E se tudo mudar? escrita por Fuqboi


Capítulo 8
So shy


Notas iniciais do capítulo

Heye! Só digo uma coisa: Amyan é vidaaa! ♥ ♥ ♥



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/685910/chapter/8

Dan se encontrava sentado na cama.

— Eu não acredito nisso! Se eles acham que vou dizer algo estão muito enganados!

 

— Falando sozinho? - Isabel entra com um sorriso malicioso. - Acho que ficar aqui preso sozinho não está lhe fazendo bem. Mas não se preocupe, já, já, terá companhia. 

 

Se ela estava falando de Amy, Dan não fazia ideia, mas se sentia agoniado com a dúvida. 

 

— De quem você está falando?

 

— Da Amy é claro, quem mais seria?

 

Ele se levantou num pulo.

 

— Vocês pegaram ela?

— Ainda não - O garoto sentiu como se seu corpo estivesse mais leve. - , mas - Sempre o "mas". - não estamos longe de capturá-la. Essa semana você irá revê-la. E não adianta mudar de opinião agora - Disse ela como se tivesse lido os pensamentos dele. - , você já fez sua escolha antes e agora aguente as circunstâncias.

 

Ela saiu e fez sinal para que outra pessoa entrasse, Dan achou que poderia ser alguém importante, mas era apenas a mulher que lhe deixava as refeições. Ele não sabia o porquê, mas sentia que ela não gostava dali.

 

— Ei, você. - Ele disse antes da mulher sair.

 

— Eu? - Ela se vira.

— Sim, qual o seu nome?

 

— Me desculpe, mas não posso lhe contar.

 

— Ah, claro, é só mais uma marionete deles - disse mais para si. - Como chegou aqui?

 - Não tenho permissão para lhe expor tal informação, e agora se acabaram as perguntas, eu vou me retirar. Com licença.

 

Ela saiu do aposento um calma, porém desconfiada.

 

Ótimo, mais uma vez sozinho!, pensou.

 

— Se ao menos eu soubesse como ela chegou aqui, poderia ter mais chances de fugir.

 

***

 

— Bom, como vocês sabem sou Isabel Kabra, Vesper Dois. E estou aqui para lhes revelar todos, exatamente todos o segredos, códigos e operações necessárias para entrarem na mansão Kabra sem serem pêgos. - Vesper Dois se encontrava em uma sala de reuniões da bese com os três homens selecionados para cumprir a tarefa.

 

— Nosso único objetivo então é sequestrar a menina Cahill? - Perguntou-lhe um dos homens.

 

— Exato. Se fracassarem estarão encrencados. Suponha-se que ela esteja em um dos quartos de hóspedes. - A cada palavra dita ela alternava seu olhar para cada um dos presentes. - Os quartos de hóspedes se localizam na área Oeste. Já o de Ian e Natalie, Leste. Será difícil para vocês localizarem o quarto de Amy? Será, afinal são muitos quartos, e estarão fazendo a operação às cegas. Não irão acender mais que uma lanterna, não quero que atraem a atenção de ninguém, e quando eu digo ninguém é ninguém mesmo. Cuidado com os funcionários, alguns deles ficam acordados até mais tarde para verificarem tudo. E se não conseguirem encontrar a menina, terão de sair o mais rápido possível, mas isso em última escolha.

 

***

 

Amy e Ian haviam acabado de voltar da base, ambos frustados por não terem encontrado nada.

 

— Bom, talvez amanhã possamos encontrar algo. - Disse Ian ao deixar a garota em seu quarto.

 

— Talvez, mas acho que estou abusando demais, já liberou a entrada para mim uma vez, seria demais liberar novamente.

 

— Como eu havia dito, é urgente, e eu liberei sua entrada na base até que encontrássemos algo que possa nos ajudar.

 

— Muito obrigada Ian. - Disse com um sorriso.

 

— Agora descanse e amanhã veremos. Boa-noite.

  - Boa-noite. - E ela fechou a porta.

 

A noite foi longa de acordo com Amy, pois a metade dela a garota passou acordada, pensando em algum jeito de resgatar seu irmão, pensou também em Ian. Com toda essa confusão eles não tiveram tempo para realmente discutir o assunto da carta. 

 

A sensação de agonia agora permanecia com a ruiva, não sabia o que o garoto sentia em relação à ela, e nem ao menos se ele sentia algo por ela. 

 

Por que sempre que começamos a estabilizar nossa vida, começam a aparecer os problemas? E o pior é que aparecem todos de uma vez. Isso deve ocorrer na vida de todos, faz parte do aprendizado humano, os problemas só nos tornam mais fortes para continuarmos o nosso caminho rumo à felicidade. Sem eles a vida não seria sábia, não nos tornaria quem somos hoje ou quem seremos.

 

Ao amanhecer ela acordou e tomou um banho. Colocou então dessa vez uma calça jeans, pois a temperatura estava um pouco mais baixa do que no dia anterior, uma blusa social azul claro, sua bota e o colar de jade.

 

Fez uma única trança com uma pequena mecha do cabelo, deixando o restante solto. E desceu.

 

— Bom-dia senhorita Cahill. - Disse Anália, uma das cozinheiras.

 

— Bom-dia - Disse simpática. -, mas me chame somente de Amy.

 

— Como quiser, o café já está servido, acompanhe-me.

 

— Claro.

 

A ruiva sentou-se à mesa defronte à Ian e ao lado de Natalie.

