Void escrita por Lilindy


Capítulo 26
Capítulo 23 - Vésperas de um ano novo feliz


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoas, tudo bem? Mais um capítulo da nossa amada fic! Muito obrigada pelos 23 acompanhamentos e 11 favoritações!! Sem mais enrolação, desejamos uma ótima leitura desse capítulo que será muito importante para o desenrolar dos outros! Nos vemos lá embaixo!



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O carro balançava, sacudia e fazia Zoey chocar o corpo contra a parede do porta-malas involuntariamente. Estava escuro e a boca da garota estava amarrada assim como suas mãos. A agente tenta se soltar, mas o nós era firme e grande, além do fato de ambiente está escuro. A jovem grita algumas vezes, mas sabia que aquilo era inútil. Um último solavanco faz a garota perceber que o carro finalmente havia parado. Ela fica parada, esperando uma chance, quem sabe não poderia correr.

A luz invade o porta-malas, iluminando o rosto da jovem quando o porta-malas é aberto, revelando o perseguidor mascarado.

— Quem é você?

Ele puxa a garota com força, a tirando de onde estava. Agora em pé, Starling pôde ver o ambiente em que se encontrava, constatando que estava longe do centro de Nova York ou talvez distante de Nova York.

Uma mansão se destacava ao fundo do cenário, a floresta ao fundo e uma estrada de terra á frente.

— Que lugar é esse?

Zoey tenta correr para o carro, porém o perseguidor expõe uma faca a ponta para o pescoço da agente, indicando que ela andasse rumo a mansão. Starling demora um pouco para obedecer, fazendo com que ele a empurra-se um pouco para frente. Relutante, ela começa a andar. Agente estava apreensiva, cansada e ferida.

Starling caminha até mansão. O local estava empoeirado no exterior, parecia uma mansão antiga. A porta de entrada estava aberta, revelando uma sala com sofá, um lustre velho e sujo pendurado, madeiras caídas ali, como se estivessem sido jogadas e bastante poeira.

Assim que ela chega á sala, o perseguidor fecha a grande porta provocando um grande barulho que assusta a jovem.

— ME DIGA QUEM DIABOS É VOCÊ? – Grita ela, assustada e irritada. Zoey engole em seco quando a tal pessoa mascarada a encara, aquela máscara só fazia a situação ser ainda mais apavorante e sinistra.

— O que você quer? E por que me trouxe para cá?

O perseguidor apenas tira algo do bolso, logo mostrando para a garota. Era uma foto de Roman, no carro vermelho da garota. Ele sabia de tudo, sabia de todos os momentos.

— Está tentando chamar a atenção dele. – Afirma ela, mas o mascarado nega e aponta para a garota. – A minha? – Zoey nega com a cabeça. – Amostre-se, seu covarde!

A agente tenta atacá-lo. O mascarado segura fortemente o rosto da garota por alguns segundos e em um movimento rápido a coloca sobre seus ombros, andando para as escadas e subindo para o primeiro andar logo depois. Starling bate contra as costas dele repetidamente ate sentir um impacto de seu corpo contra o chão do que parecia um quarto. Ele fecha a porta.

Zoey se levanta com dificuldade, tentando bater na porta. Vendo que aquilo era inútil, ela olha em volta se deparando com a janela. Ela estava fechada, madeiras pregadas contra a janela impediam que a fuga da garota.

A jovem volta seu olhar para o laço em seu braço, começando a tentar se soltar novamente.

— Vamos, vamos. – Um pensamento surge enquanto Starling tentava se libertar.

Ninguém notaria seu sumisse, não hoje. Todos achavam que era seu dia de folga.

— Droga! Merda!

Ninguém sabia que ela estava lá e por mais que doesse relembrar ela tinha que admitir Warner também não saberia. Ele não voltaria, estava sozinha. Não tinha telefone, não tinha celular e nem sabia onde se encontrava.

