Sob o Signo da Traição escrita por Dhessy


Capítulo 5
Dois tons de Negro


Notas iniciais do capítulo

Olá amores!!
Depois de muito tempo, venho trazer um capitulo saído do forno.
Espero que gostem.
Bjocas



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Apesar de Mu esta bem mais apreensivo que os demais, era Aiolia que andava de um lado para o outro. Odille permanecia sentada com uma expressão que indicava que seus pensamentos estavam longe. Milo tentava arrancar um pendão de grama mais próximo a si, tentando se distrair, enquanto Saga conservava sua expressão fechada enquanto lutava contra o cansaço que tentava domina-lo. O silêncio dominava aquele grupo tão oposto como parecido entre si.

—Já chega! -Aiolia reclamou em voz alta ganhando a atenção de todos. -Isso tudo está passando dos limites.

—Aiolia!

—Por Atena Mu! Não vê que estão nos fazendo de trouxa!

—Você não precisa da minha ajuda pra isso. Você faz isso sozinho.

—Ora sua...!

—Estou adorando essa garota. -Milo falou com um sorriso travesso no rosto ao observar Aiolia se segurando para não dizer diversos palavrões a Odille que agora tinha uma expressão irônica sob os olhos que pareciam ligeiramente cansados.

—Minha senhora. -Uma mulher saiu por entre a vegetação alta. Tinha traços delicados e usava vestes que lembravam os sáris indianos.

—Sarid. O que faz aqui? -Odille perguntou confusa pela presença da companheira.

—Eu vim trazer Helena até a senhorita. Venha. -A jovem chamou a antiga serva do Santuário que parecia assustada demais com toda a atenção caída sobre si.

Helena parecia abatida, mas apesar disso conservava as mesmas vestes simples que usava no dia em que foi transformada. Os longos cabelos negros pareciam sujos, mas fora isso ela continuava a mesma mulher que havia feito o coração do lemuriano bater mais forte.

—Helena. -Ao ouvir aquela voz tão familiar, a jovem se permitiu sorrir pela primeira vez depois de tanto tempo.

—Mestre Mu. Você veio.

A jovem correu para os braços do homem que aprendeu a admirar e amar. Dentro de seu pesadelo, ela permitiu ver a luz. Agora a esperança esquentava seu peito e fazia crer que tudo daria certo no final. Aquela certeza fez com as lagrimas corressem pelo seu rosto.

A expressão da jovem rainha se suavizou, elevando seu cosmo a mesma fez desaparecer as correntes que prendiam os dois dourados.

—Ela nós libertou. -Milo fitou seus pulsos que antes doíam pela pressão do metal contra sua pele.

—Por quê?- Saga perguntou ao se colocar de pé.

—Porque o amor é o melhor juiz. -Odille se colocou de pé ao lado de Sarid que observava a cena sorrindo. -Já está na hora.

Helena se afastou de Mu, o fazendo franzir o cenho. Havia tristeza no olhar dela onde antes existia a felicidade do reencontro.

—O que significa isso agora?-Perguntou Aiolia irritado.

—A maldição. -Odille respondeu tristonhamente. -De noite humanas e de dia cisnes, até que alguém me jure amor eterno.

—Me desculpe, mas tenho que ir. -Helena se aproximou de Odille e Sarid.

Como se respondesse um chamado, um dos guardiões apareceu ajoelhado aos pés da jovem rainha.

—Se seguirem a trilha pelo qual Sarid chegou até aqui, encontraram as ruínas de um antigo castelo. Estarão protegidos de Rothbart lá.

—Quem é esse?-Perguntou Milo arqueando a sobrancelha.

—Aquele que fez isso a mim. -Responde Helena. -A nós.

—O guardião irá levá-los até lá. -O guardião assentiu se levantando. Sua expressão parecia carregada de dor, pelo que o geminiano percebeu.

Apesar da história contada por Sophia, nada havia os preparado para o que aconteceu a seguir.  Quando as primeiras luzes manhã começaram a tocar o solo, uma imensa ventania tomou o bosque indo em direção as três mulheres.

Uma expressão de dor transpassou o rosto de Odille quando aos poucos a mesma deixava aos poucos sua aparência humana para trás. Seus olhos se tornaram angulados e ainda mais vermelhos conforme um conjunto de penas negras começou a cobrir sua pele. Quando o redemoinho ao seu redor se dissipou, havia um enorme cisne negro coroado no local onde antes havia a mulher que tanto havia irritado o leonino. Assim que a transformação de Odille se finalizou, um clarão se elevou aos céus se dividindo atingindo cada uma das mulheres que dividiam a mesma sina, as transformando também.

