More Than Words - Spideypool escrita por killurdarlings


Capítulo 12
Linger


Notas iniciais do capítulo

Dobradinha! ♥

Foto: Novos personagens!

Boa leitura :)



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/684304/chapter/12

 

Na cozinha da casa de Peter, a louça se amontoava na pia em pequenas pilhas. Os garotos haviam acabado de se empanturrarem com vários pedaços de pizza e agora se encontravam largados na sala, cheios de mais para fazerem qualquer outra coisa.   

—Ah... Acho que eu comi demais - Wade que estava sentado em uma poltrona perto dos sofás disse, passando a mão na barriga.   

—Você acha? Você quase detonou uma pizza inteira - Harry disse recebendo uma cutucado com o pé de Peter, que estava no sofá de três lugares.   

—Aquela dança toda me deu uma fome de louco - Wade se justificou fazendo Gwen rir. Ao fundo, podia-se ouvir baixo alguma melodia tocando no aparelho de som. A garrafa de Whisky, quase vazia, jazia na mesa de centro esquecida. O silêncio que predominou na sala era confortável e logo a melodia do rádio se tornou mais alta devido a falta de barulho. Quando a faixa pulou, uma batida harmoniosa e ao mesmo tempo melancólica começou. As batidas de Linger dos The Cranberries soava calmante, e de repente, todos pareciam estarem sendo embalados pela canção.   

—Essa música é muito boa - Wade comentou, começando a cantarolar baixinho - "I'm sure I'm not being rude, but it's just your attitude." 

—"It's tearing me apart. It's ruining everything" - Gwen o acompanhou, ainda em tom baixo, balançando os pés no ritmo.   

—"And I swore I swore I would be true. And honey so did you" - Wade e Gwen continuaram, sendo acompanhados pela voz única da vocalista. Logo, Foggy havia entrado no coro também.   

—"So why were you holding her hand? Is that the way we stand?" - os três cantavam juntos, curtindo as batidas da música. Harry não resistiu por muito tempo.   

Quando o refrão chegou, Peter já havia entrado no ritmo e também cantava, sorrindo para os amigos. Harry se inclinou na direção de Matt, o único que ainda não havia cantado, e aumentou a voz na intenção de fazer o garoto cantar junto. Matt entendeu o recado e balançou negativamente a cabeça.   

—"But I'm in so deep. You know I'm such a fool for you. You got me wrapped around your finger. Do you have to let it linger? Do you have to, do you have to, do you have to let it linger?" - Os cinco cantavam em harmonia, enquanto Matt recebia pequenos empurrões para que começasse a cantar também. Quando a segunda parte da música começou, todos cantaram empolgados, parando subitamente próximos ao refrão. Matt mexeu a cabeça em entendimento. Todos estavam esperando que ele cantasse.   

—Ah, qual é pessoal... - Ele disse rindo tímido, enquanto todos continuavam em silêncio. Quando o refrão recomeçou, Matt decidiu dar o braço a torcer:   

—"And I'm in so deep. You know I'm such a fool for you" - Cantou baixinho, desajeitadamente, tirando comemorações dos amigos, que finalmente voltaram a cantar, entonando a música até o final.   

[...] 

—Você tem certeza de que não quer ficar? O Matt é do seu tamanho, acho que ele encontra alguma coisa para você dormir - Peter disse encostado na porta aberta da casa, por onde um vento gélido entrava. Wade havia dito que era sua hora de ir.   

—Foi mal Peter... Eu tenho que ir.  A Sra. Gibs já vai me matar por fazer ela abrir o portão essas horas para mim - O loiro riu, mas Peter fez um muxoxo.   

—Mas se você quiser, eu... - O moreno foi interrompido.  

—E que eu não trouxe meus remédios, sabe? Eu... Eu tenho que tomar eles toda noite.   

—Ah, claro! - Peter bateu levemente na com a mão na testa, se lembrando finalmente de que Wade precisava da medição e não trouxera nada consigo - Me desculpe, eu não quis... Só seria legal, se você ficasse.   

—É... - Wade sorriu, olhando fixamente o menor - Seria mesmo...  

—Bom, eu vou chamar um taxi para você, tudo bem? Eu pago, não tem problema...   

—Ah, não esquenta não... - Wade deu de ombros - Eu gosto de andar de metro.   

—Mas pode ser perigo, principalmente nesse horário.  