                                                                                    Noite Passada.

Theo ainda apontava a arma para Roman, que por sua vez revira os olhos e ignora o agente, tentando encontrar alguma pista para achar o local onde Zoey poderia estar.

— Eu disse para colocar as mãos na cabeça! Renda-se! – Diz Raeken com uma voz autoritária e grossa. Warner apenas o encara. – Renda-se Warner!

— Estamos perdendo tempo e sabe disso, agente Raeken. Temos que encontrar a agente Starling.

— E quem garante que não fez isso. Você e sua obsessão doentia por ela. – Roman tentava controlar seu comportamento.

— Não testa minha paciência, agente. – Theo sorri sem humor.

— Então é verdade? Veio aqui apenas para raptar a Zoey? Onde ela está? Responda ou eu juro por Deus que atiro em você.

Warner avança na direção de Theo, tirando, em um movimento rápido, arma das mãos do agente, dando um soco em seu rosto logo em seguida.

— Engraçado... Eu sempre quis fazer isso em você, agente. – Diz ele guardando a arma, colocando Theo contra a parede. – Agora cale a boca uma vez na vida e talvez eu pense em não atirar nesse sue rosto irritante de bom moço.

Theo o encara com fúria, seu nariz estava sangrando.

— Atira logo e faz exatamente o que saber fazer, matar pessoas!

Roman o encara, o ódio pulsando dentro de si. O assassino respira fundo e volta a falar.

— Não fui eu que seqüestrei a Zoey! E acredite ou não, eu não faria mal a ela. Ao contrário de você, que aposto que ninguém sentiria falta!

— Já disse que não acredito em você! – Fala Raeken, ainda o encarando. – Você estava o tempo todo em Nova York, a vigiando, a prejudicando, enganando! Você fez isso!

Warner o impressa com faz força contra a parede enquanto aperta o pescoço do rapaz.

— Você não sabe de nada! Nada do que eu... – Ele para de falar raivosamente, suspirando. Não podia completar a frase: Do que eu e a Zoey tínhamos. — Do que eu estava fazendo em Nova York!

— A perseguindo, estava a perseguindo! – Fala Theo com certa dificuldade devido ao aperto em sua garganta.

Roman solta um grito, libertando o pescoço do rapaz, Theo tenta recuperar o fôlego. O psicopata segura a arma, voltando a falar logo depois.

— Se acredita em mesmo que eu a tocaria para feri-la, realmente você é um tolo! Eu já disse que não sabe de toda a situação, assim como nunca prestou atenção na Zoey!

—Por que fala isso? E por que a chama desse jeito? – Pergunta Raeken, se recompondo. – Acha que por que ela agüentou você na Eichen House pode falar assim?

Roman aponta a arma para ele.

— Se tivesse ao menos acreditado nela saberia que alguém vem a perseguindo. Se a conhecesse de verdade e se parasse cortejar alguém que nunca vai querer você, saberia disso.

Theo raciocina, nervoso com aquilo tudo.

— A perseguindo? Do que você está falando? – Pergunta ele, porém não o deixando responder, pois se pronuncia novamente. – E ela por acaso iria querer você? – Questiona ele, o provocando. – Ah claro! – Fala ele irônico. – Acorda Roman! Você é um louco e obcecado!

Warner ri alto, revirando os olhos logo depois.

— Eu sei o que ela quer, acredite. – Diz ele. -  Lembra-se do Halloween? Do que ela disse para você e a agente Tate?

— Como você sabe de tudo isso? Você estava na cidade...

— Cala a boca e preste atenção Raeken! – Roman o interrompe. – Você lembra ou não?

Theo suspira, pensando um pouco.

— Sim. Ninguém acreditou, era loucura demais.

— Mas era a verdade! Aliás, é a verdade! A pessoa que a levou é a mesma da festa e precisa acreditar nisso ou nunca mais vamos vê-la.

