A Hóspede Insuportável Que Roubou Meu Coração! escrita por Dri Viana


Capítulo 22
Capítulo 21




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—Quer dizer, que a sua mãe tá namorando?

Torci a boca em desagrado ao ouvir aquelas palavras de Heather. Ela riu do que eu fiz.

Estávamos na casa dela, mais precisamente na sala conversando. Depois de falar com Catherine, eu fui a casa de Heather pra vê-la como havia lhe dito ontem que faria. Dei sorte de a mãe dela ter saído com o irmão menor de Heather, então estávamos a sós na casa.

—Não é bem namorando. Ela está "conhecendo melhor" esse Phillip.

Esclareci. Há pouco lhe partilhei aquela história sobre Phillip e minha mãe.

—Isso soa melhor pra você, do que "namorando"?

—Acho que sim.

Era mais cômodo e menos desgostoso pensar que minha mãe estava só conhecendo esse homem, ao invés, de namorando-o. Se bem que... o primeiro acaba levando ao segundo, muitas vezes.

—E você já o conheceu?

—Vou conhecê-lo hoje à noite. Ele convidou à mim, minha mãe e Sara pra jantarmos com ele.

—Ah, Sara também vai, é?

—Sim! Inclusive, ela saiu com minha mãe pra comprar um vestido pra ir ao jantar. Phillip fez questão de convidá-la, já que eles já se conhecem. Sara vinha 'acobertando' minha mãe e esse cara.

—E vão só vocês quatro? O namorado da Sara, aquele seu amigo não vai?

—Ele não é namorado dela, Heather! - Respondi prontamente e sem me dar conta de quê ao mesmo tempo fiz uma carranca. _Eles só estão ficando.

—Sei! Ele me pareceu bem apaixonado por ela.

Nick era um apaixonado por garotas, mas devo reconhecer que ele parecia mesmo caidinho pela Sara, como ainda não tinha visto antes, por outras garotas.

—Talvez, mas felizmente, ele não vai! Iremos somente minha mãe, Phillip, Sara e eu. Vamos jantar num restaurante no The Venetian.

Deus me livre do Nick ir pra ficar naquela sessão "grude" na Sara. Minha cota na noite anterior no parque já havia sido demais.

—Certo!

—Sara quase pirou quando soube onde jantariamos, por causa do cassino que tem lá. Ela é louca pra conhecer um por dentro.

Eu contei com um sorriso. Algo me diz que aquela garota não ia sossegar enquanto não conseguisse realizar aquele 'desejo insano' de conhecer um cassino por dentro.

—Hum...

—Algum problema?

Notei que ela me olhava sem mais sorrir como momentos atrás, quando tinha acabado de lhe contar sobre Phil.

O toque do meu celular impediu que ela me respondesse. Peguei o aparelho do bolso da bermuda e vi no visor a foto da Sara me dando língua, estampando à tela do meu celular. Aquela insuportável tinha salvo aquela foto no contato dela só pra me irritar.

—Fala, Sara!

—Você, por acaso, não está em casa? Eu tô tocando a campainha e nada.

—Por acaso, eu não estou, não.

—Onde você tá? Sua mãe me deixou aqui na porta de casa e já seguiu de volta pra galeria. Eu tô que nem um poste parada na frente dessa porta há minutos.

Eu olhei pra Heather e abri um sorriso pela ira que sentia irradiar da voz de Sara.

—Não diga?!

—Não debocha, não! Onde está? Eu quero entrar em casa.

—Eu tô aqui na Heather.

—Ah, claro! Na casa da namoradinha!... Dá pra vir AGORA pra casa com a chave?

Nossa, alguém ali estava uma fera, além de mandona!

—Já tô indo nervosinha.

—Nervosinha é você, quatro olhos!

Dito isso, ela desligou na minha cara.

—O que foi? O que a Sara queria?

—Ela já chegou em casa. E tá uma fera porque já tinha uns minutos que tocava a campainha e nada de eu atender. - Eu ria disso. _Preciso ir, ela quer entrar em casa e eu tô com a chave.

