Kevin Bryan e o Pulverizador de Ossos escrita por Gewkordeiro Silva


Capítulo 12
A Troca


Notas iniciais do capítulo

Salvem-se quem puder! De agora em diante a sorte foi lançada! Nossos heróis estão mostrando pra que vieram! Coloquem os cintos, que sinto muito, mas a coisa toda tem que andar! Kkkkkk Xau!



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Era chegado o momento mais difícil para os dois garotos. Somente agora perceberam que a janela por onde eles iam entrar tinha uma grade de ferro por dentro. Planejaram e trabalharam tanto por nada. O que fariam a partir dali? Kevin olhou para o forro pensativo, minuciosamente e percebeu uma entrada de emergência que ficava a cima, num formato quadrado, chamado também de alçapão. Essa entrada é usada para os moradores de tempos em tempos limparem o forro.
— Wendel! Vou subir pelo forro! Não tem outro jeito!

Lá na sala os homens assistiam TV enquanto outros jogavam cartas apostados, numa maior algazarra. Um deles que parecia o chefe falou:
— Vai um de vocês ver como estão os otários!
O homem foi lá abriu a porta e perguntou:
— Está tudo bem aí?
— hum,hum!
E o homem fechou a porta e voltou para seus afazeres. Enquanto os garotos continuavam com o plano de resgate.

Com muito sacrifício Kevin subiu no telhado e tirou umas telhas onde dava para uma pessoa passar sem problemas.
Desceu para o forro procurou o alçapão abrindo-o. Voltou para beira do telhado pegou os dois bonecos que estavam com o Wendel e entrou pedindo que ele ficasse vigiando.

Kevin desceu com os bonecos rapidamente pulando dentro do quarto quando um prisioneiro perguntou:
— Quem está aí?
— É Kevin! Faz silêncio! Desamarrando os homens e tirando o capuz falou baixinho:
—Tirem as roupas de vocês rápido!
Os homens tiraram as roupas e Kevin colocou nos bonecos amarrando os na cadeira, colocou os capuzes e falou para eles subirem pelo buraco do forro sem fazer barulho. Desceram um a um ficando todos agachados na escada. Esperando pelo Kevin que seria o último a sair do quarto. Antes de sair, Kevin arrumou os bonecos com as roupas dos prisioneiros de maneira que ficassem parecendo os prisioneiros, colocou os capuzes subiu por uma cadeira, conseguiu entrar pelo alçapão, fechou como antes essa entrada, subiu para o telhado arrumou as telhas no maior silêncio desceu para a escada onde todos esperavam. Um a um foram se esgueirando-se e entrando na mata.

Felizmente, a velha doou mais roupas que devia e os dois homens puderam vestir-se.
A caminhada teria que ser longa por toda noite. Quanto mais tivessem tempo para caminharem melhor, pois se distanciariam cada vez mais dos homens de Nikolay Saintroz. Durante a caminhada comentavam:
— Kevin, vocês nos surpreenderam novamente. Como vocês conseguem imaginar saídas para enrascada praticamente sem soluções?
— ``Vocês`` não! Todo esse plano é fruto da mente doentia do Kevin, - completava o Wendel.
— Eu apenas o ajudei! Não tive muita influência nisso, não! -Kevin sorria:
— Foi loucura, mas deu certo! O importante é que conseguimos libertar nossos amigos novamente.
— Está virando rotina, Kevin. Temos que tomar mais cuidado para não cair mais nessas enrascadas. Amanhã, com a chegada do Nikolay seríamos torturados e teríamos que entregar a maleta. Como faríamos isso se não a temos mais? Ia ser o fim do mundo, já imaginaram quando ele souber que a maleta não existe mais? Eu nem queria estar lá pra ver a cara dele! Sorriu Isac:
— Em nome de tudo que é mais sagrado, te agradeço de coração, seus pais devem estar muito orgulhosos de vocês, garotos!

Os quatro caminharam a noite toda, inclusive pela pista, agora a esperança era arranjar carona para fugirem o mais rápido possível dali. Quando descobrirem sobre a troca dos prisioneiros por bonecos. Vão ficar malucos e irão procurá-los por todos os lugares.

A noite foi longa e cansativa. A caminhada parecia que não acabava mais. Felizmente, o dia amanheceu com promessas de mais emoções. Todo carro que vinha passando e que não iria para a cidade onde foram apanhados, pediam carona, podia ser que alguém de coração bom desse uma carona aos quatros rapazes. Precisavam sumir logo pra bem distante do encalço dos homens de Nikolay Saintroz. Por fim, apareceu um homem com uma cara boa e deu carona para os quatros rapazes. Eles pegaram essa carona para bem distante. Já se encontravam a uns duzentos quilômetros de onde haviam fugido.

Os homens de Nikolay acabaram de se levantar e providenciavam os primeiros comes e bebes. Um falou assim: - Vai lá ver os prisioneiros. Para ver se passaram a noite bem. Deve ser horrível dormir sentado a noite toda. E ainda por cima, amarrado amordaçado e encapuzados! - O outro homem saiu rindo e completando:
— Antes eles do que eu! Quem mandou se envolver com coisa séria! Mas, para que tanta preocupação se vão morrer de qualquer jeito? Vou vê-los!

O homem atravessou o corredor e quando chegou ao quarto estava muito silêncio e achou estranho, abriu a porta e viu as duas criaturas nas cadeiras amarradas e encapuzadas, entrou de mansinho na ponta dos pés se aproximou deles olhou e depois pensou que os ``coitados`` estivessem dormindo não quis incomodar saiu e fechou a porta. E foi para cozinha:
— Eles estão ferrados no sono, eu não quis acordá-los. Devem ter perdido a noite tentando dormir, coitados!
— Foi mesmo! Mas infelizmente a vida continua, cambada e a primeira cara hoje que eles verão é a do maldoso Nikolay Saintroz!
Eles riam muito à vontade com a situação dos ``coitados.``

O pequeno grupo revolucionários fez uma parada e os meninos ligaram de um orelhão para tranquilizar os pais falando que estavam bem e estavam voltando e não precisavam se preocupar. E continuaram a viagem de carona com o homem de cara boa:
— Vocês vão viajando pra onde mesmo?
— Nós dois vamos pra o Pernambuco, mas não sabemos deles dois não.- apontando pro Laércio e para o Isac.
— Estamos pensando em ir para o Tocantins.


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Notas finais do capítulo

Eita! Pode uma coisa dessas?! Os. ``coitados!`` como diziam os homens do falecido Chulakay, já estão é longe! E eles nem imaginam o está vindo pela frente com a chegada do Nikolay, o chão vai se abrir! Esperemos ansiosos! Que também a casa vai cair! Xau!