Nunca Acaba escrita por kaka_cristin


Capítulo 1
Capítulo 1 - Conhecendo novas pessoas, ou não.




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Primeiro dia de aula na faculdade de Artes. Mary chegou acompanhada de seu irmão, Josh que também iria começar sua faculdade de direito. Quando os dois chegaram em frente ao campus, Mary saiu toda contente do carro parando em frente ao prédio e observando cada canto apreciando o campus.

M: nossa! Isso aqui é lindo. – disse aos pulos.

J: nada diferente das outras faculdades.

M: pra mim tudo isso é novo. Pra você não já que é a segunda faculdade que faz. Ainda não entendi o por quê de fazer outra faculdade. – disse ainda sem tirar os olhos do prédio.

J: enjoei de informática.

M: mal posso esperar pro primeiro dia de aula. Não está curioso em saber como é seu quarto? – disse se aproximando de seu irmão.

J: nem um pouco. – e ele abriu o porta-malas do carro e tirou sua mala.

M: ah é! Você já sabe como são. – disse dando um leve tapa na testa. - Bom, vamos logo que eu preciso conhecer meu quarto, meu companheiro de quarto, as salas de aula... – disse ela pegando as malas que estavam na bagagem do carro de Josh.

J: não acredito! – interrompeu Mary.

M: não acredita no que? – disse ela fechando o porta-malas e olhando pra onde ele olhava. Avistou um menino muito bonito no qual mexeu com ela. Ao vê-lo foi como se já o conhecesse de algum lugar.

J: nada. – tentou disfarçar algo.

M: quem é ele? – perguntou ela querendo saber quem era o tal menino que não lhe era estranho. Ainda estava o admirando. Ele era realmente muito bonito.

J: é um idiota qualquer com quem já estudei.

M: ah! Deve ser isso então. – disse quase que pra si mesma.

J: por que está dizendo isso?

M: não sei, é como se eu já o conhecesse.

J: você conhece-lo? Imagina. Só se for de vista. – disse ele meio nervoso. Mary não entendeu o nervosismo do irmão. – ok, vamos logo pro quarto.

M: ficou apressado agora?

J: cala boca Mary, vamos logo. – ele pegou uma das malas e foi caminhando em direção a porta do campus, um pouco mais a frente tratou de apressa-la já que ela estava bem mais atrás ainda admirando o lugar.

Assim que Mary abriu a porta do seu quarto se deparou com um casal se beijando na cama. Ela ficou meio sem graça e parou onde estava. Josh tomou a sua frente e tratou de forçar um pigarro fazendo com que o casal se separasse. Mary olhou pros dois toda sorridente querendo ser simpática.

M: oi.

C: quem é você? – falou a menina com uma cara de poucos amigos.

M: sua companheira de quarto.

J: tome suas malas, eu estou indo pro meu quarto. mais tarde eu venho te ver. – disse Josh pra Mary deixando a mala dela no chão do quarto e depois saindo.

C: me chamo Carla, prazer.

M: Mary. – disse estendendo a mão que ficou no vácuo.

C: esse aqui é meu namorado Frank.

M: oi. – disse ela sem tirar os olhos do menino, pois parecia conhecer o tal menino também.

F: oi. – cumprimentou ele a olhando espantado.

C: o que foi? Vocês estão com uma cara.

M: é que...não sei, mas...você não me parece estranho. – disse Mary um pouco sem graça sem desgrudar os olhos de Frank.

F: deve ser coincidência, pois eu...eu nunca te vi antes. – disse ele desviando seu olhar dela.

M: é. Pode ser.

C: dá pra vocês aprestarem atenção em mim?

F: olha Carla eu tenho que ir. – disse ele se levantando da cama e voltando a olhar pra Mary assustado.

C: por que? – ela cruzou os braços e ele olhou pra ela ainda em choque.

