Três Desejos escrita por Kayra Callidora


Capítulo 25
Capítulo Vinte e Três




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Capítulo Vinte e Três

— Atena - a moira pronunciou seu nome com perfeita tranquilidade, alheia a tudo o que acontecia ali. - Imagino que esteja pronta para seu último pedido.

— Eu estou - Atena respondeu.

— E qual seria ele?

— Eu quero Poseidon de volta - disse Atena, sem hesitar.

Átropo, no entanto, caiu em silêncio por um instante que parecia se estender eternamente.

— Não podemos trazer pessoas de volta à vida - ela respondeu, por fim. - Nem humanos, nem deuses. Você conhece as Leis Antigas.

— Sim, conheço - Atena concordou. - E por isso sei que pode-se trazer uma pessoa de volta à vida com uma condição.

— Que outra vida seja dada em troca, para manter o equilíbrio - Átropo completou. - Você tem uma vida para dar em troca?

Atena deixou que seu olhar recaísse propositalmente sobre Eurínome, que agora parecia prestes a explodir de horror.

— Sim, eu tenho.

Átropo se virou, seguindo o olhar de Atena, e seu rosto foi preenchido de entendimento quando ela viu Eurínome atada com correntes de energia.

— Oh, eu vejo.

Atena deslizou a mão pelo rosto de Poseidon. Ele parecia estar se desmaterializando, sumindo, e isso porque ele realmente estava. Todos sabiam que os deuses iam para o Tártaro ao morrer. Ela nem mesmo entendia porque Poseidon ainda estava ali em carne e osso.

— Então... - Átropo pronunciou a palavra como uma sentença de morte. - Tem certeza de que é o que quer? É o seu último pedido.

— Eu tenho certeza - Atena respondeu, convicta.

— Se é o que deseja...

Átropo caminhou em passos lentos na direção de Eurínome, que começou a se debater dentro de sua prisão de energia, berrando desesperadamente em grego antigo. A moira, no entanto, prosseguiu sem se incomodar com os gritos, até estar face a face com Eurínome. Quando meros centímetros separavam as duas deidades, Átropo desenrolou um pedaço do fio dourado enrolado no carretel em sua mão esquerda. Depois, ergueu a mão direita, com a qual segurava a tesoura, e, dispensando cerimônias, cortou o fio. No mesmo instante os gritos de Eurínome cessaram, porque a deusa desapareceu em uma nuvem negra de poeira. Átropo se voltou para Atena, que pensou ter visto a insinuação de um sorriso em seu rosto. Deveria ser apenas impressão, é claro. Moiras não sorriam.

— Parece que o Olimpo designou a sabedoria à deusa certa, afinal - ela disse, antes de simplesmente acenar com a cabeça e desaparecer.

E ela só dizia isso seis mil anos depois.

Atena estendeu um braço para segurá-la, pretendendo avisar que a moira havia se esquecido de Poseidon, mas Átropo já não estava mais ali. E não seria necessária se estivesse, porque no momento em que ela desapareceu, os olhos de Poseidon voltaram a entrar em foco, e o corte em seu peito se fechou rapidamente, sendo substituído por uma enorme cicatriz. Seus olhos varreram o teto quebrado da cabana antes de recaírem sobre Atena, sentada ao seu lado cheia de expectativa.

— Espero que você tenha matado aquela mulher ao invés de ficar aqui olhando para a minha cara enquanto eu estou morto.

