Fairy Tail Next Generation - Éclair Fata Arco 1 escrita por DemiVal


Capítulo 7
Parte 6 - Karenjin




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Parte 6

Karenjin

Era uma tarde amena, os três voltávamos de uma missão não muito difícil, aliás… eu e Tsuki poderíamos ter dado conta dela sozinhos… porém o mestre Sting nunca deixaria a sua menina sozinha numa missão, não depois do que tinha acontecido alguns meses atrás. Por isso ele tinha vindo connosco.

—Já posso usar a minha Vehicle Magic?- Reclamei.

—Não! Nunca… já te disse… se quiseres podes ir á frente… - Murmurou o homem que tinha vindo connosco na missão. Depois colocou as mãos atrás da cabeça e começou a assobiar.

O seu nome era Natsu Dragneel e pertencia á guilda Fairy Tail. Ultimamente os magos de SaberTooth faziam missões em conjunto com Fairy Tail. O mestre alegou que era para criar laços entre as guildas, e bem que ele podia ter mandado o Claude ou a Layla, mas não… Tínhamos que ir com um mago S-class para uma missão facílima…

—Vês…eu disse que ele ia dar problemas… - Murmurei para Tsuki. Ela riu alegremente.

—Sabes como são os Dragon Slayers em relação a veículos… Tem calma… andar a pé de vez em quando nunca fez mal a ninguém… - Disse ela.

Caminhávamos descontraidamente. Tsuki saltitava alegremente, sorrindo. Ela era uma daquelas pessoas que detestava violência e eu era uma pessoa que gostava de calma e pouco barulho. Por isso sempre fizéramos missões juntos, missões que não envolviam violência, fazíamos apenas missões em que pessoas necessitassem de ajuda pacífica. Daí mais uma forte razão de não precisarmos de um mago S-class para as nossas missões, ainda por cima um de Fairy Tail, que eram conhecidos pelos seus comportamentos selvagens. Além do mais, ele apenas atrapalhava o nosso recorde.

Na guilda tínhamos um quadro de recordes e eu e Tsuki conseguíamos quebrar sempre o de “missão mais rapidamente bem-sucedida”, claro está graças á minha Vehicle magic… Claro que não eramos os únicos a usar transportes nas nossas missões e eu nem era o único na guilda que usava Vehicle Magic. Mas a nossa equipa tinha veículos diferentes dos outros, eram carros montados de raiz por mim, carros modificados com motores mágicos que eu próprio fizera. Fora a minha mãe que me ensinara tudo aquilo, ela era uma mecânica nata.

Lembro-me do som do pequeno sino quando a porta da loja abria. Era um som tão convidativo e familiar. A voz da minha mãe. O riso dela… Admirava-a muito, afinal estava a criar uma criança sozinha. Nunca conhecera o meu pai, e sempre que questionava a minha mãe em relação a isso ela apenas respondia:

—Pai? Claro que tens um… ele é um homem forte e honesto… Fazes-me lembrar muito ele…

E a conversa morria por aí. Eram bons tempos esses… quando eu vivia com a minha mãe. Porém um dia ela adoeceu gravemente, lembro-me perfeitamente do que ela disse duas semanas antes de partir.

—Karen, meu querido… Não ficarei cá por muito mais tempo… - Murmurou carinhosamente. Conseguia perceber o quão lhe era difícil respirar. Comecei a soluçar. Durante toda a minha vida ela tinha sido a minha única família, e iria perdê-la. – Não te preocupes… não ficarás sozinho… ainda tens o teu pai… vai para SaberTooth Karen, essa será a tua nova família… encontrarás lá o teu pai…- Ela sorriu. Era o sorriso mais belo que vira. – Quando o encontrares… diz-lhe que o amo… e que sempre o amarei… Afinal de contas, és a prova disso.”

E era por isto que eu estava em SaberTooth. Apenas Tsuki sabia este segredo, tal como sabia a identidade do meu pai. Nunca tinha conversado muito com ele, nem lhe tinha contado a verdade. Afinal o que poderia eu fazer? O homem muito provavelmente nem sabia que eu existia… não iria de repente aparecer e dizer que era filho dele… Tsuki percebera quando lhe contara isto.