— E por que eu acreditaria em você? Por que eu confiaria em você? – Questiona o agente. – Por que eu não devo pegar o celular e ligar para dizer onde você está? Posso mandar várias viaturas para cá e ir atrás da Zoey sozinho.

— Por que é inútil e por que... - Warner pensa um pouco, mordendo o lábio. – Assim que encontrarmos a Zoey, eu me rendo e você pode me prender.

— Não confio em suas palavras. Iria simplesmente aceitar ser levado de volta para Eichen? Porque?

—Por que é a Zoey. – Responde ele. – Não é apenas você que se arriscaria por ela e acho que essa é a única coisa que temos em comum.

Theo cala-se, pensando um pouco. Ainda receoso, ele encara o assassino.

— Vai mesmo para a Eichen? Sabe onde podemos achar a Zoey?

Warner dá um longo suspiro.

— Eu já disse que sim e não, não sei ainda.

Roman afasta-se dele, começando a vasculhar a casa.

— O que está fazendo? Está... EI! – Theo grita, esperando a atenção dele.

— Esse perseguidor adora deixar pistas, adora jogar. – Fala Roman. – Sugiro que procure também ou nosso convívio será muito maior do que nós dois gostaríamos que fosse.

Warner sobe as escadas e Raeken o acompanha, pondo-se em sua frente antes que ele entrasse no local que pretendia.

— O que foi agora? – Roman já estava ficando impaciente.

— Eu entro. – Diz o jovem Raeken, uma expressão de cautela e preocupação. – Não acho que...

— Que seja certo eu entrar no quarto dela? – Warner sorri. – Pare de ser tolo. – Diz ele, a voz transmitindo seriedade. Ele entra no cômodo, ligando a luz e começando a vasculhar a cama e logo depois as gavetas.

Theo abre o armário, uma caixinha de música estava bem ali na sua frente, a caixinha de Misha. Porém, Raeken não dá atenção ao objeto já que o rapaz não sabia da história que envolvia tal caixa.

Em meio a procura, Roman acha o desenho que ele tinha feita para Starling, estava escondido na gaveta de peças íntimas. Em um gesto rápido, ele esconde o desenho em outro lugar. Theo não precisava saber sobre os sentimentos de Zoey, ninguém precisava.

— Não parece certo bisbilhotar as coisas dela e não parece certo você está procurando algo nesta gaveta! – Theo referia-se a gaveta que guardava as peças íntimas.

O psicopata fecha a gaveta com força, encarando o bom moço.

— Jura? Esse ato deve ser muito chocante para você. – Fala ele. – Aposto que sua imaginação já deve ter voado longe apenas por ver o conteúdo dessa gaveta. Admito que dou graças aos céus, se é que existe algo desse tipo, por isso permanecer apenas nessa sua cabeça “puritana”. – Comenta ele, ironizando a última palavra.

— Escuta aqui seu... – Theo estava pronto para se defender quando Roman, em uma olhada para a cômoda, vê uma foto de uma velha mansão.

O assassino anda até ela, pegando a foto para encará-la por um minuto.

— Conhece essa mansão? Sabe onde fica?

— Sim. – Ele vira a foto, algo estava escrito.

Venha sozinho.

— Droga. – Warner guarda a foto no bolso de seu casaco.

— O quê? O que você viu atrás da foto? Algo importante?

Roman ignora as perguntas de Raeken, saindo do quarto e descendo as escadas.

— Roman! – Theo o segue, o alcançando apenas para colocá-lo contra a parede. – O acordo foi nós dois irmos atrás da Zoey e desse perseguidor. - O agente o encarava. - Diga-me o que você sabe!

Warner tira as mãos do agente do FBI de cima dos seus ombros antes de começar a falar.

— Eu sei exatamente a localização da mansão. – Fala ele mantendo o tom sério. – Eu posso dirigir até lá.

Vendo o não estampado no rosto dele, Roman continua.

