Pra que mudar? escrita por Manusinha Mayara


Capítulo 9
Capítulo 8: Lembranças


Notas iniciais do capítulo

Oii Pessoal

Saudades de vocês comentado minhas fics.
Espero que gostem do capítulo.



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Procurei pelo colégio todo, e mesmo quando o sinal tocou, alertando-nos no início da aula, eu o ignorei. Diego estava deitado na grama atrás do campo de futebol do colégio, próximo do muro que cercava está prisão.

Aproximo-me devagar e observo atentamente seu rosto, ele evita olhar meu rosto. Sento-me ao seu lado e ficamos ali juntos em um silêncio agradável.

— Não entendo qual a graça você vê naquele imbecil do Gustavo. – ele diz em um tom raivoso.

— Ele era amigo do meu namorado, conhecia ele antes daqui. Sei que ele parece horrível, mas é meu amigo.

— Só amigo? – ele pergunta, olhando pela primeira vez nos olhos.

— Sim. – respondo sorrindo e desviando o olhar rapidamente.

— Bom, porque eu quero mais do que amizade. – Diego diz repentinamente e se lança sobre mim. Rolamos juntos na grama rindo. Esse garoto deve ser maluco! Quando paramos, posso sentir todo seu corpo sobre o meu, e seus olhos maravilhosos encaram os meus.

— E então? – ele pergunta, me deixando sem fôlego.

— O que? – Pergunto tentando relembrar como se usa o raciocínio.

— O que acha? De nós juntos? – ele pergunta intensamente.

— Nós estamos juntos. –digo me fazendo de desentendida.

— Vou considerar isso um sim, e tomar posse dos meus direitos como namorado. – Diego diz e cola seus lábios no meu.

A sensação dos seus lábios sobre os meus era divina, senti um calor intenso preencher todo meu corpo, e retribui arduamente seu beijo. Meus braços se prenderam ao redor de sua nuca e ele apertou seu corpo com mais força contra o meu. Iriamos acabar fazendo uma loucura, então usei todo minha força de vontade e o afastei.

Diego apesar de confuso, rolou para o lado e saiu de cima de mim. Ficamos deitados ali, lado a lado, arfando e encarando o céu acima de nós.

— Desculpe. –ele disse e seu tom de arrependimento me fez encara-lo.

— Pelo que? – pergunto.

— Acho que fui meio precipitado, você não gostou? – ele pergunta e sinto que está magoado.

— Adorei. – digo me aproximando um pouco e dando um selinho leve em seus lábios.

— Então porque paramos? – ele pergunta se animando de novo e se lança novamente sobre mim.

— Porque aqui, qualquer um pode nos ver. – respondo, afastando-o novamente e me levanto.

— Ok. – Diego retruca desanimado e se levanta para me acompanhar.

— Melhor ir pensando em uma desculpa muito boa para nosso atraso, a professora vai nos dar uma advertência. – digo, mas meu tom despreocupado só serve para fazer Diego sorrir.

Caminhamos juntos em direção nossa sala.

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Depois de um dia lotado de aulas chatas, finalmente estava caminhando em direção ao meu quarto. Roberta havia sumido desde a hora do almoço e eu tinha esperança de encontrá-la para contar tudo o que havia acontecido entre mim e Diego.

Infelizmente quando abri a porta, encontrei a última pessoa que esperava ver naquele lugar.

— Joana? – pergunto para a mulher que mesmo de costas, consigo reconhecer. Ele se vira rapidamente e encara-me.

— Alexia, como vai? – ela cumprimenta-me.

— Bem e a senhora? –pergunto, tentando me recompor do susto de rever minha sogra.

—Estou indo. – ela responde friamente, aproximando-se de mim. Espero levar um tapa, como na última vez em que a vi, mas ao invés disso, ela abraça-me gentilmente.

— O que a senhora faz aqui? – pergunto quando ela me solta.

— Vim trazer umas coisas para você. Tenho certeza que meu filho gostaria que você ficasse com elas. – Ela disse pegando uma caixa do chão e colocando em meus braços. Não é pesada, apoio ela em minha cama e abro devagar.

Lá dentro, lembranças minhas com Lucas, muitas fotos, bilhetes, cartas. Abro um enorme sorriso ao rever tudo aquilo.

— Obrigada. – digo a Joana. Ela parecia estar avaliando minha reação ao receber aquele presente.

— Ele realmente te amava. – ela diz repentinamente. Sinto um nó se formar em meu estômago.

— Eu também o amava. – digo com sinceridade.

— Estamos nos mudando para os Estados Unidos. Visite-nos quando quiser. –Ela diz e percebo que está sendo sincera.

— Claro, vou gostar muito. Depois que sair dessa prisão. – Digo e nos duas rimos juntas.

— Ótimo. – ela se aproxima e abraça-me novamente. – Você sempre foi uma boa garota, só precisa se reencontrar. – ela encara-me por um breve momento. – Adeus.

Ela vai embora e pela primeira vez, permito-me pensar em como sinto a falta de Lucas. Sinto que nunca mais verei sua família.

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Deitada em minha cama, tarde da noite, escuto o ronco leve de Roberta na cama em frente. Não consigo dormir de maneira alguma, decido então me levantar e fazer um lanchinho noturno.

Sair do dormitório após o toque de recolher é proibido. Então tomo muito cuidado para não ser vista enquanto caminho em direção a cozinha.

Nunca havia estado ali antes, mas sabia onde era por observar as cantineiras levarem as bandejas repletas de comidas durante as refeições. Abro a porta devagar e dou uma espiada lá dentro. Tudo escuro e silencioso, entro e vou direto até a geladeira.

Pego um pedaço enorme de torta de chocolate, minha boca fica cheia d’água. Quando sento-me na bancada próxima, sou surpreendida por alguém parado junto a porta me observando.

— Isso é motivo para suspensão linda. – Diego diz e aproxima-se de mim. Solto o ar, que nem havia notado que estava prendendo.

— Quer me matar? – pergunto irônica.

— Só se for de amor. –ele respondo, comendo um pedaço da minha torta. Era realmente muito folgado.

— O que está fazendo por aqui? – pergunto finalmente matando meu desejo por doce.

— Sou monitor lembra? – ele diz encarando-me.

— Você devia estar cuidando dos dormitórios, não da cozinha. – respondo irônica.

— Também fiquei com fome. – ele responde, abrindo um dos armários próximos e pegando alguns biscoitos.

— Insônia mais fome. – digo baixinho.

— Aconteceu alguma coisa? –Diego pergunta preocupado.

— Nada demais. Estava me perguntando quando esse colégio irá ficar divertido? –Digo mudando de assunto rapidamente.

— Tem muita diversão rolando, posso até te contar, mas seu amiguinho tem que ficar de fora. Topa? –Diego pergunta estendendo uma mão para que eu segure, firmando nosso acordo.

—  Claro. –respondo divertida.

Como esses riquinhos se divertem afinal?


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Notas finais do capítulo

O que acharam??

Até a próxima!



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