Entre a Bela e a Fera o amor surgira escrita por Ane rodrigues
Depois de algumas horas a cirurgia já tinha terminado e Diana estava na unidade de terapia intensiva e não podia receber visita.
No hotel Mateus acordava com uma terrível dor de cabeça e em um quarto que ele sabia que não era o seu.
Maurício: então você já acordou Mateus – sorri amigável – quer um café?
Mateus: você me conhece? – fala confuso – onde estou?
Maurício: eu te ajudei quando você desmaiou no corredor do hotel.
Mateus: que vergonha ser carregado por outro homem depois de uma bebedeira – coloca as mãos na cabeça envergonhado – como se chama rapaz?
Maurício: Maurício Toledo – da um aperto de mão em Mateus – espero que esteja tudo bem com o senhor.
Mateus: eu vou sobreviver Maurício – toma o pouco de café da xícara – eu preciso ir rapaz.
Maurício: está bem senhor Lascurain.
Mateus: pode me chamar de Mateus sem problemas.
Maurício: então até breve Mateus.
Os dois se homens se despediram com um aperto de mão e Mateus logo foi para o quarto.
Depois que Mateus foi embora, Maurício estava a esperar uma visita e ficou feliz quando a pessoa chegou.
Maurício: você veio mesmo? – olha a pessoa sorrindo.
X: e você acha que não vinha te ver?
Maurício: o hotel não é confortável como a minha casa, mas depois que você tudo ficou sem graça.
X: deixa de drama Mau – olha pra Maurício e sorri.
Maurício: até meu encanamento resolver da problema é vim passar um tempo no hotel.
X: esse hotel é muito bom – deita na cama – é confortável.
Maurício: você não sabe o que aconteceu ontem – deita do lado da pessoa – eu trouxe um bêbado que desmaiou no corredor pro quarto.
X: o que fez Maurício? – fala a pessoa surpresa – está louco.
Maurício: ele dormiu e acordou com uma baita enxaqueca e foi embora antes de você chegar.
X: você não existe oficial – beija a bochecha de Maurício.
Maurício: aceita voltar morar comigo meu bem?
X: vou resolver a minha vida e espero que você me espere.
Maurício: eu espero por você toda minha vida se necessário meu bem.
Damian chegava em casa depois de ter amanhecido no hospital esperando a operação de Diana acabar e Victória o esperava preocupada no quarto deles.
Victória: o que aconteceu meu amor? – vendo Damian entra no quarto abatido e triste – falou com elas?
Damian: Débora está morta – senta na cama – e posso perder minha filha também.
Victória: o que aconteceu Damian – estava preocupada.
Damian: Diana sofreu um acidente de carro ontem e está na UTI e a Débora morreu na sala de cirurgia.
Victória: meu amor – abraça Damian – sua filha vai ficar bem não se preocupe Damian.
Damian: não posso perder a minha filha ela tem que saber que eu sou seu pai e que a amo muito.
Damian chorava como uma criança nos braços da esposa e grande amiga nas horas que mais necessitava.
Damian: se desfaz do abraço e olha nos olhos de Victória – você é a mulher que mais magoei na vida e ainda sim me deu uma segunda chance e me dá apoio quando mais preciso – segura o queixo dela com delicadeza e deposita um beijo em seus lábios – você é minha alma gêmea Victória e sempre vou agradecer por você ser o anjo da minha vida.
Victória: meu amor – estava tão emocionada com o que tinha escutado do marido – você foi enviado por Deus pra minha vida ser mais alegre e com mais amor e eu te amo hoje e sempre, nada nem ninguém vai mudar esse mais puro e lindo sentimento.
Alguém bate na porta e eles pedem pra entrar.
Damian: o que faz acordada á essa hora Manu?
Manu: eu queria te ver papai – vai até ele é o abraça – to com saudade de você.
Victória: e da mamãe ninguém sente?
Manu: eu também sinto mamãe, mas a senhora ta sempre me levando pra escola que não dá tempo pra saudade - da um sorriso sapeca e deita ta cama.
