Amo você escrita por Nathy Cecilia


Capítulo 1
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Oi gente a tempos não posto fanfic, então resolvi voltar a posta uma nova espero que gostem dessa fic.
Boa leitura!



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Ally Dawson 

 

Aquilo precisava ser um sonho, só poderia ser isso. Minha vida não andava, ou melhor, engatou a macha ré e não saiu mais dela. Está nesse carro não significava nada para mim, eu não queria está aqui.  

 Ontem foi o dia mais difícil no qual já vivi e hoje estou em um carro com uma desconhecida. Minha mãe lutou por cinco anos, poderia ter lutado mais e ter jogado esse câncer para longe, mas ela resolveu ser fraca, ela não tinha o direito. 

 Ela nos deixou eu e Gaby não merecíamos isso, não mesmo. Nós eramos forte, estávamos com ela sempre, mas ela desistiu. Por isso estamos indo para Portland , para uma droga de casa com um pai que conhecemos ontem e uma mocréia que ele chama de mulher. 

—Vamos Ally, não fique assim.- pediu Gaby. 

 Dou apenas um sorriso fraco e ligo o fone de ouvido no ultimo volume, acho que conseguiria me acalmar com isso.  

…  

—Ei chegamos.- disse a voz de Gaby bem distante.- Anda preguiçosa, a viajem não foi tão longa assim. 

 Abri os olhos e os cocei para me acostumar com a claridade. Olhei através da janela uma grande casa, com um lindo gramado em frente e uma bela cerca branca. Se me dissessem eu acho que não acreditaria, aquela casa perfeita para mim só existia em filmes nas cidades cenográficas. 

—É linda.- disse Gaby com os olhos brilhando para aquela casa.  

—Sim, é linda.- concordei. 

 Desci da BMW do papai e foi procurar minhas coisas na mala, mas o homem já estava tirando. 

—Eu faço isso.- disse grossa. 

—Filha eu insis... 

—Filha? Faça a mim esse favor, não me chame de filha. Não acho que você mereça. 

 Puxei minha mala e fui andando parando na entrada do cercado. Levei minha mão ao pescoço e segurei o pingente da minha mãe onde tinha um violino, o instrumento que minha mãe tocava com perfeição. 

—Mãe, porque você foi embora?- sussurrei com lagrimas nos olhos. 

—Ela está com a gente.- disse Gaby ao meu lado. 

 Olhei para Gaby minha irmã gemia. Nós eramos gemias, ou deveríamos ser. Gaby ela linda tinha vida, seus cabelos eram curtos e alisado, os meus eram longos e cacheados, seus enormes olhos castanhos passam alegria. Eu era o oposto dela e ao mesmo tempo tão parecida com ela. 

 -Gaby vamos embora. Ele não merece a gente, você lembra? Ele nos abandonou por ela. 

 Olhei para a mulher na porta da casa com um sorriso de orelha a orelha, abraçada com um garotinho, segundo meu pai ele era nosso irmão tinha quatorze anos. 

—Não temos para onde ir. Não se preocupe em um ano estaremos na faculdade e longe daqui. Tudo bem? 

—Não está bem, mas ao menos tenho você.- disse sorrindo fraco. 

—Temos uma a outra. Agora vamos entrar nessa casa enorme e conhecer nosso quarto novo que deve ser maior que nosso antigo apartamento. 

 Demos a mãos e entramos. Nosso pai estava atrás de nós. Fomos nos aproximando daquela mulher e meu estomago embrulhou, não gostava dela nem um pouco. 

—Meninas quero que vocês conheçam meus filhos esse é meu bebê o Anthony.- falou alisando os lisos cabelos do garoto. 

—Mãe- protestou o menino que não havia gostado por ter sido chamado de bebê. 

—Apresentaria o Daniel para vocês, mas ele foi atender um telefonema da namorada, então quando terminar eu apresento. Vamos venham conhecer seus quartos.- falou aquela mulher. 

—Janete temos nosso próprio quarto, cada uma?- perguntou Gaby. 

—Sim, espero que vocês gostem.- disse sorrindo. 

Dou um sorriso de lado e entro na casa depois de Gaby. A casa era muito mais linda por dentro, em outra vida acho que eu amaria esse lugar, mas a situação não está ajudando. 

—Ah filho, ai está você. Meninas esse é Daniel meu filho, apenas meu, o pai de vocês não contribui-o com isso, se é que você me entendem. 

—Mãe, tenha modos- repreendeu Breno sorrindo.- Prazer em conhecer vocês, sempre tive curiosidade de saber se eram idênticas.  