 

O dia correu normalmente como outro qualquer. E até rápido demais. A noite já caíra, Amy e o moreno desceram para pesquisar em novos documentos, chegaram a base e a garota ascendeu as luzes. Passaram algum tempo vasculhando gaveta por gaveta.

 

***

 

— Cuidado, deve ter alguém vigiando a entrada principal. - Disse um dos homens que já estavam prontos para a tarefa.

— Argh, essa viagem não me fez muito bem, minha coluna está me matando. - Disse o outro, mas o terceiro se manifestou.

 

— Não foi a viagem, é a sua idade mesmo.

 

— Quem te deu permissão para falar assim comigo?

 

— Dá para as duas mocinhas pararem de discutir e me acompanhar? - Retrucou o primeiro homem. - O mordomo acabou de apagar a luz estão vendo? - Os outros dois assentiram. - É nossa oportunidade, vamos!

 

***

 

— Amy, achou algo?

 

— Olha, acho que sim. - A ruiva mostrou papel à ele. - Na margem da folha possui uma marca d'água. Está muito fraca.

 

— É a marca de uma base na Torre de Londres, mas está modificada. 

 

— E o que tem na Torre de Londres? Sei que é um local histórico, mas eu não sabia que era uma base.

 

— Foi uma base ativa, porque possui uma estrutura boa para evitar invasões e espionagens. Mas ela foi desativada há anos.

 

— A data do documento é 2008. Há aproximadamente quanto tempo ela ficou sem uso?

 

— De vinte a trinta anos.

 

— Então, seria possível ela estar sendo utilizada como base Vesper?

 

— Possivelmente, mudaram até a marca d'água. 

 

Seguida da fala de Ian, a porta da sala fez um "clique".

 

— Ian... você ouviu isso?

 

— Não me diga que... - E ele foi rapidamente tentar abri-la, mas a porta não cedeu.

 

— O que houve?

 

— Hm... - O moreno hesitou um pouco antes de falar. - Faz parte do sistema de segurança da mansão, ele está programado para que quando houver uma invasão algumas entradas se trancam. E essa é uma delas.

— Então estamos presos aqui e tem alguém invadindo a mansão enquanto não podemos fazer nada? - Ela disse mais para si, do que para o garoto.

— Isso mesmo, e eu não acredito, a Natalie está lá em cima sozinha.

 

— Não tem nenhuma outra saída? Algo que possamos fazer? 

 

— Infelizmente não. - Ele bufou.

 

— Não dá para acreditar! 

 

— Acho que o melhor a se fazer é manter a calma, talvez algum empregado perceba o que está acontecendo e destranque.

 

— Mas a entrada não é por leitura de retina?

 

— Também tem um código para situações como essas, alguns deles sabem.

 

— E se ninguém perceber?

 

— Talvez só vamos sair amanhã, estamos dependendo de que alguém sinta nossa falta. E como todos já devem ter se retirado para seus aposentos...

 

— Tomara que sintam nossa falta o quanto antes, é horrível ficar assim.

 

— Por que? É tão ruim assim ficar comigo? - Perguntou em tom de humor tentando aliviar a tensão em que se encontravam.

 

— Haha. - E nesse momento o lustre caiu quase em cima de Amy, antes que ele chegasse a atingi-la, Ian puxou a garota.

 

O impacto levou com que Amy colidisse com o peito do rapaz. Ele a envolveu em seus braços para protegê-la dos estilhaços de cristal que voaram.

 

A ruiva levantou o rosto e conectou o seu olhar ao de Ian, ambas as respirações e os batimentos cardíacos estavam acelerados, os rostos separados por centímetros e se aproximando cada vez mais, até que os lábios se encontraram. O beijo que eles esperaram tanto tempo aconteceu, não fora um simples contato dos lábios como na Coréia, fora um beijo de verdade. Ambos os lábios formigavam, Amy sentia como se suas bochechas estivessem queimando e como se o mundo a sua volta não existisse mais, por um instante se esqueceu de seus problemas.

 

Eles se separaram em passos lentos, apenas se comunicando com olhares. Ela tinha certeza que seu rosto estava como um pimentão. Até que conseguiu dizer:

 

— E-espero que eu tenha respondido à sua pergunta. - E o olhou timidamente. 

 

Já Ian sorriu.

 

— Por que está sorrindo?

 

— Sua expressão, você é muito tímida. E sei que pode parecer repetitivo, mas você fica linda corada.

 

— É, foi repetitivo. - Tentou se manter séria. 

 

— Então quer dizer que não é ruim ficar aqui comigo?

 

— Como você pode ser tão convencido?

 

— Foi você quem disse.

 

— Você ama me deixar sem jeito, não é  mesmo?

 

— Na verdade sim. - Não sabe o porquê, mas naquele momento Amy sorriu.

 

— Temos que sair daqui...

 

— Eu já disse que não vai adiantar, alguém tem que vir.

 

— Sinceramente, quem foi que projetou essa casa?

 

— Isabel.

 

— Ah, claro!

***

— Fica difícil saber onde estamos indo no escuro.

— Cala a boca!

 

— Eu já não disse para pararem de brigar e abaixar o tom de voz? Deve ser esse o quarto. - E ele abre uma porta à sua esquerda.

— A menina está ali na cama.

 

Eles foram se aproximando até chegarem perto o suficiente de Natalie.

 

— Me dê o pano. - Disse um deles.

 

— Toma.

 

Ele pressionou o pano no rosto da menina, ela fez menção de acordar, mas a substância fez com que ela adormecesse novamente. Os homens a pegaram e partiram.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado, até!