Noiva em fuga escrita por Zabalza


Capítulo 4
Microondas ao mar!


Notas iniciais do capítulo

Gente, eu estou sem computador! o meu antigo queimou semana passada :( eu to usando o da minha mãe, mas como ela está sempre trabalhando não tem brecha para mim nele. Eu vou tentar ressuscitar meu ipad, para ver se consigo escrever lá, mas não garanto nada.
Esse capítulo não foi revisado, mas mesmo assim espero que gostem!
avisando que eu vou estar com outra história em paralelo, Poder e Controle, que conta a história de Clary e Jace antes dos acontecimentos dessa história :)
até mais gente, desculpa!



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Eu estava a meia hora preso no trabalho, meu turno já havia acabado a mais de uma hora, o que eu fazia aqui? Esperando o feedback de uma cliente que desesperadamente queria algumas fotos para hoje, e acha que nós somos seus escravos, odeio clientes assim. O chefe do departamento estava na sala de reuniões esperando a resposta, para poder passar para o setor se o trabalho foi aprovado ou não, e assim segue o fluxo do nosso trabalho. Mesmo só sendo um estagiário aqui, eu sofro bastante, principalmente em final de prazo.     

Me inclinei na cadeira um pouco, massageando a testa de leve, a única coisa que eu queria nesse instante era chegar em casa, tomar um banho e cair na cama, quis dizer, sofá. Á alguns dias eu abriguei uma modela noiva fugitiva na minha casa, agora ela tomou posse do meu quarto e se aliou com meu colega de apartamento, ou seja, uma conspiração contra mim. Não estou reclamando, é claro que eu sinto falta do meu quarto, mas ela parece fazer companhia para Magnus, o que parece ser ótimo, assim ele não fica conversando com aquele gato, que eu tenho certeza que tem algum pacto com o satanás. Eu peguei meu celular no bolso para ver se algum dos dois tinha mandado algum sinal de vida, era mais provável que ela tenha me mandado alguma mensagem, eu dei meu número para ela caso ela se sentisse sozinha, já que Magnus ou está muito sociável ou um ogro grotesco enfurnado em seu quarto. Para minha surpresa, ela tinha deixado algumas mensagens: " Eu e o Magnus achamos uma receita ótima de pudim de micro-ondas, vamos tentar fazer" "espero que fique bom" " tenta não chegar tarde que eu quero comer" " foi o senhor modas, desculpa". Um sorriso involuntário apareceu no meu rosto, mas eu logo tratei de desfazer, é estranho você ficar sorrindo para um celular em público, e como eu quero manter a boa impressão na empresa, é bom eu me controlar. Eu respondi dizendo que me atrasaria um pouco mas logo estaria lá.    

Não demorou muito para meu chefe sair da sala esbanjando felicidade, indagando que o projeto tinha sido aceito, foi o suficiente para mudar toda a atmosfera do local: alguns papeis voaram no canto da sala, pessoas se abraçando, suspiros aliviados, trabalhar em uma agência era sem dúvida engraçado. Como estávamos liberados, comecei a recolher meu material e me organizar para sair, antes que um turbilhão de mensagens invada o meu celular. Me virei, indo em direção a saída, e senti uma mão segurar meu braço.    

— Foi um bom trabalho estagiário.— um dos meus colegas de trabalho disse, dando um pequeno sorriso.— Você não é tão ruim quanto eu esperava, se o chefe perguntar para mim sobre você, talvez eu diga algumas coisas positivas.    

— Isso é serio?!— falei, esbanjando felicidade.    

— Talvez, mas não deixe isso subir a sua cabeça.— deu um leve tapa nas minhas costas— Até amanhã.— se virou, indo conversar com um grupo reunido.    

Eu os observei de longe, os trabalhadores regulares daqui pareciam ser bem unidos, eram tudo que eu esperava de uma agência de fotografias. Provavelmente eles iriam marcar para se encontrar para comemorar que o trabalho foi feito, claro que não iria me intrometer, então só continuei fazendo meu caminho sozinho para o metro.     

Consegui meu estágio nessa empresa por meio da indicação do meu professor, eu era o melhor da classe segundo ele, então disse que faria de tudo para me ajudar na minha jornada. Mesmo todas as minhas expectativas para conseguir um emprego fossem negativas, fui aceito aqui como estagiário na parte de editorias, não era lá grande coisa porém eu me divertia bastante com os funcionários de lá.  Não só isso, eles me ensinavam muitas coisas também, quando cheguei lá só sabia mexer no Photoshop, agora eu sei outros programas, outras ferramentas e até novas técnicas para usar, é uma experiência ótima, sem contar que como é uma empresa grande, deve ser ótimo para o currículo.   

