A Hóspede Insuportável Que Roubou Meu Coração! escrita por Dri Viana


Capítulo 12
Capítulo 11


Notas iniciais do capítulo

Mais um capítulo pra vocês, mas antes agradeço aos comentários que deixam. Eles são demais!

Sobre o capítulo, eu o defino como sendo o "start" de sentimentos de uma das partes pela outra. Agora, qual? Vocês vão matar de cara ou nesse, ou no próximo. Beijos e desfrutem do capítulo.



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Os dias passaram voando e logo o sábado chegou, e com ele a bendita noite da tal festa que eu acompanharia a Catherine. Juro que não estava nada animado pra isso. Não sou fã de festas, mas pela minha amiga até faço esse sacrifício de ir a uma. Minha mãe chegou a perguntar a Catherine ontem se Sara podia ir com a gente, mas graças a Deus isso não foi possível, porque Cath disse que ela só podia levar um acompanhante a festa. Respirei aliviado com isso! Tudo bem, que a convivência entre a minha hóspede insuportável e eu tinha melhorado um tiquinho desde a boa ação dela da massagem, mas obviamente Sara continuava a me importunar com suas "gracinhas" e por isso mesmo, eu não queria essa garota me acompanhando a essa festa. E que bom que ela não iria mesmo!

De frente para o espelho, eu vinha mantendo uma batalha árdua pra tentar dar um nó na minha gravata e vinha perdendo de lavada para a maldita gravata. Nem mesmo vendo pelo celular o tutorial que ia explicando passo-a-passo de como fazer aquilo, eu não estava conseguindo. Estava me irritando com isso, quando vi a porta do meu quarto ser aberta sem cerimônia alguma por Sara. Ela simplesmente não sabia bater antes de entrar.

—Quando vai aprender a bater? Eu podia estar pelado. – Me virei pra olhá-la.

—Até parece que você chocaria com seu Grissom Jr.

—O que quer? – Indaguei já irritado por não conseguir acertar aquele nó e Sara ainda aparece com suas gracinhas sem graça pra piorar mais o meu humor.

—Nossa! Take it easy!... A sua mãe pediu pra eu trazer o seu blazer. Ela acabou há pouco de repassá-lo. Vê se não amassa essa parada de novo.

—Deixa aí que assim que eu acertar pôr essa droga de gravata, eu coloco o blazer. – Resmunguei voltando-me para o espelho. Já ia recomeçar a minha tarefa de dar o nó na gravata, quando o celular tocou em cima da cama. Peguei o aparelho e atendi-o no segundo toque. _Oi, Cath! Já está vindo?... Ah, em quinze minutos? Tudo bem! Já estou quase pronto só falta à maldita da gravata que eu não acerto dá o nó. Vou pedir a minha mãe pra me ajudar nisso. A gente se vê. Beijo. – Guardei o celular no bolso da calça.

—Se quiser eu te ajudo. Sei dar nó em gravata.

Virei e encontrei Sara parada perto do guarda-roupa. O que ela ainda fazia ali? Eu jurava que aquela garota nem estivesse mais no meu quarto.

—Eu prefiro que a minha mãe faça isso se não se importa. – Respondi, passando por Sara e seguindo em direção à porta do quarto.

—Só que a tia Beth teve que dar uma rápida saída.

—Quê? Onde ela foi? – Estanquei bem na porta e me virei pra encarar Sara.

Ultimamente a minha mãe andava misteriosa demais. Eram umas saídas repentinas, telefonemas que ela atendia e logo se afastava pra longe de mim, ou que quando atendia na minha frente a deixavam sem jeito, e se não bastasse isso, ela ainda andava de cochichos estranhos com Sara. Aí tinha! Sempre que eu a indagava, ela me dizia que falava coisas de mulher com Sara. Sei!

—Eu não perguntei ora!

Sara não me pareceu nada convincente na resposta. Ela e minha mãe andavam muito mais amiguinhas e isso estava me deixando realmente intrigado além de enciumado.

