É frustrante e ao mesmo tempo o melhor lugar onde posso frequentar e me sentir bem. Minha mente passando pelas galáxias mais distantes e os meus olhos correndo pelo espaço e avistando as estrelas e as constelações da qual nós homens criamos para nos localizar a noite. Órion, Andrômeda, Pégaso … tão poucas constelações conhecidas comparada a grandiosidade do Universo e sua riqueza em planetas, astros e outros terrenos espaciais ainda desconhecidos pelo ser humano.

No momento estou imóvel meditando ao som da mesma música durante a viagem, e percebo que sempre acabo por ouvir ela todos os dias. Que acabo por entrar em rotinas que até antes não suspeitava que me encontrava. Minha razão pede conhecimento para a realização das minhas ambições, e esta por acaso me exige foco durante toda a trajetória. Mas ao mesmo tempo estou preso em meu coração, tão confuso, tão inocente e infantil aos olhos do mundo. 

Meu universo particular, refúgio dos meus lamentos e o espaço da minha criatividade. Meu campo de treinamento para mais um dia de novas conquistas, a minha Sala Precisa. Nele eu sou tudo, mas também nada. É tão triste as vezes, ninguém sabe onde fica. O tempo é sempre agradável: entardecer com direito a uma chuva tranquila e a temperatura de 15°C. O que mais quero além disso? Amigos, talvez? Ou apenas outra alma que compartilha do mesmo sentimento de afeto a humanidade, mesmo que muitas vezes egoísta, se importa com os Universos ao redor. Agora é o término deste texto, não só pelo meu cansaço físico e psicológico, mas uma voz vinda da porta chama o meu nome, e com isso fecho os portões deste universo e vivo novamente.