Quando tudo se findou, os Dourados se encontravam com diferentes graus de assombramento. Se alguém tivesse alguma sombra de dúvidas que a maldição era real, ela havia sido erradicada.

—Ela é um cisne!-Milo deu um passo para trás tentando recuperar o equilíbrio. Não conseguia definir o que sentia no momento. -Todas elas.

Com um bater de asas a tríade levantou voo deixando a clareira indo em direção ao lago.

*~v~*

O som de objetos sendo atirados no chão cortou aquele silêncio que durava por tantos anos. Havia fúria estampada nos olhos dourados do homem que com um único golpe estilhaçou um espelho da já desgastada penteadeira.

—MALDITA!

—Mestre! Mestre! Olhe sua pressão!-O pequeno morcego plainou ao redor de Rothbart tentando acalmar seu mestre.

—Aquela Maldita! Eu dei a ela tudo, para quê Gehässig? Para ela me trocar por aquele projeto de príncipe. Maldita seja a família Hohenheim!

— O senhor está se exaltando!

—Tal mãe, tal filha! Primeiro foi Emmy me trocando por aquele hipócrita do meu irmãozinho.

—Problemas de visão!-Gehässig respondeu prontamente.

—Depois foi Odette com sua “pureza”. -Robath fez um movimento de aspas com os dedos.

—Falsidade!

—Depois Odille ao me trocar por Siegfried. Só por causa de uma promessa de amor verdadeiro.

—Uma boa escolha!

—O que disse?-Ao perceber as palavras que havia dito, Gehässig voou longe o suficiente para colocar uma distancia segura de Rothbart.

—O que quis dizer é que foi uma sábia escolha da sua parte tê-la transformado em um cisne, sir.

—Aquele homem me deixou irritado.

—De quem está falando?

—Eu me esqueço que só consegui poder suficiente para desperta-lo agora. -Com um gesto de mão Rothbart fez surgir uma cadeira usando os pedaços de madeira que estavam espalhados pelo chão e se sentou nela. - Na verdade são dois. Um deles se parece muito com Siegfried. Os mesmo olhos, a mesma postura arrogante. A única diferença é aquela armadura dourada. E aquele outro de cabelo espetado.

—O mestre os derrotou não é?                           

—Infelizmente Odille interferiu. Ela e aquela coisinha seca que insiste em chamar de companheira. Mal despertei nesse século e tá estou odiando tudo.

—O que o sir fará em relação a eles? Não podem deixa-los viver. Algum deles pode se apaixonar por Odille e então o feitiço que o liga a vida dela se anulará.

Gehässig pousou no que sobrou da armação do espelho. Os olhos vermelhos encarraram seu mestre com curiosidade. Ele se sentia em dívida com o homem que salvou a vida dele a séculos antes quando ainda era um bêbado sem beira e nem eira.

—Ainda não sei. Por hora vou vigia-los de perto e você fará isso por mim.

—Eu sir!?

—Sim. Você meu caro servo.

O olhar de curiosidade se transformou em temor quando Robath se aproximou de seu servo. Havia uma malícia tão grande no sorriso que foi dirigido a Gehässig que fez com que o morcego engolisse em seco.

*~v~*

O assombro só cessou quando um grunhido vindo dos seres invocados por Odille se tornou audível.

—Ele está chorando. -Milo falou aquelas palavras com pesar. -Por elas.

—Vamos em frente. Não adiantará ficarmos parados aqui. -Mu com aquelas palavras tomou a dianteira seguindo o guardião que soluçava baixinho.

—Mu!-Aiolia chamou o companheiro.

—Deixe-o. - Saga pousou a mão no ombro do leonino chamando a atenção do mais jovem para si. -Está sendo duro para ele se vê impotente dessa forma.

—Eu só não consigo entender qual o motivo por trás de uma pessoa transformar as outras em cisnes. Sapos, bodes eu até entenderia, mas cisnes?-Milo perguntou se aproximando dos companheiros que aos poucos começavam a seguir Mu e o Guardião um pouco mais afastado de ambos.

—Na verdade já não estou entendendo nada. Essa é a verdade. -Aiolia disse passando os dedos nas têmporas.