Atena ignorou completamente sua ironia (e também o fato de que ele havia morrido há pouquíssimo tempo) e se jogou sobre ele, abraçando-o como se fosse a primeira vez - e de certa forma, era. A deusa nunca havia imaginado como seria realmente viver sem Poseidon. Embora não costumasse passar vinte e quatro horas de seus dias com ele enquanto morava no Olimpo, recebia suas visitas constantes, nem que fossem meramente para irritá-la ou brigar por um motivo bobo. De alguma forma, Poseidon sempre esteve ao seu lado. E antes que ela pensasse em trazê-lo de volta, no mísero segundo que antecedeu a ideia em sua cabeça, enquanto ela olhava para seu corpo caído no chão, a primeira coisa que Atena pensou foi: eu vou com ele. Para onde, ela não sabia. Talvez Hades fosse piedoso e o mandasse aos Elísios. Talvez nem se importasse e o mandasse para os Campos de Punição; ou talvez Poseidon fosse direto para o Tártaro, sem direito ao Mundo Inferior. Aonde quer que fosse, o que Atena sabia era que, se não o trouxesse de volta, iria até a morte com ele. Porque a ideia de viver sem Poseidon era, principalmente depois de tudo o que haviam passado na missão, insuportável. Não só insuportável, era impossível. Não havia um Universo paralelo, um conto de fadas, a mais louca das histórias, onde Atena existia sem Poseidon. Quer existissem como inimigos mortais, quer como amantes, os dois existiam juntos. E isso nunca, nunca mudaria. Então, quando ele voltou a abrir os olhos, e Atena se deparou com a realidade de que não tinha a morte à sua frente, mas sim uma eternidade ao lado de Poseidon...

Era como a primeira vez em que ela o vira, no Olimpo. Atena se apaixonou por ele mais uma vez.

— Ei, meu amor, eu sei que eu sou irresistível, mas olhe só, eu acabei de morrer, você sabe - Poseidon a empurrou carinhosamente. - Seria melhor se você não se jogasse em cima de mim por alguns minutos.

— Seu idiota - Atena soltou, percebendo que escorriam lágrimas de seus olhos, ainda que ela sorrisse. - Nunca mais se atreva a fazer isso! Se você morrer outra vez, eu juro que te sigo até o Tártaro e...

— Fica do meu lado pelo resto da eternidade porque não aguenta viver sem mim - Poseidon completou por ela. - Eu sei, eu sei. Mas, acho importante lembrar, eu não precisaria ter morrido se a madame não tivesse baixado a guarda.

— Eu ia dizer "eu te mato de novo", mas isso também - Atena sorriu. - E ei, espere um pouco. Eu baixei a guarda porque presumi que você tivesse feito certo o que eu te pedi.

— Eu sequer precisaria ter feito aquilo se você não fosse incapaz de dominar seus próprios poderes.

— Eu já te disse, eu precisava chegar até Eurínome!

— Não precisaria fazer tudo isso se não tivesse sido intrometida e me seguido até aqui em primeiro lugar.

— Eu te segui para te ajudar, seu ingrato!

— Ingrato? - Poseidon mostrou uma indignação evidentemente falsa. - Você brigou comigo por ter salvo sua vida e o ingrato sou eu?

Atena abriu a boca para soltar uma resposta mal educada, mas, afinal, não conseguiu pensar em nenhuma.

— Tudo bem, acho que com isso não posso argumentar - ela suspirou. - Obrigada por ter salvo a minha vida, Poseidon.

O deus correu os dedos pelo cabelo de Atena, manchando de sangue seus fios loiros, mas ela não se importou. Ele poderia fazer aquilo o dia inteiro se quisesse.

— Eu faria tudo de novo por você - Poseidon garantiu.

Atena estreitou os olhos.

— Não se atreva. Eu não posso mais pedir você de volta. Da próxima vez, me deixe morrer e peça para Hades me devolver a vida.

— E o que te leva a pensar que ele faria isso?

— Bom, porque ele me ama muito, é claro. Eu sou adorável. E também porque eu sairia de onde quer que estivesse para atormentá-lo até que ele me deixasse voltar.

— Acho mais provável que ele te devolva por atormentá-lo do que por amor a você.

Atena colocou a mão sobre o peito.

— Ouch. Você acordou a menos de cinco minutos e já me magoou.

Poseidon sorriu.

— Parece que voltamos ao normal.

— É, voltamos - Atena não pôde evitar retribuir seu sorriso. - E por falar nisso... Precisamos ir ao Olimpo. Temos que avisar que concluímos a missão.

Poseidon bufou.

— Está no meio da madrugada, Atena. Acha mesmo que alguém está acordado no Olimpo?

— Bem... Não - Atena teve que admitir.

