais o perdoaria, por isso cerrou os punhos com força desnecessária e travou a mandíbula, numa débil tentativa de conter-se.

—Preciso que você pegue Ícaro, ele está suspenso a um quilômetro e meio da caverna dos Irmãos do Silêncio. — Pediu ela acariciando os cabelos do marido.

—Sim, claro. — Bane concordou enquanto a pregava no colo e a lá levava para a enfermeira do Instituto e deitando em uma maca em seguida. — Voltaremos logo. — Prometeu-lhe em quanto beijava a testa da mulher.

No momento em que Alec, acompanhado da irmã, pisou na enfermeira Magnus atravessava um portal.

—Magnus é casado, Izzy e eu o beijei na frente de todos, inclusive da mulher dele. — A mágoa e a frustração na voz masculino eram evidentes.

—Você mesmo me disse que ele cria na morte dela, Alec, e depois de cem anos quem garante que Magnus ainda a ama? — Izzy tentou tranquilizar o irmão mais velho.

A mulher deitada na maca soltou um grito agudo de dor e desmaiou.

No instante seguinte um outro portal se abriu e um feiticeiro com olhos puxados apareceu imponente, Izzy só conseguiu notar isto e o físico malhado do rapaz que tinha um perfeito tanquinho, que estava visível por ele estar sem camisa.

—Charlotte…— Ele sussurrou quase em devoção, sua voz estava tomada pela emoção e seu sotaque coreano era evidente. — Vou cuidar de você. — Prometeu e logo em seguida começou a curar as graves feridas dela com magia.

Quantos feiticeiros sem marcas podem existir? Pensou Alec.

Demorou muito para que Bane retornou ao Instituto por um outro portal segurando um menino nos braços e este fato fez com que Jace, Clarissa, Lydia e os pais de Alec e Izzy o seguissem até a ala médica, lá este fato chamou a atenção dos irmãos Lightwood, que desviaram a atenção daquele que curava a feiticeira para Magnus.

—Quão debilitada Charlie está? — O Alto Feiticeiro do Brooklyn questionou o outro enquanto deitava Ícaro em uma maca do lado esquerdo da feiticeira.

—Se o pai dela não fosse um caçador de sombras não marcado, não teria sobrevivido. - Seity respondeu sem desviar o olhar das feridas que tratava.

—Você não tem ideia de onde está o Livro Branco, têm? — Magnus questionou enquanto se punha a ajudar o Alto Feiticeiro de Seul.

O coreano negou com um movimento de cabeça.

—O quanto as feridas delas são profundas? — Bane inquiriu

—O bastante para provocar-lhe um desmaio assim que o efeito da cura superficial feita passou. — Respondeu o outro.

—Te agradeço por ter vindo cuidar dela. — Era claro que agradecer aquele homem foi algo difícil para Magnus.

—Não faço isto por você, Bane. — Retrucou o coreano dando de ombros.

—Eu sei. — Concordou o feiticeiro dono de um belo par de olhos de gato.

—Estou nisso há quase três horas agora e parece que quanto mais curo feridas aparecem. — Kung prensou alto, parecendo um tanto frustrado.

Magnus sentiu um pouco incomodado com isto, pois significava que o Alto Feiticeiro de Seul deixava o que quer que estava fazendo e veio para o Instituto de Nova York tão logo ele saíra em busca de Ícaro.

—Você deve acreditar que não sou nem capaz, nem responsável o suficientepara cuidar deles. — Bane afirmou.

O silêncio durou por exatamente meia hora desde que tal pergunta fora proferida.

—Sim, você sabe como me sento a respeito dela, mas Charlie é sua responsabilidade e eu respeitei a escolha dela, até agora. — O Filho de Lilith sem nenhuma marca no corpo respondeu no final das contas. — Por sua causa ela quase morreu e é por isto que a conquistarei e a tirarei de ti. — Magnus foi advertido. - Estou farto de lutar contra meus próprios sentimentos. — Seity suspirou.

—É justo. — Concordou o Alto Feiticeiro do Brooklyn.

Por mais que soubesse que aquilo era errado Alec não pode deixar de se sentir feliz, a esperança tomara conta de si, já que, se Seity conseguisse conquistar Charlotte, Magnus poderia voltar para ele.

Ambos davam a impressão de se encontraram completamente alheios aos demais presentes ali.

—Este menino é muito parecido com Magnus. — Clarissa comentou algo que todos os presentes haviam reparado e isto fez com que os feiticeiros se dessem conta de que não estavam sozinhos ali.

—Ele é sangue do meu sangue, esperava o quê, caçadora? — A resposta de Magnus um tanto ríspida chocou quase todos os presentes, principalmente Alexander, o qual saiu de lá assim que ouviu a resposta de seu amado.

O caçador de sombras precisava deixar algo em pedaços, descontar a dilacerante dor que queimava em seu coração naquele momento, visto que as palavras de Magnus esmagaram qualquer chance que ele imaginara existir de ter o homem que amava consigo, pois como poderia viver com o peso destruir uma família? Ou mesmo com o desejo de que isso acontecesse?

Pelo Anjo, ele sabia que almejar tal coisa era errado, mas como poderia evitar, se destruir a atual família de Maguns era a única forma de tê-lo só para si Alec perguntou a se mesmo enquanto desferia golpes cada vez mais fortes no saco de pancadas enquanto ouvia o som de seu esforço ecoar pela sala de treinamento vazia, exceto por ele e seu corpo comentando a fagiar.

No momento lhe parecia melhor enfrentar a dor física do que aquela que destroçava seu coração.


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Notas finais do capítulo

Gostaram? Odiaram? Me contem suas opiniões e teorias