—Bem, eu sei me cuidar... - Wade riu passando a mão na nuca. Ele então saiu, dando uma olhada no céu estrelado e em seguida, voltando-se para Peter - Acho que eu vou nessa.   

—Espera, eu te acompanho até a estação. É aqui perto - Peter pegou rapidamente o casaco pendurado na parede e fechou a porta silenciosamente. Os amigos no andar se cima, provavelmente já se preparavam para dormir.   

—Não precisa não, Peter. É perigoso você voltar sozinho - O loiro disse parecendo preocupado.   

—Ah, eu sei me cuidar - Peter deu de ombros, rindo. Wade sorriu com a brincadeira e caminharam tranquilamente pelas ruas desertas.   

Wade cantarolava baixinho a música que haviam cantado mais cedo e Peter não pode deixar de pensar o quanto sua noite havia sido divertida. Nunca tivera muitos amigos e agora, cada um deles significava muito. Principalmente, Wade. Peter sabia de todos os problemas do loiro e por algum motivo que desconhecia, queria muito ajudá-lo, estar perto e lhe dar apoio.   

Quando dobraram a esquina que dava acesso a estação de metro, Wade parou e sorriu para o garoto.   

—Seu pacote já está entregue, pode ir para casa rapidinho agora - Peter riu, afirmando com a cabeça.  

—Tudo bem... Acho que nós dois vamos ficar bem - Wade também confirmou balançando a cabeça e então se aproximou de Peter, depositando em sua bochecha um beijo sem jeito.   

—Boa noite... - disse sorrindo mais um vez, caminhando até a estação, desenrolando do bolso os conhecidos fones de ouvido.   

Peter observou aquela cena impressionado. Levou a mão até o bochecha beijada. Deus, ele quase podia sentir o toque ali ainda. Sorriu involuntariamente, virando-se e tomando o caminho de volta para a casa. No trajeto, não pode deixar de cantarolar:   

—"And I'm in so deep. You know I'm such a fool for you..." 

[...] 

Algumas horas mais cedo, em um dos bairros residenciais de luxo de New York, o Dir. Fury encontrava-se debruçado em papéis no seu grande escritório. A mansão era, sem dúvida, uma das mais bonitas do condomínio. Infelizmente, todo aquele luxo não se sustentava sozinho. Muitas vezes, Fury se via tendo de trazer trabalho para a casa, afinal, administrar um famoso internato não era nada fácil. Desde quando o irmão falecera, a responsabilidade de administrar todos os seus bens caíram sobre si. O irmão não havia deixando nenhum herdeiro, nenhum testamento. Seus bens eram avaliados em muito mais que bilhões, e quando sua repentina morte ocorreu, Fury se viu recebendo a benção e o peso de toda aquela fortuna.   

Ele admitia que, nunca fora próximo do irmão. O mesmo parecia nutrir algum tipo de richa ou magoa pelo fato de ser adotado. Fury nunca entendeu o por que, afinal, jamais ouve diferença alguma entre eles.   

Entretanto, apensar da falta de contato, a morte do irmão lhe remexeu os sentimentos. Tiveram um boa infância juntos... E agora, o irmão havia lhe passado (mesmo que indiretamente) seu legado, seu internato.   

O Dom Elite, era de longe a principal fonte de rendimento do Sr. Wilson Fisk (ele não havia carregado o sobrenome Fury com ele), apesar de seus investimentos em várias ações empresariais. O internato era a grande paixão de Fisk, construído com muito suor e dedicação, do zero. Sem a ajuda financeira dos pais adotivos. E era por esse motivo que Fury se recusava a deixar que o grande patrimônio do irmão se perdesse em ruínas.   

Desviou os olhos para o relógio, estava trancado naquele escritório há sete horas seguidas e ainda havia muito trabalho a fazer. Antes que pudesse voltar a sua papelada, três batidas na porta foram ouvidas e sua assistente pessoal entrou discretamente no cômodo.   

—Sr. Fury, eu entendo que o senhor ordenou que não fosse incomodado mas, um homem insisti em falar com o senhor - A mulher disse receosa.   

—Mande-o embora, estou ocupado - Fury respondeu não se dando ao trabalho de levantar os olhos até a mulher.   

—Mas senhor, ele disse ter... Conhecido o Sr. Fisk - A menção do nome fez com que Fury levantasse os olhos, afirmando com a cabeça para que deixasse o homem entrar. A mulher saiu da sala, buscando a visita. 