— Vamos amanhã logo depois de acordar - Poseidon garantiu a ela. - Agora, vamos para casa descansar.

O sorriso de Atena se alargou ainda mais com a naturalidade com a qual Poseidon disse "vamos para casa". Como se sua casa já fosse o palácio de Atlântida. E de certa forma, já era. Em contrapeso, seu sorriso sumiu imediatamente quando ele mencionou a palavra "descansar", porque ela se lembrou do único fracasso daquela missão.

— Vamos descansar - Atena concordou. - Mas primeiro precisamos fazer uma coisa.

                                                                         ¶¶¶

O cemitério da cidade já estava fechado àquele horário, o que poupava o imenso trabalho de desocupá-lo para que Atena e Poseidon pudessem usá-lo. As ruas também estavam bastante vazias, à exceção de adolescentes arruaceiros e alguns bêbados - aparentemente, eles existiam até no fundo do mar -, então não aconteceu todo o estardalhaço que normalmente ocorreria se o rei estivesse caminhando cheio de machucados pelas ruas ao lado de uma deusa em situação parecida.

Atena fez questão de carregar o corpo de Jack até o lugar onde estaria seu túmulo - um espaço aberto próximo do centro do cemitério, longe de todas as outras lápides. Embora parecesse mais honroso cavar o túmulo com uma pá, Atena e Poseidon estavam muito cansados para tal, então precisaram usar magia. Poseidon cavou o buraco, e Atena pulou lá dentro para depositar o corpo de Jack no fundo. Quando saiu, fez surgir, também com magia, uma enorme lápide branca, com a estátua de um homem segurando uma espada junto ao corpo. Era Jack no caso, mas dificilmente alguém o identificaria. A despeito de seu papel na missão, ele continuava a ser o filho de um mercador de jóias que vivia afastado da cidade. Mais abaixo, o nome de Jack - sem sobrenome, porque nem isso Atena sabia sobre o garoto - estava entalhado na pedra em letras prateadas, segurando uma coroa de flores, dessa vez feita por Poseidon. Ao terminar o serviço, Atena passou o braço ao redor da cintura de Poseidon e recostou a cabeça em seu peito, se permitindo chorar livremente. Era o mínimo que podia dar a Jack depois de tudo - uma lápide diferente de todas as outras e algumas lágrimas, embora ele merecesse muito mais. Poseidon, embora não tivesse uma história tão curta e ainda significativa com o garoto, ofereceu seu apoio silenciosamente. Ele a abraçou de volta, beijou o topo de sua cabeça e, depois de algum tempo contemplando seu silêncio, murmurou:

— Venha, meu amor. Vamos para casa.

                                                                        ¶¶¶

A derramação de lágrimas não acabou quando os dois voltaram ao palácio. Pelo contrário, iniciou-se uma nova rodada assim que, ao aparecerem no corredor que levava aos quartos, Helena os viu.

— Pelos deuses, vocês voltaram!

O alívio emanava de sua voz. Helena eliminou a distância que havia entre eles em segundos e se jogou em cima de Poseidon, abraçando-o. Atena viu nitidamente a careta de dor que ele emitiu com o contato, mas o deus não reclamou.

— Poseidon, eu fiquei tão preocupada - a voz de Helena estava embargada, e seus olhos, vermelhos. - O que você estava pensando?

Ele balançou a cabeça em resposta.

— Eu não sei.

— Nunca mais faça isso comigo - Helena pediu, mais como uma bronca. - Eu não vou perder mais um pai.

Poseidon sorriu.

— Claro que não vai, baixinha - ele disse, bagunçando os cabelos da menina.

Atena também sorriu com a cena. Ela nunca havia presenciado um momento em que Helena e Poseidon demonstrassem carinho um pelo outro explicitamente. Na maior parte do tempo, Helena parecia uma irmã mais nova do deus, reclamando das más escolhas dele e mantendo uma relação pacífica, mas distante. Agora, no entanto, era claro que o relacionamento dos dois era bem mais amplo do que isso. Helena o via como um pai, o homem que a salvou e criou durante toda a vida, e Poseidon simplesmente deixava que ela vivesse a própria vida, como um pai liberal, sem, contudo, deixar de amá-la.

