O que Sobrou de Um Coração escrita por Akasha


Capítulo 3
Entre a Cruz e a Espada - Parte I


Notas iniciais do capítulo

Boa noite pessoinhas!!!!
Eis mais um capitulo para vocês.... espero que gostem.. essa é a primeira parte... a segunda eu ainda não escrevi... mas acho que vai ficar beeem legal....



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_A garota desceu as escadas sem abaixar a cabeça em momento algum, nem para olhar os degraus. Seus olhos eram de um verde profundo e límpido. Uma princesa flutuando escada abaixo. Um sonho real que se transformou quando a garota se aproximou e os dois conversaram pela primeira vez. Damon sentiu-se um idiota.

 

- Querida, este é o Sr. Salvatore.

- Prazer Sta. Sparrow.

 

            Os olhos verdes da garota encararam Damon de cima a baixo e sem lhe olhar nos olhos Karoline se virou para o Sr. Sparrow e disse:

 

- Tanto faz.

 

            Então ela foi em direção a outro cômodo deixando Damon bastante incomodado. Nunca ninguém o rejeitara antes. Não daquela forma. Mas isso não era importante, não agora. Ele precisava destruir Katherine, por tudo o que ela lhe fizera, porém não era simples assim, ela era forte e hábil. Damon não poderia sozinha. Mas agora também não acreditava mais nessa garota. Ela não parecia ser nada demais.

 

- Peço desculpas por minha filha. Ela tem passado por muitas coisas ultimamente. – O Sr. Sparrow se desculpou enquanto analisava alguns documentos. Nada além de educação.

- Eu compreendo. – Foi tudo o que Damon se limitou a dizer.

- Então Sr. Salvatore, o senhor já está hospedado nesta cidade?  - A pergunta pegou Damon desprevenido.

- Não, para falar a verdade. Eu acabei de chegar.

- Compreendo. – O Sr. Sparrow ponderou por um minuto e tornou a falar. – Podes ficar aqui essa noite se preferir, aproveitamos para expor as regras desta casa. Por favor, sente-se.

 

            Regras? Damon não deveria estar ali. Humanos, vampiros e regras? Essas três palavras não faziam sentido em uma mesma frase. Pelo menos não para Damon. Mais uma vez Damon teve de se concentrar para não rir e ir embora. Bem maior. Era tudo em que Damon pensava.

 

******

 

            À noite já deitado, Damon refletia sobre o que estava fazendo. Aquilo era loucura, todos ali eram loucos. Principalmente o dono da casa. Um vampiro que tem uma filha humana caçadora de outros vampiros e dono de regras. Ah, as regras.. eram tão ridículas e ainda era apenas três.

            A primeira era que tudo o que fosse ordenado por Karoline deveria ser feito sem ser questionado a não ser que ela se colocasse em perigo. Toda e qualquer ordem que colocasse a garota humana em perigo deveria ser ignorada.

            A segunda era bem simples, os empregados não eram comida. Não seria tolerado nenhum ataque aos funcionários da casa, que eram humanos porém sabiam que ali moravam vampiros e que a garota era a esperança contra uma possível guerra.

            A terceira regra era a básica de todo vampiro. Manter se invisível para não colocar os demais em risco.

            O aviso ao final das regras parecia mais um jogo de espionagem. Qualquer um que desobedecesse a alguma das regras não seria punido ou banido daquilo que mais parecia uma irmandade, seria assassinado.

******

 

            A manhã veio sem novidades. Já no saguão a espera da "miss simpatia" Damon pensava novamente no papel ridículo que estava fazendo. Ser segurança. Era só o que faltava. Seria a sombra de uma menina mimada de 15 anos. Então obviamente ele iria levá-la ao shopping. Damon ainda se debatia mentalmente quando a garota o tirou de seus pensamentos de forma sutil.

 

- Vai demorar muito?

- Podemos ir. – Damon respondeu.

