A Hóspede Insuportável Que Roubou Meu Coração! escrita por Dri Viana


Capítulo 21
Capítulo 20




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/684566/chapter/21

Chegamos em frente à minha casa no horário combinado com minha mãe. Nick quis porque quis acompanhar Sara até ali pra deixá-la na porta. Sem necessidade, convenhamos! Posto que ela não viria sozinha pra casa, já que tanto Heather quanto EU, vínhamos juntos com Sara, mas enfim... ele fez questão de vir, então...

Enquanto Nick ficou se despedindo de Sara, eu fui deixar Heather no portão da casa ao lado.

—Bom, chegamos.

—A gente se vê amanhã?

—Claro! Venho aqui pra te vê.

—Tá bom então. - Ela me sorriu e deu-me um demorado beijo.

—A gente se vê!

Nos despedimos com outro beijo, mas este fora rápido. Esperei-a entrar em casa e só então saí dali rumo a minha casa. Sara já havia entrado e ao passar por mim na calçada, Nick me disse 'tchau' e eu lhe retribui com a mesma palavra, e então após uns passos a mais já entrava em casa pra encontrar Sara falando com minha mãe sobre como foi no parque.

—Nossa tia Beth foi bem divertido andar nos brinquedos. Era um mais louco que o outro. Fazia um tempão que eu não ia em um parque assim.

—Que bom que se divertiu. E você, filho?

—Foi legal.

Eu respondi sem grandes entusiasmos enquanto sentava-me do lado esquerdo da minha mãe, já que Sara se encontrava no direito.

—Não é o que está aparentando. Aconteceu alguma coisa?

Ela me conhecia bem demais, afinal, é minha mãe né? E geralmente, quando venho do parque, eu venho bem mais empolgado do que como cheguei hoje.
—Não aconteceu nada, mãe. Foi divertido, sim.

Notei que ela e Sara ficaram me encarando como se estivessem buscando por uma explicação mais convincente. Tratei de desviar o olhar delas e a atenção da minha mãe pra outra coisa, ou melhor, outra pessoa, no caso o tal Phillip.

—Conversou com o seu... com esse tal de Phillip, mãe?

Foi a melhor coisa que fiz, mencionar esse sujeito, pois minha mãe imediatamente esqueceu do que falávamos e pôs-se a falar desse sujeito. Ela contou à mim e Sara que conversou com Phil e eles se entenderam novamente. Fiquei mais aliviado com essa notícia, pois não queria ser o culpado pela tristeza que se abateria em minha mãe, caso ela e esse sujeito não se entendessem.

—Phil nos convidou pra jantar amanhã, Gil. Assim, você e ele se conhecem logo.

Tudo bem, que eu disse que queria conhecê-lo logo, mas não era pra ser tão LOGO assim.

—Amanhã? Mas já? Tão rápido assim?

—Se você quiser, eu digo pra ele marcar pra outro dia então.

Seria ótimo, pois eu não estava preparado psicologicamente pra isso. Mas antes que eu tivesse a chance de expressar isso, a Sara resolveu dar o pitaco dela na situação.

—Qual é a diferença entre você conhecê-lo logo amanhã ou depois?

—O espaço de tempo!

—Acho que o seu filho quer retardar esse encontro, pois tem a esperança dessa sua relação com o Phil não ir pra frente e assim ele não terá que conhecer ninguém, Tia Beth.

—É isso Gil?

—Claro que não, mãe. É implicância dessa garota. - Olhei severamente pra Sara. O que ela tem que ficar falando aquelas coisas?! Ninguém pediu a opinião dela!

—Ah, jura?!Então diz por que não vai logo conhecer o Phil amanhã mesmo? Pra quê adiar esse encontro?

Eu fiquei encarando-a mudo enquanto tentava achar uma desculpa convincente, mas a verdade, é que a única era a de "não estar psicologicamente preparado" para aquele encontro. Mas tinha certeza que se dissesse isso, Sara me malharia até a semana que vem.

Então me perguntei: Pra quê adiar mesmo esse encontro? Desculpa alguma me veio à mente. Então, eu acho que o melhor a se fazer é ter logo esse encontro com esse cara de uma vez. Assim acaba com essa situação toda.

—Liga pra esse... sujeito e diz que tá confirmado. Nós vamos sim amanhã jantar com ele.

Minha mãe abriu um sorriso tão contente com aquilo, que me fez ver que a minha resposta não podia ter sido a mais acertada.

—Vou ligar amanhã pela manhã pra ele então. E, Sara, você vai conosco. Phil também convidou você.

—Oba!

—Mas ela nem é da família pra ir.

O que ela tinha de ir junto?

—Ela é sim da família, Gil. Eu já considero Sara parte da nossa família.

—Ah, obrigada, tia Beth! - Ela abraçou minha mãe e me sorriu cinicamente, sem minha mãe perceber. _Gostou dessa, quatro olhos? - Ela falou-me após desfazer o abraço com minha mãe._Aposto que adoraria que eu fosse da sua família também. Talvez, uma prima!

