Underfell escrita por CraftPickage


Capítulo 23
Capítulo 22 - Vs Mettaton EX - Prólogo


Notas iniciais do capítulo

Acho que devo me disculpar pela demora. Acontece que esses últimos meses eu quase não parei em casa, e estava mais focado na minha fic da Taringa, pois minhas ideias para ela estavam pipocando. Eu estava com a mente vazía para este capítulo, para dizer a verdade, pelo menos, de como ele iría começar, então decidí jogar undertale outra vez, e bom, eu voltei me lembrar de porque gosto deste jogo :)

Sem mais delongas, aqui está o capítulo. Eu tive que cortar ele, porque se não iria demorar muito para postar, e já demorei tempo demais.



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Frisk esperou alguns segundos para sua vista de ajustar a escuridão do Core. A entrada consistia numa sala com chão feito de placas de metal, vermelho pela ferrugem, e cujas paredes eram cheias de canos e tubos. A sua frente existiam duas portas, uma a direita e outra a esquerda, sendo que a da direita possuía diversos canos que barravam a passagem, e uma tênue luz amarelada saía da porta a esquerda. Ali era bastante abafado, gotas de suor rolavam pela testa de Frisk. Cada passo que ele dava produzia um eco estranho pelo lugar, que estava silencioso. Derepente, o humano sentiu saudades da voz de Flowey.

Ao se aproximar da porta da esquerda, Frisk notou uma corda de metal pendurada entre as duas portas. Ele sabia que ali existia alguma coisa em seu mundo, mas não conseguia se lembrar de o que era, e isso o deixava apavorado.

A porta da esquerda levava para um longo corredor vazio, similar a sala anterior em aparência, com uma porta no outro extremo, de onde provavelmente vinha à luz amarela. Ao se aproximar, Frisk se deparou que do outro lado, onde havia uma sala, um grupo de monstros se reunia ao redor de uma fogueira. A escuridão escondeu Frisk, e se aproveitando disto, a criança começou a esgueirar pelas sombras para poder chegar a porta, no outro extremo da sala.

— O que aquele cara queria falar pra você? – Um monstro miúdo falou, parecia uma pequena fada usando uma armadura negra. Frisk não reconheceu o monstro.

— Ele pediu para que procurássemos um humano e o levássemos para ele. – Outro monstro respondeu, este parecia um homenzinho miúdo, usando um casaco branco de medico e uma cartola que cobria seu rosto. Ele não possuía pernas, mas existiam dois pés flutuando debaixo dele, usando sapatos sociais. – Ele é aquele cara irritante da televisão, conhece? O... Batatão.

— Mettaton. – Outro monstro corrigiu, ele era o maior do grupo, usava uma armadura que o fazia parecer um corvo, com dois olhos vermelhos no peitoral.

— É, tanto faz. – O “medico” prosseguiu. – Eu perguntei quanto que ele iria pagar, mas ele não respondeu e foi embora. – O medico balançou a cabeça. – Mesmo que ele pagasse, eu não iria trabalhar de jeito nenhum para aquele idiota.

— Nem eu. – O monstro maior acrescentou.

— E-eu assisto. – Disse um monstro, o único que não tinha falado até o momento. Parecia um sapo de cor ferrugem, com miúdos espinhos ao redor do rosto, mas não grandes o suficiente para ferir.

— Claro que assiste. – A fada respondeu grosseiramente. – Você só faz merda.

— N-não tem nada m-melhor na televisão, n-não gosto d-do Mettaton, só n-não tem na-nada melhor para assistir... – O sapo começou a se desculpar, visivelmente assustado.

— Assistir paredes é melhor do que assistir o show dele. – O médico disse. – Só ficou interessante quando aquele humano apareceu, mas só porque os episódios acabavam mais rápido com o humano fugindo.

— Eu penso que devíamos ter aceitado, ultimamente ninguém quer saber de mercenários mesmo. – O grandalhão disse. – E humanos devem ser caros, imagino.

— Você não acabou de dizer que não trabalharia com o Batatão? – A fada exclamou.

— Verdade, retiro o que disse. – Ele fez uma pausa. – Prefiro trabalhar para o Asgore, pelo menos ele não suja a reputação dos outros.

Frisk decidiu não esperar que o grupo notasse a sua presença naquela sala, então continuou o caminho, entrando pela porta ao seu lado.

A porta levou para uma sala que virava para a direita, onde existia uma ampla ponte de metal rodeada de canos tão largos que Frisk facilmente caberia no seu interior.
A ponte levou a criança até outro corredor, que se dividia para a direita e para frente, em outra ponte similar a anterior. A criança sentiu que devia seguir pela ponte, era somente uma sensação, mas Frisk seguiu aquele instinto, acreditando que devia ser o que havia restado de suas lembranças do seu mundo.

A ponte era bem mais longa do que a anterior, e era rodeada de total escuridão. A caminhada durou um minuto, mas durante todo o trajeto, a criança se sentiu vigiada, como se as sombras ao seu redor possuíssem olhos.

