Coffee Breaks escrita por Kira Queens


Capítulo 20
Let's Call It Love


Notas iniciais do capítulo

Oie!
Bom, eu fiz um último capítulo meio correndo aqui porque essa fanfic definitivamente não é uma coisa que eu quero carregar comigo pra 2018. Nem me sinto culpada porque não restou muita gente pra se decepcionar mesmo hehe
Mas lá embaixo eu explico melhor isso, gente. Vou deixar vocês lerem.



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Anotei as últimas palavras ditas pelo professor no meu caderno e, enfim, a aula terminou. Guardei meu caderno na bolsa e levantei, aliviada. Por mais que eu estivesse adorando a nova e universitária etapa da minha vida, eu estava exausta.

— Annie — virei-me quando ouvi meu nome ser chamado — É Annie, né? — era um rapaz que sentava umas duas fileiras atrás de mim. Nós nunca havíamos conversado.

— Isso — confirmei, sorrindo. Ele sorriu de volta. Ele tinha os cabelos pretos e os olhos amendoados.

— Wes — ele estendeu a mão e eu apertei — Vai ter uma festa hoje à noite na fraternidade, se você quiser ir.

— Claro, obrigada por me avisar — ele assentiu e nós nos despedimos. Verifiquei a hora no celular e então fui direto para casa.

Eu sentia que finalmente minha vida estava nos devidos eixos. Finalmente eu estava fazendo o que eu de fato vim fazer. Meu pai entrava em contato comigo com relativa frequência agora e minha mãe estava bastante orgulhosa de mim. As aulas haviam começado há poucas semanas e tudo estava parecendo perfeitamente normal para mim. Claro que tinha algo faltando – alguém. Mas eu havia decidido que não podia deixar a ausência de Finnick me impedir de viver da melhor maneira possível.

A essa altura, eu não tinha mais certeza se um dia ele iria retornar. Às vezes eu até mesmo sentia vontade de ficar com outras pessoas, mas sempre que eu pensava isso a culpa me sufocava. Nós nunca tivemos fim. Ele fora embora com a promessa de que um dia voltaria, então nós nunca havíamos efetivamente terminado a nossa relação. Ficar com outra pessoa seria como trair a confiança dele, que foi embora por um motivo importante e que esperava que eu entendesse isso. E eu entendia, mas a questão é que ele não estava aqui. Seria essa, então, a minha vida? Esperar para sempre por alguém de quem eu não tive mais notícias desde uma carta no natal?

Aquele era apenas mais um dia normal, com as minhas dúvidas e os convites de festas que eu talvez comparecesse ou talvez não e os trabalhos da faculdade para serem feitos, até o momento em que eu abri a porta do meu apartamento. Mia estava me aguardando e me recebeu com miados e carinhos, como de costume. Percebi que havia um jornal jogado no chão, como se tivesse sido passado por baixo da porta. Franzi a testa e peguei o papel, fechando a porta atrás de mim.

“Dono de escritório de advocacia milionário é preso acusado de cumplicidade em esquema local de corrupção e de agressão física à esposa”, era o que estava escrito em letras grandes na primeira página. Li confusa até constatar que se tratava de Derek Odair. Ergui a cabeça rapidamente em expectativa e senti minhas pernas fraquejarem ao encontrar um par de olhos cor do mar tão conhecidos e amados por mim me fitando de volta.

— Você precisa mesmo começar a trancar essa porta — disse Finnick, com um sorriso divertido no rosto.

Eu balancei a cabeça, incrédula e boquiaberta. Deixei o jornal cair ao chão e tentei processar aquilo.

— Você voltou — sussurrei, com medo de que falar mais alto fosse fazê-lo desaparecer — Você voltou de verdade.

— Voltei — ele deu um passo na minha direção e não foi preciso mais nada. Corri até ele e joguei os braços ao seu redor. Finnick me ergueu do chão, envolvendo-me em um abraço apertado e desesperado. Um abraço de quem passou tempo demais sentindo saudade demais.

Encaixei o rosto na curva entre seu pescoço e ombro e senti seu cheiro, que me levou de volta à casa de praia antes de tudo dar errado. Afastei meu rosto para poder beijá-lo. Seus lábios ainda tinham o mesmo gosto e ainda me beijavam com a mesma gentileza e paixão.