Eu inevitavelmente rir daquele disparate.

—Deus me livre ter uma prima como você!

Ela e minha mãe acabaram rindo junto.

...

No dia seguinte, enquanto minha mãe e eu tomávamos café, ela ligou para o Phillip na minha frente e confirmou o jantar.

O tal de Phil se ofereceu pra vir nos buscar à noite, mas gesticulei pra minha mãe que "não". A gente podia muito bem encontrá-lo no restaurante. Não tinha necessidade dele vir nos buscar, minha mãe tinha carro pra nos levar.

Minha mãe atendendo ao meu pedido, disse a Phillip que a gente o encontraria no restaurante mesmo. Ao que parece o sujeito aceitou e disse que ligaria para seu amigo confirmar as reservas no restaurante 'B&B Ristorante', que ficava localizado dentro do 'The Venetian', que é um dos mega resorts da Strip, e é inspirado em Veneza.

Surpreendeu-me a escolha dele quando minha mãe me contou após encerrar a ligação. Das duas uma, ou esse homem estava querendo impressionar a minha mãe ou à mim, pra nos levar pra jantar num lugar como aquele, mas enfim... Ao menos, bom gosto e apreço pelo sofisticado, esse sujeito tinha.

—Já vi que pelo lugar que vamos, eu terei que me 'empacotar' com terno e gravata, não é?

Minha cara não era das melhores por isso.

—Sim, terá. É um restaurante fino. Agora preciso ir trabalhar. Nos vemos mais tarde, filho.

—Tchau!

—Ah, Gil... Quando a Sara acordar, peça à ela pra me ligar, ok?

Assenti positivamente já que não podia falar, pois estava com a boca cheia. Minha mãe saiu pra trabalhar e eu fiquei terminando de tomar o meu café.

Coisa de dez minutos depois, quando eu já me levantava pra levar minha xícara até a pia pra lavar, Sara entrou na cozinha ainda de pijama e cara de quem estava mais dormindo que acordada, e se acomodou numa cadeira.

—Bom dia, né?! - Disse à ela já que Sara não se dignificou a me cumprimentar como as pessoas educadas costumam fazer.

—Bom dia, quatro olhos! - Ela deu um longo bocejo logo após falar. _Sua mãe já foi?

—Já! Faz uns minutos que ela saiu. E antes de ir, me pediu pra te dizer quando acordasse, que era pra você ligar pra ela.

—Hum... E ela não falou o por quê disso?

—Não!

—Ok! Depois, eu ligo! Vou primeiro tomar café. Ela ainda deve estar à caminho da galeria mesmo.

Eu apenas assenti e comecei a lavar a minha xícara enquanto Sara tomava o café dela. Contei a ela onde jantaríamos e me arrependi amargamente de ter adiantado essa informação, pois a primeira coisa que aquela insuportável lembrou é que ali tinha um cassino, e que essa seria sua oportunidade de conhecer um naquela noite.

Isso não ia ser bom!

...

Sara saiu há pouco com a minha mãe que veio buscá-la pra comprar um vestido pra usar a noite no jantar, pois ela não tinha uma roupa adequada pra ir. Sozinho em casa, eu liguei pra Catherine já que tinha dias que não nos falávamos. No segundo toque, ela já atendia com seu característico bom humor.

—Alô, sumido!

—Olha quem fala! - Escutei minha amiga gargalhar do outro lado da linha. _Tudo bem com você?

—Sim. E com você? Novidades?

—Uma!

—Me conta então.

Eu então comecei a lhe contar sobre Phillip, o jantar que teria hoje e algumas coisas mais que aconteceram nesse período em que não nos falamos.

Cath achou 'fofa' a minha atitude de aceitar e conhecer o namorado da minha mãe.

Namorado??

Essa palavra me dá urticária só de escutá-la. Ainda vai levar um tempinho pra eu me acostumar com isso.

Depois, o assunto mudou e minha amiga me contou sobre as novidades por lá pela casa dela também. Dentre elas estava a vinda de sua irmã e a sobrinha dela da Espanha pra passarem uns dias com ela e sua mãe. Catherine estava na maior empolgação por isso. Já fazia um tempo que a irmã de Catherine e sua sobrinha, não vinham visitá-las. Elas chegariam nesse fim de semana e passariam cinco dias.

Cath e eu ainda ficamos de conversar fiada por quase uma hora. Falar com ela era sempre garantia de algumas risadas. E não foi diferente dessa vez.

—Me manda um SMS amanhã contando como foi o jantar hoje.

—Pode deixar. Um beijo.

—Outro pra você meu 'Clark Kent'.

—Sua maluca. Tchau! - Finalizei a chamada rindo. Cath era uma maluca incorrigível.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Um beijo e... Até o próximo!



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "A Hóspede Insuportável Que Roubou Meu Coração!" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.