— Prefere ir às cegas dirigindo sozinho ou comigo no volante? Você pode ganhar a fama de herói.

Warner já estava perdendo a paciência com Theo Raeken, ele precisava desesperadamente de uma forma de se livrar dele.

A agente encara o assassino, pensando um pouco.

— A arma. Me dê a arma e em troca eu dou as chaves do carro.

Um pouco hesitante, ele entrega a arma Raeken.

— Ótimo. – Theo se afasta. – Agora por que não me diz onde fica essa mansão? – Pergunta ele, dando as chaves do veículo.

— Fica fora de Nova York. Ou melhor, fica fora do centro.

Os dois caminham para fora da casa, em direção ao carro do agente.

Roman dá um suspiro, entrando no veículo para se sentar no banco do motorista. Theo faz o mesmo, fechando a porta do lado do banco do passageiro. A arma em sua mão.

— Se fizer algo, atiro em você e com certeza não terá tempo para chegar com vida na Eichen House.

— Já falamos sobre confiar. Digamos que não confie em mim, não confie. Mas se confia na Zoey, é nisso que precisa focar. – Diz Roman, dando partida e seguindo caminho pela rua escura.

Mesmo que seu estando em alerta, Theo decide permanecer calado. Existiam certas coisas que ele não estava compreendendo, mas ele releva, deixando Warner conduzir o veículo.

                                                                                            Manhã.

 

A agente do FBI abre os olhos, percebendo que havia cometido o erro de ter dormido. Ele rapidamente endireita-se, verificando se ainda estava com a arma. A mesma permanecia no mesmo lugar e o veículo ainda estava em movimento. Raeken olha para Roman que parecia concentrado na estrada.

— Você não dorme?

— Uma ou duas, talvez três horas no máximo. – Responde ele, sem uito humor e paciência.

— Você é ainda mais estranho do que as gravações mostram.

— Já ouvi coisas piores ao meu respeito. – Fala Warner, indiferente.

— Eu sempre me perguntei o motivo para Zoey ter conseguido uma conversa civilizada com você ou até ter conseguido ser sua amiga, eu diria.

Warner sorri.

Amiga.— O assassino destaca aquela palavra. – Por que pensa sobre isso? É tão estranho assim?

— Muito. – Responde Raeken. – Ninguém suporta você a não ser ela. E aqui está você, indo me ajudar a salva-la. Como isso é possível? – Theo vira o rosto para o olhar. – Quero dizer, você é um psicopata. – Declara ele como se fosse algo novo. - E claramente você conhece o lugar para onde estamos indo. Na verdade, tudo esta relacionando a você. Todos os problemas que Zoey está passando estão relacionados a você. Está se sentindo mal por ter a metido nisso tudo? É isso?

Roman repete o gesto de Raeken, virando o rosto para o encara. O olhar sério, o analisando.

— Eu passei cinco horas com Theo Raeken dentro de um carro. – Ele para por um minuto. – Acho que está indo para esse lugar envolva mais do que culpa. Ou você acha que eu estou adorando sua companhia?

Warner volta a encarar a estrada cercada por florestas.

— Não é culpa. Não do tipo que está pensando. É algo... Algo novo que surgiu dentro de mim e sim, talvez ela seja minha única amiga. — “Namorada ou ex-namorada”, pensa ele, um pouco confuso. – É por isso que estou indo até lá. Isso é estranho para você? Ótimo, que seja. Mas o que sinto e como a vejo são coisas que você e nem ninguém pode entender. E eu não ligo para os demais. O que importa é o que ela entende e é por isso que estou indo salvá-la.

Theo assente em silêncio, pensativo. Porém, mesmo que receoso em perguntar e evidentemente com medo de algum tipo de surto ou ataque vindo da parte dele, Raeken arrisca.

— Então acha que ela não o vê como um psicopata?