— Eu senti tanto a sua falta — disse — Fiquei com medo de que você nunca fosse voltar.

— Não se passou nenhum dia sem que eu pensasse em você, Annie — ele respondeu, acariciando meu cabelo — Todos os dias eu questionava se eu havia feito a melhor decisão, se não teria algum problema eu voltar só pra te ver... Mas agora está tudo bem. A gente não precisa ficar longe mais.

Então ele me contou todo o processo em que esteve envolvido nos últimos meses. Finnick e sua mãe passaram os dias na casa de uma prima distante que seu pai não conhecia. Enquanto isso, eles entraram em contato com um tio que fora sócio do seu pai – ele possuía os documentos que podiam comprovar o esquema de corrupção em que Derek estava envolvido. Eles reuniram todos os comprovantes que tinham e então abriram o processo, revelando também a agressão contra a esposa, que entrou com o pedido de divórcio. Ele fora preso e estava agora aguardando o julgamento. Uma ordem de restrição impedia que ele se aproximasse de Meredith. Durante esse tempo, ele tentou procurá-los, tendo medo de que a esposa fosse denunciá-lo. Mas ele nunca os encontrou e nunca teria imaginado que ela conhecia mais sobre as atividades do escritório do que ele pensava.

Contei a ele sobre o meu pai. Contei sobre a faculdade. Contei sobre o livro em andamento e que agora poderia ser, finalmente, concluído. Um dos contos seria sobre a mãe dele e a força necessária para abandonar quem nos faz mal. Outro, seria sobre meus pais e como, às vezes, nós encontramos alguém com quem vivenciamos algo especial e que nos gera um sentimento que nunca morrerá, mas, mesmo assim, nem sempre essa pessoa é com quem iremos passar a vida inteira. O terceiro conto é sobre Madge e Marvel e a busca pela felicidade, quando, na verdade, a felicidade estava ali o tempo todo, era preciso apenas a coragem para aceitá-la. Havia um conto sobre Katniss e Peeta e como não se pode permitir que os fantasmas do passado nos impeça de seguir em frente.

No entanto, eu havia feito um último conto que agora poderia ter seu final, assim como o primeiro. Esse último era sobre Finnick e eu, sobre como o amor pode vencer se houver coragem para enfrentar os obstáculos.

~*~

Finnick estava adormecido na cama de casal, na casa em que ele e Annie agora dividiam. Annie despertara de madrugada e não conseguira mais dormir, então ligou o notebook e sentou-se de frente à janela aberta. A lua e as estrelas brilhavam numa noite sem nuvens.

Annie parou para pensar em como tudo estava, enfim, dando certo em sua vida. No campo acadêmico, social, familiar e amoroso tudo estava em paz e harmonia, pela primeira vez. Ela mal conseguia esperar para resolver os detalhes do casamento e escolher seu vestido. Eles concordaram em fazer uma cerimônia em ar livre na praia e viajar por toda a Europa na lua de mel. De fato, depois do dia em que Finnick retornara, eles nunca mais se separaram.

Agora, Annie colocava o último ponto final em seu livro que, escrito quase por completo durante o seu antigo e amado trabalho na cafeteria, ela decidira intitular “Pausa para o café”.


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Notas finais do capítulo

Gente, desculpa de verdade, eu queria que esse capítulo e essa fic inteira tivesse ficado bem melhor do que ficou. Eu confesso, eu me perdi. Eu não tinha mais ânimo pra escrever essa fic e terminei só por vontade de terminar logo, e não por vontade de escrever mesmo. Eu fico até com vergonha do tanto que eu demorei pra postar os capítulos e do tanto que eu me perdi, mas é que eu me envolvi com outras coisas. O ensino médio exigiu muito de mim e agora eu formei e não sei como vai ser minha vida ano que vem, enfim, eu sei que não justifica, eu queria ter escrito uma fic melhor, mas eu não tenho nada a dizer além de que eu me perdi. E eu quero muito marcar como concluída e tirar essa responsabilidade de mim.
De qualquer modo, se você leu até aqui espero que você tenha gostado pelo menos um pouco. Novamente peço desculpas por qualquer coisa e ressalto que vocês podem falar comigo sobre qualquer coisa.
Beijos!



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