A Love To Remember escrita por Clarice Alessandra


Capítulo 9
Capítulo 9




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Pov’s Ziva:

Esse lugar é completamente maravilhoso, cada cantinho dele é perfeito. Eu não consigo acreditar que isso tudo é meu; Inacreditável:

— Tony, isso é incrível!

— A escola é o seu lugar favorito, sempre foi. Achei importante você vir aqui nesse momento “crítico”.

— Eu amei. Obrigada. – dou um rápido abraço nele e volto minha atenção ao salão de dança. – Mas, o que eu faço aqui? Quer dizer, qual a minha função?

— Você dá aula de dança.

— MENTIRA?! Anthony, você está falando sério? Meu sonho era...

— Ser dançarina. – meu olhar interrogativo o percorre. – Somos casados lembra? – ele começa a rir e eu tenho certeza de que estou vermelha. – Você decidiu abrir o estúdio quando engravidou do Ezra. Vai fazer uns seis anos que esse lugar existe.

Ficamos a tarde inteira na “escola”, eu não queria ir embora. Desde criança eu queria dançar, eu não me importava com o estilo da música, eu só queria dançar. Essa escola foi a realização do meu sonho. Acho que minha vida não era tão horrível quanto eu imaginava.

Quando chegamos em casa, Tony mandou Ezi tomar banho. Ficamos na cozinha conversando sobre o nosso dia enquanto fazíamos o jantar:

— PAPAI! – ouvimos Ezra gritar do banheiro. Foi um grito muito alto. Olho meio que assustada para Anthony.

— Ele não alcança o shampoo. Vou pegar para ele.

Tony está demorando lá em cima, está demorando muito. Deve ter acontecido alguma coisa. Subo as escadas o mais rápido possível. Quando chego mias perto do quarto do Ezi, posso ouvir alguns gritos, entro no quarto e percebo que são risadas. Abro a porta:

— Eu não acredito! – os dois inundaram o banheiro. Estava tudo molhado, Anthony tinha espumas por todo o corpo. Reparo que os dois estão segurando algum tipo de arminha com água. – Qual dos dois vai me explicar o que está acontecendo aqui?

— Ele que começou. – os dois disseram juntos apontando um para o outro. Até que foi fofo e esse banheiro todo bagunçado, Anthony cheio de espumas chega a ser engraçados. Mas o meu instinto materno falou mais alto

— Eu não quero saber quem começou, quero esse banheiro limpo e os dois rapazinhos completamente secos para o jantar. Vocês têm dez minutos.

Assim que me viro sinto um jato molhando as minhas costas, os dois começam a rir incontrolavelmente. Estendo a mão para o Anthony pedindo a arminha dele:

— Ziva, foi sem querer.

— Tudo bem. Três podem jogar esse jogo.

Terminamos de molhar o resto do quarto, fizemos uma grande bagunça, mas foi tão divertido ficar com os dois. Foi um momento descontraído e muito especial pra mim.

3 meses depois.

Três meses se passaram e eu tive alguns flash de memória, nada importante. Não contei nada para o Tony, não quero deixa-lo com esperanças. Mas falei disso com a minha psicóloga. Ela disse que é um bom sinal, mas que não significa necessariamente que eu vá me lembrar.

Sábado, esse dia é meio triste pra mim. Ezra sempre vai para Abby no sábado e eu fico em casa sozinha. Tony chega quase sempre de noite.

Estou deitada no sofá lendo um livro e escuto a porta se abrir:

— Ziva?

— Hey, estou aqui. – vejo Tony chegar perto do sofá, então me sento para lhe dar espaço. – Chegou cedo.

— Hoje não teve muito movimento. – ficamos em silêncio por um tempo, ele queria me dizer alguma coisa, posso sentir isso.

— Então? Quer me dizer alguma coisa.

— Sim, eu quero. Minha mãe nos chamou para passar o feriado de Ação de graças com ela. Você quer ir.

— Claro.

— Ela mora em Chicago.

— Tudo bem, eu acho que vai me fazer bem sair um pouco.

— Legal. Vamos amanhã. Quer ir comigo buscar o Ezi?

— Quero. – eu já aproveito para conhecer o Harry. Não o vi até hoje. Eu sei, sou uma péssima “tia”. Mas nunca deu certo de nos encontramos, ou ela estava na escola ou na casa dos pais da Abby.

Abby não morava tão longe assim da minha casa. Ficamos em um silêncio confortável e aconchegante durante o trajeto. Assim que paramos o carro pude ver Abby abrindo a porta – a barriga dela estava enorme. Não parecia que ela tinha apenas 4 meses, mas eu nunca diria isso pra ela.

— Ezra! Seus pais chegaram. – Abby disse já me abraçando. – Finalmente veio até a minha casa. Vem vamos entrar.

— Na verdade, viemos apenas buscar o Ezra.