— Eu não sei como ela me vê, não totalmente. Mas acho que Starling consegue enxergar algo que valha a pena em todos, até mesmo em você.

Roman dá um sorriso sarcástico.

— Você tinha que soltar algo contra mim. Pare com as piadas, Warner.

— Não foi uma. Na verdade, eu não ligo para você. Eu só quero que tudo isso acabe logo. – Fala ele, referindo-se ao “passeio” de carro.

— Nós dois queremos. Mas para isso acontecer, você precisa ir mais rápido.

Roman solta um suspiro de descontentamento, mas logo faz o que ele sugere. Momentos depois, ele repara na quantidade de combustível.

— Precisamos parar em algum posto. – Theo encara a estrada quase vazia. Ela não sabia onde estava direito.

— Que ótimo. – Ironiza o agente.

— Vamos procurar um. – Diz Warner.

                                               ***

Zoey ainda estava no quarto. Finalmente tinha conseguido tirar o laço de seus pulsos. Fazia horas que estava naquele cômodo sem indício algum de que alguém ainda permanecia dentro da casa fora ela. Seu estômago doía e estava com sede. A garota tentou outra vez abrir a porta, sem sucesso.

— Merda! – Se jogando no chão, começando a ficar desesperada.

                                           ***

O posto estava deserto. Raramente as pessoas apareciam para encher seus carros ali e irem embora. E lá estavam Theo e Roman, abastecendo o veículo. Raeken apontava a arma para o assassino discretamente enquanto Warner enchia o tanque.

— Isso é desnecessário agente. – Diz ele terminando de fazer o que tinha de ser feito, dirigindo o olhar para o céu. – O dia está passando rápido.

— Acha que a Zoey ainda está bem?

— Ela é teimosa, consegue se manter de pé ainda que digam o contrário.

— Fala como se a conhecesse bem, bem até demais. - Observa Theo, rindo rapidamente com sua própria declaração. – Deduziu tudo isso sobre ela apenas com aquelas conversas na Eichen?

— Theo... – Roman abaixa o olhar, o encarando. – O que eu deduzi sobre a Agente Starling rapidamente eu desconstruí. Sabe por quê?  - Ele volta seus pensamentos para ela. Relembra de todos os momentos em que ela o havia surpreendido. – Por que ela me surpreendeu nunca sendo previsível, nunca. Ao contrário de você, Raeken.

A expressão de Theo modifica-se ao perceber que Warner estava prestes a atacá-lo. Roman acaba chutando sua barriga, fazendo o agente se encurvar. Com uma cotovelada, Warner bate em seu rosto. Ele pega a arma das mãos de Raeken e dá um soco na face do rapaz, o fazendo cair no chão inconsciente.

— É até aqui que deve saber sobre mim e a Zoey.

Roman entra no carro e segue caminho em alta velocidade.

                                      ***

Starling suspira, respirando fundo para se concentrar melhor. A garota começa a observar o quarto verificando a existência de uma cômoda ao fundo. Ela levanta-se a rapidamente anda em direção ao móvel, o abrindo logo depois. Analisando os objetos que ali estavam guardados. Entre pentes de cabelo e outras coisas, a jovem encontra algo que poderia usar para tentar abrir a porta.

— Graças a Deus. – Starling encarava um grampo de cabelo em suas mãos. A garota estica o grampo, desdobrando o ferro. Zoey quase tropeça ao voltar para a porta, colocando o grampo dentro da fechadura. – Abre. Abre. – Mais algumas tentativas. – Vamos, vamos.

Outras tentativas foram necessárias para a garota conseguir abrir a porta e sair do quarto.

Ela guarda o grampo no bolso de sua calça e com cautela a jovem começar a caminhar pelo corredor que antecedia as escadas que davam paa o andar de baixo.