—Não é o que parece. Você pareceu adorar aquela como é o nome dela Saga?-Milo perguntou sarcasticamente.

—Odille.

—Isso, Odille. Ela não é adorável!

—Só se for adoravelmente irritante. Mal a conheço a já a acho detestável. Rainha... Rainha. Quem ela pensa que é?-Aiolia reclamou fechando a cara.

—Uma rainha. -Milo respondeu simplesmente desviando de um soco do leonino irritadiço.

—Ela nem tem um coroa.

—Acho que sua irritação o está cegando. Se aquilo que ela usa na cabeça não é uma coroa, não sei mais o que é. -Milo continuou com a provocação, ganhando um olhar feio de Saga.

—De qualquer modo gostando ou não dela, você precisará acatar suas ordens. -O geminiano disse aquelas palavras dirigindo seu olhar para Aiolia-Ela entende mais o que está acontecendo do que nós.

—Não irei me curvar alguém que não é Atena como um traidor. -Aiolia só percebeu o que disse quando viu o rosto de Saga perder parte de seu tom. Havia dor nos olhos do geminiano e também vergonha. Não se podia apagar o passado por mais que se desejasse. Mesmo que não fosse de fato um amigo de Saga, por tudo que aconteceu anos antes, o leonino se sentiu culpado por ter proferido aquelas palavras.

Todos conheciam a dor do companheiro e sua determinação em expiar seus pecados, apesar de ninguém, nem mesmo o próprio, falar sobre isso. Era como um tabu soterrado sob os destroços do que restou da casa de Virgem, antes da mesma ser reconstruída.

Havia um silêncio constrangedor antes de Saga responder algo.

—Aceitar a liderança de outra pessoa não nos faz fiéis a ela.

Dizendo aquelas palavras Saga se afastou dos demais, acompanhando Mu lado a lado.

*~v~*

Os primeiros raios de sol atingiram a pele de Afrodite o despertando. Suas costas doíam e o corpo clamava por sua cama no décimo segundo templo. Não que houvesse mordomias ou algo do tipo para eles por causa da composição de suas armaduras, mas a sensação de voltar para o Santuário era a semelhante a voltar para casa. Algo que de certa forma realmente era verdade para órfãos como eles, que cresceram vendo como irmãos os companheiros de armas.

Depositado sobre algumas folhas haviam uma diversificada gama de frutas, todas trazidas pelas companheiras de Odille para ele e Giovanni. Olhando para elas, Afrodite sentiu um nó se formando em sua garganta.

—Elas são obrigadas a ser quem não desejam ser. - A voz do cavaleiro saiu baixa pelo fato de fazer algumas horas que não ingeria água. -Assim como eu fui um dia... Até...

Irmã

A voz infantil de Afrodite vinda de sua infância, fez com que o cavaleiro cerrasse os olhos.

Alguém ajude a minha irmãzinha!

Já não existia mais a pouca luz que iluminava o que restou do castelo dos pais de Siegfried e sim uma praça iluminada pela palidez da neve recém-caída há poucas horas antes. Nos braços do cavaleiro, enrolada em uma manta, uma garota de igual beleza demonstrava sintomas de uma febre que não passava por maiores esforços do irmão, um ano e meio mais velho.

Ela tem febre. Alguém ajude a minha irmãzinha!

Olha o que temos aqui! Se não são aqueles dois órfãos.”- Afrodite não se lembrava mais do rosto ou o nome daquelas figuras sinistras de sua infância. Apenas se lembrava de que era ele o responsável por todos os desabrigados daquela parte da cidade de Jokkmokk. Todos aqueles que quisessem viver ali deviam pagar a ele o que conseguissem de esmola, cabendo a ele devolver ou não a parte que o mesmo desejasse. Com a doença de Britta, tudo que conseguia arrecadar estava sendo usada para os remédios da jovem. - Espero que tenha trazido o meu doce, moleque.

O que se passou em seguida foi muito rápido. Percebendo que ambos não tinham nada a oferecer, aquele homem vil, arrancou Britta dos braços do jovem cavaleiro, que investiu contra o mais velho. Afrodite foi preso por um dos companheiros daquele que desprezível ser, sendo obrigado a ver o mesmo bater em sua pobre irmã.