—Mas tens de lhe contar um dia Karen… tens de saber o porquê de ele não ter estado lá… - Murmurou ela. Eu recusei. – Mas se não o fizeres não poderás entregar a mensagem da tua mãe…

E assim eu prometi que lhe contaria, quando fizesse os meus 18 anos…

Um vento forte soprou, abanando os meus cabelos pretos. Natsu parou a sua melodia e olhou para o lado, cheirando o ar.

—Estranho… - Murmurou primeiramente. Depois assumiu uma cara seria.— Temos de ir… Já! – Exclamou correndo, sem explicações, para dentro da floresta que crescia ao lado da estrada.

—Natsu… Espera… - Tsuki tentou travá-lo.

—Repetindo-me… Eu disse que ele ia dar problemas… - Murmurei agarrando-a e correndo atrás dele. – Natsu… - Gritei para o homem de cabelo rosa me ouvir.

—Eles estão em perigo! – Exclamou ele ainda a correr. – A Valkíria e o Raiden… - Nesse momento ouvimos um grito.

—O quê!? – Arregalei os olhos, parando de correr ao deparar-me com o cenário. Natsu parou também. Tsuki levou as mãos há boca, chocada

Um pouco mais á frente estava Val, paralisada e ferida. Tinha á sua frente uma rapariga com cabelos pretos que agarrava a cabeça. Segundos depois entraram em cena mais três pessoas. Uma delas era Raiden, o filho de Laxus. Os outros dois deviam ser amigos da outra, pois correram imediatamente em direção a ela. Olhei Natsu, ele estava parado uns metros á minha frente, escondido entre as árvores. Algo parecia mal com ele… parecia assustado, tal como Valkíria.

—Algo está errado… - Murmurei eu. Tsuki olhou-me seriamente.

—Temos de ajuda-los… A Val usou muita magia… ela está extremamente cansada… - Depois caminhou até Natsu colocando-lhe a mão no ombro. Ele pareceu acordar do seu estado de terror. – Não sei porque ficaste assim mas neste momento precisamos da tua ajuda… - Natsu olhou-a, cerrando os punhos. Tsuki era uma daquelas pessoas que detestava violência, mas também era uma daquelas pessoas que sabe que neste mundo não é tudo preto e branco. Por vezes era necessário recorrer á violência para protegermos quem mais amamos.

—Qual é o plano? – Perguntou Natsu calmo. Porém não haveria tempo para fazermos um plano. Ouvi Raiden gritar o nome de Val e vi que ela estava a ser atacada pela rapariga de cabelos pretos. A rapariga tinha uns olhos vermelhos selvagens e uma espada na mão De onde veio aquela coisa? Ela não tinha nenhuma arma antes certo? Pensei. Natsu viu a cena horrorizado, decidindo tomar ação.

—Karyū no hōkō! – Exclamou ele expelindo fogo pela boca na direção da rapariga. Esta desviou-se mesmo antes de levar com as chamas em cima. Natsu correu agarrando Val e afastando-a do inimigo. Valkíria olhou-o. Pareceu relaxar.

—Natsu! – Exclamou radiante. Depois pareceu reparar em nós. – Oh… Tsuki…Karen… - Murmurou fracamente.

—Está tudo bem…- Disse Natsu puxando-a mais para si. Ele parecia extremamente furioso. Na sua mão tinha uma chama, pronto para atacar quem quer que se lança-se a Val. Raiden que até agora estava especado a olhar, correu até ao lado do mago de cabelos rosa. Ambos estavam prontos para defender Val. Tsuki e eu mantínhamos-mos afastados, não tínhamos muita magia que pudéssemos usar para atacar, por isso era melhor mantermos a distância e não atrapalhar.

O nosso inimigo mantinha-se quieto, o rapaz e a rapariga de cabelo castanho, estavam atrás daquela que atacara Val. Tinham uma expressão de puro terror. A rapariga de cabelos pretos mantinha uma expressão de fúria. Ela fulminava-os com o olhar e assumia uma posição ofensiva, pronta a atacar aqueles dois sem hesitar.

