10 Crônicas Selecionadas escrita por thaiisfalcao


Capítulo 10
Comédia: 10 - Primos...


Notas iniciais do capítulo

Oiee povinho de Deus! Quem aqui quer me matar por ter ficado tão sumida? õ ***vergonha***

Desculpa mesmo amores! Voltou as aulas e eu tô sem tempo para escrever as fics! :S

Espero que gostem e que deem muita risada! =D



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Sair com parentes sempre é um castigo! Principalmente se for com o meu primo Fernando. Ele é a peste em forma de gente! Imagine alguém chato. Imaginou? Ele com toda a certeza do mundo é bem pior! O Fer é um ano mais velho do que eu, por isso tenho que atura-lo desde sempre! Se eu fosse somar tudo que ele já quebrou, desmanchou, pisou ou sentou em cima (o traseiro daquele menino é potente!) , daria para encher o Maracanã! Minha mãe sabe que eu o odeio, mas ainda assim chama-o para passar as férias em casa (para piorar, o chato ainda é do interior! Um chato caipira!).

 

Bom, como sempre, o Fernando estava em casa em janeiro. Eu estava sossegada no meu lendo “Fala sério, amiga!” quando o ser chato chega:

 

- Oi, priminha linda do meu coração! A priminha mais linda e gostosa que alguém poderia ter! Você sabe que eu te love, né?

 

Aff! Eu não merecia! Eu devo ter arrotado na santa ceia! Só pode! Ele era só um ano mais velho do que eu e me chamava de “priminha”. Pelo tanto de elogios, ele queria alguma coisa:

 

- Fala logo o que quer Fernando! Eu to lendo!

 

- Assim magoa Luíza! – disse fingindo estar chorando. – O que pensa que eu sou? – agora virou música da Banda Djavú! – Eu só queria saber se você quer pagar um sorvete de chocolate para mim! E então, quer fazer essa honra? – disse com cara de cachorro que caiu do caminhão de mudanças do Michael Jackson.

 

- Ta bom, Fer! Vamo simborá! – era impossível resistir a aquela carinha fofa!

 

Eu peguei o dinheiro e a gente foi. No caminha da sorveteria, ele aprontou de tudo e mais um pouco. O Fernando latiu para um cachorro, bateu na bunda de uma velha que passava, chamou um menino de gay e começou a imitar um carro de polícia quando a gente passou na frente de dois policias (nessa hora nós quase fomos em cana!). Por fim, conseguimos (finalmente!) chegar a sorveteira. Ele pediu o maior sorvete que tinha (me deixando no prejuízo) e eu peguei uma casquinha de sorvete de limão . Como tinha gente em todas as mesinhas, fomos sentar na pracinha da frente. O único problema era que para chegar até o banco aonde íamos nos sentar tinha que atravessar a rua. Para fazer isso, o Fer imitou uma bailarina e ficou dançando balé até chegarmos ao banco. Para piorar, quase derrubou o sorvete caro. Mico total!

 

Sentamos no banco que tinha menos fezes de passarinho e começamos a tomar sorvete. Um senhor passou pela gente e o Fernando gritou:

 

- Tira a mão de dentro dessa saia menina! Para de se masturbar! Você não ta vendo que tem um senhor passando? Olha a falta de respeito! Eu vou contar tudo para a titia!

 

O homem me olhou com um sorriso safado (medo!) e eu fiquei vermelha igual um tomate! . Logo ele viu que tudo não passou de uma brincadeira de muito mal gosto do Fernando e continuou andando emburrado da vida (acho que ele tinha segundas, terceiras e quartas intenções comigo! Medo!) .

 

Quando eu pensei que não podia ficar pior, uma mulher passou com o filho e o Fernando começou:

 

- Oooooh, lá em casa! Essa eu catava e comia o dia todo! Não quer ter outro filho, gostosa? Eu posso fazer com você, delícia!

 

A mulher olhou pasma (não me perguntem da onde eu tirei essa palavra!) e o idiota do meu primo piscou para ela. Ele ficou mandando beijinhos e fazendo gestos obscenos para a mulher! Ela ficou desesperada, pegou o filho no colo e saiu correndo.

 

- Seu filho da mãe! Para de fazer isso, seu vagabundo! – disse dando um tapa bem forte na cabeça dele.

 

- Ai priminha! Para de ser tão grossa!

