Te Fuíste de Aquí escrita por Maitê Miasi


Capítulo 36
Capítulo 36


Notas iniciais do capítulo

"Mas quando eu estiver morto
Suplico que não me mate, não
Dentro de ti, dentro de ti." -Nando Reis



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Leonel: (segurando Fabíola, e falando com Alice) Alice corre para sua mãe!

Alice, esperta, corre se jogando no colo dos pais, enquanto Leonel segurava Fabíola, tentando desarmá-la.

Eles permacem alguns minutos assim. Quando de repente se ouve o barulho do tiro.

***

Leonel e Fabíola ficam se olhando com cara de espantados por alguns segundos, e Leonel cai no chão ensanguentado, enquanto Fabíola começa a se desesperar.

Fabíola joga a arma no chão, e um dos policiais aproveitam para detê-la. Por um instante, Maria e Estêvão deixam Alice com o outro policial, e vão até Leonel.

Fabíola: (chorando) Maria, eu não queria atirar nele!

Maria: Cala a boca sua estúpida!

Estêvão: (abaixando-se) Calma irmão, já ligamos pra ambulância!

Leonel: Estêvão, cuida bem da Maria, e sejam felizes!

Maria: (chorando) Leonel, não se despeça, você vai sair dessa!

Leonel: Acho que não Maria, estou sentindo que não vou resistir! Mas não me arrependo, foi pra salvar a filha de vocês, então valeu muito a pena! Eu peço que não me esqueçam, pois vocês são muito importantes pra mim. Ah, Maria nunca se esqueça: eu te amo!

Ao dizer essas palavras, Leonel dá seu último suspiro, e morre.

Maria: (gritando) Nãããão!!

Maria e Estêvão se põe a chorar pela partida tão trágica do amigo. Eles seriam gratos a ele pelo resto da vida, pois se Alice estava bem, era graças a Leonel.

Não muito tempo depois, chegam mais policiais, e também a ambulância. Fabíola é presa sendo acusada pelo sequestro de um incapaz, e por homicídio doloso.

Fabíola: Maria, me perdoe, eu não queria matá-lo!

Maria: Eu nunca vou te perdoar Fabíola, o que você fez foi um ato desumano!

Os policiais a levam para o carro, e assim para a delegacia.

Estêvão: Meu amor, tenta se acalmar! Olha eu vou com eles para resolver os trâmites, para enterrá-lo o quanto antes.

Maria: Eu vou com você!

Estêvão: Não! Você vai pra casa, esse ambiente não é bom pra nossa filha. Você também tem que descansar, que, provavelmente vão te chamar pra depôr. Assim que der te ligo.

Maria: Tudo bem.

Estêvão: (falando com um policial) Por favor, a leve para casa, ela não está em condições de dirigir!

Policial 2: Claro! Vamos senhora!

Eles saem, e Estêvão vai junto com os outros policiais que iriam cuidar do caso do Leonel, para poderem logo fazer o seu enterro.

***Casa dos Fernández ***

Maria chega em casa, e Alice corre para abraçar os que ficaram a sua espera.

Carmen logo percebe a fisionomia triste da filha, e fica preocupada.

Carmen: Filha, cadê Estêvão e Leonel?

Maria: O Estêvão foi com os policiais levar o corpo de Leonel para o necrotério para fazer autópsia do seu corpo! (chora)

Daniela: (começa a chorar) Não, me diz que...

Maria: (interrompe) Sim, o Leonel se foi...

Todos se derramam em prantos. Leonel era uma pessoa muito querida por todos, principalmente pelos San Romon.

Alba: Maria, o que foi que houve?

Maria: Fabíola estava fazendo Alice de refém, e ele conseguiu fazer com ela se distraisse, então ele a agarrou. Alice correu para mim, e ele tentava desarmar Fabíola, quando o tiro saiu.

Daniela: Desgraçada!

Laura: Eu não acredito nisso! Leonel era como se fosse da minha família, não da pra acreditar que ele esta morto!

Bruno: É incrível pensar que a ambição de uma pessoa levou à morte de um inocente!

Greco: E minha mãe tia?

Maria: Ela foi presa, em flagrante, e provavelmente vai ser levada a julgamento. Eu não vou te enganar Greco, mas ela deve pegar muitos anos de prisão.