F: é que eu tenho que preparar umas coisas. Depois eu te falo. – ele deu um rápido beijo nela e saiu do quarto às pressas.

C: tem certeza que não o conhece?

M: eu não sei, mas é que...é como se já o tivesse visto antes.

C: ele me pareceu tão estranho...ah! o Frank sempre foi estranho a vida toda mesmo.

M: vocês se conhecem há muito tempo?

C: mais ou menos. Uns dois anos eu acho.

M: ah. Bastante tempo.

C: olha só, fique a vontade. A sua cama é a da direita. Só uma coisa muito importante: nada de pôster rosa pelo quarto por que me dá anciã de vômito toda vez que eu vejo. Entendeu pequena?

M: ta. – respondeu Mary.

C: valeu. – disse saindo do quarto e deixando Mary sozinha.

Mary aproveitou enquanto estava só pra arrumar todas as suas coisas no lugar. Colocou suas roupas na gaveta, tudo dobradinhas e organizadas como ela sempre gostava. Mudou sua roupa de cama e seu travesseiro pro que ela gostava de usar. Colocou seu mural de fotos com fotos dos pais e o irmão na parede e depois de tudo pronto resolveu olhar pela janela. Sua intenção era de ver se o tal menino que vira antes continuava na frente do campus jogando com uns outros garotos. Ela abriu a cortina e olhou.
Mary avistou o tal menino ainda na frente do campus, só que não jogava, estava acompanhado de Frank, o tal namorado da sua companheira de quarto. os dois conversavam e de repente olharam em direção a janela dela que se escondeu imediatamente com vergonha ao vê-los olharem.

Mary se afastou da janela calmamente e se sentou na cama. Achou estranho eles olharem pra janela. Será que falavam dela? Não, deviam estar falando da sua companheira de quarto, afinal era namorada de um deles, pensou ela. Mas ela não se atrevia a olhar pela janela de novo com vergonha de que eles ainda estivessem ali olhando. olhou em volta procurando algo pra fazer e abriu a gaveta da cômoda e retirou um livro que ela adorava e começou a lê-lo. Foi quando alguém bateu na porta que logo se identificou. Era Josh, seu irmão. Mary pediu que ele entrasse e guardou o livro.

J: oi.

M: oi.

J: o que guardou aí?

M: meu livro, estava lendo um pouco.

J: e aí? O que está achando?

M: é...por enquanto não tem nada pra fazer. Mas depois, aposto que terei um monte de exercícios pra fazer, um monte de trabalhos e aí vai ficar muito legal. Não vejo a hora.

J: nunca vi alguém gostar tanto de estudar.

M: eu adoro mesmo. Estou com saudades disso. Mas o que faz aqui?

J: eu não te disse que vinha te ver?

M: sim, disse.

J: então...eu vou até lá embaixo ligar pro nossos pais e avisar que já chegamos.

M: manda um beijo pra eles.

J: pode deixar, eu mando.

M: diga pra minha mãe que já estou morrendo de saudades.

J: pode deixar Mary. Quer alguma coisa?

M: não. Se eu quiser depois eu desço pra pegar.

J: não! Você pirou? Não pode sair por aí sozinha.

M: e por que não?

J: por que...por causa do trote. Se eles te pegarem irão judiar de você.

M: que nada. Esse troço de trote é passado. E alem do mais, não vão fazer nada com uma dama.

J: Mary, não quero que aconteça algo grave com você novamente. Esses caras de trote são perigosos. Não querem saber se é mulher, homem ou o que for, eles pegam pesado. Não sabe com que tipo de gente está lidando.

M: ok, ok, eu prometo que ficarei aqui.

J: ótimo. – ele beijou-lhe a testa e se levantou da cama e quando abria a porta Mary o interrompeu de ir.

M: sabe Josh, eu ainda não lembro como tudo aconteceu.

J: não precisa. Será melhor assim. Tchau. – e fechou a porta.

M: tchau. – disse ela em desânimo.

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