Sob o Signo da Traição escrita por Dhessy


Capítulo 4
Audiência Sombria


Notas iniciais do capítulo

Olaaaaa meus amores!!!!
É com muita alegria que venho trazer um novo capitulo!!!
Esse demorou um pouco mais do que eu imaginava. Aos poucos essa história está ficando mais complexa, o que exige mais atenção. Apesar disso estou amando escrever cada um dos capítulos. Espero que gostem do mesmo da mesma forma que amei escreve-lo. Bjos



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—RELÂMPAGO DE PLASMA!!-O leonino disparou seu golpe contra aqueles seres bizarros que tentavam bloquear o caminho dele e de Mu. -O que tipo de coisas são essas? Nenhum tipo de ataque surge efeito contra essas coisas.

—Eles parecem ter vontade própria. Talvez…

—O que pensa que vai faz…

O lemuriano se aproximou, fechou os olhos e tentou ler a mente das estranhas criaturas. Aiolia não conseguia decidir se o companheiro era louco, suicida ou ambos.

—”Quem são vocês? Porque nos atacam?” -O dourado projetou na mente do ser mais próximo a ele enquanto o leonino se colocou a postos no caso de precisar defender o companheiro.

De inicio não houve ação da outra parte. Ambas criaturas se olharam como se entrassem em um acordo mútuo entre se atacavam ou davam ouvidos as perguntas de Mu.

—Bosque...Vivo. Defender irmãs… Rainha mandou.

—Não queremos fazer mal a sua rainha e nem a irmãs dela. Viemos em busca de dois companheiros. Sabem nos dizer se eles estão bem?

—Mal. -Havia dor nas palavras da estranha criatura. Aiolia observou Mu, a espera de uma reação, quase como se aguardasse uma autorização para atacar ou não.

—Grande mal ainda vive. -O companheiro do ser que conversava com Mu se aproximou do dourado. -Rainha boa sofre. Ajudar seus amigos.

—Poderiam nos levar a ela?-Aiolia se pronunciou ganhando atenção dos “gigantes”.

Os olhos de ambos brilharam como se não gostassem do cavaleiro.

—Por favor! -O lemuriano pediu ganhando novamente a atenção para si.

—Nós poder.

—Venham.

Em uma macha lenta ambas criaturas se viraram e começaram a seguir pelas trilhas, sendo seguidas de perto pelos cavaleiros.

—Acha que eles nós ajudarão?-Aiolia cochichou para o companheiro que seguia em sua serenidade.

—Sim. Eles nós ajudaram.

—Por que tem tanta fé nessas criaturas?

—Eles são o próprio bosque. Não há maldade neles, apenas obediência.

—Por sua rainha.

—Sim, por sua rainha.

*~v~*

Um crocito soou como um grito de guerra. Rothbart havia descoberto a farsa e agora perseguia Mascara da Morte e Sarid na forma de um corvo.

—Carazo! Esse bicho ainda está atrás da gente.

—Estamos chegando. Minha senhora nos ajudará.

—Minha senhora. Minha senhora. Essa ragazza tem quantos anos afinal?

—Mais de quinhentos... Eu creio. Pule!

O bosque terminava em uma descida abrupta que dava lugar a um lago imenso. Um local sombrio, mas que na visão do canceriano devia pertencer a tal “senhora”. Sem pensar muito no que viria, o cavaleiro saltou após a estranha jovem que havia encontrado no bosque.

Enquanto nadava para se afastar das margens, Giovanni sentiu um cosmo cálido o protegendo das investidas aéreas de Rothbart. Ele era diferente do de Atena, mas ainda assim poderoso. Assim que encontrou a margem ele se surpreendeu pela visão que teve. O dourado entendeu o motivo porque Sarid chamava Odille de senhora assim que a viu. Havia uma aura de poder ao redor dela semelhante a que sempre viu em torno de Shion e de Saga.

Com as palmas erguidas, o cosmo dela formava uma espécie de escudo que os protegia. Quando Rothbart se chocou contra ele soltou um guincho que misturava desprezo e fúria. Pairou por mais algum tempo no ar e foi embora.

—Minha senhora. -Sarid fez uma mensura respeitosa para a mulher a sua frente que respondeu da mesma forma.

—Sabe muito bem que não precisa me tratar assim. Somos amigas. - A jovem rainha voltou seu olhar para o canceriano que observava com reserva. -Você deve ser o amigo dele.

—Afrodite! Onde ele está?

—Ele está nas ruínas do castelo. Venha, o levarei a ele.

