Castelo das Lady's Pierce escrita por Lucy


Capítulo 10
Capítulo 9 - Desordem no Castelo


Notas iniciais do capítulo

Olá galerinha!
Tenho que pedir desculpas pela minha falta de cumprimento, mas fiquei doente nessa semana e não deu para fazer o prometido post na quarta. Eu sei que estou em divida com vocês, mas prometo que além de hoje quarta sai outro, sim?
boa leitura



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Estava tudo pronto para o noivado de Katherine, quando Elena saiu de seu aposento dirigindo-se para o salão onde o pai sentado em sua poltrona bebercava um calice com vinho tinto.

Um tempo depois, as grandes portas se abriram e de lá entrou uma familia, ao qual despertou uma má sensação a Lady Elena. Sensação essa que se tornava tão telepática quanto a de Katherine.

— Lorde Pierce! - falou o homem de aspecto velho e cansado pelo tempo, mas estranhamente com uma pele tão translucida e assustadora.

— Lorde Lockwood.! - comprimentou o pai da menina que não tirava as mãos da poltrona preocupada. - Sejam bem vindos ao meu castelo que em breve será vosso também.

O olhar de Elena oscilava entre o homem que conversava com o pai, e o moço que de cara baixa não encarava ninguém escondido por de trás de sua mãe.

— Muito obrigado pela hospitalidade! - sorriu ele cercando o olhar em Elena em seguida, ao qual desviou o olhar por não sentir-se desconfortável. - Essa é a senhorita prometida? - perguntou ele aproximando agora dela.

— Não, essa é Elena, minha filha mais nova! - respondeu o Lorde. - Katherine será a moça que fará o seu filho um homem honrado. - ele deitou os olhos às serviçais. - Falando nisso, ela está um tanto atrasada, não acham? - todos se entre olharam.

— Deixai! - tranquilizou Lorde Lockwood. - Todas as mulheres gostam de produzir-se ao máximo para agradar seus maridos, aposto que sua filha estará a preparar tudo para agradar seu noivo. - ele apontou para o rapaz que deu um passo a frente, não levantando o olhar e assim soltar-se da sombra da mãe que balançava suas mãos como quem o empurra.

Era da vista de alguns que tanto ele quanto o pai tinham um certo desentedimento perante a situação. Talvez o rapaz estivesse a ser obrigado a noivar, sem vontade própria, o que em determinados lugares e castelos era tão comum.

Contudo, não era discutivel esse ponto de vista, pois nem todos os viam da mesma forma.

— Lamento, mas ela está atrasar muito! - falou começando a ficar sem paciencia Lorde Pierce que fuzilava com o olhar os seus serviçais. - Por favor tragam minha filha, ela está mais que na hora de sair de lá.

Os serviçais sairam em busca da donzela que no entanto já havia partido sua graça provocando um grande rebolião.

***

Ao voltar para casa depois daquela visita, Damon continuava insatisfeito, com aquela sensação de que havia algo mais para falar que não havia acontecido. Na sua mente, aquela doce mulher era tão mais encantadora que naquela noite do baile, como se a cada dia ficasse tão mais bela do que era possivel imaginar.

Por outro lado, era sabido que ele não imaginava o que ela era, e mesmo a distancia do perigo, ele não temia por continuar a trepar o inatengivel.

Sentou na poltrona da sala, pegando um livro pelo qual Stefan todos os dias escrevia sem parar. Para ele era uma graça ler as palavras escritas pelo irmão, descrevendo seus dias assim com alguma compaixão, que na verdade não passavam de palavras de um mero escritor romantico e apaixonado pela mulher que nem o olhava para esse efeito.

Claro está, que amor era um sentimento que nem todos tinham o luxo de corresponder, sentir naquele torbilhão de sensações boas, claro! Mas ele existia, em pequenas doses, mas existia.

— Posso saber que o fazes com o meu diário em tuas mãos? - perguntou o mais novo dos Salvatore entrando na sala.