—Sou Gabriela, mas pode me chamar Gaby.- disse apertando a mão dele com um olhar encantador. 

 Droga, Gaby se apaixona fácil sempre foi assim.  

—Eu sou Ally.- falei sem muito entusiamos. 

 Ele sorriu e me olhou nos olhos, ele realmente é muito bonito. Tem olhos castanhos, cabelos negros e pele branca. 

—Janete leve as meninas até os quartos.- pediu meu pai. 

—Tudo bem.- concordou Janete. 

 Ela nos deu um sorriso e nos a seguimos. Daniel vinha logo atrás junto com Anthony carregando nossas malas. É claro que Daniel carregava a de Gaby. 

—Subimos a escada até o andar de cima, entramos em um corredor e paramos em frente a duas portas. 

—Meninas esses são seus quartos, Gaby o seu é o da esquerda e Ally o da direita. Não decoramos para deixar vocês fazerem isso. Os dois quartos tem suite, então não precisaram do banheiro principal da casa. Meninos levem as malas para dentro. 

 Entrei no meu quarto e tinha a cama, escrivaninha, ar-condicionado, tv e um guarda roupa, o quarto era enorme, aquelas coisas que tinha nele já lotaria meu antigo quarto que ainda divida com Gaby. 

 Abri a porta no banheiro e me assustei, aquilo era de outro mundo. Nunca pensei em morar em um lugar desse. 

—Pode me chamar de Tony.- disse o garoto.- Eu sinto muito por sua mãe, quando o papai me contou fiquei triste e feliz, não me condene, eu conheci minhas irmãs e ela são gemias, sabe o quão o máximo isso é? Todos na escola vão pirar, além de gemias são gatas. 

Eu sorri, foi um sorriso verdadeiro. Eu também estava feliz em finalmente conhecer meu irmão. 

—Papai nunca me disse a idade de vocês. 

—Temos dezoito anos.- respondi ao garoto curioso. 

—Nossa os caras na escolas vão pirar, terei que ter cuidado com o marmanjos da escola, aquele bando de urubu. Eu tenho treze anos.- Ah quase acerto.- faço quatorze em cinco dias e terei uma festa na piscina no fim de semana e claro que você vai, mas não de biquíni, porque... 

—Já chega Tony, não sufoque sua irmã.- falou Daniel na porta. 

—Tude bem Daniel, eu gosto de conversar. - falei e depois olhei para Anthony.- Então está combinado, vou a sua festa e sem biquíni.- sorri. 

—Sim, nem você nem a Gaby. 

 Gargalhei e Daniel me acompanhou. O garoto engraçado saiu do quarto, mas Daniel continuo, de braços cruzados me observando. Decidi ignorar e joguei minha mala na cama para arrumar tudo no guarda roupa. 

—Dani- disse ele ainda parado na porta. 

—O que? 

—Pode me chamar de Dani. 

—Tudo bem. 

—Você e sua irmã são lindas, nunca vi gemias tão bonitas. Tony está certo. 

—Obrigado, se me der licencia preciso arrumar meu quarto e tomar um banho, estou exausta. 

—Se precisar de algo é só me falar.- disse piscando para mim e saiu. 

 Abusado. 

 Depois do jantar tomei um banho e vesti uma calça preta, um ténis cano medio vermelho e uma xadrez preta e branco, para completar uma jaqueta de couro preta. Fiz uma maquiagem que destacasse bem meus olhos e um batom vermelho para dá um toque feminino, soltei meus cabelos e já estava pronta.  

 Daniel havia convidado Gaby e eu para ir a boate. Não estava com vontade alguma, enterrei minha mãe ontem, mas Gaby insistiu, chorou dizendo que precisava se distrair.  

—Está pronta?-perguntou Gaby entrando no quarto. 

 Olhei para e como sempre estava glamorosa. Vestido preto e salto, para completar usava uma bolsa pequena coberta de brilho. 

—Sim, Daniel está?- perguntei. 

—Está sim, está lindo. 

—Gaby não, ele mora com a gente e tem uma namorada, então não.- Alertei. 

—Mais ele realmente é lindo, isso não posso negar. 

—Arg tanto faz, vamos logo a essa boate. 

No caminho para a boate tudo estava silencioso. Gaby estava no banco da frente com Daniel. 

—Vamos pegar minha namorada e um amigo, tudo bem?- perguntou Daniel. 

—Claro. 

 O carro voltou a ficar silencioso, mas Daniel parecia não querer o silencio. 

