O Épico Cito escrita por Opressão Em Série


Capítulo 2
II – PRETO NO BRANCO


Notas iniciais do capítulo

Essa seção sempre me deixa encabulado...aqui aparece "notas do capítulo (opcional)", é muito estranho...teria algo de subliminar nisso? Não sei. Pretendo descobrir.



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— Com uma bala no meio da bunda.

—COMO É QUE É?!?

A mulher parece extremamente confusa ante a resposta da entrevistada.

— Oh, desculpe, esqueci que estamos no ar. Com um projétil na nádega direita, bem próxima ao ânus.

— Okay...então quer dizer que você...

— É ué, eu matei o Darkseid com uma bala no cu. Oh, desculpe...

A multidão, que a tudo assiste do lado de fora, berra como um bando de gralhas:

— RELAXA, RAINHA SOBERANA, AQUI VOCÊ PODE TUDO!

A repórter continua:

— Mas confesso que é um tanto quanto estranho você conseguir derrotar alguém com tantos poderes e que deu tanto trabalho pra Liga da Justiça, de uma forma tão...mesquinha.

— MESQUINHA?!? – bradou a multidão que assistia ao Smoak News em todas as TVs do mundo, incluindo o telão do lado de fora do edifício, no canal 52 (desculpa por essa gente, mas é que a Felicity é dona da DC aqui), mais conhecido como Smoak TV. O brado foi tanto, que a entrevistadora morreu e teve de ser substituída. A outra continuou, com medo:

— É...e a bala era...sei lá...especial? Pra fazer um estrago desses né...

— Sim, era especial sim. Era uma butter tofee de menta. É meio rara de se achar né?

— Pera...então era uma bala tipo...uma bala? Da...daquelas de comer?

— Sim ué, apesar de eu ser ótima usando uma metralhadora, não é sempre que eu utilizo armas de fogo. Era uma bala que a MILF da minha mãe, que curiosamente não envelheceu um dia sequer, me deu e eu deixei guardada na minha bolsa.

— E...?

— E o que, fofa? Eu a tirei da bolsa, dei um peteleco nela, ela foi parar na bunda do tio Dark, e ele morreu ué.

— Isso parece... Ilógico.

— ILÓGICO?!? – de novo a multidão grita, de novo a entrevistadora morre, de novo eu escrevi a palavra “de novo”, e assim vai continuando conforme as perguntas vão sendo feitas. Uma resposta, uma contra resposta, uma multidão furiosa, uma morte. Xablau.

— Teve também a vez que eu enganei o Sinestro com um ursinho de pelúcia, e depois usei um regador pra matar ele.

— Como foi isso?

— Eu estava no meu jardim, onde tudo é florido, fofo e lindo. E o ursinho Roy da Mia eu tinha colocado no meu avental, e...

— Mia...?

— Ah é, vocês a conhecem como Ricardita...ih, rapaz, acho que acabei de entregar a identidade secreta da minha filha. Ops, também falei que ela é minha filha. Ah dane-se, eu que mando nessa merda mesmo. Novo decreto: “Quem ousar usar essas informações pra fazer algum mal à minha filha, sofrerá na exuberante tora besuntada do senhor Diggle Wiggle”. Isso foi transmitido pra todo mundo, certo?

— Sim, foi.

— Então, continuando. Eu estava lá no meu jardim florido, fofo e lindo, e aquela coisa feia apareceu. Ameaçou-me com aquele anel de doce. Eu fiquei puta... Acho que é “fiquei” mesmo, às vezes eu confundo o verbo ser ou estar, sabe?

— É...sei sim.

— Então. Ai eu peguei o ursinho, que era verde, e falei que ele se chamava Hal Jordan (naquela altura eu já era membro honorário da Liga e tudo mais, então conhecia todo mundo). O bobão acreditou, e pegou o ursinho. Ai eu peguei o regador e bati no saco dele, e aí ele morreu.

— Okay...então, foi fácil assim?

— FÁCIL?!?

