Entre Irmãs escrita por Cristabel Fraser, Paty Everllark


Capítulo 4
Intervenção do Amor


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoal, estou de volta com mais um capítulo quentinho. Espero que gostem. Agradeço as maravilhosas leitoras que sempre vem me dando apoio. Aos novos leitores sejam mais que bem-vindos. Obrigada lindas. Quase no fim tem um pedacinho de uma música escrita em itálico, ela é de autoria minha, ok? Compus para o capítulo rss... boa leitura e espero que gostem.



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POV PRIM

Mal podia me conter de tanta felicidade em poder estar novamente naquela cabana junto de minhas melhores amigas.

Nosso primeiro encontro em Chester fora em meu aniversário de 21 anos. Me encontrava desiludida, sozinha e bastante deprimida na época. Sem querer desperdiçar dinheiro, viajei apenas com Becky – que tinha apenas três anos -, com a intenção de ficar lendo na varanda.

Antes do jantar do primeiro dia, porém um MUSTANG amarelo aos pedaços chegou ao local. As garotas saltaram do carro e correram pelo jardim, rindo, levando duas jarras grandes de margarita. Chamaram a visita de “intervenção do amor”, e funcionou.

Quando contei a Marvel que estava grávida ele simplesmente sumiu dizendo que foi irresponsabilidade minha. Um dia retornou e tentou concertar as coisas, mas não deram certo e acabou deixando meu coração mais despedaçado do que antes. Desde então, todos os anos passávamos uma semana juntas na cabana. Claro que, não estávamos mais em cinco já que Daphne estava morta, mas agora quase todas tínhamos filhos.

Nicole Mellark tinha a Willow de dez anos. Ariane tinha um casal de gêmeos, Selena e Joe de seis anos. Dani era a única que não tivera filho ainda. No total erámos em oito pessoas que compartilhávamos o mesmo local nas férias de verão. Era muito divertido. Fazíamos comidas gostosas. Assistíamos a filmes infantis com as crianças, jogávamos bola, mas o melhor era nadar no lago.

Antes de chegarmos ao chalé passei no escritório do meu patrão, Luke Lancaster sem sombra de dúvida era o melhor patrão que alguém podia ter. Ele tinha total confiança em mim e muito compreensível na questão de eu ser mãe solteira. Precisava lhe entregar alguns recibos e extratos que a cafeteria tivera de lucro no mês. Chester não ficava longe de Belleville, mas como eu tinha que vir até resolvi entregar em mãos tudo referente a cafeteria Lancaster.

Tirávamos todas as coisas do carro enquanto Dani foi para cozinha preparar alguns lanches.

— Meninas vamos dançar hoje à noite? - perguntou Ariane animada.

— Uh, ótima ideia! Estou precisando espairecer. - acrescentou Nicole.

— No The Darth? – perguntei, pois era o único lugar mais civilizado do condado.

—The Darth é o melhor da cidade. - concordou Ariane.

Esse sempre fora nosso local para bebermos e relaxarmos.

— Uma bebidinha não faz mal a ninguém, não é Prim? - Dani comentou quase que em uma súplica, mas eu sabia que estava fazendo graça.

— Oh, vez em quando não, mas e as crianças? – falei com certo desânimo, antes trazíamos uma babá, mas desta vez não fora possível.

— Hum, verdade e agora? – Nicole questionou preocupada como sempre, quando o assunto eram as crianças.

— Acho que a Becky pode ficar com elas. – sugeri.

Então assim foi. Demos de comer as crianças e colocamos um filme bem divertido na sala enquanto fomos nos arrumar. Antes de sairmos orientei Becky para colocar as crianças pelo menos pouco antes das dez na cama. Ela me lançou uma piscadela e garantiu que seria uma boa menina. Minha menina já era uma  mocinha crescida. As crianças não deram trabalho algum quando estávamos de saída. Todas nós, produzidas da melhor forma possível demos beijinhos de despedidas e seguimos de carro até o pequeno centro. Não queríamos retornar tarde, mas quando se tratava de diversão era conosco mesmo.

Já no bar a diversão era sem igual, fui a que menos bebi. Um pouco de drink e minha mente já se anuviava.

— Meninas, essas férias serão melhores que as última. – Dani comentou com a voz já arrastada – As Five Harmony estão de volta! – ergueu os braços.

— Dani, amiga agora somos apenas quatro. – por um minuto nos lembramos dela, mas logo tratamos de afastar os pensamentos tristes, Daph sempre detestou tristeza perto dela - Hoje noite de Karaokê, você vai participar? - perguntou Ariane toda animada e bêbada também.

— Já estou lá amiga! - gritou Dani – Uh!

— Que coisa há meia hora atrás Dani falou que uma bebida não faz mal a ninguém, mas olha só o jeito que ela está. - comentei vendo as duas subirem desajeitadamente no palco e cantarem totalmente desafinadas. - Nick? Nicole? Acorda! - gritei percebendo que eu conversava sozinha.

— O que? Eu dormi? - perguntou atordoada.

— Você estava babando na mesa. – ri fazendo uma cara de nojo.

— E, agora a garota mais legal, sensata e amorosa do mundo, irá cantar pra vocês! – Dani e Ariane gritaram ao mesmo tempo apontando em minha direção.

— O que? Não, eu não sei cantar. - me desesperei.

— Não tem essa amiga! Você canta muito bem, lembra naquela vez no colégio na apresentação de calouros. - disse Ariane.