—Sakki… - Ouvi o rapaz murmurar. – Tem calma…- Murmurou ele no mesmo tom que uma pessoa usa para um animal selvagem.

—Isto é mau… - Retorquiu a outra. “Sakki” mantinha-se naquela posição, furiosa por algo.

—Sakki…-Sussurou Val. Pareceu-me notar um sorriso na sua voz, um sorriso triste – Não… Sakumi… - Val levantou a cabeça, lágrimas rolaram pela sua face. – Desculpa… - Disse olhando a rapariga. Eram apenas sussurros. Consegui perceber que Val desmaiara nesse momento. A expressão de “Sakki” mudou. Pareceu incrédula por uma fração de segundo. Depois vi ela a espetar a espada na mão, porém em vez de rasgar a pele, entrou nela, como se aí pertencesse. Os olhos da rapariga mudaram para um azul intenso, como o mar. Os dois amigos dela ficaram boquiabertos.

—Vamos embora… - Afirmou a rapariga de cabelos pretos, virando costas e começando a caminhar para o lado oposto. Os outros seguiram-na com o olhar.

—EI! Vocês pensam que vão escapar assim tão facilmente? Afinal porque queriam raptar a Valkíria? – Questionou furioso Raiden.

—Raptá-la? O quê!? – Natsu olhou Raiden confuso. A “Sakki” virou a cabeça, sorrindo. Parecia um sorriso demasiado bondoso para um inimigo.

—Tal como eu disse… Isso também eu gostava de saber… Estávamos apenas a cumprir ordens… - Murmurou desviando o olhar para o chão, os seus olhos pareciam tristes. Depois continuou o seu caminho. Os outros seguiram-na sem a questionarem. Raiden avançou, não estava decidido a deixa-los escapar.

—Raiden Dreyar, para! – Exclamou Natsu impedindo o rapaz loiro de avançar. – A Val está ferida e com pouca magia… ela precisa de recuperar, temos de levá-la para SaberTooth… E vamos necessitar de alguém que explique o que se passou… - Raiden olhou a floresta furioso, serrando os punhos. Depois olhou-me.

—Rapaz dos carros… Qual é a coisa mais rápida que tens? – Perguntou. Natsu pareceu perder a compostura de herói.

—Nós não vamos de carro! – Exclamou o homem aflito. Raiden olhou-o, trocista.

—Precisamos de chegar lá rápido… - Murmurou ele. Natsu pareceu rosnar-lhe.

—És tal e qual o teu pai… Muita boca e pouco músculo… - disse pegando Valkíria ao colo. O rapaz olhou Natsu com o seu sorriso trocista de novo.

—A sério? O meu pai disse-me que tu falavas muito e que te dava grandes tareias… - O mago de Fairy Tail ficou ainda mais furioso, pronto para atacar Raiden.

—OI! – Vociferou Tsuki. Sinceramente até a mim me meteu medo. – Vocês vão ficar para aí a discutir enquanto a Valkíria está assim? Temos de tratar dela o mais depressa possível! – Exclamou ela. Natsu e Raiden ficaram vermelhos e desviaram o olhar para o chão. Ela olhou-me – Karen qual é teu carro mais rápido? – Enchi o peito pronto a responder á pergunta.

—Bem… tenho um novinho que construí á uns dias e gostava de o testar… tem um motor de 450 cavalos e 1200 de cilindrada… Consome muita pouca energia e… - Raiden avançou dois passos e interrompeu-me.

—Karenjin… O carro tem rodas? – Afirmei positivamente. – Muito bem… O carro anda? – Acenei positivamente com a cabeça. – Então para com as complexidades e mete já aqui um carro! Nós pedimos um carro… não uma descrição detalhada… - Tentei parecer o mais ofendido possível enquanto invocava o carro descrito. Era uma máquina belíssima. Era grande, espaçoso e era cor de rosa. Entramos todos. Ia eu ao volante, Raiden ia ao meu lado, Natsu e Tsuki ia atrás. Natsu tinha Val ao colo e Tsuki tirava já da sua maleta poções para aplicar um tratamento de emergência. Liguei a ignição e o motor ronronou de prazer. Acelerei a fundo tirando-nos daquela floresta e voltando á estrada. Segui caminho para o edifício de SaberTooth, chegando lá num tempo recorde de 2:03:56.