O salário não era generoso, entretanto, como eu conseguir me abrigar com o Magnus, eu não gasto muito com a casa, então tenho como sustentar minha vida de metrôs e refeições extras fora de casa. Para ajudar na casa eu faço os serviços domésticos e cozinho, eu sempre deixo as refeições do dia prontas antes de trabalhar, uma vez que meu turno só começa depois das 10:00. Assim a gente se vira, ele paga as contas e eu sou a empregada doméstica, agora ele tem duas, depois que a Isabelle se apoderou do meu quarto. Acho que ele está mais feliz assim, quando eu o reencontrei, ele estava perdido, tinha se entregado totalmente a vida noturna, sua carreira estava indo por água a baixo, ele não conseguia se concentrar em nada. Eu nunca soube o motivo de tanta tristeza, ele nunca me contou, mesmo quando eu me mudei para morar com ele, contra sua vontade claro. No começo foi complicado, contudo, com o tempo ele acabou se apegando demais a ter outra pessoa com ele, e não gosta nem quando eu cito que um dia eu vou me mudar.  

Olhei a hora no meu visor, com certeza eu vou estar morto quando eu colocar os pés naquele apartamentos. Apressei meu passo, saindo do metrô, a estação não ficava muito longe de onde eu morava, o que tornava a situação menos ruim. Será que se eu inventar a desculpa que eu parei para comprar sucos e refrigerantes e acabei me atrasando colaria? Tem uma loja de conveniência logo na esquina, e nunca estava cheia, eu poderia entrar, comprar e me fazer de pobre coitado para eles, os dois iam me idolizar, eu seria o herói do dia! " Oh, Simon você lembrou de trazer algo para tomarmos com o Pudim" " Como você é Inteligente" Eu sei, Eu sei, quer dizer, foco.  

Entrei de uma vez na loja e fui em direção ao freezer: Pêssego, Laranja, e uma coca para quebrar o gelo. Ótimo, isso daria algo na casa dos $20,  como provavelmente sobraria troco, peguei uma pastilha para ficar com hálito bom, espera para quem? Eu observei a pastilha em silêncio, por que eu estou agindo tão estranho ultimamente? Quando voltei a mim a mulher do caixa me olhava com um olhar assustado, eu apenas dei tudo para ela registrar, paguei e sai sem pagar mais vexame. 

Equilibrei as sacolas na mão esquerda, com a outra  eu fui caçar a chave na bolsa, enquanto eu andava em direção a portaria. O porteiro me cumprimentou, e me alarmou que o elevador social estava em conserto, e era para eu usar o de serviço. Como tudo nesse apartamento vive quebrando, eu não estranhei, e continuei meu caminho pelas laterais, parando perto da piscina, para pegar minha chave de vez, desde que eu sai da loja eu não consegui a encontrar. 

Um clarão rasgou na noite, e eu pude ver chamas caindo do céu, atingindo a piscina, fazendo água espirrar para todo o lado. É claro, eu dei um pulo, quase derrubando as bebidas, e olhei para cima, será que está tendo o apocalipse? Chovendo fogo? O fim está próximo? Eu não acredito que vou morrer virgem. Por algum motivo, eu podia ver duas silhuetas olhando para baixo, uma delas , de uma garota, acenava para mim, forcei minha visão e pude ver quem era: Isabelle, junto a ela Magnus. Minha mente começou a processar as informações lentamente, coloquei as sacolas de lado e andei até a piscina, para observar o que tinha caído lá dentro, para minha surpresa, um micro-ondas afundado e um pudim carbonizado flutuando. Engraçado, eles estavam fazendo um pudim que era assado no micro-ondas. 

Senti meu celular vibrar, o peguei , observando uma mensagem da Isabelle, mandada á alguns segundos atrás.  

" Eu e o Magnus achamos uma pizzaria ótima" 

" Era o Nosso Micro-ondas, não é?" Respondi. 

" Você sabia que lá é 24 horas?" 

Dei um longo suspiro, e voltei a observar os dois lá de cima, vão ser longos dias.  

 

 

 


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