Victória: isso não é hora de tá na cama mocinha.
Damian: você tem escola?
Manu: felizmente hoje é sábado e vou ficar o dia com vocês.
Damian: então eu vou tomar um banho bem rápido e volto pra ficar com as mulheres da minha vida – da um selinho em Victória e vai para o banheiro.
Victória: então o que você quer fazer hoje? – deita ao lado da filha – podemos assistir um filme com seus irmãos mais tarde.
Manu: eu quero muita pipoca
Victória: bem que seus irmãos falaram que você é pipoqueira – da uma gargalhada da cara de ofendida da filha – você é a cara do seu pai quando fala que ele é viciado em bolo de cenoura.
Manu: eu desisti de pedir bolo de cenoura porque o papai come tudo e não deixa para os filhos.
Victória: o seu pai é viciado.
Manu: mas, o Arthur também faz a concorrência de quem como o bolo primeiro.
Victória: vocês deviam desistir como eu já fiz há muito tempo filha.
Victória: então está tudo certo para o nosso filme?
Manu: tudo certo por mim
Victória: podemos ir pro shopping que fica pertinho daqui né?
Manu: podemos sim mamãe – olha pra ela e sorri – seria o máximo se pudéssemos chamar a Diana.
Victória: você gostou mesmo dessa menina Manu.
Manu: gostei mamãe – se põe triste – eu sonhei que ela estava em um quarto cheio de aparelhos.
Damian: ele abre a porta e escuta o que a filha falou e se põe triste - Manu minha pequena – vai até a cama e deita bem juntinho a filha – eu vou ta sempre pertinho de você e seus irmãos pra sempre.
[...]
Na delegacia Mateus estava com um cliente esperando o delegado chegar.
Mateus: o que seu filho e os amigos fizeram Tadeu?
Tadeu: eles não fizeram nada de mais Mateus – ri debochado – coisa de homem.
Mateus: seu filho foi preso por agressão e você me diz que não foi nada.
Tadeu: meu filho é um Richard e não vai ficar muito tempo nesse buraco.
Mateus: vamos esperar o delegado.
Tadeu: eu espero que não dê nada pro meu filho de bater naquele frutinha – levanta da cadeira – eu deixo você aqui pra falar com o delegado e espero você lá fora – sai da sala.
Mateus: o que eles fizeram? – fica pensativo mais é interrompido por alguém que entrou na sala.
X: você é o advogado do Richard?
Mateus: você é o delegado?
X: sou sim advogado Lascurain.
Mateus: delegado Maurício eu vim falar do caso de agressão que meu cliente está sendo acusado.
Maurício: vou mostrar o vídeo da agressão – da play no vídeo – espero que você seja justo Lascurain.
Mateus: vê o vídeo e fica assustado com a violência – eu não sei o que dizer neste momento delegado.
Maurício: você é o melhor advogado que conheço e mais justo também.
Mateus: e o que você acha que eu vou fazer? O que aconteceu realmente é como está o rapaz.
Maurício: esses rapazes bateu nesse garoto covardemente e por um motivo banal.
Mateus: que motivo foi esse?
Maurício: o garoto em questão é homossexual e foi hostilizado e agredido até ficar inconsciente.
Mateus: meu cliente não tem antecedentes criminais e por isso vou pedir o alvará de soltura até amanhã.
Mateus estava no papel de advogado, mas não parava de pensar que como o garoto poderia ser seu filho que poderia ter sofrido a agressão.
Maurício: você está bem Mateus – vendo que o mesmo estava pálido – está passando bem?
Mateus: é que eu preciso ir – sai da sala e da de cara com Tadeu – seu filho foi covarde e não aceito esse caso – fala e deixa Tadeu de graça.
Desorientado pelo que viveu na delegacia Mateus chega no hotel e acaba esbarrando em Fernando.
Mateus: o que faz aqui? – fala hostil.
Fernando: encara o pai – se pensa que eu vim aqui por você pode parar com essa ilusão Mateus.