—Vocês estão lindas, principalmente você Gaby. 

 Droga, cretino. Gaby iria ficar caidinha por ele. 

—Obrigado.- disse Gaby com voz fina. 

—A boate tem musica ao vivo hoje, vocês gostam? 

—Sim, eu gosto. É boa a banda?- perguntei empolgada.  

Graças a minha mãe passei a amar a musica, mas não consiga tocar instrumento algum. 

—Não sei, é uma banda por semana. 

 Paramos no próximo quarteirão e Gaby foi para o banco de trás, a namorada de Daniel havia chegado junto com o amigo. 

—Ainda não acredito que são gemias.- disse o amigo de Daniel nos encarando. 

—Elliot menos, bem menos. Esse espanto não é para tanto.- pediu Daniel. 

—É Elliot não seja um panaca.- Disse Brooke a namorado no Daniel. 

 Ao entrarmos na boate nossos ouvidos são invadidos por gritos e palmas. 

 -Agora vamos para a ultima musica pessoal. A próxima musica é do Ed Sheeran ela se chama Photograph. 

 Disse a voz suave que me fez estremecer, aquele homem era lindo o mais lindo que já vi. 

Ele começou a tocar o violão junto com mais um loiro no palco. Fomos andando pela multidão muito rápido, a boate não era grande e logo estávamos em frente ao pequeno palco. 

"Loving can hurt 

Loving can hurt sometimes... 

Ele me chamou atenção, sua voz era a mais linda que já havia ouvido. Parecia viver a musica. 

But it's the only thing that I know 

When it gets hard 

You know it can get hard sometimes 

It is the only thing that makes us feel alive..." 

 Então ele me olhou e não tirou a atenção. Eu corei, tinha certeza que havia corado, mas não conseguia parar de olhar para ele, seu canto era divino. 

—Ally?- chamou Gaby. 

 Fui obrigada a não olhar mais para ele. Olhei para Gaby e depois Daniel, ele dançava e beijava a namorada com ternura, e o Elliot beija outra garota que eu tinha certeza que ele não conhecia. Dou um sorrio para Gaby. 

—Vamos beber alguma coisa?- perguntei a Gaby. 

—Sim, preciso.- Gaby sorriu de volta.  

—Então vamos. 

 Olhei para o loiro e a musica acabou, mas ele ainda continuava me olhando.  

 Com a saída da banda começou a tocar uma musica eletrónica. Fomos até o bar e pedimos refrigerantes, mas então Gaby deu duas piscadas e um sorriso, então ganhamos bebidas alcoólicas.  

—Ei não saiam de perto- disse Daniel nos surpreendendo.  

—Vocês estavam acompanhado, por falar nisso onde está a menina que você estava beijando Elliot?- perguntei sorrindo e ele apenas deu de ombro.  

—Bem se a gente se perder de novo, nos encontramos no carro as três horas. 

—Tudo bem.- respondi tomando a bebida que estava em minha mão de vez. 

—Ei Gaby, quer dançar?- perguntou Elliot.- Ei como conseguiram as bebidas? 

—Gaby sorriu.- respondei gargalhando. 

—Mas você pode sorri e ganhar bebidas, são bem parecidas. 

—Não, não ganho. Agora vão dançar e me deixem em paz. 

—Lembre-se...- disse Daniel. 

—Já sei, no carro. Vão embora logo. 

 Voltei a atenção para meu copo vazio. Aquilo era ridículo eu não estava me divertindo nada. Algumas meninas pararam ao meu lado e pediram bebidas, sorrindo e falando alto, seus vestidos e saltos só serviram para me lembrar que aquele com toda certeza não era o meu mundo. 

—E ai Austin, o de sempre? 

—Sim, duas doses e uma cerveja. 

 Olhei para o lado e lá estava o cantor. Ele me olhou e sorriu, o sorriso mais lindo que já vi. 

—Aqui está Austin.- disse o barmen entregando as bebidas.  

 Voltei minha atenção para meu copo para não olhar para o loiro ao meu lado. Até vejo a cerveja ser empurrada para mim. Olho para o lado e o loiro aponta para a cerveja e sorri. 

—Você precisa disso. 

—Não, não preciso. 

—Ah estamos em uma boate e sua cara não está das melhores, então você precisa sim.  

—Não eu... 

—Sou Austin Moon e você é...? 

—Eu não vou te dizer meu nome- respondi sorrindo sínica.  

—Ah vai, eu te dei uma cerveja.- disse dando tomando sua bebida verde em um gole só. 

—Licor? Você bebe licor em uma boate?- perguntei.- Acho que não sou a única estranha. 