—Senhora e quanto aquele homem?

—Eu já tomei providencias quanto a isso. O bosque o manterá longe por enquanto.

Giovanni seguiu em silencio observando as mulheres que caminhavam lado a lado a sua frente. De repente se lembrou do espirito que havia avistado no bosque. Seria aquela mulher que os recebeu a filha daquele fantasma? O canceriano se perguntava internamente.

A trilha de grama alta deu lugar a um caminho de pedra que demarcava o que um dia havia sido o pavilhão da frente de um grande castelo. O lodo cobria as paredes que ainda estavam de pé. As janelas não existiam mais e a atmosfera fúnebre fez com que Giovanni tivesse certeza que algo ruim tinha acontecido naquele local.

Conforme se aproximava, o canceriano pode finalmente sentir o cosmo do companheiro. Afrodite estava sentado e com uma expressão sombria no rosto.

Apenas entendeu o porquê quando se aproximou. O dourado estava preso por algo semelhante a raízes e apenas relaxou a expressão quando pousou os olhos no companheiro.

Odille elevou seu cosmo libertando o pisciano, que fez uma pequena mensura a ela.

—Porque está molhado?

—Longa história.

—Onde se localiza ou localizava o local onde Rothbart morava?

—Ao norte, onde o bosque é mais denso. Deve descansar antes de tentar ir até lá. Rothbart é poderoso e não hesitará em atacar quem quer que for. Eu irei com vocês.

—E sua corte?

—Eu cuidarei delas. -Sarid respondeu prontamente o pisciano.

—Eu invoquei os antigos protetores dessas terras. Eles cuidarão de mantê-lo longe por enquanto. Não há porque se preocupar, pelo menos por enquanto.

—Espere você falou de corte?

—As mulheres que sumiram estão aqui, sob a proteção de Odille. Foram transformadas em cisnes por Rothbart, Mask.

—Carazzo! Aquele maldito, não tem nada melhor para fazer da vida?

—Aparentemente não.

—Descansem. Estarei pedindo para que alguma das meninas traga algo de comer para vós.

Assim que Odille e Sarid se foram, Giovanni observou o pisciano atentamente. Afrodite parecia mais pálido que o normal.

— Você está bem?

—Me sinto cansado. Se Odille não tivesse me encontrado... Eu teria sucumbido ao veneno.

—Pensei que aquele carcamano tivesse usado algum tipo de ilusão como tentou usar comigo.

—Não. Mas isso não quer dizer que devemos subjuga-lo.-  O canceriano concordou com a cabeça.  

—De qualquer forma, não será possível por fim a tudo isso hoje. Descanse. Avisarei quando trouxerem nossa comida. - Assim quando o dourado fechou seus olhos, Mask pode notar a diferença no cadenciar da respiração do companheiro. Afrodite estava dormindo.

Elevando levemente seu cosmo, Giovanni permitiu descansar ao lado do companheiro.

*~v~*

A figura de uma mulher se aproximou das duas criaturas que se aproximavam trazendo dois homens desmaiados. Apesar das aparecia que transparecia meiguice, nada na sua expressão era meiga.

—Acorrentem esses homens para que não façam mal nenhum a nossa senhora.-

Ambas criaturas franziram o cenho, mas obedeceram o comando mesmo assim.

Apesar de não parecerem, os seres invocados por Odille não eram maus e nem bons. Eles eram como toda natureza, um ser neutro em maior parte do tempo. Apenas em raras situações é que mostravam sua fúria ou sua tristeza.   

Uma delas foi quando retiraram da enchente o corpo frio daquela que aprenderam a amar como rainha. O solo havia sido maculado e a mulher que carregaram nos braços também.

Eles virão a jovem garota de coração duro e egoísta, se modificar e se tornar boa no decorrer dos anos que se seguiram. Virão seu choro, quando a mesma se deitava sob a terra em volta ao lago, quando a maldição a libertava temporariamente. E a embalaram para evitar que os pesadelos a atormentassem. Observaram quando no decorrer dos anos, Odille tentou libertar as almas que ali vagavam, mesmo que não tivesse sucesso.

Apesar da mesma dizer que deviam proteger aquelas que dividiam sua sina, eles não gostavam daquela mulher em especial. Algo nela não era bom.

—Podem ir.

Fechando os olhos em fendas ambas criaturas se foram em uma nuvem de poeira.

—Que o julgamento comece.