Fury se levantou, passando a mão sobre o blazer, o abotoando-o. A secretaria retornou,  abrindo a porta, indicando que o homem entrasse. 

Fury observou o indivíduo. Era relativamente jovem, beirava aos 30 anos de idade. Vestia-se impecavelmente, com um terno riscado de giz fino. Tinha os cabelos negros bem penteados para trás e trazia consigo um óculos de grau quadrado, compondo o completo visual do intelectual que parecia ser.   

—Sr. Fury, eu sinto em incomoda-lo nesse horário, mas meu voo chegou a New York mais tarde do que previra. É um prazer, James Wesley - O homem esticou a mão em um ato de cumprimento, sendo imitado por Fury.   

—A que devo a honra da visita, Sr. Wesley? Minha secretária informou-me que lhe disse que conhecia meu irmão...   

—É direto como me disseram que seria, Sr. Fury. Sim, eu conhecia Wilson Fisk. Na verdade, era seu agente pessoal há alguns anos. Cuidava principalmente de suas ações financeiras nas grandes companhias orientais.   

—Agente pessoal? Por que eu ainda não havia ouvido seu nome, Sr. Wesley? Acredito que esteja ciente do falecimento do meu irmão, há mais de 3 meses.   

—Eu imagino sua surpresa, Sr. Fury. Quando o Sr. Fisk faleceu, eu estava no meio de uma translação financeira com um indústria multimilionária da Coréia. Infelizmente, só pude tratar dos trâmites judicias da herança, através de representantes e advogados. Mas acredite, estive a par de tudo desde então - Fury encarou o homem seriamente. Um agente misterioso que surgira do nada. O que esse homem poderia querer?   

—E então? Imagino que gostaria se ser reintegrado aos serviços da companhia, já que trabalhou com Fisk tantos anos, como diz.   

—Oh não, meu objetivo aqui Sr. Fury, é bem mais complexo - o homem levou uma maleta até a mesa do escritório, até então despercebida e a abriu, tirando de lá alguns papéis - Eu não gostaria de ser reintegrado aos serviços da companhia, por que eu nunca sai dela.  

—Eu não me recordo tê-lo contratado em algum momento, Sr. Wesley - Fury deu um risada debochada.   

—A questão aqui é: Eu nunca sai da companhia, por que eu sou perante a lei, o legítimo dono dela - o homem entregou a Fury os papéis que segurava na mão. O mais velho correu os olhos pelas folhas rapidamente, lendo uma série de sentenças contraditórias.  

—O que? E-eu não entendo - Fury disse perdido.   

—É isso mesmo Sr. Fury. Meu nome é James Wesley Fisk. Eu fui casado com seu irmão por oito anos. E portanto, sou o legítimo herdeiro da herança Fisk.

 


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

E aí, o que acharam??? Gente, esse final foi BAPHO! Vcs acharam que eu ia deixar o lance do Fury preconceituoso para lá, na na nina não!
E gente, quero um Wade para mim pq ele é muito fofo ♥♥♥♥

Agora, eu acho interessante vcs saberem a tradução da música que ele cantaram, pq ela não foi escolida a toa. Então, o refrão está aí, linguem os pontos:

"Mas eu estou tão envolvida
(But I'm in so deep)

Você sabe o quanto sou uma tola por você
(You know I'm such a fool for you)

Você me tem atada entre seus dedos
(You got me wrapped around your finger)

Você tem que deixar isso se prolongar?
(Do you have to let it linger?)

Você tem que deixar. Você tem que deixar
(Do you have to, do you have to)

Você tem que deixar isso se prolongar?
(do you have to let it linger?)"

Já sabem, a música vai estar na playlist (Aliás, se vc não a conhece, sugiro que leia a primeira parte de novo escutando a música, vai fazer mais sentido!): https://www.youtube.com/playlist?list=PL5v9ePRHLoV8B6LAOJcsyEowdesy8-YcT

Quarto do Peter e do Matt no Dom Elite: http://pt.homestyler.com/designprofile/ed746c45-f821-4b6f-8184-24eadfd77c4d

Se tem dificuldades para visualizar o projeto: https://plus.google.com/u/4/101155209544608741914/posts/Dnd1tTJW3Tv?pid=6319203805044725058&oid=101155209544608741914


VOTEM NOS COMENTÁRIOS: #TeamThorki, #TeamStucky ou #TeamStony