A dor e a vontade de protegê-la fez com que o seu próprio cosmo despertasse. As mais variadas rosas surgiram ao redor do homem que o segurava. Como se algo estivesse o queimado o comparsa soltou-se dele se afastando correndo de medo. Uma chuva de rosas investiu contra aquele que mantinha Britta cativa o matando instantaneamente.

Antes de desmaiar pelo cansaço, Afrodite só teve tempo de escutar passos metálicos contra a calçada de pedra e uma voz distante gritando algo semelhante à outra dimensão.

—Afrodite!-A voz de Giovanni se misturou a de Britta, fazendo o cavaleiro perceber que estava lembrando-se do passado.

—Giovanni. O que...

—Estava se lembrando de quando Saga o salvou novamente? Poderia dizer para ele que você está sofrendo uma paixonite aguda por ele. - O canceriano desviou de um soco que tinha como mira o rosto sorridente do mesmo.

—Pare de falar besteiras. O que sinto por Saga é…

—Admiração. Você viu nele a beleza da justiça. Só não deixe os outros ouvirem que disse isso.

—Ele podia ter me levado a força para o Santuário. Mas pelo contrário, cuidou das minhas feridas e da minha irmã. Deixou que eu permanecesse ao lado dela por cerca de dois dias antes dela sucumbe-se de vez a pneumonia.

—Não me diga que ver sua irmã como Odille, pois aí vou poder dizer ao grande mestre quando voltarmos que você piorou de vez. E ainda mais feio que quando Saga dava seus ataques de pelanca. - Máscara da Morte riu mesmo sobre o olhar irritado do pisciano.

—É só que... Eu imagino como deve ter vivido esse tempo todo aqui. Em meio ao nada. Dormindo sobre a sombra de um passado que não consegue escapar. Eu pude partir e deixando para trás o túmulo de Britta e o meu próprio. E quanto a ela?

—E pensar que nossos passados foram tão...turbulentos mio amico.

—Fizemos muitas coisas erradas, por acreditarem serem a correta. Por maior que tenha sido eles, eu não consigo me arrepender de todos, Gio. Arrependo-me de trair Atena, de destruir a ilha de Andrômeda e derrotar Daidalos, da minha arrogância em acreditar que um garoto tão magrelo como Shun não seria capaz de me vencer, mesmo admitindo seu potencial no fim... Sabe Mask, no meio daquele combate, eu entendi o quanto estava errado, mesmo preferindo perder a vida para admitir isso. Quando renascemos e tivemos que enfrentar Mu, eu me senti ressentido e até mesmo acabei pegando pesado demais naquela encenação que Shion montou para nós. Morremos novamente nas mãos de Radamanthys, para só então nós redimir em frente ao muro das Lamentações. -Afrodite pegou uma das frutas deixadas para ele, seguindo o exemplo de Giovanni que observava o mesmo em seu discurso, saboreando uma delas.

—Só acho que quem vive de passado é museu. -O pisciano deixou escapar uma gargalhada. -Se quiser posso dizer isso na cara do Saga.

—Se deseja tanto fazer uma visita sem volta para outra dimensão vá em frente.

—Eu faço isso se você prometer que quando sairmos dessa enrascada em que caímos, vivos, pagará para mim uma garrafa de ouzo, eu topo.

—Deixe o geminiano em paz se deseja chegar à velhice inteiro.

Uma movimentação estranha fez com ambos dourados tomasse posição de ataque. Do meio da vegetação densa um grupo em graus diferentes de ferimentos, saiu tendo como guia uma criatura que irradiava o cosmo de Odile.

Percebendo que já havia comprido as ordens de sua mestra, o guardião caminhou de volta para dentro do bosque deixando os cavaleiros recém chegados se espantaram ao ver Máscara da Morte e Afrodite ali.

—Máscara da Morte! Afrodite!-Aiolia caminhou em direção aos companheiros. - Parecem ter tido problemas.

—Um maledetto problema alado. -Giovanni disse resmungando.

—Odille.-O leonino comentou revirando os olhos.

—A conheceram?-O pisciano perguntou observando os companheiros com interesse.

—Se conhecemos!-Milo tomou a frente do leonino o empurrando para o lado, fazendo o mesmo o olhar feio.-Aiolia tá gamado nela.

—Ora seu!

—Tivemos um pequeno desentendimento com ela, mas foi resolvido. -Mu comentou se colocando no meio do escorpiano e um Aiolia completamente irritado. -Ela nos contou sobre a maldição e de certa forma prestigiamos a mesma.