Assim que entrámos no edifício o barulho habitual cessou, todos olhavam para nós. Natsu, ainda um pouco enjoado, trazia Val ao colo e todos olhavam estranhamente, não sabendo o que se passava. Tsuki avançou primeiro, aflita.

—Onde está o meu pai? – Questionou ela aflita. Ouviu-se uma porta a abrir. Era o mestre Sting a sair do seu escritório. Assim que viu Tsuki os seus olhos iluminaram-se.

—A minha menina já chegou! Tiveste saudades do papá? O papá teve muitas saudades tuas… - Disse ele muito contente abraçando a rapariga. Tsuki afastou-se do abraço de urso do pai.

—Papá agora não… A Val está em perigo… eles foram atacados! – Exclamou ela com urgência. Sting olhou-nos.

—Oh, Karen, Natsu… E o Raiden e a Valkíria também vieram… - Murmurou ele secamente. Tsuki olhou-o zangada. Sting riu. – Pronto… Natsu trá-la para aqui… - disse o homem loiro deslocando-se até á porta da enfermaria. Eu,Tsuki, Natsu e Raiden seguimo-lo. – Deita-a numa das camas, a Tsuki irá tratar dela… Karen podes ficar a ajudá-la? – Acenei um sim, enquanto Natsu deitava Valkíria numa das camas. Ele agradeceu sorrindo. Depois olhou Natsu e Raiden. – Agora vocês os dois, venham comigo… Preciso de explicações…

E os três saíram da enfermaria deixando-nos aos dois a tratar de Val. Olhei Tsuki, ela já trabalhava, colocando ligaduras nos braços da rapariga e preparando poções para que a recuperação da magia fosse mais rápida. Desloquei-me para mais perto da cama.

—Precisas de alguma ajuda?

—Não, deixa estar… já estou quase a acabar… só preciso de lhe injetar esta solução… - Disse ela enchendo uma seringa com a poção que tinha acabado de preparar e introduzindo-a na corrente sanguínea da Val. – Pronto… agora ela apenas precisa de repouso… deve acordar daqui a umas oito, nove horas…

Nesse momento a porta abriu-se deixando entrar um rapaz alto de cabelo rosa-claro. Era Claudius Dragneel o filho mais velho de Natsu.

—Como é que ela está? – Perguntou excessivamente preocupado. Ouvira uns rumores de que quando eram mais novos Val e ele eram bastante chegados, porém algo tinha acontecido que os afastara. Tsuki olhou-o.

—Ela ficará bem… apenas tem de descansar! – Depois olhou-me. – Karen, podes vir comigo ao escritório do meu pai? Ele deverá querer saber como ela está… Além disso o Raiden pode precisar de algum tipo de tratamento…- Concordei, seguindo-a até à porta. – Claude fica com ela só por um pouco.

—Claro!

E saímos ambos em direção á porta do escritório do mestre. Antes de bater virei-me para ela.

—O que foi aquilo? Normalmente não deixas um paciente sozinho… não até ele acordar…

—O Claude já tem 19 anos… ele sabe o que faz… E eu também não vou demorar muito…- Respondeu-me. – Além de que eles já não se vêem há algum tempo… - Sussurrou, batendo à porta. Lá de dentro o mestre deu-nos permissão para entrar. Ela abriu a porta.

—Raiden, precisas de algum tipo de cuidado? – Perguntou ela imediatamente. O rapaz olhou-a confuso como se não percebesse o que lhe era perguntado.

—Oh… Não, Não é necessário… apenas tenho uns pequenos arranhões… - Disse o rapaz. – Como é que está a Val?