*~v~*

Odille dormia sob a grama. Já fazia cerca de uma hora que havia deixado os cavaleiros aos cuidados de Sarid e Maeve. Ali com a cabeça pousada sobre um dos braços sonhava com o passado. Nele se lembrava de quando era apenas uma menina que amava Rothbart sobre todas as coisas. Quando desejava um juramento de amor verdadeiro...

—A mais bela. -Rothbart lhe sorria no reflexo do espelho. Os olhos cor de avelã admiravam o colar de rubi que seu pai acabara de lhe dar. Naquela época, em seus inocentes doze anos sonhava com o mesmo destino daquelas mulheres que viviam na corte do rei Klaus...Ser amada.

—Você acha papai?

—Sim, minha pequena menina. Em breve a levarei a corte para que o príncipe lhe coroe sua rainha.

—Ele me amará?

—Sempre. Para todo o sempre.

A jovem girou seu corpo enquanto ainda permanecia embebida pelas lembranças do sonho que se modificou, para pouco antes de ser encarcerada pela maldição.

Com um sorriso no rosto e de mão dadas a Rothbart, Odille entrou no salão ganhando com isso o olhar de todos. Vestida com um longo vestido rodado negro pontilhado por rubis e os longos cabelos presos em um coque, ninguém poderia dizer que ela não fazia parte da corte. Iguais em aparência, Siegfried não podia distinguir que a recém-chegada não era a sua amada.

O sonho novamente se modificou, tornando-se verdadeiramente o pesadelo que era.

Odille, que antes riu da confusão causada com a descoberta de quem realmente era. Observava seu pai, que antes transparecia felicidade e agora estava sério.

—Aquele maldito veio.

—Siegfried?- Esperança. Sua versão mais jovem sorriu ao senti-se dominar por aquele sentimento. Ele havia vindo por ela, assim como seu pai havia dito.

—E quem mais! Eu farei com que ele pague por ter se intrometido.

—Não pode mata-lo! Ele promet…

—Foi uma farsa! Qual parte não entendeu ainda Odille?

—Mas…

—Basta!

—Pai... Pai por favor! -A jovem tentou impedi-lo segurando seu braço.

—É uma tola!-O grito furioso de Rothbart fez com que Odille se encolhesse. -Está me traindo.

—Como!?

—Pagará por isso. -A jovem olhou assustada para aquele que chamava de pai. -É igual as outras. IGUAL!

Sua versão mais jovem só foi perceber o brilho de loucura no olhar de Rothbart tarde demais. Ele já havia lançado o encanto e seu corpo já estava presa pelo redemoinho de folhas. As palavras ditas àquela noite a marcaram para sempre.

Quando seu pai lhe deu as costas permitiu-se chorar, mas aquilo era apenas o inicio...

A jovem rainha acordou sentindo-se fraca. Seu reflexo no lago não era mais o mesmo. A cor de seus olhos já não eram a mesma, assim como sua devoção cega por aquele que um dia chamou de pai.

—Siegfried. -A jovem fechou os olhos ao se lembrar do jovem príncipe.

—Você ainda pensa nele. -A presença de Sarid não assustou a jovem rainha. A alegrou momentaneamente a fazendo sorri.

—Sim. Em todos esses anos meus pensamentos de uma forma ou de outra voltam para ele. Para o amor que sentia por Odette e pelo amor que eu pensava sentir por ele. Para minha tolice... para minha inveja...Eu era tão tola Sarid. Envergonho-me de quem eu era.

—Você encontrará um amor assim também. Quando tudo acabar poderá arrumar o castelo e viver nele. Você dará lindos bailes e convidará a todos da região. Não precisará mais sentir vergonha e nem se esconder… Você se redimiu. Isso é o que importa.

—As coisas não acontecem assim Sarid.

—Eu sei, mas não custa sonhar.

—Eu pensei por muito tempo que viver como um cisne era um tormento, mas você me fez ver que não é assim. A mais tipos de amor que se possa catalogar. Lutar por eles me dar vontade de continuar vivendo. -Odille sorriu de jeito maternal ao fitar a companheira. - Eu já não amo Siegfried, mas o amor que ele sentia por minha irmã me fez perceber o verdadeiro significado do meu poder. Todo o potencial dele quando usado da forma adequada.

—Senhorita Odille. -A recém-chegada saldou a jovem rainha com uma longa reverencia que nada agradou Odille.

—Marie, o que faz ainda acordada?

—Minha senhora vim trazer noticias dos seres que invocou a poucas horas atras. Eles retornaram e trouxeram reféns.

—Reféns!

—Sim. Eu pedi para que eles os acorrentassem para que não fizessem mal a senhorita.