Carmen: Eu vou até a delegacia, eu preciso vê-la!

Maria: Tem certeza que a senhora quer fazer isso?

Carmen: Tenho, ela é minha filha, e mesmo que eu quisesse não poderia deixá-lá! (sai)

Não muito tempo depois que Carmen sai, Estêvão chega.

Laura: Pai! (o abraça chorando)

Estêvão: Meu amor! Vocês já estão sabendo, não é?

Alba: Sim, Maria já nos disse!

Estêvão: O corpo já foi mandado para a autópsia, e após vai para funerária  para arrumarem, e logo será o enterro. Mãe, eu resolvi enterrá-lo junto com a nossa família.

Alba: Claro, nada mais justo!

Estêvão: Cadê Alice e Carmen?

Maria: Mandei a babá dar um banho na Alice, enquanto a minha mãe foi até a delegacia ver a minha irmã.

***Delegacia***

Fabíola estava numa cela sozinha, e vê quando sua mãe chega, e se surpreende,  pois não a esperava ali.

Fabíola: (se levanta) Mãe, o que a senhora está fazendo aqui?

Carmen olha para Fabíola e começa a chorar.

Carmen: Onde foi que eu errei? Me diz!

Fabíola: (começa a chorar) Mãe, eu não sou uma assassina! Eu não queria matar o Leonel, a arma disparou sem querer! Mãe, me perdoa por favor!

Carmen: Fabíola, eu não poderia terminar a minha vida com magoas de você, mas eu quero que você pague por todo o mal que você causou! Você tirou uma vida, isso é muito grave!

Fabíola: Mas eu estou arrependida! Será que a senhora não entende?

Carmen: Entendo, e fico feliz com o seu arrependimento. Mas todas as nossas ações tem consequências, e você vai ter que pagar aqui dentro.

Fabíola: E meu filho? Eu quero ver o meu filho!

Carmen: Eu posso falar pra ele vir aqui, mas não se surpreenda se ele tem rejeitar. Agora eu vou pra casa. Ah, não pense que eu estarei sempre aqui, pos eu não farei isso. (sai)

Ao ver Carmen saindo, Fabíola chora amargamente, e pensa nas consequências dos seus atos.

O dia passa, e a noite também, e as famílias se preparam para um momento tão doloroso: o enterro de Leonel.

Todos foram a prestar última homenagem ao amigo, que entregara sua vida, para salvar a vida da pequena Alice. O momento era doloroso, e ninguém continha suas lágrimas, era um pedaço deles que estava sendo enterrado ali.

Frente do cemitério

Maria: Acabou né!

Alba: Parece que eu estou num pesadelo, como eu queria acordar logo.

Greco: Eu não o convivi muito com ele, mas o pouco tempo, deu pra perceber que ela era muito gente fina!

Estêvão: Demais! Ele era como um irmão, sempre me aconselhava, me ajudava, enfim, triste fim.

Daniela: Bom, agora bola pra frente, e tentar lembrar só das coisas boas!

Carmen: E só de pensar que ainda temos que ir ao julgamento da Fabíola.

Laura: Puta merda, ainda tem isso!

Alba: Meu amor, olha a boca!

Bruno: Eu só estou esperando a sentença sair, e vou sair do país, eu não tenho mais nada o que fazer aqui!

Greco: Pai, e eu?

Bruno: Filho, você vai saber viver muito bem sem mim, mas eu não vou sumi da vida de vocês, só preciso de um tempo de tudo que está acontecendo.

Greco: Claro!

Vivian: Acho melhor irmos para casa, não é conveniente ficarmos conversando na porta do cemitério!

Estêvão: Vivian tem razão. Amor, eu vou levar minha mãe e Daniela em casa e ficar um pouco com elas, e depois vou pra casa.

Maria: Claro tudo bem!

Laura: Pai, eu também vou com o senhor!

Estêvão: Está bem filha.

Os quatro saem.

Bruno: Então é melhor Greco vir comigo, assim as meninas vão com Maria, no carro dela.

Greco: Por mim, tudo bem.

Os dois saem.

Carro de Maria.

Maria: Nunca poderia imaginar que eu iria no julgamento da minha irmã.

Carmen: E eu. Isso parte meu coração! Ontem, quando eu falei com ela, ela me pareceu arrependida, mas eu disse que ela teria que pagar.

