Caçadores de Cabeças escrita por Kentaro Miyazaki


Capítulo 1
Uma Visita Tardia




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Faltava apenas dez minutos para o menor ponteiro chegar às doze, era uma noite fria, muito comum naquele lugar, flocos de neve planavam sobre os fortes ventos vindos do sul, eu estava a ponto de fechar as portas de minha taverna quando avistei em uma boa distância um desconhecido, estava tão longe que não pude enxergar seu rosto, fui capaz apenas observar que estava trajando um capuz. Inquieto, resolvi espera-lo, sendo que este viera caminhando lentamente, logo então coloquei-me ao lado da entrada um pouco antes que o mesmo houvera chegado.

—Estamos fechando, não irei atende-lo, então vá embora. –Lhe disse.

—Meu caro, poderia por favor servir-me apenas uma caneca de cerveja e algo quente para comer? Está muito frio e sinto que irei desmaiar se apenas prosseguir adiante –Disse o desconhecido com uma voz tão rouca que assustaria crianças facilmente.

—Tudo bem, entre, mas seja breve.

Acompanho o homem à minha taverna, este que se põe a sentar em um dos bancos frente ao balcão, retirando seu capuz sobre sua cabeça, logo revelando seu rosto. Possuía cabelos grisalhos não tão longos, porém nada curtos, seus olhos eram azuis, também havia uma grande barba que cobria a pele enrugada e encardida de seu rosto, seu semblante era sorridente e seu olhar penetrante.

—Posso lhe oferecer apenas joelho de porco agora –Lhe entrego acompanhado à uma caneca de cerveja.

—O aceito de bom grado, meu amigo.

Dou as costas para o mesmo e me ponho para limpar as louças que havia deixado para fazer no dia seguinte.

—Amigo! –Me chama o estranho - Não sinta-se importunado, pegue algo para beber e sente-se ao meu lado.

—Pensei que já houvera lhe dito para que não passasse muito tempo aqui. –Lhe respondo de uma forma um pouco que arrogante.

—Ora essa, não é um bom modo de receber um viajante! –Diz o homem em um tom sério franzindo seu rosto, porem seguidamente o mesmo volta com seu sorriso. –Vamos sente-se, seria muito agradável ter uma prosa nesta hora.

Retiro uma garrafa de vinho e uma caneca e sento ao lado do homem.

—Rapaz, responda-me uma pergunta, qual o seu nome? –Diz ele com sua já característica voz rasgada.

—Meu nome é Thomas –Lhe respondo - Mas normalmente me chamam de Tom, e o...

—Prazer em conhece-lo, Tom! –Subitamente o estranho me interrompe antes mesmo que eu pudesse terminar minha frase. –Tom, já houvera escutado muitas histórias?

—De certa forma sim, sempre ouvia de meus pais quando criança, e engraçado que mesmo agora crescido, vira hora alguém se embriaga e conta a mim uma nova.

—Eu viajei por muitos lugares e acabei conhecendo várias, mas, se importaria se eu lhe contasse uma que é especial para mim?

—Até escutaria pacientemente, porém já está na hora de me retirar.

—Ora, meu caro, por favor. –O estranho fixa seus olhos azuis penetrantes.

—Desde que seja rápido, não fará mal algum, mas antes, por que esta história seria especial?

—Vamos começar. –O mesmo então começa a história ignorando minha pergunta. –Só que antes, responda-me mais uma coisa, já houvera-lhe ouvido dizer dos caçadores de cabeças?...


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