 Ao final, não havia mais entrevistadores, exceto um homem baixinho, ruivo, e com algumas sardas, que penetra (ui) na sala toda decorada de rosas vermelhas (e violetas que são azuis), se senta de frente pra Digníssima Senhora que governa o RFJASDHKASLDWAJSAJKDHUKWWDATUMCOMBATATAHSDJSDKLLSD (não, a sigla do reino não era essa, mas sabemos que nem você e nem eu lembramos qual era, então dane-se, ninguém se importa com essa merda mesmo, certo? Porque eu mesmo não tô nem aí pra isso aqui e sinceramente preferiria inalar detergente do que continuar escrevendo essa bosta, pelo menos no que toca à Felicity, mas acho que me alonguei demais aqui nesse parêntese, ele tá bem extenso já, tem quase um alqueire de comprimento e... enfim) e diz apenas oito palavras:

— Eu sei de tudo. Pessoas serão avisadas.

Sim, eu coloquei oito só pra ver se você ia contar mesmo. E tem sete.

E assim como surgiu, o homem desapareceu, antes que a Soberana Rainha do DC Universo pudesse matá-lo com um grampo de plástico.

Com o passar dos anos, ela havia conseguido camuflar suas emoções, de modo que seu rosto era praticamente o mesmo, pois aprendeu isso muito bem com a esposa (Sim, aqui o Arqueiro Amell é esposa dela e mãe dos filhinhos deles, algum problema, seu machista bastardo?) mas, pra quem conhecia a feição daquela doce e loira mulher com ombros de macho, ela demonstrou preocupação após a saída daquele homem.

Mas essa preocupação logo foi afastada pelos gritos desesperados de “DIVA, PRINCESA, RAINHA, DONA DO MEU CU, DA CW, DA DC, DA MARVEL E DOS TELETUBBIES!” que a esperavam do lado de fora do prédio.

“Eu sou mesmo muito foda”, pensa ela.

Logo após, a algumas quadras dali...

A cidade ainda não me conhece. Mas eu vi sua verdadeira face. As ruas são sarjetas dilatadas cheias de purpurina e confete e, quando os bueiros transbordarem, todas as olicitys vão se afogar. A imundície de todo shipp e tumblrs vai espumar até a cintura e todos os que apoiaram e mantiveram vivos essa devassa ilusão vão olhar para cima gritando "salve-nos"... E eu vou olhar para baixo e dizer "não". Eles tiveram escolha, todos. Podiam ter seguido os passos de homens honrados como meu pai ou o Superman. Homens decentes, que acreditavam na vida como ela é, por mais difícil que fosse, e aceitavam que cada coisa tem o seu lugar. Não tentavam forçar nada como uma legião de menininhas mimadas.

 Mas escolheram seguir os excrementos de roteiristas medíocres e simpatizantes, sem perceber que a trilha levava a um precipício até ser tarde demais. E não me digam que não tiveram escolha. Agora o mundo todo está na beira do abismo, embora pareça contemplar alegria e amor sem fim.  Mas sabemos que as coisas não são desse jeito e que tudo isso é uma farsa. Ou melhor, eu sei. E quando isso for desmascarado, e será, todos os que batiam o pé pra que suas vontades fossem realizadas por meio de ameaças e palavreado errado e vulgar na internet, e que achavam que só eles tinha o direito de falar... de repente não saberão mais o que dizer.

Eu recebi um chamado de um mundo que acredito ser distante, de uma mulher honrosa, uma grande heroína, e planejo cumprir com o que prometi, mesmo que pra isso, minha vida seja tomada de mim. Eu prometo que assim será feito, toda essa farsa será desmascarada, e o verdadeiro culpado, ou culpados, sofrerão o que merecem. Eu garantirei isso.

RORSCHACH, 12 de outubro de 2086.

 

 

PS: Chora Alan Moore


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Notas finais do capítulo

"Notas finais do capítulo (opcional)". São os Iluminatis. Só podem ser os Iluminatis. Sempre são os Iluminatis. Eu odeio os Iluminatis e vou matalos.



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