Vivian: A vida de vocês deu uma volta de 360°, e não foi uma vez só.

Maria: Mas acho que agora nós vamos nos estabilizar.

Carmen: Tomara...

DIA DO JULGAMENTO DE FABÍOLA

Juiz: Bom, como já estão todos presentes, irei começar o julgamento. A ré, aqui presente, Fabíola Fernández Mendizábal, acusada de homicídio doloso e sequestro de incapaz...

O juiz faz todo discurso comum em um julgamento. Ele houve as testemunhas de acusação, e analisa o caso com muita cautela, pois não era um caso simples. E após algumas horas, ele chega ao veredito.

Juiz: A ré aqui presente, foi declarada culpada por dois crimes, e a sua sentença será a prisão perpétua em regime fechado. A seção está encerrada!

Fabíola começa a chorar e gritar desesperadamente, mas infelizmente a família não poderia fazer nada para ajudar.

Fabíola: Mãe não me deixa aqui!

Policial: Por favor senhora, não torne as coisas mais difíceis!

Fabíola: Maria, por favor, me perdoa, por favor irmã!

Maria: Eu te perdôo Fabíola! Mas agora você só está colhendo o que plantou!

Fabíola: Greco, filho eu te amo!

Policial: Temos que ir agora! (saem)

Greco se põe a chorar como uma criança, ele ainda não tinha aceitado quem era sua mãe de verdade.

Laura: Greco...

Estêvão: Vamos pra casa, nós não temos mais nada pra fazer aqui.

Finalmente tudo tinha acabado. Alice estava bem, Fabíola estava pagando por seus delitos. Agora somente o tempo sararia a dor que era notória em ambas as famílias.

Dois meses se passam após o ocorrido. Tudo já estava voltando ao seu lugar, o tempo realmente estava cumprindo com seu trabalho.

***Casa dos San Roman***

Daniela chega em casa com um envelope na mão gritando estericamante.

Alba: Meu Deus, pensei até que fosse a Laura entrando aqui! O que houve pra você está tão feliz assim?

Daniela: Eu passei naquela prova!

Estêvão: Não brinca! (abraça a irmã )

Alba: (meio triste) Então quer dizer que você vai sair do país?

Daniela: Mãe, é só uma pequena temporada, eu vou voltar!

Estêvão: Mãe, deixa ela, ela precisa ter suas próprias experiências.

Alba: Vocês tem razão, eu estou sendo egoísta. (abraçando a filha) Meus parabéns meu amor!

Daniela: Obrigada meus amores!

Estêvão: E quando você vai?

Daniela: Daqui há dois meses!

Mais tarde, naquele mesmo dia.

***Casa dos Fernández***

A família jantava alegremente, conversando. Toda a dor sentida, já estava cicatrizando, agora tudo não passavam de lembranças.

Greco: Pai, quando o senhor vai viajar?

Bruno: Daqui há uns dois meses. Tô fechando umas coisas no trabalho, e assim que resolver, eu vou.

Maria: Bruno, espero que você nunca se esqueça que essas portas sempre estarão abertas pra você!

Bruno: Eu sei Maria, e eu agradeço!

Carmen: Você continua sendo da família, mesmo que não seja mais marido da minha filha!

Laura: Só que quando ele voltar, vai vir com uma gringa poderosa! (rindo)

Estêvão: Filha, olha os modos!

Bruno: Deixa ela Estêvão. Pode deixar Laurinha, vou voltar com uma gringa bem gostosa! (rindo)

Greco: Eu dou o maior apoio para o senhor retomar sua vida.

Maria: Que bom que você pesa assim Greco.

Greco: Eu não sou egoísta , o que eu mais quero é que meu pai seja feliz!

Carmen: Isso prova que você se tornou um homem maduro!

Greco: Não precisa exagerar vó. Mas pegando a deixa da minha vó, e mostrando que eu já me tornei um homem maduro, eu quero fazer um pedido para você meu amor!

Laura: (sem entender) Pra mim? O que?

Greco: (se levanta tirando uma caixinha do bolso) Laura, meu amor, você quer se casar comigo?

Continua…


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Notas finais do capítulo

Mais um capítulo, espero que gostem. Beijos!
(reta final)



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