Enquanto andava com passos leves e silenciosos pelo corredor, Starling pôde perceber os tipos de quadros pendurados nas paredes e o toque clássico presente em alguns detalhes da mansão. Tudo parecia um pouco familiar para ela, como se o estilo que compunha aquele lugar fosse algo que ela já tivesse visto recentemente em outro local.

Prosseguindo caminho e averiguando os outros quartos da casa em uma tentativa de encontrar algo, Zoey acaba encontrando uma sala, ou melhor, dizendo, um escritório. Ela anda até a mesa cheia de papéis velhos procurando algum peso ou algo do tipo. Em meio a sua procura, tossindo devido a grande quantidade de poeira, a garota nota a presença de um brasão entalhada na madeira bem no meio da mesa. O brasão da letra W.

Starling resolve continuar sua procura após passar um tempo olhando para aquele brasão. Olhando para á esquerda a jovem acaba encarando um piano. Um piano sujo e mal cuidado, fazendo aquela sensação de que tudo aquilo era familiar volta á sua mente.

A agente para sua inspeção quando escuta um barulho vindo lá de baixo. Ela engole em seco, pegando o abajur que estava sobre a mesa, o segurando firmemente com as duas mãos, se preparando para usá-lo contra a pessoa que a estava mantendo em cativeiro e a perseguindo há meses.

                                        ***

Theo acorda. Tossindo forte e sentindo sua cabeça latejar devido às pancadas que havia levado. Como poderia ser tão estúpido a ponto de permitir que aquilo acontecesse, deixando o destino de Starling nas mãos de um psicopata? Ele levanta-se do chão, pegando seu celular e discando o número de Malia.

— Atende Malia, atende. – Ele precisava urgentemente de viaturas ali.

Alô?— A voz da garota era de impaciência, como usualmente.

Malia? Consegue me ouvir?

Claro. O que houve? O que aconteceu com você? Estou te esperando há horas aqui no departamento...

Zoey foi sequestrada. Roman Warner ainda está em Nova York e preciso que envie uma equipe.

Quê? Roman Warner? Starling? Do que diabos você esta falando Theo? E onde você está?— O tom de voz dela tinha tornado-se urgente, curioso e preocupado ao mesmo tempo.

Foi o que você ouviu Malia, preciso das viaturas. Precisamos prender Warner e mais outra pessoa.— Theo dá uma olhada ao redor. – O pior é que não faço ideia de onde estou. Preciso que me localize. Se quiser até contate Jack Craford.

Craford? Merda.— Resmunga ela. – Vou usar o GPS do seu celular, só o ative.

— Ótimo. Os detalhes sobre tudo eu conto assim que eu chegar. Só por favor, Malia, mande reforços com urgência.

Ela assente. Pela voz de Theo a agente compreende que de alguma forma as coisas escaparam de seu controle.

— Fique atento. Eu estou contatando o chefe e os reforços o mais rápido possível.— Diz ela já de frente para o computador. – Estou procurando sua localização agora. Só não faça mais nenhuma loucura.  – Diz ela, desligando o celular.

                                           ***

O som de passos fica torna-se audível. A garota esconde-se atrás da porta enquanto o som de botas se chocando contra o chão se aproximava. Ele estava subindo as escadas e indo em direção ao corredor.

Assim que ele passa pela sala, Starling corre apressadamente para o outro lado. O barulho de portas sendo abertas de forma rude e impaciente eram bastante claro. Porém, dentro de um rápido estante Zoey percebe que o barulho cessa de forma repentina. Essa era a chance de descer as escadas.

Olhando para trás, ela vê o perseguidor de costas ainda procurando pelos quartos. A tal pessoa estava sem máscara e agora a garota sabia que se tratava de um homem. Zoey anda apressadamente para as escadas. Quando estava quase chegando ao seu destino, a garota escuta uma voz.