—Algo me diz que você sabe e não quer me contar.

—Não sei! Agora deixa logo eu te ajudar com essa gravata. A sua amiga vai chegar daqui a pouco.

Sara veio até mim e em menos de um minuto, eu já tinha minha gravata perfeitamente arrumada no pescoço e com um impecável nó.

—Onde aprendeu a dar nó em gravata?

Essa garota me surpreendia com cada coisa que eu mal podia imaginar que ela soubesse fazer.

—Aprendi com meu pai. Ele usa terno e gravata quando vamos às missas de domingo então me ensinou, porque detestava dar o nó na própria gravata. E desde que aprendi sempre sou eu quem dá o nó na gravata dele.

—Você é surpreendente! Nunca imaginei que soubesse dar nó em gravata e muito menos, que fosse a missa no domingo.

—Pra você vê que não sou uma garota má!... E só pra te lembrar, essa é a segunda vez que faço algo legal pra você. Acho que está na hora de começar a retribuir isso. – Ela socou meu braço e fiz uma careta de dor por isso.

—Você é daquelas que faz e joga na cara? - Passei por ela e apanhei meu blazer que Sara tinha pendurado na porta do guarda-roupa.

—Não! Eu apenas estou te lembrando disso. Ah! A propósito falei com a minha prima mais cedo e o lance do cassino não vai rolar.

—Que ótimo!

Agradeci aos céus por aquela diversão ilegal não acontecer mais. Estava apavorado e já me sentia com remorso por antecipação por ter que enganar a minha mãe dizendo que ia a um lugar quando estaria em outro. Nunca fui de mentir pra ela!

—Poxa, podia fingir um pouco de tristeza com a notícia.

—Não mesmo! Estou mais do que aliviado por isso não ter dado certo.

—Avisa a Catherine que não iremos mais.

—Aviso com prazer!

—E como já tinha dito a sua mãe que iríamos ao boliche na quarta e minhas primas tinham dito o mesmo a mãe delas, então iremos ao boliche mesmo e você vai comigo.

—Por que não liga para o Nick e pedi pra ele te acompanhar?

Desconfio que ela e meu amigo estejam "ficando", pois eles vivem se falando pelo celular e até saíram há dois dias para tomar sorvete. Então, por isso da minha sugestão dele acompanhá-la nisso ao invés de ser eu.

—Porque eu não quero. Você vai comigo e pronto! Tá me devendo isso pela massagem e agora pela gravata.

—Ok, Sara! Você venceu, eu vou! Mas depois dessa estamos quites.

—Talvez!

—E então, como estou?

Devidamente pronto, com meu terno azul escuro, camisa de dentro branca, gravata na mesma cor do terno, e com os cabelos cortadinhos e sem os meus óculos, eu dei uma voltinha para ela me ver.

—Por favor, tente não ser tão grosseira ao dar sua opinião sincera!

Vi Sara me olhar da cabeça aos pés, quando eu parei de frente pra ela. Depois, ela sorriu de um jeito diferente, como eu nunca tinha visto antes.

—E então? – Insisti já que ela não dizia nada.

—Se eu te visse assim numa festa até me atreveria a te dar trela.

Como é?? Por essa eu não esperava! Juro que não!

—Isso quer dizer que acha que estou bonito? – Arqueei uma das sobrancelhas, um tanto surpreendido com aquilo.

Notei que Sara ficou meio desconcertada quando eu disse isso. Mas logo ela se recompôs e soltou uma de suas perolas sarcásticas.

—Bem que você queria né? Mas desce da nuvem, quatro olhos, porque não é isso. – Ela sorriu e esse sim, era o seu costumeiro sorriso debochado.

—Então é o quê?

Indaguei confuso. Pra mim entendi que ela estava querendo dizer do jeito torto dela, que me achou bonito arrumado daquele modo. Só que depois dessa resposta já conclui que me enganei totalmente.

—Vamos dizer que ‘’ eu te daria trela’’, porque você nem de longe está parecendo o sujeito nerd e estranho que eu conheço, o qual usa uns óculos do tempo do meu avô.

