Desvios escrita por Sayumi Ota


Capítulo 9
Capítulo 8 - Incertezas


Notas iniciais do capítulo

Oláááááá, gente! Voltei das trevas para brilhar como uma Inês Brasil no meio dos haters. SHAUSHAUSH, brincadeira. Demorei para postar, pois eu não gosto mais de mexer no computador, e eu demoro para escrever, então levo muitooooooo tempo para pensar/formular/escrever. Mas, eu estava necessitada, então TINHA QUE ESCREVER LOGO! E bem, não ficou grande exatamente, porém foi muito pensado e espero que se divirtam ao lê-lo. Boa leitura!



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A garota dos cabelos castanhos presos em maria-chiquinhas esticou os braços, espreguiçando-se. Em seguida, ela apertou uma almofada cor-de-rosa em formato de coração contra o peito. Sua câmera estava a postos, apenas aguardando inanimadamente para o começo da nova temporada do De Voiceando. O programa não só era divertido, como rendia muitas curtidas e retweets para Denise, além de, é claro, aparecer um colírio para os olhos vez ou outra.

A enxurrada de propagandas antes de o programa começar irritou profundamente a garota, apesar de não tanto quanto a demora das amigas para virem até a sala. Ela jogou a almofada para o outro lugar do sofá vermelho e deu uma olhada em uma das várias páginas do Facebook, e nada conseguia a tirar do tédio.

— VOCÊS TÃO COMENDO A MINHA COZINHA? – Denise surtou. Ora essa, além de atrasadas, as meninas ainda estavam destruindo a casa dela?

A porta se abriu com força, batendo contra a parede. Uma menina dentuça, de macacão jeans e tênis, apareceu. Ela olhou com raiva para a filha dos donos da casa.

— O que você quis dizer com “vocês”? – esbravejou Mônica.

Denise fingiu surpresa, como se Mônica fosse sonsa.

— Eu quis dizer você e a Magali, ué. – Denise deu de ombros.

— Mas eu não tinha um apetite insaciável como a Magá – apontou Mônica, quando a outra passou por ela e dirigiu-se ao lado de Denise no sofá, com um pedaço de melancia em mãos.

Magali simplesmente ignorou. Desperdiçar o que parecia uma melancia maravilhosa daquelas para tentar defender-se não valia a pena. A Magali esganada tinha ficado na infância.

— Só que você é gorda, miga. #Prontofalei – Denise fez uma hashtag com as mãos.

— O que você disse? – gritou Mônica, correndo até perto da Denise com um punho erguida.

— Ai, Mô, me poupe, se poupe e nos poupe. – Denise sabia muito bem como a dentucinha funcionava. Ela nunca a agrediu antes, e Denise tinha certeza que não era agora que a história mudaria.

— E agora, a nova temporada de De Voiceando – falou a voz da TV. Denise empurrou o corpo da Mônica em direção à Magali.

— O programa começou – justificando o empurrão.

Mônica se deu por vencida e sentou no tapete no chão, emburrada. Magali ignorava a cena, preocupada com sua melancia, que por sinal já estava na metade. Denise digitava furiosamente no celular a cada apresentação. Tudo tornou-se estranho quando Mônica recebeu várias mensagens, até que ela começou a digitar furiosamente. Aquilo preocupou Magá, já que, bem, Mô não era Denise.

A morena curvou-se para tentar ler quem era, e então entendeu o que se passava.

— O que o Cebola quer? – perguntou ela, curiosa.

— AUGH! – Mônica bloqueou o celular. Ela virou para encarar Magá, brava. – Ai que susto, Magali. – Mônica desbloqueou o aparelho e o entregou para a amiga. – Veja o que esse idiota está fazendo.

Magali olhou para a conversa desde o início. Ela não entendia como Cebola ainda não tinha desistido, sério. O que havia de errado com ele? O garoto nunca valorizava a Mô, e agora queria mudar a história.

Porém, ela também não entendia sua amiga. Afinal, Cebola salvara a vida do namorado dela, e ele até parecia não ter ciúme dela, o que era um avanço tremendo. As mensagens eram todas sobre DC e a ideia maluca de fazer um trabalho sobre planos falíveis e o garoto pedindo para que Mô convencesse o namorado a desistir daquela ideia. Magali devolveu o aparelho para a dona.

— Conta o bafão, amiga. – disse Denise. Pelo visto, a menina tinha visto todas as mensagens. Mônica pegou o celular e guardou no bolso.

