Missão Secreta escrita por Apenas eu


Capítulo 1
Acordo em uma cabana sombria. (Finnie)


Notas iniciais do capítulo

Geennnnteeeeeeeeeeeeee oi :3



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QUANDO ACORDEI NAQUELA cabana fria e sombria, soube que algo estava errado. Não sabia como viera parar ali, mas meus instintos gritavam que não poderia ser boa coisa. Estava deitada em uma superfície dura e plana e à minha volta o cenário assustava. Havia caveiras nas paredes, sinos de vento silenciosos, redes de pesca pendidas do teto... Eu queria fugir dali. Queria escapar, ou mesmo saber meu nome.

Eu não sabia meu próprio nome.

Me sentei. Podia ouvir minha respiração ofegante e uivos de lobos a distância. Achei que estivesse sozinha, até ouvir um gemido logo atrás de mim.

Virei-me, sobressaltada, e encontrei uma silhueta deitada no chão. Não podia dizer ao certo como era, pois a escuridão não me permitia enxergar muita coisa. Mas era uma garota. Uma garota magra e alta.

Rastejei até ela e observei-a se mover com lentidão. Quando seus olhos se abriram e ela me encontrou, sua expressão tornou-se assustada, como se estivesse com medo de mim. Rapidamente ela se sentou e recuou até a parede mais próxima.

— Oi - eu disse, surpreendendo-me com minha própria voz. - Qual é o seu nome?

Ela franziu o cenho, como se fosse uma pergunta confusa.

— Não sabe, não é? - adivinhei.- ao menos sabe como viemos parar aqui?

Ela sacudiu a cabeça em negação.

— Onde é exatamente aqui? - estreitei os olhos, dando uma olhada geral na cabana. Paredes negras rachadas, teto baixo de palha, ossos espalhados... - Não parece muito bom.

Me levantei e a ajudei a fazer o mesmo. A garota estava apavorada, mas eu não sentia tanto medo. O maior sentimento que estava entranhado em mim era a frustração. Me sentia frustrada por não saber meu nome, por não saber minha idade e muito menos minha aparência. Não lembrava do meu passado, se é que tive algum. Estava sozinha. Ou quase.

A garota apontou para uma porta grande de madeira e juntas caminhamos até ela. Estava aberta, para minha surpresa, e finalmente saímos dali.

O lado de fora era muito pior que o de dentro. Nuvens negras cobriam o céu, o vento espiralava e assobiava, a grama estava morta, árvores sem folhas e descascadas enfeitavam o vale, e os lobos uivantes não se aquietavam. Senti um arrepio na espinha ao perceber que teria de atravessar aquela floresta e a minha companheira parecia sentir o mesmo. Agora eu podia vê-la. Seus cabelos ruivos e lisos alcançavam o meio das costas, algumas sardas salpicavam a sua pele, e os olhos eram muito verdes. Usava macacão branco muito justo com uns desenhos geométricos verdes e botas de neve. A vi estremecer e apontar para uma das árvores. A princípio, não dei muita importância, mas então percebi dois olhos grandes e vermelhos por entre as folhas.

Eu tentei correr, mas a ruiva me segurou e olhou-me profundamente, pressionando o indicador em seus lábios para me silenciar. Ela se moveu lentamente, carregando-me e contornando a cabana. Ouviu-se um rosnado e ela parou. Ficamos imóveis alguns instantes, até que ela prosseguiu.

Um erro de cálculos e meus pés amassaram um graveto.

O lobo saltou da folhagem e correu ao nosso encontro.

— Agora posso correr? - perguntei em desespero.

Ela assentiu e nós duas corremos como se nossas vidas dependessem disso- e de fato dependiam.

O lobo era mais ágil, mais rápido, e logo nos alcançou. Ele saltou por cima da garota ruiva e chegou até mim. Imobilizando-me com suas enormes patas, o lobo me encarou, e fechei os olhos com força aguardando a morte.

— Talvez vocês sejam realmente quem procuramos. Talvez estejam dispostas a correr riscos por nós - o lobo disse. Mas ele não disse de verdade, apenas falou em minha mente. Vislumbrei-o por um dos olhos que me atrevi a abrir, e não gostei da proximidade que estávamos. Seu pelo era dourado e seus olhos muito vermelhos. Seu tamanho era simplesmente intimidador, deveria ter uns quatro metros de comprimento em pé, mas assim tinha apenas dois, o que já assustava. - eu as tirarei daqui. Contudo, se não forem as escolhidas, terão uma morte dolorosa.

Uivos de lobo tomaram conta do lugar.

— Meus lobos se encarregarão desse trabalho.

Avistei a garota ruiva caída no chão há alguns metros, desacordada. Talvez estivesse apenas fingindo, para não ser morta.

— Entretanto, por ora, as deixarei partir. - o lobo rosnou, como se aquilo não o agradasse.

O que aconteceu em seguida foi, no mínimo, esquisito. O lobo lambeu minha testa e eu fiquei inconsciente.


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Notas finais do capítulo

Beijoow



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