Odille sentiu-se rodar em seu próprio eixo. Estava dividida entre a descrença e algo que ela não conseguia descrever. A jovem rainha se colocou de pé rapidamente, correndo em direção a onde se localizava o jardim do palácio antigamente.

Suas emoções estavam tão revoltas quando o mar em tormenta. Como ela sentiu ao acordar depois da enchente e ver que ela era uma dos poucos sobreviventes.

Tomada por todas as lembranças que se digladiavam dentro dela elas partiu como um cisne negro.

*~v~*

—Estamos andando em círculos, Mu! -Aioria reclamou pela segunda vez desde que havia começado a caminhar atrás daqueles seres sem nome.

Conforme as arvores se tornava mais escassas e o terreno menos irregular, a paciência do leonino se tornava mais curta, para a tristeza do lemuriano.

—Sinto o cosmo de Milo e Saga mais a frente.

A cena que se viu a seguir fez com que o leonino perdesse o pouco que restava da sua paca paciência. O geminiano e o escorpiano se encontravam sentados no chão de costas um para o outro com as mãos amarradas. Ambos estavam descabelados, feridos e sujos com uma substancia que parecia ser terra.

O dourado se ajoelhou em frente a eles tentando acordar os companheiros. Mu observava os arredores em busca de uma pista que indicasse quem havia feito aquilo com seus amigos.

—Malditos! Era uma armadilha. RELÂMPAGO DE PLASMA!

O ataque do leonino foi desviado antes que ele pudesse encostar em algum dos guardiões do bosque. Da clareira emergiu uma mulher tão bela quanto irritada. Com um gesto de mãos, a mesma criou uma rajada de vento que atirou Aiolia no lago que ficava a poucos metros dali.

—AIOLIA!! -Mu gritou indo em direção ao leonino. -Aiolia! Você está bem?

—Me largue Mu!

—Deveria dar valor ao seu amigo. Ele se preocupa consigo. -O leonino soltou um rugido ao ouvir aquelas palavras de Odille.

—Solte Milo e Saga!

—E porque deveria? Porque está mandando? Não me faça ri garoto. Você não passa de um bebe chorão que não consegue resolver seus problemas e parte para o confronto como uma besta sedenta de sangue incapaz de calcular o poder de um oponente.

—Você não sabe com que está falando!

—E nem você! Sou Odille, a rainha desse lugar e não vou permitir que me insulte de maneira alguma.

—O que meu amigo quer dizer...

—A merda o que quero dizer Mu! Não ver que ela prendeu nossos companheiros!?

—Eu não os prendi. -Odille se aproximou de Saga e Milo. -Uma de minhas companheiras fez isso. Se o fez foi porque algum deles tentou machuca-la.

—Aiolia, não. -Mu puxou o leonino pelo braço ganhando a atenção dele. -Me deixe conversar com ela. Não vamos conseguir nada lutando. Não a conhecemos e muito menos a extensão dos poderes dela. Não vê que sua imprudência pode está colocando a vida de Milo e Saga em perigo?

—Faça o quiser, mas não vou ficar calado escutando desaforos de qualquer uma. -O dourado lançou um olhar raivoso para Odille antes de se sentar em cima de uma pedra.

—Peço desculpas pelo meu companheiro, ele é um pouco... Esquentado.

—Notei isso. -Com um mover de mãos, uma espécie de cadeira surgiu do chão, formada exclusivamente por pedras. O lemuriano apesar de notar que a expressão da jovem se suavizou, percebeu que não podia relaxar. Seus companheiros dependiam de si. - Vamos começar do principio. Quem são vocês e o que fazem aqui?

—Somos cavaleiros de Atena. Viemos a essa terra para descobrir o que está acontecendo com todas as mulheres que vem desaparecendo. Encontramos com seus guardiões na floresta e eles disseram que defendiam você e suas irmãs. Quando meu amigo viu nossos companheiros feridos, ele perdeu a cabeça, a atacando.

—Ele falar verdade. -Um dos guardiões falou após um longo período de silencio da parte deles.

—E quanto aos companheiros dele? Vocês os trouxeram? -Odille perguntou com uma gentileza que fez o leonino que observava a cena revirar os olhos.

—Não.

—Encontre aquele que os trouxe aqui. Apenas assim poderei decidir se o que ouve foi ou não um mal entendido.

—Minha senhora.-Com uma saudação ambos guardiões desapareceram.

—Qual a parte você não entendeu que eles são inocente?

