Ana saiu e Damian ficou sozinho no quarto e fechou os olhos para tentar dormir um pouco, mas escuta a porta abrir e quando abre os olhos vê Victória do seu lado com cara de poucos amigos.

Damian: o que tá fazendo no meu quarto? – fala incomodado – sai daqui Victória.

Victória: o que acha? – pega no braço dele com raiva – Pensa que eu acredito que você está realmente doente?

Damian: tirando a mão dela do seu braço – pense o que quiser Victória não me importa.

Victória: quero ver meus filhos hoje mesmo – se aproxima da cama dele – você querendo ou não.

Damian: acha que vou fazer algo deitado em uma cama?

Victória: pensa que me engana desgraçado – levanta o braço para lhe dar um tapa na cara e se sente puxada para longe da cama.

Mateus: o que acha que está fazendo? – se coloca no meio deles.

Victória: quero falar com ele Mateus

Damian: eu não quero falar com ela Mateus quero que ela saia.

Mateus: pode ir amanhã na mansão falar com eles.

Damian: se ela entrar eu saio

Victória: quero ver meus filhos e você não vai me proibir.

Damian: agora você quer eles? Depois do que fez pensa que é fácil.

Mateus: tio por favor sem comentários sobre o passado

Victória: quero ver eles hoje mesmo

Mateus: Victória te peço por seus filhos... – é interrompido.

Damian: amanha você apareça na mansão

Victória: eu aceito.

Mateus: obrigado Vic.

Victória sai do quarto e esbarra em Arthur que quando a olha fica pálido com a mãe em sua frente.

Victória: se machucou querido? – fala preocupada.

Arthur: não senhora – a voz sai com um pouco de falha.

Victória: você está bem? Sua cara de assustado e esse tom pálido no seu rosto não é normal.

Valentina: chega por trás do primo – você já falou com meu pai ou com o tio Damian?

Arthur: sim Valentina.

Victória: seu nome é Arthur? E o seu Valentina?

Valentina: são nossos nomes senhora.

Arthur: bonito bracelete – segura o pulso da mãe delicadamente – pedras diferentes?

Victória: cada pedra é um filho – sorri – minhas pedras preciosas.

Valentina: Arthur? – repreendendo ele.

Arthur: seus filhos onde estão?

Victória: estavam em Portugal, mas agora estão na cidade.

Arthur: que legal já es encontram?

Victória: vou encontrar com eles amanhã

Valentina: já está na hora de irmos meu pai tá esperando.

Arthur: eu tenho que ir – olha nos olhos da mãe – Dona?

Victória: Victória – com os olhos cheios de lagrimas – é meu nome.

Arthur: muito prazer senhora Victória – da um beijo delicado na mão da mãe a olha nos olhos e sorri.

Victória se despede e vai andando para saída do prédio.

Valentina: você queria que sua mãe te descobrisse?

Arthur: não estou me escondendo dela

Valentina: e porque não falou que era filho dela?

Arthur: eu não sei Vale – se encosta na parede – não tive coragem talvez.

Valentina: vamos ver seu pai.

Arthur: eu já falei com ele e está tudo bem.

Fora do hospital Victória estava muito emocionada e sentou em um dos bancos perto da entrada, chorava pelas palavras de Damian e pelo seu encontro com Arthur.

Victória: meu menino esta tão grande e bonito ele se parece com o pai, mas tem uma doçura no olhar que vem da minha mãe – olha para o céu – que saudade da senhora mãezinha.

Um carro estaciona e sai duas meninas e um menino com feições preocupadas.

X: o Arthur já esta com ele Cecília

Cecília: não posso me preocupar com nosso pai Alejandro? E você Manu não sai de perto de mim.

Manu: não vou sair Cecília

Alejandro: você se acha a mãe de todo mundo Cecília.

Manu: vocês só brigam – entrando no hospital.

Alejandro: a Cecília que é mandona

Cecília: para de se fazer de vitima Alejandro

Alejandro: eu não vou mais discutir

Os quatros filhos estavam no quarto do pai lhe fazendo companhia.

Manu: quando o senhor vai sair?

Arthur: a medica falou que hoje mesmo

Cecília: ainda bem que não foi nada mais serio.

Arthur: o que aconteceu com o senhor? Estava bem quando fui na construtora pela manha.

Damian: tive alguns problemas.

Cecília: você volta a trabalhar e quase tem um enfarte? Isso não foi qualquer coisa.

Damian: não foi pra tanto

Alejandro: com quem você brigou?

Damian: não quero falar nada agora.

Manu: você já se sente melhor?

Damian: já me sinto bem melhor pequena

Arthur: então vamos esperar sua alta e irmos embora.

Alejandro: então vamos esperar.

Ana entra no quarto sem avisar e para de andar.

Ana: não sabia que estava com tantas visitas Damian.

Damian: vieram me buscar Ana

Arthur: já veio com a alta?

Cecília: porque a chama de Ana?

Ana: sou Ana Romero.

Damian: nos conhecemos quando o Arthur nasceu uma longa historia meninos.

Ana: você já pode ir para casa e volta para fazer alguns exames.

Manu: esta tudo bem com meu pai?

Ana: são todos seus filhos?

Damian: estão todos aqui

Ana: quando você me falou deles a pequena tinha alguns meses.

Damian: a Manu já esta perto de completar quinze anos, os gêmeos já tem vinte e Arthur vinte e quatro.

Ana: uma grande família.

Damian: são meu tudo Ana.

Ana: você já pode ir para casa meu amigo.

Quando Damian voltou para mansão ele é Isadora tiveram uma conversa séria.

Isadora: falou com Victória?

Damian: falei tudo que estava entalado na minha garganta.

Isadora: e você acha que foi certo?

Damian: o que acha que eu ia falar?

Isadora: não sei Damian

Damian: ela vai casar com aquele calhorda

Isadora: eu fiquei sabendo há poucos dias não sabia qual seria a sua reação por isso não falei.

Damian: por mim tanto faz, não quero ter um infarto.

Isadora: o que o médico falou?

Damian: que o reencontro com Victória quase me mata.

Isadora: precisamos agir como adultos.

Damian: para os meninos não a rejeitar?

Isadora: ela é mãe deles e quer ser mãe.

Damian: vou pensar em um jeito de aproximar eles da mãe.

Isadora: eu pensei em um jantar.

Damian: pode ser.

Isadora: então eu posso pensar em outra coisa.

Damian: o jantar esta bom.

Isadora: pode ser amanha?

Damian: por mim tudo bem Isadora.