— Tentando fugir de mim? – A voz soava calma e de certa forma era familiar para a jovem. Tão familiar que a faz tremer e parar o que estaca fazendo. Ela deixa o abajur cair no chão, virando o corpo lentamente para trás, não acreditando no que estava acontecendo. Assim que fica completamente de frente para o homem, Starling respira fundo, se segurando para não cair no chão.

— Pai?

As lágrimas encheram os olhos da menina, a fazendo engolir em seco.

— O quê? Mas... Era você? Esse tempo todo era você? Mas... Por quê?

— Sim, era eu filha. – Fala ele. – Mas olhe para você... Agente do FBI...Uau! – Ele tira as luvas de suas mãos.

Os cabelos curtos castanhos um pouco mais claros do que da filha, a expressão séria e os olhos azuis que a encaravam formavam o rosto do homem.

— Está parecida com sua mãe. Especialmente seus olhos.

— Não ouse falar da mamãe. – Diz ela, revivendo os pesadelos da infância, as imagens vindas á tona em sua mente.

— Se procurar entender verá que estou disposto a ser alguém melhor, filha.

— Não me chame assim! – Ele suspira, caminhando para mais próximo a ela.

— Zoey, o que deu na sua cabeça para se envolver com Roman Warner? – Ela o encara, surpresa por ele falar aquilo. - Sim, Zoey. Esse é a razão, o porquê de estarmos aqui afinal de contas.

— Do que está falando?

— Eu tenho as fotos. Tenho observado você jogando toda a sua vida no lixo por ele, logo por ele! – Ele aproxima-se mais. – Assim que decidir ir atrás de você... Eu não poderia deixar isso passar. – O pai de Zoey estava bem mais próximo dela. – Minha filha com um... INSANO! – Ele grita próximo ao rosto da garota, a fazendo tremer como sempre tremia na frente dele. O medo infantil estava surgindo novamente.

                                               ***

Roman tinha parado o carro de frente a mansão. Ela pega a arma e olha para frente, visualizando o por do sol e ao lado a velha imagem da mansão que ele tanto conhecia.

Apressadamente Warner sai do carro, fechando a porta do veículo com força e caminhando para a entrada da casa, a arma apontada para frente enquanto ele vasculhava cada canto da mansão.

— ZOEY! – Grita ele. – ZOEY! – Roman para no centro da grande casa. Por cima de sua cabeça, encontrava-se um grande e belo lustre dourado desgastado pelo tempo, ali era a sala de recepção.

— Roman?

Zoey é puxada pelo braço com força pelo seu pai. Roman vira-se na direção da voz da jovem, encarando furiosamente o homem que segurava Starling.

— Então, o que achou da velha mansão? Uma boa escolha? – Pronuncia-se o homem mais velho. – Sabia que viria e que viria sozinho. Afinal, ninguém poderia saber sobre o caso de amor.

A garota encara o pai e depois Roman, racionando. O brasão com a letra W.

— Roman essa é...

— Sim Zoey, essa é uma das propriedades da minha família. – Diz ele, voltando-se para o pai dela. – Solte a Zoey agora ou eu mato você! – O tom de voz aumentando. - ASSIM COMO EU DEVERIA TER FEITO ANOS ATRÁS! – Ele finalmente grita.

O homem encara o rapaz, apontando a sua arma para a cabeça da própria filha. Zoey ainda matinha olhar entre os dois, ainda não compreendia o fato dos dois demonstrarem se conhecerem.

— Larga a Zoey, Peter Hale!

Como Roman sabia o nome de solteiro do seu pai?

— Como sabe o nome dele Roman? Como?

Warner olha para ela por um tempo antes de declarar.

— Por que esse Zoey, é o homem que matou a minha família.


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Notas finais do capítulo

O que acharam da revelação no final da capítulo? Já esperavam por isso? Ou foi uma surpresa? Digam nos cometários, queremos saber.
Não preciso dizer que qualquer erro ortográfico ou de qualquer outro tipo pode nos informar! Bjus e até próximo capítulo pessoas! Lili ♥



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