—É doce e me deixa feliz rápido, então posso beber quantos quiser sem fazer cara feia.- respondeu tomando a outra dose. 

 Ele é o cara mais sínico que já vi na vida. Empurrei a cerveja ate ele. 

—Prefiro tequila. 

—Ok então, Make duas doses de tequila. 

 Ele me olhou sorrindo colocando a mão no queixo assistindo a tudo aquilo. Mike logo entrega as doses para nós. 

—Agora acho que você pode me contar meu nome.  

 Olhei para ele e peguei o copo tomando toda a tequila de uma vez só, então Austin me passou o outro copo e sorriu, já com outro como que licor na mão, como ele pediu e eu não vi? Ele estendeu o copo para mim propondo um brinde, peguei o outro copo cheio e levei ate perto ao dele. 

—Ao seu nome.- disse brindando, tomamos nossas bebidas em um só gole. 

—Ally Dawson- respondi a pergunta que ele tanto queria que fosse respondida.  

—Qual a sua idade? 

—Ora Austin, é indelicado perguntar a idade de uma mulher. 

—Ah claro que falta de educação a minha, eu tenho vinte e um. 

—Eu tenho dezoito.- respondi sorrindo. 

—Ora ora, acho que você não deveria está bebendo essas bebidas. 

—Provavelmente não, mas você insistiu. 

—Ah não me culpe.- fingiu está desapontado.- beba licor comigo? 

—Não, já chega de álcool por hoje. 

—É já chega, vou tomar esse ultimo copo e pronto. 

 O observei tomar a ultima dose. Observei quando passou a língua no lábio inferior me provocando.  

 -Vamos dançar?- perguntou. 

 Tocava ao fundo "Light it up", eu aceitei, não sei o que deu em mim. Eu não sabia dançar, mas queria dançar com ele.  

 Austin começou a dançar próximo a mim, mas eu não me mexia, não ousaria não passaria vergonha, não hoje. 

—Vamos dance comigo. 

—Eu não sei. 

 Agradeci por está escuro do jeito que minha bochechas estavam quentes eu estava vermelha.  

 Ele me olhou e se aproximou mais segurando em minha cintura, e mexendo o ritmo da musica. 

—É só me segui. 

 E começamos a dançar, um encaixado ao outro. Varias musicas depois nos ainda dançávamos rindo, eu realmente estava me divertindo. Estávamos com os rostos tão próximos que podia sentir o cheio de menta e álcool em seu hálito. Ele roçou sua boca na minha e eu fui ao delírio eu queria ser beijada por ele. 

—Vem vamos sair daqui. 

 Ele pegou minha mão e eu fui com ele. Ele me levou até um canto mais escuro da boate e encostou sua boca a minha, estávamos nos beijando. Seu gosto é maravilhoso, o licor de menta e o álcool da tequila em minha boca deram um toque especial. Sua língua encostou na minha eu gemi apertando ele contra mim e ele gemeu ao meu toque, levando uma mão a minha nuca e a outra a minha cintura aprofundando o beijo. 

  Lembrei da hora e soltei Austin. Olhei o relógio em meu pulso, já se passavam das três, droga. 

—Eu tenho que ir.- disse quando ele tentou me beijar de novo. 

 Ele puxou meu lábio inferior e sugou minha língua para sua boca. 

—Quero te ver de novo.- disse roçando seus lábios nos meus.  

 Sorri e dei meu numero a ele. Tentei ir embora, mas ele insistiu que precisava de mais um beijo, então fiquei de ponta de pé e deixei que ele fizesse todo o trabalho com sua língua. 

—Me encontre de novo.- pediu ele. 

—Onde seria? 

—Em frente a praça principal de Portland, pode ser? Sabe onde é? 

—Não, mais não se preocupe eu descubro. 

—Na terça? 

—Combinado. 

 Me virei para ir embora e Austin me abraçou pelas costas e cheirou meu cabelo. 

—Hum tem cheio de morangos frescos. 

—Austin eu tenho que ir. 

 Ele beijou minha nuca me fazendo arrepiar e sorriu. 

—Tudo bem vá logo, ande. 

 Sorri e corri, olhei mais uma vez para ele que sorria de braços cruzados, soltei um beijo no ar e sorri, Austin fingiu pegar o beijo e levou a mão a boca sorrindo. Virei e fui embora, dessa vez sem olhar pra trás.


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Notas finais do capítulo

Então gostaram? Eu realmente espero que sim.
Até a próxima.
Beijos da Nathy :*