—Por que não disse à ela pra vir pegar a chave aqui? Assim você não precisava ir e ficava mais um pouco comigo.

—Ela não viria! Tenho quase certeza disso.

—Claro!

Franzi a testa sem entender direito o que significava esse "claro" em tom irônico. Pensei em questionar Heather quanto a isso, mas ela não me deu tempo, pois se levantou do sofá e disse que me acompanhava até a saída.

Eu confesso que às vezes ela tem umas atitudes que me deixavam confuso.

Imaginei que ela fosse me acompanhar só até a porta, mas Heather fez questão de ir comigo até o portão de sua casa. Nos despedimos e eu segui pra minha casa e ela ainda ficou parada no portão me acompanhando até que eu chegasse onde Sara estava. Por falar na minha hóspede, eu a encontrei com uma cara de poucos amigos.

—Que cara irritada! - Não me contive e provoquei.

—Sabia que você bancando o debochado é irritante?

Eu ri cinicamente.

—E rindo assim, também!

Ela completou me encarando com os olhos semicerrados.

Ainda rindo dela, peguei a chave do bolso e me virei pra porta.

—Eu sempre achei que depois das compras as mulheres chegavam super animadas em casa. Ah, mas esqueci que... você não é como a maioria das mulheres! - Ao terminar de falar, eu abri a porta e apontei pra dentro de casa. _Por favor...

—Você veio da casa da ruiva cheio do deboche, né?!

Ela socou meu braço antes de seguir pra dentro de casa e eu apenas balancei a cabeça rindo dela. Foi quando notei que Heather ainda estava no portão da casa dela me observando de um jeito que eu não soube decifrar qual era. Confesso que fiquei intrigado com sua presença ali. Pra mim, ela já tinha seguido pra dentro da casa dela após eu ter chegado na porta da minha casa. Mas não, ela permaneceu parada no mesmo lugar. Acenei pra ela e Heather me retribuiu o gesto pra logo depois, seguir cabisbaixa pra dentro de sua casa.

Entrei em casa no instante seguinte a Heather, sem deixar de achar estranho o modo como ela seguiu pra sua casa.

—Que cara é essa? Onde foi parar o sorriso de deboche que tinha segundos atrás enquanto me perturbava?

—O soco que me deu no braço doeu!

Mudei de assunto.

—Ai, desculpa, nenê. Já devia ter se acostumado com isso!

Difícil!

—Comprou o vestido?

—Comprei! E isso é pra você.

Ela jogou-me uma das três sacolas que tinha trazido. Por sorte, meu reflexo de reação foi rápido o suficiente pra eu pegar a sacola no ar antes que a mesma me acertasse a cara em cheio.

De dentro da sacola tirei uma bonita camisa social de cor salmão, que segundo Sara contou, minha mãe havia comprado pra eu usar hoje à noite.

—Eu particularmente não gostei muito da cor. Pra mim, ela devia ter comprado uma "Pink cheguei" que tinha lá e eu sugeri à ela.

Ela riu irônica.

—Ainda bem que ela não deu ouvidos à sua péssima 'sugestão'.

...

Sabe o que é chato de você ter que sair acompanhado de mulheres? É que você fica pronto primeiro que elas e ainda espera por minutos até elas ficarem prontas.

Eu já estava esperando naquele sofá há o quê? Uns quinze minutos, talvez. E nada delas descerem!

Havia subido umas três vezes e batido na porta do quarto da minha mãe onde ela e Sara se arrumavam e tudo que ouvia em resposta ao meu chamado era "Já estamos quase prontas!". Nunca passava desse 'quase', era incrível!

Mais uns cinco minutos de espera e eu já estava tentado a subir de novo, quando vi minha mãe descer. Ela estava muito bonita, num vestido verde que havia usado no último jantar de ação de graças que fomos na casa da Catherine.

—Nossa!

—Exagerado?

—Não! A senhora tá... perfeita.

—Obrigada, querido!

—E a Sara?

Só faltava aquela insuportável ainda não ter ficado pronta e a gente ter que ficar esperando-a aqui.

—Ela ficou só passando perfume e já vem. Vou tirando logo o carro. Você espera a Sara descer e fecha a casa, que vou ficar esperando por vocês no carro.