 

            Os dois foram em silencio até o carro. A garota parecia se sentir superior, mas quem era Damon para julgar. Ele poderia agir da mesma forma, afinal ele deveria manter-la segura e não ser sutil com ela. Era isso o que ele iria fazer. Agora do mesmo jeito que estava sendo tratado ele iria responder.

            E assim os dias seguiram, Damon estava começando a ficar desapontado afinal faziam três meses que ele estava ali e nada de Katherine. Na verdade não tinha tido nenhuma demonstração do poder da tal garota. Na mansão ele não conversava com ninguém, talvez com uma ou outra empregada enquanto esperava pela garotinha mimada. Garota que ele iria levar uma festinha da escola. Por um momento ele se permitiu imaginar a cabeça da garota de mini vestido preto, que descia as escadas neste exato momento, virado em um ângulo de 180 graus suspendendo um corpo já sem vida. Nada além da doce imaginação.

            A festa era em um local estranho, escuro e úmido. Um galpão abandonado, pichado e cheio de adolescentes alcoolizados.  “Um ótimo local para uma boquinha.”

 

- KAROLINE!!! – Uma voz grave chamou pela garota de algum lugar.

- Jeff... – Karoline o cumprimentou.

 

            O garoto era esguio e magro, de pele clara e cabelos negros levemente ondulados até o ombro de forma totalmente desalinhada. Ele a pegou pelo braço e a levou para dentro. Damon prontamente os acompanhou a distancia. A garota se misturou a confusão de adolescentes na pista de dança e Damon pediu ao barman um copo de uísque. Sentou-se em uma bancada e virou-se ficando de frente para a pista a fim de monitorar a garota. “Inutilidade”

            Não demorou muito para as pequenas confusões começarem. Crianças com álcool poderiam ser uma arma mortal. Para Damon assistir as pequenas confusões era a única distração.

            Em meio as pequenas confusões e a multidão que dançava, bebia e gritava Damon encontrou um par de olhos verdes assustados, com a habitual trança um tanto que desarrumada. Karoline estava assustada, e isso não era normal.

            A menina arrogante, na maioria das poucas vezes que conversara com ele, disse-lhe apenas uma palavra quando o pegou pela mão. Foi a primeira vez que isso aconteceu. Ela jamais tocara alguém dentro daquela casa além do pai.

 

- Vem! – Não foi um pedido, foi uma ordem, algo estava acontecendo. Karoline o arrastou para fora do galpão.

- O que houve? Seu namoradinho estava com outra e vocês saíram no tapa? – Karoline o soltou e abruptamente parou, virando-se para Damon.

- Não, mas a sua sim. Agora cala-a-boca, e deixa quem sabe dirigir. – Com um ato sutil a menina de olhos verdes assustados colocou a mão no bolso esquerdo da calça jeans de Damon e tirou as chaves do jaguar.

- Nem pense nisso... você é... humana. Meus reflexos são melhores.

- Me chama de humana de novo pra ver o que te acontece. – Ela entrou do lado do motorista e abriu a porta do carona para Damon. – Entra ou vou te deixar aqui. -  Sem ter o que fazer Damon apenas sentou-se no banco do carona.

- O que diabos está acontecendo Karoline? – No mesmo segundo que Damon dizia essas palavras, Karoline acelerava a 100km/h fazendo o motor gritar.

- Esse carro não anda? – Ela questionou nervosa.

- Não é um de corrida.

- Inferno.

- Karoline, o que está acontecendo? – Damon queria explicações, não discutir sobre o carro.

- Você não está sentindo?

- Sentindo o que? – Karoline então virou o rosto totalmente para Damon. – Olha para a estrada!!! – Damon a advertiu mas não adiantou.

- Kath... está perto... Você não consegue senti-la?

- Quem é Kath?

- Katherine, sua ex namorada... a louca... – Damon ficou paralisado. Completamente imóvel... Katherine estava perto... vindo...

 

Continua....


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Notas finais do capítulo

Reviews???

Beijos e Mordidinhas