 

Ele ficou quieto tomando sorvete durante vários minutos, mas, como felicidade de pobre dura pouco, uma família estava passando na nossa frente e ele gritou:

 

- Como assim, Jéssica Letícia? Você está grávida? Mas, como? A gente transou de camisinha! Esse filho não pode ser meu! Sua vagabunda! Fica transando com o primeiro que passa e depois diz que o filho é meu! Aposto que se ele – disse apontando para o pai da família, que já tinham parado na calçada para ver a nossa “briga”. – não estivesse com a mulher, você transava como ele atrás desse banco!

 

A mulher me olhou com um olhar mortal, me fuzilando e saiu puxando a família o mais rápido e o mais longe possível. Eu queria enforcar o Fernando em praça pública! . Esse moleque era impossível mesmo. Quando eu chegasse em casa, iria convencer a minha mãe nunca mais deixar ele pisar em casa.

 

Uma vez na merda, mais na merda você fica ! Um gatinho muito delícia estava me paquerando do outro lado da rua. Ele atravessou para chegar mais perto de mim quando o meu primo levantou e começou a gritar (será que o Fernando não sabe falar num tom normal?) :

 

- Qualé, meu irmão! Vai ficar dando em cima da mina dos outros? Perdeu a noção do perigo? Tem que ser muito macho para catar essa gostosa aqui! – disse dando um beijo na minha boca! Eca! Eu teria que lavar a minha boca com muita água com sabão por vários dias seguidos. O menino me olhou e saiu correndo. – Isso mesmo, playboy! Foge para sua mamãe! Porque essa daí, eu também já comi!

 

Eu devo ter jogado pedra na cruz de Jesus Cristo para merecer isso! O mico subiu para grau 100! Pior do que isso não poderia ficar! Engano da gostosa aqui! Uma amiga minha estava passando com o cachorro e parou para conversar comigo:

 

- Lu! Quanto tempo menina! Tava com saudades amiga! – disse me dando um abraço.

 

- Carol! Muito tempo mesmo! Também tava com saudades!

 

- Não vai me apresentar essa sua amiga gatinha, Luíza? – disse Fernando dando um sorriso torto estilo Edward Cullen (podem babar meninas!).

 

- Carol, Fernando, o meu primo. Fernando, Carol, a minha super amiga!

 

- Ela é super mesmo! Uma delícia ambulante! Uma verdadeira Califórnia Girl – disse chegando mais perto da menina. Eu não devia ter o deixado ouvir Katy Perry ontem até de madrugada.

 

A Carol me olhava assustada. Ela era santa pra caramba! Só tinha beijado dois meninos na vida. A menina mais certinha que eu conhecia.

 

- Então, você já teve aula de canto? – disse o meu primo anta. Levantando uma sobrancelha.

 

- N-não. – a menina já tava até gaguejando.

 

- Então, vamos ali no canto que eu te ensino! – disse piscando e batendo na bunda da minha amiga! O Fernando era meio tarado em bater na bunda das pessoas (medo!).

 

- Acho que eu já vou ter que ir, Lu! Foi um prazer te encontrar de novo. Tchau. – disse a Carol saindo o mais rápido possível.

 

- Satisfeito, Fernando?

 

- Eu ficaria mais se ela tivesse ido ao canto comigo. Agora fiquei na seca!

 

- Bem feito! Isso é para você aprender! Vamos embora, antes que você arrume mais confusão! – disse puxando ele pela mão.

 

Nós fomos andando até a minha casa e ele colocou o braço no meu ombro, me envolvendo. E disse no meu ouvido:

 

- Você sabe que eu te amo demais, né gata?

 

- Eu também te amo, meu gostoso!

 

- Eu sabia! Ela me ama gente! Eu sou o homem mais feliz da Terra agora! – disse gritando para quem quisesse ouvir.

 

- Tonto! – disse rindo e dando um tapa de leve no seu ombro.

 

Mas, no final das contas, esse foi um dos melhores dias da minha vida. Eu nunca dei tanta risada assim. Só o Fernando para fazer essas coisas mesmo. Essa foi o tipo de dia que a gente lembra para sempre, que conta para os filhos, netos, bisnetos... Opa, será que ele me ama de verdade ou só como primo? .


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Notas finais do capítulo

Pois bem galerinha do meu S2, esse foi o último capítulo! ç.ç Eu também estou triste amores! Vou sentir muita falta de vocês todos! Vou parar de falar aqui e escrever tudo nos agradecimentos!

Kisses ;*