O Sol surgiu através da janela da cela, era uma pequena prisão, não tinha mais que 4 celas. Tirando a dele, tinha só mais um prisioneiro que foi trancado na prisão porque bebeu demais e estava arrumando confusão.

Eric levantou e se espreguiçou, a cama era muito dura e desconfortável para o que estava acostumado. Sentiu seus ossos estalarem. Se ajoelhou onde a luz do sol batia, juntou as 2 mãos e tentou se concentrar na voz.

— Deus? Senhor? Fui vítima de minha fúria, e estou aqui para pagar pelos meus crimes. Sou uma pessoa má?

“Eric, você foi injustiçado pelas palavras de um pecador, assim é como o mundo está hoje. Através de palavras traiçoeiras, sangue de inocentes caem pela terra enquanto o mal continua vivendo achando que a trapaça e a maldade compensa... você concorda com isto?”

— Não senhor, eles devem provar o peso da justiça.

“Correto, e por isto que quero você levando minhas palavras ao mundo. Está preparado para fazer os criminosos e o mal deste mundo deixarem de existir?”

— Sim. Conforme sua vontade e seu desejo. Amém.

Neste momento a luz se intensifica mais ainda sobre Eric. Ele abriu os olhos e viu um vulto com grandes asas vindo da direção do sol... era um anjo? Quando se aproxima, viu que era uma águia, a mesma que ele ajudou quando era mais novo, estava trazendo um anel com um símbolo cravado nela, era uma espada com 2 balanças balanceadas em sua lateral, o anel era de ouro maciço. Pega o anel e põe no dedo.

Nisto a porta se abre e entra um guarda, um dos que o levaram para a prisão. Ele traz a comida.

— Hoje à tarde o juiz vai vê-lo. Então descanse como puder. Você não parece ser um bandido como o Maxwell falou, mas é a palavra dele contra a sua.

— Não se preocupe, vejo que é um bom homem que só cumpre com o seu dever.

O guarda fica receoso com qualquer coisa que Eric falava, parece desconfortável pôr vê-lo atrás das grades. Quando deixa a comida para Eric, repara de um brilho que vem do anel e da um salto assustado.

— Deusa Marah nos ajude...

Ele olha atentamente para seu dedo.

— Você é um clérigo de Khalmyr? Não lembro de ter visto este anel contigo ontem quando te trouxemos.

— Bom, não sou um clérigo de Kalmyr, mas... acabei de me tornar Paladino de Kalmyr.

O guarda começou a tremer e a pegar a chave e se atolando pra tenta abrir a cela.

— Me desculpe, me desculpe, me desculpe, não sabia... Te tiro daqui agora.

Eric põe a mão sobre a do guarda.

— Calma, não precisa ficar nervoso. Mas por que desta sua reação? Eu não entendi.