—Ela ficará bem… Talvez acorde daqui a umas 8 horas… Já avisaram o mestre Laxus do que se passou? Eu gostaria de falar com ele depois da Val acordar…

—Ele disse que chegaria daqui a umas 2 horas… - Murmurou Natsu. – Lentinho com sempre…

—Tsuki, Karen podem ir para o bar se quiserem… só iremos começar a reunião quando o Laxus chegar… - Disse-nos o Mestre Sting.

Assim saímos os dois, não estávamos para estar á espera duas horas enfiados num gabinete… Fomos até ao bar onde nos sentamos numa mesa vaga. Ao longe avistei Layla, a irmã gémea de Claude. Ela viu-nos e correu até á nossa mesa.

—Então pessoal? Como vai a vida? Ouvi dizer que a Val está mal… - Disse ela arrastando uma cadeira e sentando-se.

—Ela já está bem L… Não precisas de te preocupar… - L era o nome pelo qual Tsuki a tratava. Elas eram muito amigas.

—Achas que eu me preocupo? Foste tu a tratá-la… de certeza que ficará bem! - Exclamou feliz. - Por enquanto… - murmurou no final baixando a cabeça, olhando as mãos.

—Porque dizes isso? – Perguntei confuso. Ela olhou-me com os seus olhos castanhos.

—Ela quando perde uma batalha costuma treinar ainda mais do que o habitual… Foi por isso que o meu irmão se distanciou um pouco dela…– Fez uma pausa no discurso para atar os seus cabelos rosa num elástico. - Quando ela tinha 14 anos e o meu irmão tinha 16, eles decidiram ir numa missão S-Class sozinhos…pensavam que conseguiam completa-la… Porém correu bastante mal, e Val ficou gravemente ferida para proteger o Claude… Ele ficou com ela dia e noite até recuperar, sentiu-se muito culpado, afinal ele tivera a ideia... Aliás foi por isso que a Mestra Erza e o nosso pai não ralharam muito com ele. – Fez outra pausa e olhou o teto da guilda. – Quando a Val acordou começou logo a treinar… nós tentávamos impedi-la… ela ainda não estava a 100%, mas ela às vezes tende em ser mais teimosa que uma porta… - Murmurou ela sorrindo, focando-se em nós de novo. – O meu irmão decidiu assim afastar-se dela… ele não queria pô-la mais em perigo… e ela queria ficar mais forte para poder protegê-lo… - suspirou ironicamente. – O poder do amor… - Tsuki e eu rimo-nos.

—Mas afinal o que é que tu e o teu irmão andam aqui a fazer? – Perguntou a rapariga de cabelo azul quase branco.

—Viemos para fazer uma missão com o Rogue e o Frosh… - Murmurou sorrindo. – O Frosh é tão fofinho! – Exclamou por fim. – Quem me dera ter um Exceed… mas os dois primeiros filhos do Happy e da Carla já andam sempre a acompanhar o Nash e o Zidane…Não é justo… eu e o Claude nascemos primeiro que o Nash! Deviamos ter um Exceed primeiro que ele… - disse aborrecida.

E assim passamos o resto do final da tarde. Enquanto esperávamos que o mestre Laxus chegasse, conversamos sobre todo o tipo de coisas, até que uma hora e meia depois Layla teve de sair para ir fazer umas coisas, deixando-nos sozinhos.

—Quando é que lhe vais contar Karen? – Perguntou-me Tsuki uns minutos depois. Olhei-a aborrecido.

—Já te disse que quando fizer os meus 18…

—Karen… Não sabes o dia de amanhã… deverias dizer-lhe o mais breve possível… antes que percas a oportunidade…

E a conversa ficou por aí. Não gostava muito de falar sobre esse assunto. 45 minutos depois a porta principal abriu-se para deixar entrar um homem alto e musculado. Era Laxus e trazia a sua mulher, Mirajane e os seus dois guarda-costas, Bickslow e Freed. Assim que entrou dirigiu-se ao gabinete do mestre Sting, abrindo a porta sem pedir licença. Eu e Tsuki fomos atrás deles. Ambos estávamos bastante curiosos para saber o que acontecera e por isso Sting iria deixar-nos ouvir.