— Escrever, não de certeza, meu caro irmão! - respondeu este com algum sarcasmo contido na voz. - Creio que precisas com alguma urgencia de mudar parte das tuas narrativas, estás a ficar muito dramático e depois com tanto drama, quem irá querer ficar contigo?

O rapaz revirou os olhos face a pergunta retórica e sem sentido do mais velho, ao qual sem demoras retirou o diário de ambas as mãos o arrecadando na estante antiga de magno.

— Onde estiveste? - questionou agora Stefan voltando a sua atenção à lareira, onde pequenos respingos saltitavam ao estalar a madeira ardente.

— Não é da tua conta, pois não falas onde passas teus dias! - uma vez mais aquele sarcasmo se fez sentir. - Ainda mais quando sou o irmão mais velho da familia! Certamente que a nossa mãe antes de partir para o outro mundo, e que deus a tenha... ensinou a que os mais velhos nada deviam em explicações aos mais novos! - sorriu por fim ao seu discurso direto.

— Agradecia que não levasses o nome de nossa mãe em vão! - afirmou o rapaz sentando, mas ainda assim não tirar os olhos da lareira.

Dois toques se ouviram na madeira da porta da biblioteca.

— Pois, não? - falou Damon olhando a porta se abrir e encontrar a serviçal.

— Peço desculpa pela interropção, mas o jantar já se encontra pronto, posso servir? - ambos se olharam e apenas um deles acenou que sim com a cabeça, o que fez a pobre mulher fechasse a porta em pouco tempo como se temesse algum erro a ser apontado no momento.

Na verdade os serviçais da mansão Salvatore não temiam por Stefan, muito pelo contrário, eles o idolatravam tanto mais que o possivel, embora temessem mesmo por Damon, que não olhavam para eles mais do que simples empregados, e que na primeira oportunidade rebaixava-os além de cães de rua.
Nessa medida era bem fácil de destingir qualidades e defeitos de ambos, nada tinham haver um com o outro. Podiam até partilhar o mesmo tempo em outras de bebericar uma taça de vinho, ou de completar noites ao quente da lareira na biblioteca, mas nada pensavam igual.

Damon era frio como gelo, talvez até demais para uma pessoa que por vezes parecia tão mais doce quando queria, e Stefan, bom ele era completamente o oposto, tão delicado que chegava a dar dó quando sofria por amor a Katherine. Que por este pensar era loucamente apaixonada por Elijah.

(...)

Uma vez sentando na mesa grande da sala de jantar, a serviçal começou a servir o jantar, onde a conversa entre os dois eram praticamente silenciosa por não existir. O unico som emitido naquele lugar, era simplesmente dos talheres a tilitar na porcelana dos pratos.

Ainda assim um deles decidiu quebrar o silencio que começava a ser impossivel de aguentar.

— Iremos ter um jantar de mudos? - perguntou Stefan que levantava a taça bebendo o vinho.

O outro não teceu resposta sequer a pergunta do irmão, simplesmente levantou da mesa assim que seu jantar terminou, e seguiu para o alpendre pegando num cachimbo fumando.

Em outros tempos era impensável vê-lo a fumar, mas desde uma estranha altura que isso havia mudado e o mais novo dos Salvatores não sabia.

Embora a conversa fosse ausente, Stefan levantou da mesa acenando a serviçal para arrumar e depois quando possivel se recolher, pois não iria ser mais precisa. Dai, ele caminhou para a biblioteca de volta, puxando da estante seu fiel amigo, onde na companhia da lareira e sentado na poltrona palavras sairam numa escrita fluida.

***

Mas se para uns a noite que por ai passava era calma e fria, para outros como Katherine era inteira fuga da maldita condição de um noivar.

Ela estava bem longe do castelo, já. E a sua ideia agora era talvez recorrer a Elijah, e quem sabe, com sua generosa bondade lhe estender a mão, porém, ela não sabia como ele podia sequer reagir ao saber que ela estava sequer prometida a outro alguém, embora soubesse que ela o amava. Ainda assim era uma incógnita para a donzela.