Assenti vendo minha mãe seguir e sair porta a fora. Aproveitei pra ir logo fechando a janela ali da sala. Assim que terminei e me virei, reparei que Sara já descia as escadas.

—Pensei que ia... - Interrompi-me imediatamente ao me aproximar das escadas e ver com mais atenção Sara, enquanto ela descia os últimos lances de escada.

UAU...!!

Não parecia a mesma Sara aquela que eu via! Parecia outra!... Diferente! Eu estava de "queixo caído" com essa.

—Pensou que ia... o quê, quatro olhos?

—Hãm?!

Franzi a testa sem entender sua pergunta.

—Quer parar de me olhar como se eu fosse um ser de outro planeta.

Ela socou meu braço e isso me fez "acordar".

—Foi mal! - Pedi, passado a mão sobre o braço golpeado por ela. _Mas... você tá diferente! - Falei olhando-a de cima a baixo.

Na verdade, ela estava... bonita... bem bonita com aquela maquiagem simples, os cabelos escovados e usando aquele vestido azul justo e sem alças. Mas, obviamente, eu não ia dizer isso à ela. Não ia lhe dar o gostinho de me ouvir dizer que ela estava bonita!

—Diferente?? O que exatamente você quer dizer com isso, quatro olhos?

Ela me olhou ameaçadoramente.

Engoli em seco e dei sorte que minha mãe buzinou naquele mesmo instante. Agradeci enormemente por isso. Salvo pelo gongo!

—Minha mãe tá buzinando pra gente. Vamos!

—Não pensa que vai fugir de me responder, não.

—Quem disse que eu tô fugindo? - Indaguei ajeitando meus ósculos. Preferi não usar as lentes e ir com os óculos mesmo.

—Sei!

Ela resmungou ao passar por mim e seguir para a porta. Segui-a logo depois, com o pensamento de quê eu tava ferrado se ela insistisse em realmente querer saber aquilo que me indagou. Eu não podia contar à ela verdade. Não mesmo!

...

Durante o trajeto até o restaurante, eu podia sentir o olhar interrogativo de Sara sobre mim. Maldita hora que eu fui abrir a boca e deixar escapar aquele "diferente". Agora aquela garota ia me atazanar por isso. E ficaria pior, se eu lhe dissesse o verdadeiro significado daquele "diferente". Precisaria pensar em algo convincente pra dizer aquela garota e de preferência, que não fosse a verdade.

Em pouco tempo chegávamos ao estacionamento do The Venetian. Segundo minha mãe, Phillip estaria ali nos esperando pra chegarmos todos juntos ao restaurante.

Descemos do carro e mais adiante vi um sujeito acenar para minha mãe, e ela retribuiu. Bom, aquele só podia ser o tal Phillip.

Seguimos até ele. Minha mãe ia na frente e eu e Sara seguíamos atrás dela.

—Dá pra você melhorar essa sua cara de velório?

Sara me resmungou baixinho pra quê somente eu escutasse.

Apenas olhei pra ela, mas não lhe disse nada. O que ela quer? Que eu fique rindo que nem um pateta? Eu não vou ficar arreganhando os dentes pra esse sujeito.

Alguns passos depois chegamos onde o tal Phillip nos esperava. Vi minha mãe e ele se abraçarem um pouco demoradamente ao se cumprimentarem. Ouvi quando ele disse a ela enquanto a abraçava, que ela estava linda. Olhei pra Sara e está apenas sorriu.

Depois de cumprimentar minha mãe, o tal Phillip cumprimentou Sara também com um abraço, porém este não foi nada demorado como o que ele trocou com a minha mãe. Óbvio, né?!

E então era chegada a minha vez!

Antes, porém, minha mãe tratou de nos apresentar primeiramente.

—Phillip este é meu filho Gilbert... E Gil este é o Phillip.

—Olá, meu jovem!

Ele me disse amigavelmente e   estendendo-me a mão.


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Notas finais do capítulo

Esse jantar promete. E ainda teremos um pouco de momento GSR.

Aguardem.

Um beijo e até breve.



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