E não parava por aí. Quando finalmente se desgrudou de Poseidon, Helena pulou em cima de Atena, para a surpresa da deusa.

— E a senhora, dona Atena... - ela suspirou, pronta para o sermão. - Se ousar correr risco de vida outra vez por causa desse idiota, eu juro que vou atrás de vocês dois e vocês não vão viver para ver o resto. E também... Talvez eu devesse ter dito isso antes que você chegasse perto da morte... Mas saiba que você já é como uma mãe para mim.

Atena sentiu os olhos arderem, mas segurou o choro. Já havia chorado mais do que sua dignidade permitia naquele dia. E quanto à declaração de Helena... Bem, ela não tinha muita certeza se devia considerar aquilo como um elogio, a julgar pelo modo como Atena era obrigada a tratar a maioria de seus filhos.

— Você precisa mesmo de alguém que coloque juízo nessa sua cabeça - Atena conseguiu fazer o esforço de sorrir.

O semblante de Helena murchou.

— E quem vai fazer isso quando você for embora?

Atena olhou para Poseidon, que continuava sorrindo. Ela teria que perguntar mais tarde o que ele fazia para não sentir dor no maxilar, sorrindo por tanto tempo.

— Sobre isso, Helena... - foi ele quem respondeu, pausadamente. - Atena provavelmente não vai embora. Pelo menos não definitivamente.

O olhar de Helena se iluminou tão rápido quanto havia se apagado, e ela agitou os braços para cima e para baixo como se tentasse espantar um mosquito.

— E como assim você não me contou nada sobre isso?

Poseidon suspirou profundamente, deixando visível o cansaço em seu rosto. Ele abriu a boca para responder, mas Atena o interrompeu.

— Amanhã podemos te explicar isso - Atena prometeu. - Mas estamos realmente cansados agora. Até amanhã?

— Até amanhã - Helena concordou.

Helena se contentou com a resposta temporária e, depois de beijar a bochecha de ambos e desejar um boa noite cheio de múltiplos significados (como se Atena e Poseidon tivessem disposição para algo além de dormir), seguiu para o próprio quarto, à diagonal do quarto de Poseidon. O casal entrou no quarto, e houve uma pequena discussão, onde nenhum dos dois tinha energia para gritar, por quem iria tomar banho primeiro. Os dois estavam tão cansados que Poseidon até esqueceu de sugerir que tomassem banho juntos.

Uma pena, porque Atena teria aceitado.

Mas embora Atena tivesse ganho a discussão, ela cedeu seu lugar para Poseidon. Parecia ser o mínimo a fazer depois que ele morrera por ela. Depois que ele saiu, Atena tomou um banho rápido, mas ainda assim, Poseidon já estava dormindo quando ela retornou ao quarto. E, aparentemente, nem com um corte cicatrizando no peito ele se dignava a usar uma camiseta para dormir. Mas Atena não reclamou. Não tinha mais do que reclamar.

Era uma noite mais fria, embora Poseidon dormisse como se fosse um dia agradável de verão, então Atena vestiu uma camiseta e uma calça quentinha de algodão e se deitou ao lado dele, tentando não mexer a cama e acordá-lo. Afinal, Poseidon tinha um sono inacreditavelmente leve - mas não funcionou. Mesmo que Atena tivesse usado toda sua sutileza para se mover sem fazer barulho, e deitado tão longe dele na cama quanto possível, Poseidon estendeu os braços e a puxou para perto assim que ela estava acomodada.

— Por que você colocou um pijama tão comprido? - ele reclamou, mal articulando a boca ao falar.

Atena congelou, e dessa vez não era um efeito colateral do frio. Foi por causa de sua memória, que voou para séculos atrás, para uma noite fria como aquela, em que os dois estavam no Olimpo, do mesmo jeito que estavam agora, e Poseidon pronunciou a mesma sentença. Mas era uma coincidência, é claro. Uma triste coincidência. Porque Poseidon não se lembrava de nada do que havia acontecido naquela época. Então Atena tentou agir normalmente.