—Você parece abatido Mu.

—Não foi nada. Vai passar. Encontramos Helena.

—Eu lament…

—Irei desfazer a maldição de alguma forma.- O ariano cortou as palavras de Afrodite e se afastou do grupo indo para o lado oposto.

O silêncio caiu como um véu, fazendo até mesmo, Milo e Aiolia pararem de brigar para observarem o lemuriano se afastar.

—Carazo! Ele está mesmo apaixonado por aquela ragazza.-Máscara da Morte disse quebrando o clima sombrio.

—Está. Talvez ele possa quebrar a maldição. - Milo disse batendo uma mão fechada na outra como se tivesse encontrado uma solução.

—Não. A maldição começou com Odille. Ela é a rainha. A promessa de amor eterno deve ser feita a ela.- Afrodite corrigiu.

—Esqueci desse detalhe.

—Talvez exista outra forma. -Saga disse depois de um longo momento.

—Rothbart. Odille me falou de um livro, onde esse mago deposita seu poder. Talvez ele seja a chave.

—Não acho que seja isso. -Todos os presentes viram seu olhar para Milo. -Pensem, a maldição está ativa a quanto tempo?

—Séculos pelo que aquela ragazza de nome indiano me contou. Mais de quinhentos anos. -Giovanni disse coçando um dos ouvidos com o dedo mindinho.

—Um livro não resistiria por tanto tempo em um lugar como esse. -Milo comentou franzindo a testa.

—Magia talvez. -Aiolia disse se sentando no chão. -Vocês viram o que ela fez só agitando as mãos.

—O que ela fez?-Perguntou o escorpiano curioso.

—Invocou uma espécie de trono, do nada.

—Supondo que o livro realmente exista, ainda. -Afrodite disse dando ênfase no fim de sua fala. -Rothbart provavelmente escondeu em algum lugar no qual ninguém desconfiaria, nem mesmo Odille. Apesar de que ele não no passado não planejava ser derrotado...

—Essa história tem mais furos do que aqueles que fiz no seu irmão, Saga. -Milo disse rindo.

—Muito engraçado, escorpião.

—Concordo com Milo, essa história me cheira mal.

—Talvez seja pelo banho que você tomou. -Milo e Máscara da Morte começaram a ri do leonino que ainda se encontrava molhado.

—Ora seus…!

—Odille disse onde podemos encontrar esse tal de… Rothbart?-Saga perguntou ignorando a briga que começava ao seu redor.

—Disse. O coração do bosque. Odille disse que é difícil chegar até lá e que encontraríamos problema se formos lá por conta própria.

—Não duvido. Aquele lá é escorregadio e cheio de truques sujos. -Máscara da Morte completou. -Ele é um metamorfo. Consegue mudar de forma, se tornando o que desejar. Tentou me tapear se fazendo passar por uma jovem indefesa, mas os espíritos me alertaram.

—Espíritos?-Saga perguntou franzindo a testa.

—Sim. Vários, Todos eles estão presos aqui. Muitos usam joias e roupas finas.

—Provavelmente mortos pela enchente que aconteceu antes no mesmo dia que Odille foi transformada. Deve está aqui ainda por causa de Rothbart.

—Um deles me chamou a atenção. Uma mulher... Ela disse que a filha foi amaldiçoada e a outra roubada.

—Odille?-Saga perguntou.

—Talvez.

—E a outra?-Aiolia perguntou curioso.

—Só quem pode responder a essa questão é Odille. -Afrodite respondeu se levantando com um pouco de dificuldade. -Acho melhor vocês descansarem. Eu e Giovanni, montaremos turnos para protegê-los.

Depois de alguns minutos de silêncio, o grupo recém-chegado assentiu. Cada cavaleiro procurou um lugar para repousar apesar de certa hesitação inicial.

—Afrodite?-Giovanni chamou hesitante, o que era incomum vindo do italiano.

—Sim.

—Você está bem? Parece pálido.

—Estou bem é que... Essa história... Está me deixando confuso.

—Está misturando seus sentimentos a isso tudo como Mu.

—Do que está falando?

—Nada. Só me expressei em voz alta.

Antes que Afrodite pudesse tirar mais alguma informação do companheiro, o mesmo já estava longe o bastante para chamar por ele. Sem outra opção, o cavaleiro começou a zelar pelo sono dos companheiros.


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