A Batalha Final

Capitulo 1 – A vida dos digiescolhidos

Tai estava parado num enorme deque observando o sol se pôr no mar da praia, era quase 7 da noite e a visão naquele horário era linda, toda vez que ele estava preocupado ou precisava de algum tempo sozinho para pensar era ali que ele ia, os sons das ondas do mar batendo na praia e o vento o acalmava profundamente.

Ele olhava para o lado e observava as pessoas andando e fazendo diversas coisas, conversando, namorando, rindo e se divertindo e Tai não podia deixar de pensar se aquelas pessoas teriam alguma noção do que ele e os restantes digiescolhidos tinham feito e passado para salvar a Terra.

Tai acabou por deixar esses pensamentos de lado e começou novamente a pensar no que lhe estava verdadeiramente preocupando, o futuro.

Havia se passado 7 anos desde que os digiescolhidos derrotaram Piedmon e Tai agora com 18 anos travava uma das batalhas mais difíceis da sua vida, a inscrição para faculdade. As férias tinham acabado de começar e Tai acabara e completar o último ano escolar e tinha se inscrito em algumas faculdades porém não podia deixar de estar preocupado ou nervoso com o resultado, afinal não era um gênio como o seu amigo Izzy e nem tão inteligente como Joe. Aquela sensação de "e se eu não conseguir" era tão forte que Tai sequer percebeu que o seu celular estava tocando no bolso, e foi preciso uma jovem chamar a sua atenção para que Tai saísse do "transe" que se tinha colocado.

— Obrigado. - Falou Tai para a jovem moça enquanto tirava o celular do bolso. — Alô.

— Tai. - Era Matt. — Você está muito ocupado? Pode falar?

— Matt? Está tudo bem?

— Tou com um problema. Preciso de ajuda. - Falou Matt seriamente.

— O que foi? Pode falar. - Falou Tai preocupado.

— Preciso de uma carona. - Disse Matt.

— Carona? - Respondeu Tai surpreso. — Pensei que você estivesse viajando essa semana com a sua banda.

— Exatamente. - Falou Matt desanimado. — Olha, é uma longa história, eu te explico no caminho de volta, você pode vir ou não?

— Claro, claro, pode deixar, estou saindo daqui agora. - Falou rapidamente Tai agradecido pela ligação de Matt, dirigir era outra coisa que acalmava Tai. - Manda sua localização por mensagem para eu colocar no GPS e daqui a pouco estou ai.

— Valeu Tai, obrigado.

Tai entrará no carro extremamente satisfeito por saber que iria conseguir afastar dos seus pensamentos a espera da carta da faculdade tendo finalmente um pouco de sossego.

Enquanto isso, outros digiescolhidos que não tinham nada a perder ou se preocupar aproveitavam ao máximo o início das férias.

— E ai Kari? - Falou T.K. Deitado no chão completamente exausto. — O que achou? Era isso que você esperava.

Kari estava vermelha, completamente exausta também, suando por todo o corpo.

— Foi fantástico, A.d.o.r.e.i. - Disse deitada do lado de T.K.

— Eu falei que você ia gostar, não precisava ficar com vergonha no início. - Falou arfando T.K.

— For minha primeira vez. - Disse rapidamente Kari. — Eu falei antes de começarmos que nunca tinha feito. E você é um monstro, não pegou leve nem sendo a minha primeira vez.

— Porque pegaria? Mas mesmo assim, tenho que dizer, você mandou muito bem, estou surpreso. - Disse T.K. Fazendo Kari corar ligeiramente. — Ninguém no mundo diria que essa foi a sua primeira vez, parecia uma pessoa experiente. Eu amei, outro dia teremos que fazer de novo.

— E por quê não agora? - Falou Kari se inclinando sobre T.K.

— Agora? Meu Deus, que fôlego hein Kari.

— Você insistiu pra caramba, e agora que eu aceitei você vai me deixar na mão. - Falou Kari fazendo beicinho.

— Não é isso, é que você está com a adrenalina alta, nunca tinha feito isso antes, porém pra mim é um pouco diferente, eu preciso de uns 5 à 10 minutos para descansar ou não irei fazer direito. - Explicou T.K. — E que horas são?

— Quase 7 da noite.

— Nossa, já? O tempo passou voando hein. - Falou olhando para Kari que rapidamente concordou empolgada. — Tenho uma ideia, que tal irmos comer alguma coisa, eu estou com fome e cansado.

— Tudo bem. - Falou Kari meio desanimada. — Porém não reclame se você quiser outro dia e eu não estiver com vontade.

— Ah Tá! Você é nova nisso, vai querer de novo. — Falou T.K. Rindo. — Mas que bom que você gostou de jogar tênis, é difícil encontrar uma pessoa que goste, parece que agora finalmente terei uma parceira fora dos treinos.

— A.M.E.I.

Enquanto T.K e Kari tomavam banho nos seus respectivos balneários depois de terem jogado tênis à tarde inteira outros digiescolhidos estudavam arduamente para não repetir de ano.

— Que droga, não consigo fazer isso. Odeio MATEMÁTICA. - Gritava Davis no quarto. — Encontre o X. Encontre o X. TA AQUI A DROGA DO X PROFESSORA STUART. - Gritava Davis enquanto fazia um enorme X na folha do caderno. — Consegue vê-lo agora professora Stuart? Ou ainda precisa de ajuda para encontrá-lo? - Zombava Davis imitando a voz da professora.

Nesse momento Izzy e Sora apareceram no quarto de Davis.

— Pelo jeito não conseguiu resolver o problema que te passei. - Falou Izzy.

— Não. Números e letras não deviam se misturar

— Acho que devemos tentar algo mais simples. - Começou por dizer Izzy. — Que tal adição ou quem sabe multiplicação. - Disse Izzy fazendo Sora rir enquanto o próprio se segurava para não cair na própria piada, por outro lado Davis não tinha achado tanta graça e praticamente fumaçava de raiva.

— Isso não é justo, Ken, Yolei e Cody foram para a praia, só eu que não pude ir. - Disse desanimado Davis.

— Ken, Yolei e Cody passaram o ano normalmente, eles não ficaram de recuperação. - Disse Sora. — Agora para de reclamar, eu e o Izzy viemos até aqui na sua casa para te ajudar. - Falou Sora. — Desta vez deixa eu tentar te ensinar, aposto que consigo te explicar de uma forma muito mais simples que o Izzy explicou. - Disse Sora olhando para Izzy enquanto sentava do lado de Davis. — Vamos começar pelo básico. Este símbolo (+) significa A.d.i.ç.ã.o. - Falou pausadamente Sora fazendo Davis virar uma fera e Izzy gargalhar

O tempo foi passando e ensinar Davis matemática não era brincadeira de criança. Enquanto Izzy e Sora tentavam tal proeza Tai ligava para Matt.

— Ok Matt, é oficial. Estou perdido, não faço ideia de onde eu estou ou onde você possa estar. - Falou Tai no meio do nada. — Já passa das onze da noite, quando sai para te buscar nem tinha dado sete horas. O que podemos fazer?