Estreitei meus olhos nela e balancei a cabeça odiando a ‘’opinião’’ daquela garota. Quem manda também, eu perguntar, né?

E outra, onde estava com a cabeça pra cogitar por um segundo que aquela garota tivesse me achado bonito? Se duvidar, Sara acha uma pedra mil vezes mais bonita do que eu!

A campainha da casa tocou e eu agradeci, porque já estava pronto pra responder a Sara uma grosseria pelo que ela me disse, só que a campainha me fez desistir disso! Sara foi salva pela campainha.

—Aposto que é a Catherine. Vou indo!... Adeus, insuportável!

O sorriso de Sara sumiu no mesmo instante em que a chamei pelo ‘’apelido carinhoso’’ que lhe coloquei. Senti-me vingado! Dei-lhe as costas e rumei para a porta. Parei antes mesmo de cruzar a mesma, ao ouvir Sara me dizer:

—Vê se arranja uma garota nessa festa. Você está precisando!... Ops! Mas, você pelo menos sabe chegar numa garota, quatro olhos?

Como numa cena em câmera lenta, eu me virei pra Sara e com os olhos faiscando de raiva a encarei. Ela ria como se não tivesse dito nada de mais. Como ela conseguia ser assim? Por que ela gostava de implicar comigo hein?

—Vai se danar, Sara!

Foi a minha resposta antes de sair do quarto muito ‘’mordido de raiva’’, enquanto ouvia ao fundo a risada alta de Sara ficar pra trás.

...

—As duas em ponto estarei aqui pra buscar vocês, Cath!

—Perfeito, mãe!

Catherine se despediu da mãe dela e descemos do carro.

—Divirtam-se crianças! E Gil vê se você arranja uma namorada. Lindão desse jeito não será difícil conquistar alguém aí dentro.

Sorri sem graça pelas palavras dela. Era a segunda pessoa que me dava aquele "conselho", sendo que essa usou um tom mais amistoso de me falar isso. O que não foi o caso de Sara quando me disse quase o mesmo antes deu sair de casa.

—Até mais, tia Lilly!

—Até, crianças!

—Minha mãe está certa, Gil! – Catherine me resmungou enquanto nós caminhávamos em direção a entrada da recepção onde acontecia a festa.

—Catherine, por favor!

Minha amiga apenas riu. 

Entramos na casa de recepção e lá dentro já havia um número grande de pessoas presente, a grande maioria eram de jovens. Catherine cumprimentou efusivamente a aniversariante e logo depois me apresentou a mesma.

—Naty esse é meu amigo Gil que eu te falei.

—Ah, oi, Gil!

A garota simpaticamente me estendeu a mão em cumprimento. Ela era muito bonita e estava com o namorado bem ao lado dela feito um cão de guarda, cuidando da garota dele. No seu lugar faria o mesmo também.

—Olá! Meus parabéns!

—Obrigada! Cath, vocês podem ficar numa mesa junto com o nosso grupo de amigos e as minhas duas primas, tudo bem?

—Claro! Em que mesa eles estão?

—Lá na do fundão. Eu te acompanharia até lá, mas tenho que ficar recepcionando os convidados.

—Tudo bem, amiga. A gente vai sozinho mesmo pra lá.

Cath se despediu da amiga e nós dois seguimos para a mesa que ficaríamos.

Tive uma grata surpresa quando chegamos lá. Entre a turma de seis pessoas que se encontravam à mesa estava nada mais, nada menos que a minha vizinha Heather. Ela assim que me viu, sorriu e eu obviamente retribuí o sorriso. Agora me animei e achei a vinda a essa festa uma ótima.

‘’Valeu por ter me convidado, Catherine!’’, agradeci internamente a minha melhor amiga por isso.


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Notas finais do capítulo

A "paixonite" do Gil está na festa! Será que vai rolar algo entre ele e ela? No próximo vocês descobrirão.

Até!



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