Mateus: mais respeito porque sou seu pai – fala autoritário.
Fernando: você não é nada meu desde o momento que me renegou.
Mateus: se você que assim por mim está bem Fernando.
Fernando: por mim também.
Mateus: então vai ser assim? – se aproxima e ver o filho se afastando – eu não vou fazer nada com você.
Fernando: não precisa – olha nos olhos do pai – suas palavras já me machucaram muito você não acha? – vira de costas para o pai e sai andando.
Mateus vai até o seu quarto e abre a garrafa de vinho que estava guardada no frigobar é começa a beber.
[...]
No jardim da mansão Victória estava com o filho Arthur e a neta Laura.
Victória: sabe que eu não tinha noção de como ser avó era tão bom – com a neta nos braços – você que escolheu o nome dela?
Arthur: a mãe dela é maluquinha e quando me deu a Laurinha ela não estava registrada e foi ai que o papai me sugeriu colocar o nome dela de Laura.
Victória: ele falou o motivo?
Arthur: Laura era o nome da avó da Valentina.
Victória: Laura Lascurain – suspira – você aceitaria que sua filha fosse criada longe de você?
Arthur: claro que não mãe – pega a filha e coloca no colo – ela é minha princesa a melhor coisa que aconteceu na minha vida e nada vai me separar da minha pequena meu anjinho.
Victória: e se a sua filha aparecesse depois que você tivesse casado e com uma família se formando.
Arthur: fica em silêncio e logo depois olha para mãe – minha esposa teria que aceitar porque não foi o fruto de uma traição e mesmo se fosse eu não rejeitaria meu sangue.
Victória: é bom que você pense assim Arthur – fala aliviada – você realmente puxou ao seu pai na questão da maturidade acima da média.
De volta ao hotel Arthur já tinha terminado de beber a garrafa de vinho e deitou um pouco para descansar e depois de alguns minutos cai no sono pesado.
X: você tinha um pouco de juízo, mas vejo que jogou no lixo – senta ao lado de Mateus na cama – seu tio fez um esforço sobrenatural para criar você e passar por cima de toda a dor física e psicológica depois do acidente.
Mateus: ainda estava de olhos fechados – quem está aí?
X: sei que faz tempo meu filho, mas meu nome é Laura e eu sou sua mãe – encarando Mateus.
Mateus: senta na cama em um salto - você não pode está aqui se está morta – falou confuso – como é possível?
Laura: você está sonhado Mateus – sorri ternamente – precisava abrir seus olhos para estupidez que está fazendo com sua família e seu filho.
Mateus: com lágrimas nos olhos – eu imaginei meu filho sendo espancado por aqueles estúpidos.
Laura: e se realmente isso aconteceu e você nunca soube porque o colocou pra fora de casa como um cão sarnento.
Mateus: ele voltaria para casa ou pediria ajuda com certeza – fala com desespero – meu filho não ficaria em uma sarjeta a espera da morte.
Laura: será que não meu filho? – levanta da cama e começa a andar pelo quarto – ele pode ter sofrido as agressões e não ter falado nada por medo de o próprio pai fazer coisa pior – para e olha para janela como se Mateus na existisse no quarto – você humilhou e expulsou seu filho de casa porque ele tem uma opção diferente da sua.
Mateus: EU NÃO SOU UM MONSTRO – grita desesperado e se sentindo acuado.
Laura: mas se comporta como um – nesse momento olha ele de cima a baixo – não reconheço meu filho – se aproxima e faz a menção de tocar o rosto dele mas, apenas o olha maternalmente – eu me recuso a acreditar que meu filho seja esse ser de tão duro coração.
Mateus: sai da cama e se ajoelha perto da mãe – me perdoa mãe.
Laura: quem tem que te perdoar é sua família e espero que você faça o mais rápido possível para não ser tarde de mais e os perder para sempre.
Mateus acordou no chão a lado da cama com a garrafa de vinho jogada do seu lado e uma enxaqueca terrível.
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