— Se você quiser ficar um pouco, não tem problema. – Tony disse.

— Ótimo, vamos entrar. – Abby já foi me empurrando para dentro da casa.

— Tia Ziva. – então esse é o Harry? Me agacho pegando ele no colo. – Você sumiu, não veio mais aqui em casa. – ele tem o mesmo rosto do Timmy, mas os cabelos negros são todos da Abby e me parece que a alma extrovertida veio da mãe também.

— Eu andei meio ocupada. – o coloquei no chão e vi Timmy passando pela porta da cozinha, vindo até nós. Nos cumprimentamos, nada muito especial, apesar de Tony ter me contado que Timmy e eu erámos muito amigos antes disso tudo.

Anthony e Tim voltam para a cozinha falando sobre basquete, Ezra e Harry sobem novamente para o quarto me deixando sozinha com Abby na sala:

— Como está esse bebezinho aqui? – digo encostando rapidamente a mão na barriga dela.

— Maravilhoso. Apesar dele estar me fazendo comer horrores, estou enorme. – faço um grande esforço para não concordar com ela.

  - Você nem está tão gorda assim.

— Você é uma péssima mentirosa, Ziva. – começamos a rir, desvio a minha atenção até a cozinha, onde posso ter uma pequena visão do Tony. Ele está bebendo alguma coisa e a luz do sol ilumina o seu sorriso. – Vocês estão transando?

— O QUE?

— Você e o Tony. Está olhando daquele jeito fofo pra ele.

— Claro que não. Abbs, isso foi grosseiro.

— Pode se abrir pra mim. Você não conseguiu resistir? Não te culpo. Tenho um DiNozzo em casa também, na verdade tenho dois, sei o quanto eles podem ser sedutores.

— Não aconteceu nada. Estamos apenas nos dando bem. Amanhã vamos pra casa da mãe dele e eu estou nervosa. Quero dizer, teoricamente eu a conheço, mas eu não me lembro.

— Relaxa amiga. A dona Elizabeth é um amor e ela sabe do seu “probleminha”. Uma dica, a chame de Liz, ela gosta assim.

— Okay. Liz. Anotado.

— Ziva, vamos. Senão, não vamos acordar pra pegar o voo amanhã. – escuto Tony me chamar.

Nos despedimos de todos, Ezra ficou bastante animado com a ideia de ver a avó. Assim que chegamos em casa, Tony foi comprar as passagens pela internet, segundo ele era muito mais prático e rápido.

...

Não me lembro de ter viajado de avião alguma vez na minha vida. Estou tremendo, não sinto meus pés, nunca quis tanto chegar em um lugar.

O piloto diz aquelas coisas clichês de quando se vai pousar, institivamente aperto a mão de Tony e Ezra, acho que apertei forte demais, julgando pelo resmungo que Ezi fez.

Pegamos um táxi. A mãe do Anthony morava muito longe. Demoramos uns quarenta minutos pra chegar, mas assim que descemos do carro escuto a voz dela:

— Que bom que chegaram!

— Vovó. – Ezra sai correndo, penso em dizer pra ele não correr, mas ainda me sinto mal por não lembrar dele, então faço vista grossa em algumas coisas.

— Querida, como você está magrinha. – ela me abraça ainda com Ezi no colo. – Eu sinto muito por aquilo. – ela completa já abraçando Tony. – Vamos entrar que o almoço já vai esfriar.

Abby tinha razão, dona Liz é uma fofa. Durante o almoço ela não parou de falar. Descobri mais coisas sobre o Tony em uma hora com ela do que em três meses com ele. Percebo que Tony está começando a se sentir envergonhado com tudo o que a mãe dele diz:

— Então Elizabeth, quero dizer, Liz. Quanto tempo você mora aqui?

— Desde que meu marido morreu. Os meninos cresceram aqui, então achei certo voltar pra cá. – e ela disparou em falar, eu até que achei fofo. Ezra e Harry puxaram isso dela.

— Ziva, precisamos conversar. – Tony disse se levando da mesa e deixando a mim e a sua mãe assustados.

Caminho com ele até pra fora da casa:

— O que aconteceu?

— Na verdade nada, só estava te salvando da Dona Tagarela.

— Não fala assim dela. – bato de leve em seu braço. – Eu adorei a “sogrinha”.

— Ela também te adora. Na verdade, eu acho que ela ama mais a você e a Abby do que a mim e o Timmy.

Não percebo, mas estamos caminhando. Paramos perto de um lago.

— Esse lugar é lindo, Tony.

— Foi aqui que eu te pedi em casamento. – estamos mais próximos agora. Ele olha no fundo dos meus olhos, aqueles olhos verdes que o torna estupidamente lindo. – Eu sei que não devia, mas eu quero muito te beijar.


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Notas finais do capítulo

Quero me desculpar pela demora.
Vejo vocês essa semana ainda. Beijos da tia ♥



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