Somente Pessoas Autorizadas escrita por Mary e Mimym


Capítulo 4
O Outro Lado: Suspeitos




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A hora passava e os Seguranças Oficiais ainda não apareciam com mais informações.

— Já falou com a Agente? - Perguntou Mary, parada em frente a uma pasta, na prateleira de Arquivos Sigilosos.

— Sim, ela está vindo. Acho melhor irmos para a sala de Reuniões. - Confirmou Mimym.

Mary estava dispersa e fugiu do assunto primário, observando, ainda, a pasta, cuja etiqueta estava escrito: "PROJETO VISA".

— A pasta está intacta, como se não houvessem mexido. É incrível como até o gravador pegaram.

Mimym se levantou.

— Eu só queria entender o porquê de tudo isso.

Mary encarou a pasta.

— Creio que iremos descobrir.

Abriu-a. Havia um bilhete:

"NÃO É NADA PESSOAL"

Ambas se entreolharam. Saíram apressadas da sala, trancando e ativando o alarme, devidamente.

O elevador abriu e adentraram. Sétimo andar.

"Desce", disse a voz eletrônica, "Sétimo andar".

Saíram.

Passaram por um corredor com portas laterais e uma bem ao final, foi para essa que as Autoras se direcionaram. Passaram o cartão e entraram.

Havia uma pessoa lá dentro, em pé.

— Já ia ligar para vocês. - Ela pausou. As Autoras sentaram na mesa de Reunião - Acharam mais alguma coisa? O semblante de vocês está revelando preocupação.

— Agente, encontramos este papel dentro da pasta arquivada. - Mimym entregou.

A Agente analisou bem.

— Escreveram com letra cursiva. Estranho...

— Por quê? Isso não é bom? - Indagou Mimym, pegando o copo com água da mesa.

— Nem sempre... É como se a pessoa, ou as pessoas quisessem ser descobertas, mas isso nos levaria a um jogo, onde as regras vêm de quem planejou tudo isso.

— Então isso é ruim. - Conjecturou Mary.

— Talvez. Se soubermos jogar e reverter a situação.

— E o que sugere? - Questionou novamente Mimym.

— Vocês têm suspeitos e, assim como eu, acham que pode ser alguém além de um crachá que trabalha aqui. O que sugiro é que marquem uma reunião com o pessoal da Grand Chase.

As duas se olharam.

— Acha mesmo necessário? - Mary se levantou.

— Sim.

Mimym também, depois da resposta da Agente.

— Só peço que ajam com naturalidade. Os funcionários estão ficando assustados.

Mimym e a Agente riram. Mary estava pensativa.

— Providenciaremos esta reunião para o mais breve, porém, e se os Seguranças Oficiais chegarem?

— Não se preocupe, Mary, eu estarei no aguardo deles, assim, ficarei na sala na hora da reunião e, quando eles chegarem, sairei da sala sem que me percebam. Assim, terão a atenção em ambas e não causaremos reações adversas.

As duas assentiram.

— Estudarei mais uma vez as fotos e os vídeos das câmeras de segurança desta semana.

A Agente pegou o notebook e sentou-se a mesa da Reunião. A Autoras se retiraram.

Mimym ligou o celular, falou com o segurança do estacionamento que fechasse todas as entradas e as saídas. Também ligou para a Secretaria, solicitando uma reunião em poucos minutos no segundo andar.

— Irei pelas escadas. - Avisou Mary.

— Por quê?

— Estou pensando em uma coisa...

— Okay...

Mimym se dirigiu ao elevador e Mary pelas escadas. Chegaram quase juntas.

Entraram no auditório. Estava vazio.

Aguardaram.

Ao passar de dez minutos, eis que alguns chegavam e se sentavam, não somente a equipe Grand Chase estava na sala, mas alguns gerentes e funcionários que tinham acessos privilegiados também. Em vinte minutos, todos já estavam na sala, inclusive a Agente, que entregou um bilhete para Mary, avisando que a câmera de segurança revelou uma cena, quando tudo começou.

Após todos se silenciarem, Mary deu início.

— Bom dia. Creio que todos estejam se perguntando o porquê de estarem aqui em plena luz do dia com uma fanfic em pleno andamento. Pois bem, convoquei todos aqui - Mary andava de um lado para o outro com o papel do bilhete amassado na mão - para comunica-los que um Arquivo Sigiloso foi roubado do prédio. É notório que poderia ter sido qualquer um, mas reduzimos os suspeitos devido ao sistema de blindagem e proteção da porta, assim como as evidências nas fotos e nas filmagens dos corredores e elevadores.

Mary deu uma pausa e Mimym seguiu:

— Não estamos acusando ninguém. A Reunião foi marcada porque há, sim, uma preocupação de saber até onde a pessoa que pegou o arquivo vai. Porque, além de ter pegado, esta pessoa está postando as informações sigilosas em sites, fazendo com que leitores tenham acesso a algo que só as Autoras deveriam ter. Se há alguém que possa colaborar com as investigações, estaremos dispostas a ouvir. É isso.

Quando Mimym estava encerrando sua fala, a Agente recebeu uma mensagem de que os SOs haviam chegado. Como havia dito, saiu sem que ninguém - nem mesmo as Autoras - percebessem.

Ao finalizar a fala, Mimym se encostou na parede, como se dissesse aos convidados que podiam se levantar e se retirar, porém Mary retomou a palavra.

— Contudo. - Olhou para cada um - Se até o dia dez não tivermos notícia, a fic se dará por encerrada.

"O quê?!", "Como assim!?", "Ela ficou doida!", "Não pode ser, isso é loucura!", foram expressões ouvidas na sala.

Mimym se aproximou de Mary.

— Como ousa tomar essa decisão, importante decisão, sem me consultar?! A Fanfic é de nós duas, não pode decidir isso sozinha! - Debateu.

— Eu já decidi. - Declarou Mary - Reunião encerrada. - E retirou-se da sala.

Usou as escadas para ir ao sétimo andar. Mimym apareceu logo atrás, mas optou pelo elevador.

Mary entrou depois de Mimym.

— Será que eles suspeitaram de nossa encenação?

— Acho que não, Mimym. Você foi bem convincente. - Mary riu.

— Pelo visto deu tudo certo lá embaixo. - Comentou a Agente - Algum suspeito?

— Mari e Sieg não se moveram, ficaram inertes.

— E isso não é normal, Mary?

— Não quando todos reagem diante do que foi dito.

— Se for assim, então Lin e Lass são suspeitos também. - Observou Mimym - Agora, o porquê de um deles ter feito isso...

O silêncio pairou. A Agente observava Mary, mas permanecia quieta.

— Os Seguranças Oficiais trouxeram o exame do DNA da digital coletada. - Retornou a Agente - Eu também revi todos os vídeos da câmera de segurança e analisei novamente as fotos. Chegamos ao verdadeiro causador disso tudo.

— Que bom! - Disse Mary entusiasmada.

— E quem é?


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