Quando a carroagem parou por fim de um trilho longo, Katherine teve o atrevimento de olhar para fora, e ver na noite fria o quanto ela podia ser tão mais bela na companhia de alguém que a pudesse deixar quente.

Seus pensamentos pouco dotados de pureza, corriam até ao jovem original, que era completamente o oposto do que se diz ser um homem quente, embora ela não soubesse desse detalhe que talvez um dia, num compasso de magia, ela viesse a descobrir, até lá tudo seria apenas imaginação.

— Lady Pierce! - falou o senhor que acompanhava na cavalgada dos cavalos que puxavam a carroagem.

— Diga! - ela levou a cabeça na direção do homem.

— Está a ficar demasiado tarde para continuar a trilha, os cavalos estão a ressentir o cansaço. Talvez seja melhor prenoitar por aqui. - deu a saber o velho homem.

— Tudo bem, iremos ficar por aqui.

Katherine ao perceber que o circuito da fuga estaria pelo momento interrompido, aproveitou para sair para fora, e olhar de frente a vegetação que por ali cobria.

O seu encanto ao olhar a noite refletidas nas petalas das flores brancas a fez sorrir, e imaginar que aquilo podia ser bem um sonho, um sonho bom que não ia esquecer nunca.

Porém na sombra da noite, criaturas estranhas prenoitavam por entre as arvores, o que na medida do possivel podiam ser um correspondente de perigo para ela, embora esta o desconhece-se, por ter uma ingenuidade a esse tipo de natureza sobre-humana.

***

Ao se descobrir que a noiva prometida não ia sequer aparecer pelo simpels facto de que havia entrado em fuga, Lorde Pierce entrou em panico, por falta de cumprimento seu ao dar a mão de sua filha ao jovem que um dia seria marido de Katherine. Elena que a tudo assistia calada, temia o pior, e rezava a todos os santos e até aqueles que mesmo desconhecia para manterem a irmã a salvo, ou então iria ser bem tragico o final dela.

Contudo, Lorde Lockood não gostou nem um pouco do facto de ser chamado a um evento que nem sequer ia acontecer, na sua ideia era tudo uma falta de requinte por parte de alguém que em pouco mais um tempo ia ruir. É claro que o casamento ocasional era um acto de desafogo para a familia que continuamente se afundava quem nem um titanic.

Por outro lado, Taylor, estava feliz por ver que sua prometida noiva havia feito o que ele nem coragem tinha para fazer, ainda assim conteve o seu sorriso quando seu pai mostrou cara de poucos amigos e provocou uma valente discussão em pleno salão.

— Espero mesmo que tenha uma bela justificação para o que acaba de acontecer Lorde Pierce! .- falou zangado Lorde Lockood limpando os suores da sua testa com um lenço de mão.

O pai de Elena ao temer o pior da conversa, ordenou para que sua filha fosse levada para dentro, não ter o direito de ouvir tais palavras de um desconhecido. Sendo assim a ama Caroline a levou para o aposento onde podiam ficar a salvo do que ainda não sabiam.

— O que achas que pode acontecer ali? - perguntou a morena temendo o pior.

— Eu ainda não sei, mas o melhor é rezar para que nada aconteça! - ambas se ajoelharam na frente do cruceficço e começaram uma oração.
Por outro lado na sala o ambiente ia de mal a pior, onde a conversa não estava nada sendo bem guiada.

— Eu lamento, não imaginava que minha filha pudesse sequer fazer uma coisa assim. - disse ele dando um passo a frente em cortezia.

— Lamentando ou não acaba de começar uma bela guerra, onde irei ter o prazer de o destruir Lorde Pierce, entendeu? - este engoliu em seco ao ouvir tal ameaça.

— O que está a querer dizer com isso? Uma ameça a minha integridade? - o senhor a sua frente começou a gargalhar.

— Integridade? - repetiu este de modo retórico. - Não creio que tenha isso. - e então apertou o colarinho. - Acredite ou não irei ser a ultima pessoa que irá ver, Lorde.

 


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Notas finais do capítulo

Gostaram?
comentem, favoritem!
Lembrem que quarta sai novo cap.
beijinhos



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