A Love To Remember escrita por Clarice Alessandra


Capítulo 7
Capítulo 7


Notas iniciais do capítulo

Não demorei muito dessa vez u.u
Espero que gostem



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Ficamos em silêncio por alguns segundos, que mais pareciam horas:

— Isso é um jantar do que? Pra que?

— Um jantar de recomeço.

Tony senta em uma das cadeiras e eu sento em uma de frente pra ele:

— Não vou mentir, estava morrendo de fome. – ele diz colocando um pouco do spaghetti no prato. Eu fico apenas o analisando para ver se fiz certo, se ele estava gostando. – Isso aqui está ótimo.

Ele me estende o copo e eu coloco um pouco de vinho pra ele.

Esse jantar está sendo melhor do que eu imaginava. Tudo bem que Tony parece estar meio bêbado, mas não estamos brigando, nem discutindo ou se quer alfinetando um ao outro. Estamos apenas conversando:

— Esse foi o dia mais engraçado da minha vida!

Tony me contava sobre algumas coisas que o Ezra fazia quando era apenas um bebê, quando para de rir me estende o copo pedindo mais um pouco de vinho:

— Então, como foi que chegamos onde estamos? – eu pergunto e Anthony me olha desconfiado. – Você sabe. Quando começamos a sair?

— Bom, essa é um história engraçada. – ele toma mais um pouco do vinho e volta a sua atenção pra mim. – Abby tinha te chamado pra ir ver o jogo de basquete do time que eu e Timmy jogávamos. Os dois já estavam juntos na época. Depois que o jogo acabou eu demorei muito no vestiário e você foi me chamar. – ele para e faz uma observação. – Tínhamos uma festa pra ir. Eu não me lembro o porque, mas demoramos muito lá dentro e então o zelador nos trancou no vestiário. Você começou a gritar e dizer que a culpa era minha de estarmos presos ali. Você estava tão ocupada me culpando que não notou que eu tinha claustrofobia...

— Jura? Eu não sabia disso.

— E com isso eu entrei em pânico e quando você me viu em pânico. – ele para e dá um pequeno sorriso. – Você ficou maluca. Ficava me dizendo que todo ia ficar bem, que iam nos achar, mas eu estava tendo uma crise de pânico, então você me beijou.

— EU? – não acredito, eu dei o primeiro passo. Não consigo pensar no porque de eu ter feito aquilo. – O que aconteceu depois?

— Nossos amigos sentiram a nossa falta. Nós dois sumimos juntos, isso não era normal. Então assim que você parou de me beijar o zelador abriu a porta e você saiu correndo e não me deixou dizer nada. Passei duas semanas tentando falar com você. Mas a Abby te disse alguma coisa que te convenceu a falar comigo.

Ele estava com um olhar nostálgico. Acho que era o momento certo para saber mais sobre ele:

— Mudando de assunto. Você fica muito tempo fora, trabalha com o que?

— Eu sou fotógrafo.

— Mentira? Eu achei que você seria advogado como seu pai sempre quis. – na época da escola Tony vivia com uma câmera na mão. Fotografando tudo e todos. Mas nunca achei que isso era uma coisa que ele realmente gostasse.

— Não, não. Só o Timmy que seguiu com os “negócios” da família.

— Você deve ser um fotógrafo muito bem sucedido. – ele me olha com uma cara interrogativa. – Julgando pela casa em que moramos.

— Humm, não quero me gabar, mas sim, o estúdio é bem conhecido e sempre tem gente lá. Mas a nossa renda não vem toda do meu estúdio. – eu sabia. Máfia Italiana. – Construímos a nossa casa com o dinheiro da herança do meu pai. Ele faleceu alguns meses depois que sai do colegial.

— Eu sinto muito mesmo. – por um instinto que pareceu ter pulado de dentro de mim, coloquei minha mão sobre a dele.

— Tudo bem, já passamos por isso. Mas também tem o seu emprego. – esse era o ponto que eu queria chegar. Ele olha pra mim enquanto coloca mais vinho no copo. – DROGA! – ele grita quando deixou o seu copo cair. Ele se levanta na intenção de limpar os cacos do chão, mas quase caí. Acho que ele está muito bêbado.

— Deixe que eu dê um jeito nisso.

Não foi difícil limpar a bagunça, em cinco minutos já estava tudo arrumado. Mas eu ainda tinha um problema: Anthony.

O que vou fazer com ele? Isso mesmo, não sei:

— Tony, vem aqui. – eu estendo a mão pra ele. Assim que ele se levanta passo o braço por sua cintura e o ajudo a subir as escadas. Não vou deixa-lo dormir no sofá. Não nesse estado. Assim que chegamos no quarto já o levo direto para o banheiro. – Tira essa roupa e toma um banho rápido. Já volto com roupas secas. Me avisa quando terminar aí.

Saiu do banheiro e começo a mexer no guarda roupa, não tenho ideia do que dar para ele vestir. Pego uma calça de moletom e uma cueca. Não me preocupo com a camisa, já reparei que ele dorme sem. E hoje não está tão frio assim. Assim que ele me chama no banheiro deixo as roupas em cima da pia e fico esperando ele sair:

— Estou te dando trabalho? – ele pergunta enquanto o guio para a cama.

Não respondo, não tem necessidade. Ele deita na cama e já adormece. Tenho certeza que ele dormiu. Termino de trocar minhas roupas e então me deito ao seu lado. Seu braço passa por minha cintura colando-me ao seu corpo. Penso em me afastar, mas só consigo deitar em seu peito e me concentrar no delicioso cheiro da sua colônia. Me atrevo a dizer que essa é a melhor sensação do mundo.


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Notas finais do capítulo

Vejo vocês outro dia :*



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