— É o Cebola. Agora que eu acho que ele superou, ele fica falando o tempo todo do DC, e não de um jeito bom. É óbvio que eu vou defender o Do Contra. Então se ele sabe que nós vamos brigar por isto, por que fica me mandando mensagens? – Mônica deitou no tapete macio, parecendo exausta de repente.

— Isso nem dá ibope mais. Vocês nunca se resolvem, o público não gosta disso, nem vale a pena postar – Denise resmungou.

— Denise! – repreendeu Magali.

— Quê?! Sua amiga traíra! – gritou Mônica.

Denise estirou a língua.

— Chega de mimimi, fofa. O boy quer te dar atenção, quer que vocês voltem a ser amigos, e você fica aí dificultando. – Denise voltou a tirar fotos do De Voiceando e digitar no celular. – Para, né? Ou você volta a tratar o garoto como seu amigo, ou corte a cebola pela raiz.

— Vou pedir uma sugestão a alguém confiável. O que você acha, Magá? – perguntou Mônica.

— Ahá! Depois a amiga traíra sou eu, né? Bleh! Fique você sabendo que eu ajudei você a achar o amor da sua vida junto com a Magali, tá? Magoei. – Para uma pessoa que não parava de escrever no celular, Magali pensou que talvez ela não estivesse tão magoada assim.

A morena pensou um pouco. Ela vinha andando tão desnorteada com Quim, que parecia não ser a pessoa capaz de aconselhar ninguém. Ela nem conseguiu animar o Cascão, apesar de que os dois fariam um trabalho em breve e ela ainda não tinha desistido.

— Mô, eu acho que a Denise está certa – respondeu Magá, por fim.

— Quê??! – Mônica se surpreendeu.

— AHÁ! – Denise desviou sua atenção da TV e do celular para fazer sua melhor cara de: Vai criticando, monamu, quero ver depois segurar a marimba.

— É sério, Mô. O Cebola parece querer sua atenção, e não no sentido romântico – Magali continuou. – Ainda assim, é sempre bom deixar a guarda alta.

Mônica ainda estava chocada. Ela parou de olhar para Magá com queixo caído e pegou seu celular, apenas para olhá-lo. Magali sorriu compreensiva. Sua amiga era esperta, ela ia tomar a melhor decisão.

— Voltamos já com De Voiceando – Com aquele silêncio entre as garotas, Magali se assustou quando o apresentador da TV voltou a ser ouvido.

— E aí, Magá? – começou Denise. – Tem algum babado pra contar? Eu não falo pra ninguém, sérião. – A garota piscou seus olhos várias vezes, com intuito de parecer sincera. – Só não me fala de menino que carente aqui já basta a Mônica.

— EI! – Mônica reclamou.

— Te adoro, more. – Denise fez um coraçãozinho com as mãos.

Magali encostou as costas no sofá, e pensou sobre Quim. Ela estava ficando muito solitária? Ou ela apenas estava magoada pela falta de confiança no garoto? De repente, tudo o que a menina queria era se esconder em sua cama, com os fones de ouvido para escutar alguma música triste.

Ela forçou um sorriso. Não é como se ela fosse contar sobre ela e o Quim de qualquer maneira.

— Não tenho nada pra falar – respondeu.

Denise fez biquinho e pareceu ter planejado falar algo, quando o programa voltou. Magali tentou prestar atenção no De Voiceando, porém a única coisa que ela pensava era o rapaz que agora trazia tanta incerteza para os sentimentos dela.


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Notas finais do capítulo

Olá de novo, gente. Eu quero agradecer muito à Quem Sou Eu, nandinha berry, helenabenet e Darkous por me fazerem comentários lindos! Estou reescrevendo esta parte, porque o Nyah! não salvou minhas notas finais ;-;. Vocês me fizeram muito feliz, sério! Eu amo conversar com vocês, e tudo o mais! Muito obrigada mesmo!!
Eu sei, não tem romance. Mas a nossa vida não é só romance, não é? "Mas isso é uma fanfic, não a nossa vida" eu sei ;-;, mesmo assim as meninas não ficam só agarradas nos seus respectivos namorados (a mais grudenta é a Mônica), então sei lá, escrever as falas da Denise é super divertido. É como se meus amigos estivessem conversando em forma de uma só pessoa.
Eu espero que vocês tenham gostado! E que não tenham desistido nem de mim, nem da história! Espero vê-los nos reviews, vários bombons de chocolates para vocês, seus lindos!



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