— Qual é o problema com ele? - Atena perguntou, girando para ficar frente a frente com ele. E os olhos verdes de Poseidon fixados nos seus só podiam ser a coisa mais linda que ela já havia visto na vida.

— É muito comprido - Poseidon repetiu. - Eu não consigo te sentir direito.

Atena riu.

— E por que você quer me sentir?

— Porque é bom - Poseidon respondeu simplesmente, mas pareceu se contentar e fechou os olhos em seguida.

Depois de um instante de silêncio, Atena voltou a perguntar:

— Você prefere que eu tire?

A frase foi suficientemente impactante para que Poseidon abrisse os olhos.

— Se eu disser que sim... - ele ponderou. - Você provavelmente não vai tirar. Se eu disser que não, você definitivamente não vai tirar. Então prefiro que você durma como quiser.

— Por que você acha que eu não tiraria? - Atena indagou, curiosa.

— Porque você é teimosa - Poseidon respondeu, beijando sua testa. - E adora me contradizer.

— Eu poderia tirar - Atena considerou. - Mas hoje está frio.

— Creio que foi para isso que inventamos o cobertor.

— Talvez o cobertor não seja suficiente.

— E será que eu não seria suficiente para te aquecer?

Atena mordeu o lábio inferior sem perceber.

— Sim. Claro que sim.

Atena só seguia duas regras em sua conduta: primeira, nunca fazer a vontade de Poseidon; e segunda, obedecer rigorosamente à primeira. E ali estava ela, quebrando suas únicas regras enquanto se via rolando para o lado, procurando por espaço para tirar a calça sem precisar levantar. E ela conseguiu, com um pouco de contorcionismo e algumas posições nada elegantes. Uma onda de frio varreu o quarto, fazendo tremer cada centímetro do corpo de Atena, mas o tremor passou assim que ela voltou a se encolher ao lado de Poseidon. O calor natural dele somado ao calor fornecido pelo cobertor dispensavam o uso de qualquer roupa.

— Obrigado - disse Poseidon.

Atena não respondeu. Apenas se aconchegou à curva de seu pescoço, em cima de seu braço, e se encolheu, buscando deixar o corpo mais próximo dele.

— Hey - ela murmurou, não querendo interromper o descanso dele, mas Poseidon abriu os olhos mesmo assim.

Nesse momento, depois de tantos séculos, Atena percebeu o quão atencioso Poseidon realmente era. Ele nunca dava atenção pela metade, e nunca ignorava, ainda que o assunto não o interessasse muito. E agora, mesmo estando prestes a desmaiar de cansaço, ele fazia o esforço, que Atena sabia ser imenso, de abrir os olhos, para não somente ouvir, mas mostrar que ouvia.

— Sim?

— Eu não consigo me lembrar se eu já disse isso hoje - Atena continuou a murmurar. - E, pelos céus, eu deveria ter dito isso um milhão de vezes. Eu te amo. Eu queria conseguir explicar o quanto, mas não existe uma estrutura que compreenda o quanto eu te amo. Eu literalmente não estaria viva se não fosse por você. Então... - Atena suspirou. - Muito obrigada mesmo.

Poseidon empurrou as costas de Atena centímetros para cima, de forma que seus lábios ficassem rentes.

— Viu só? É por isso... - ele uniu seus lábios em um beijo rápido. - Que eu faria tudo de novo.

Atena riu.

— Você é louco.

— E você acaba de dizer que me ama. Acho que isso te faz um pouco louca também.

— Eu nunca vi graça alguma em ser normal, de qualquer forma - Atena deixou que seus olhos se fechassem tranquilamente.

— Psiu - Poseidon sussurrou, chamando sua atenção. - Eu também te amo, princesinha.

— Depois do que você fez hoje, nem é necessário dizer isso.

— Só para esclarecer.

— Certo. E não me chame de princesinha.

Poseidon voltou a fechar os olhos, sorrindo com o canto da boca.

— Boa madrugada, princesinha.


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