—A parte onde não escuto alegações de uma pessoa tão descontrolada como você, seria uma boa alegação? Atacou meus guardiões sem motivo, fora ao fato de não ter nenhum respeito por alguém que é superior que você e muito menos por aquele que diz ser seu amigo. Devia aprender como ser equilibrado com ele.

—Superior. Não é minha superiora. Se quiser que eu me ajoelhe a você terá que quebrar minhas pernas, pois não me ajoelharei para ninguém além de Atena. E o que considera respeito? Ficar calada enquanto vejo dois companheiros sendo feridos? Isso não é respeito e sim tolice.

—Gosto da sua fidelidade, a essa tal de Atena. Mas não consigo ver a tolice do seu companheiro. Às vezes o melhor ataque são as palavras e não a espada. Um cavaleiro deveria saber disso melhor do que ninguém.

—Onde... Onde estou?- A voz rouca de Saga, impediu Aiolia de revidar o comentário da jovem rainha.  

—Saga!

—Mu, Aiolia por que está molhado?

—Longa história. -Respondeu o lemuriano se aproximando do geminiano.

—Ai! É impressão minha ou parece que tem um sino soando em algum lugar?-Perguntou Milo, balançando a cabeça.

—Milo! Você está bem?-Aiolia perguntou para o companheiro sem tirar os olhos de Odille que observava a cena silenciosamente.

—Estou apesar dessa dor de cabeça terrível. Onde estamos? E quem é essa daí? É gatinha. -O leonino se segurou para não dar um soco na cara do escorpiano que parecia comer a jovem com os olhos.

—Sou alguém que você não gostaria de ter conhecido. -Odille respondeu projetando para o cavaleiro uma aura mal humorada, fazendo com que o cavaleiro fechasse a cara.

—Ela é o motivo por vocês dois estarem amarrados como dois bandidos.

—Não por muito tempo.

Como um passe de magica dois guardiões apareceram no chão ajoelhados. Os mesmos que atacaram Saga e Milo.

—Senhora!-Ambos disseram ao mesmo tempo, arrancando uma expressão de susto do escorpiano que observava a cena embasbacado.

—Ela os invocou. -O geminiano declarou simplesmente.

—Eles vivem nessa floresta a mais tempo do que se pode colocar no papel. São gentis. -Odille se levantou indo em direção àqueles que lhe declaravam devoção. Com gentileza, a jovem afaga o rosto de ambos. -Mesmos quando eu não mereço sua bondade.

—Senhora... Boa.

—Aquele homem... Ruim.

—Mas eu também fui. Nada muda isso. -Odille aos poucos se desfez das emoções que pareciam borbulhar na superfície, retornando para aquela mascara de frieza que carregava desde o momento em que apareceu entre os dourados. -Não os chamei até aqui para lamentar o passado e sim decidir o futuro... O futuro deles.

Aiolia trincou os dentes para tentar evitar que meia dúzia de palavrões escapasse por sua boca, quando o olhar de ambas as criaturas caíram sobre Milo e Saga.

—Só pra adiantar quem nós atacou foram eles.- O escorpiano disse arrancando risos de Odille.

—Você tem alguma ligação sanguínea com esse seu companheiro de língua afiada?

—O que quer dizer com isso?-Ambos cavaleiros perguntaram ao mesmo tempo.

—Ambos são um tanto... Impulsivos.

—Não sou igual a ele. -Responderam Aiolia e Milo apontando um para o outro.

—Crianças. -Saga comentou baixinho enquanto os companheiros brigavam. Odille soltou uma gargalhada enquanto observava a cena.

—Deve ser um milagre vocês trabalharem em equipe.

—De fato é. Quem é você?-O geminiano perguntou.

—Me chamo Odille e esses são os guardiões deste bosque. Não tenho intensão de discutir mais que o necessário. Isso tudo já está me deixando de dor de cabeça. Estou apenas buscando respostas.

—Viemos em busca também de uma amiga. -Mu tomou a palavra. -Não sabemos muito bem o que aconteceu com ela. Apenas temos informação de que ela foi vitima de algum tipo de... Feitiço.

—Alguém a transformou em um cisne. -Completou Saga vendo a dor na expressão do lemuriano.

Naquele instante a palidez de Odille se atenuou. Parecia ter sido vitima de algum tipo de ataque que fez com que se sentasse. Os guardiões pareceram sentir a diferença na expressão da jovem rainha.

—Qual o nome dela?

—Helena. - O choque cobriu a face da jovem quando ouviu aquele nome.

—Minha senhora?-Ambas criaturas perguntaram ao mesmo tempo.

—Traga ela aqui... Traga Helena aqui.


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