— Vai lá sem medo. Você é aquela que arrasa em tudo. Tenha esperança. - disse Nicole em voz baixa dando um soco no ar como estivesse me dando todo o apoio do mundo, como sempre fora.

Como não recusar. Ainda por cima de tudo tive que cantar a música, Because You Loved Me de, Celine Dion. Até que não cantei tão mal, mas saí do palco de fininho e voltei a sentar-me ao lado de Nicole.

— Até que você não cantou tão mal. - elogiou.

— Ah, muito obrigada. Acho que agora posso gravar um CD. – brinquei esbarrando meu ombro no seu.

— O que acha de caminharmos amanhã bem cedo e fazer um piquenique com as crianças a tarde perto do lago? – sugeriu tentando se manter desperta.

— Ótima ideia, faremos isso. – apoiei a ideia, precisávamos manter as crianças ocupadas

— Agora teremos uma apresentação ao vivo. – um funcionário do estabelecimento anunciou.

Então o vi subir no palco. Ele levava um violão. Comum e antigo, que não se ligava a nenhum amplificador de som.

Sentou-se numa banqueta que se encontrava no palco. Usava uma calça jeans desbotada e uma camisa azul clara. O cabelo meio espetado para cima revelava o dourado sob a luz que reluzia acima. O homem buscou pelo seu chapéu preto estilo cowboy e o colocou na cabeça. Ficou olhando para o violão por um tempo. Mesmo assim pude ver os detalhes de seu maxilar perfeitamente moldado.

— Uau! – senti meu coração acelerar.

Não me lembrava de ter visto um homem tão bonito há muito tempo. Com certeza não em Belleville.

Ele aproximou do microfone.

— Vou tocar um pouco. Espero que não se importem.

Uma pequena multidão se juntara frente ao palco e não perdi tempo, avançando entre a multidão, até o começo da pista de dança. Ele dedilhou algumas notas no violão e começou a cantar. No começo, a voz era suave demais para se fazer ouvir acima do alarido.

— Silêncio!

Me surpreendi ao ouvir a palavra em voz alta. Pretendia apenas pensa-la. Sentia-me ridiculamente exposta, parada ali na frente da multidão, mas não conseguia me mexer nem desviar os olhos.

Então, ele ergueu a cabeça. Na escuridão esfumaçada, com uma dezena de pessoas amontoadas à sua frente e por um segundo achei que me encarava. Aos poucos, ele sorriu.

Uma vez, há muito tempo, eu tinha sentido meu coração chacoalhar no peito. Era assim que me sentia agora.

— Meu nome é, Cato Ludwing. – apresentou-se, a voz macia, ainda olhando para mim – Esta música é para ela. Ela, que venho procurando a vida inteira.

Os dedos longos tocaram as cordas do violão, e ele começou a cantar. A voz era baixa e rouca, sedutora. Sem ao menos perceber comecei a me mover no ritmo da música, dançando sozinha.

Eu venho de um lugar distante,

Mas não tão distante quanto estou me sentindo agora,

Encontrar você foi a maior dádiva em toda jornada,

Seus cabelos brilhando como o sol do meio dia de verão,

Seus olhos tão puros como a água mais cristalina que possa existir,

Ah, baby sinto-me o homem mais sortudo de todo o universo,

Você faz meu dia valer a pena,

E, acordar ao teu lado em todas as manhãs...

É o que mais desejo...

Quando a música terminou, ele deixou o violão de lado e levantou-se. A plateia aplaudiu e voltou-se para seus respectivos drinks.

Ele avançou em minha direção. Eu não conseguia me mover. Congelei ao ver que seus olhos eram tão azuis quanto os meus. Como não disse nada, procurei me adiantar:

— Meu nome é, Primrose Everdeen.

Um sorrio torceu um lado de sua boca.

— Não sei como dizer o que estou pensando sem parecer um idiota.

Meu coração batia tão rápido, tão acelerado que me senti tonta.

— O que é? – minha voz saiu trêmula.

Ele aproximou-se ainda mais. Agora achava-se tão perto que dava para ver suas pequenas sardas e a minúscula cicatriz em meia-lua na ponta do lábio superior.

— Eu sou, Ele. - murmurou.

— Ele quem? – tentei sorrir sem parecer tola – O anjo? O único jeito de chegar ao paraíso?

— É, sério sem brincadeira. Sou quem você está procurando.

Eu deveria ter soltado uma gargalhada. Respondido que não ouvia uma cantada tão clichê fazia anos. Havia se passado muito tempo. Não acreditava mais em amor à primeira vista. Tudo isso era o que pretendia dizer, mas ao abrir minha boca, só escutei meu coração dizer a seguinte frase:

— Como é que você sabe?

— Porque, eu também estava a sua procura.

Tive que dar alguns passos para trás, o suficiente apenas para respirar. Queria rir dele. Queria mesmo rir. Isso não podia ser real. Desde que Marvel se fora, nunca mais consegui amar um homem. Minha vida girava em torno de Becky e nas minhas melhores amigas.

— Vamos, Primrose Everdeen. – convidou me estendendo a mão, um tranquilo jazz ecoava pelo ambiente - Dance comigo.

Aquele convite seria a intervenção do amor? Talvez.


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Notas finais do capítulo

Bem, o que acharam? Talvez muitos se lembrem de como ela conheceu o amor da vida dela rss, agora será que uma certa irmã irá deixar isso seguir adiante? Eu queria ter postado na quarta, mas infelizmente minha net deu piti, perdoem-me e nos vemos nos comentários. Beijinhos.