—Laxus! Tens de ensinar boas maneiras ao teu filho! Ele andou a ofender o meu orgulho! – Reclamou Natsu assim que teve oportunidade. Vi Laxus a olhar Raiden, afagando-lhe o cabelo logo a seguir.

—Lindo filho! – Exclamou como se estivesse a falar para um cão. – Para a próxima vez espera por mim que é para lhe darmos porrada juntos! – Gozou ele. Natsu ficou vermelho de fúria, estava pronto para responder. Porém Mirajane impediu.

—Pronto rapazes… podemos ir diretos ao assunto? Eu gostaria muito de saber o que aconteceu… afinal pessoas ficaram feridas… - Murmurou ela com um olhar assustador. Todos na sala pareciam arrepiados. Sting aclarou a voz.

—O Raiden já me esteve a contar umas coisas… ao que parece ao voltarem da missão foram intercetados por três pessoas da idade da Valkíria. Duas raparigas e um rapaz. Tinham todos Slayer Magic, sendo que dois conseguiram usar um Unison Raid de Second Origin…

—Dois adolescentes? Um Unison Raid de Second Origin? – Laxus parecia incrédulo.

—Sim… e não é o mais incrível… O teu filho disse-me, e o Natsu confirmou que uma das raparigas tirou uma espada da própria mão… - Continuou Sting. – O Raiden acha que uma das atacantes dava pelo nome de Sakumi. - Laxus pareceu incrédulo.

—Mas isso não é o mais importante… - Interrompeu Ray. – Eles queriam raptar a Val! – Exclamou ele. Laxus olhou-o.

—Raptá-la? – Depois suspirou. – Santa paciência… Raiden… como era a rapariga que se chamava Sakumi?

—Ela tinha cabelos pretos e olhos azuis… mas a certa altura, a Val e ela ficaram a lutar sozinhas e quando eu apareci em cena a tal Sakumi tinha os olhos vermelhos e a Val estava paralisada… parecia que tinha medo… Ela chegou a murmurar uma coisa esquisita quando a olhava… - Raiden pareceu pensar.— Ela disse… Zeref…

Nesse momento, Sting, Laxus, Mirajane, Bickslow e Freed ficaram boquiabertos, não querendo acreditar no que ele dissera.

—Tens a certeza de que ele disse isso? – Perguntou Laxus agarrando Ray. – Ouviste bem o que ela disse? – Ray estava confuso.

—Não tenho a certeza… mas foi o que ouvi… - Respondeu o rapaz loiro. Natsu avançou colocando a mão no ombro de Laxus.

—Ele ouviu bem… Aquela rapariga… ela tinha algo de estranho nela… de alguma maneira consegui cheirar… não sei… parecia o cheiro de um demónio do Zeref… - Murmurou seriamente. – E não era só isso… Mesmo antes de desmaiar a Val pediu-lhe desculpa…

—Então… É ela? – Perguntou Mirajane com esperança. Natsu abanou positivamente a cabeça.

—Além do cheiro do demônio consegui identificar o cheiro deles… - Disse Natsu confiante. – Eu tenho a certeza absoluta pessoal… Aquela era a Sakumi Fullbuster…a filha desaparecida do Gray e da Juvia!

Todos assumiram caras serias. Quanto a mim não percebia o que se estava a passar. Nesse momento alguém bateu à porta, abrindo-a de repente. Era Tsuki que tinha saído à pouco para verificar a condição de Valkíria. Ela estava ofegante e parecia ter más notícias.

—Pai! – Exclamou ela. – A Valkíria não está na enfermaria… eu acho… eu acho que ela fugiu com o Claude!

—O que!? – Fora Laxus a falar. – Aquela miúda! – Exclamou furioso. Depois olhou Natsu. – O teu filho anda muito descontrolado! – Mirajane abraçou o marido, talvez para o tentar acalmar.

—Bem… não temos com que nos preocupar… Tenho a certeza que todos sabem para onde ela foi… - Murmurou ela sorrindo.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado desta nova parte.
Peço desculpa ter demorado a postar! A partir de agora vou tentar ser mais rápida a atualizar!



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