Finalmente, o humano chegou ao final da ponte. Era uma espécie de plataforma de metal bastante sólida que levava para uma sala. A sala era dividida nas quatro direções, e outra vez, a criança sentiu a necessidade de ir pela direita.

O caminho da direita possuía outra daquelas plataformas, ligeiramente inclinada para cima, virando para a esquerda. A escuridão rodeava aquele lugar também, mas a criança ainda conseguiu avistar, perto da plataforma, encanações quebradas saindo do abismo abaixo.

O humano chegou a outra sala dividida. Mais uma vez, sentiu que o caminho da direita era o correto, e seguiu por este, sendo levado para outra ponte. Desta vez, Frisk conseguiu enxergar as paredes de metal que rodeavam a ponte, e existia uma tênue luz alaranjada vinda do abismo, debaixo da ponte. O humano seguiu cuidadosamente até chegar do outro lado da ponte, onde existia uma pequena sala onde o caminho terminava.

No chão, perto da parede frontal da sala, existia um grande buraco de formato retângulas, com alguns entulhos de metal ao redor. A esquerda do buraco, na parede, existia uma saída. Sobre a saída, existia uma placa, enferrujada demais para ser possível a leitura da mesma. No interior da porta estava totalmente escuro. Frisk esperou que Flowey soltasse algum comentário, mas o seu amigo não estava mais lá, e o silencio reinava ali.

Frisk caminhou lentamente para dentro da escuridão. Novamente, ele estava caminhando sobre uma plataforma de metal, que primeiramente seguia reto, mas acabava se expandindo em um circulo mais a frente. No centro da plataforma, Mettaton aguardava, com sua tela rachada emitindo uma fraca luz avermelhada.

— Oh, aí está você, querido. – Mettaton disse, com sua voz normal. Seus braços não estavam presentes, provavelmente, no interior do robô. – Está na hora do ultimo confronto. Está na hora de você destruir o robô defeituoso com duas personalidades... – Mettaton fez uma pausa. - ... Não. Defeituoso? Duas personalidades? Fala sério. Isso tudo na verdade foi uma grande atuação. – Frisk se sentiu confuso. O que Mettaton queria dizer? – Certa vez sim tive duas almas, mas isso foi muito tempo atrás, quando fui construído por primeira vez. De algum jeito, eu consegui destruir a segunda alma, a alma de meu primo, um fantasma cruel e sanguinário. Meu sonho era ser uma estrela. – Mettaton disse, com sua voz metálica. – Mas eu amadureci. Percebi que o mundo não é cor de rosa, ele é vermelho, da cor do sangue. – Mettaton fez outra pausa. – Meu primo estava certo afinal, neste mundo é matar ou morrer, e não existe outro jeito de sobreviver nele, senão seguindo esta regra. – Mettaton fez um gesto, a porta por onde Frisk havia entrado foi fechada. – Alphys havia descoberto sobre você desde que saiu das ruínas. Ela me deu instruções para eu fingir ser um robô defeituoso perto de você, que de vez em quando parecesse hostil, mas que nunca te atacasse realmente. Até me deu instruções de como mudar minha voz para simular a minha outra personalidade. Tudo isso para que depois ela fingisse me destruir e você ficasse com medo dela. – Mettaton disse, e fez outra pausa. – Provavelmente você pensa que ela é maligna. Não, ela é louca, mas quer ser temida desesperadamente pelos outros. Por isso me pediu para fazer isto. – Frisk sentiu seu coração palpitar em tensão. – Ela queria que eu fingisse gostar de humanos. Já gostei, mas não gosto mais. Longe disso. Eu quero ser uma estrela, e por culpa dos humanos, sou o monstro mais odiado do underground. Mas hoje isso muda. – Frisk ouviu duas batidas na porta.

— Mettaton! Abre essa porta agora! – Alphys exclamou do outro lado.

— Sinto muito, pessoal! Mas o programa antigo foi cancelado! – Dois pares de braços surgiram de Mettaton, um carregando um microfone. Luzes piscaram sobre o cenário. Os holofotes estavam quebrados, e iluminavam a silhueta de Mettaton de um ângulo estranho. - - Os braços de Mettaton começaram a ter espasmos estranhos. - - Canos explodiram ao redor quando Mettaton disse isso. Ainda que a alma de Frisk não saísse do seu corpo, Mettaton avançou na sua direção, iniciando a batalha. Frisk percebeu com horror que o robô não pretendia roubar sua alma, desejava o destruir completamente.


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Notas finais do capítulo

Gostaram? Novamente, desculpem pela demora, e obrigado a todos que ainda acompanham ela. Estou para comprar um tablet, onde poderei escrever as historias onde eu estiver (pois possuo aquele tecladinho que conecta em tablets), pelo menos, eu espero que assim eu consiga postar mais vezes.