O Diário das Irmãs Martins escrita por sahendy


Capítulo 15
Cheesecake, café, vinho...


Notas iniciais do capítulo

Oi gente! Por favor comentem. Que Deus e a Virgem de Guadalupe as abençoe. Eu amo vocês.



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"Todos temos direito a pelo menos um desejo por ano, quando sopramos as velas do nosso aniversário. Alguns ousam desejar de outros jeitos… Com cílios… Fontes… Estrelas cadentes. E uma vez ou outra… Um dos desejos se realizam. E depois? É tão bom quanto esperávamos? Ou deitamos no calor de nossa felicidade? Ou… Lembramos que temos uma lista de desejos esperando?

[…]

 

Paola...

Posso dizer sem sombra de dúvidas que naquela noite eu não dormi. Eu não dormir mesmo, estava com os olhos fechados mas não dormi. Quando cheguei em casa com Douglas, tomamos banho e pedimos uma pizza saborosa de quatro queijos e então fomos dormir. Eu amava o jeito como Douglas me abraçava a noite e dava sempre um beijo em minha nuca. Peguei no sono ás 5 da manhã que era a hora que Douglas iria despertar para ir trabalhar, ele dormiu apenas 4/3 horas pois chegamos bem tarde depois que ele me pegou ao parque. 

— Paola? - Ele pergunta, mas finjo que estou dormindo, afinal peguei no sono agora. Sinto ele beijar minha bochecha e logo ele se levanta indo para o banheiro tomar um banho para ir trabalhar. E então... Dormi. 

Mas, acordei ao 12h e preparei algo para comer, lavei as roupas e então saí para ir ao shopping com Estefanny que era da minha classe de ballet, nos conhecíamos há 12 anos, fomos comprar sapatos e um vestido já que hoje teria o jantar na casa do meu pai pelo seu aniversário de 54 anos. Era a noite onde meus tios, avós e primos se reuniam em casa. Iria levar Douglas, seria o segundo aniversário que ele passaria comigo na casa dos meus pais. Aproveitei para comprar o presente dele, eu só não sabia o que dar, já que era difícil presentea-lo. 

Paulina...

Quando acordei Jilian me ajudou a descer as escadas e me deixou no balcão sentada quando a campainha tocou - ás 8h - era Carlos Daniel que entrou me procurando depois de cumprimentar Jilian, ele retirou o boné e os óculos e me disse que tinha uma "surpresa" Jilian voltou com muletas, ele me ajudou a me apoiar e a fazer pequenos testes pela casa, usaria muletas por pelo menos mais uns 3 á 5 dias e por mim não precisaria. 

— Obrigada. - Respondi a ele que me deu um selinho. Me sentei novamente depois de um outro teste e perguntei a Jilian sobre o café da manhã. 

— Eu vou ter que fazer isso também? - Ela pergunta, pois não sabia cozinhar exatamente nada, e quando cozinhava não era muito bom. Dei risada e fiz que sim com a cabeça. - Ah, tem cereal vai querer? - Ela pergunta e enche sua xícara de café (que sabia fazer).

— Ah, eu posso fazer o café da manhã. - Carlos Daniel respondeu observando nós duas. 

— Não, senta, eu vou ensinar a Jilian como faz algo. - Respondi, ela se sentou e tomou um gole do café, olhei para ela brava e Carlos Daniel ergueu as mangas indo para o fogão fazer algo para o café da manhã. 

— Ah Jilian, se eu não me engano, não pode tomar café estando grávida. - Ele disse a ela que colocou a xícara no balcão. 

— O que? Você sabia disso? - Perguntei a Jilian, ela olhou para o café em seu copo triste. 

— Por que? - Ela pergunta.

— Parto prematura, doenças se não me engano. - Carlos Daniel responde.

— Mas, se eu ficar sem café eu vou surtar. - Ela responde. 

— Vamos fazer uma votação? - Carlos Daniel pergunta. - Quem vota para Jilian tomar o café? - Ele pergunta e ela levanta a mão. - Quem vota para Jilian não tomar o café? - Eu e ele levantamos as mãos. Ela subiu para pegar o seu celular correndo. - Jilian fica pior sem o café dela. Deve ser os hormônios no seu corpo. - Digo a Carlos Daniel que sorri. 

— Tem cereja, ou qualquer outra fruta vermelha? - Ele pergunta. 

— Ah, tem sim está na geladeira. - Respondo. - Carlos Daniel, é... não precisa ir na casa dos meus pais se não quiser. - Ele se vira para mim no balcão com o pote de frutas vermelhas em mãos, coloca-o no balcão e joga o pano de prato em seus ombros. 

— Por que?

— Bom, eles são... excêntricos. Digo isso porque quando levava alguma amiga ou... Enfim, eles são pessoas diferentes, principalmente meus avós. - Ele se aproxima de mim e me dá um outro beijo tocando suavemente em minhas bochechas.

— Paulina, tudo bem. Qual família não é assim? Se não quiser que eu não vá, tudo bem. Mas, vai ter que me dizer "Carlos Daniel, meu amor... Eu não quero você vá" afinal, eu tenho mais três irmãs MULHERES, uma mãe que sofre ainda pela perda do meu pai que faleceu há anos, uma tia solteira de 10 gatos e um padrinho com insuficiência cardíaca. - Ele responde e volta para o fogão, se vira novamente para mim e pergunta - Você quer que eu vá ainda ou não? 

— Ok. Pode ir. - Respondo, Jilian desce as escadas novamente e diz que precisava sair para ir ver sua tia Rosie e depois iria comprar iogurte para substituir o café. 

Carlos Daniel havia preparado um cheesecake colocou-o sob a mesa e me ajudou a ir me sentar lá, estava faminta mas só consegui comer um pedaço o que sim, estava delicioso o cheesecake, comemos e ele me pediu (um pouco tímido se poderia pegar o último pedaço de cheesecake que ele comeu todo) dei risada e disse que sim tomando mais um gole de café. Depois ele arrumou a mesa novamente e me disse que gostaria que eu fosse conhecer sua casa nova. 

— Eu preciso tomar banho ainda, e Jilian quem vai me ajudar no banho. - Digo a ele recusando seu pedido, precisava de Jilian pelo menos para me ajudar a tomar banho. 

— Eu posso te ajudar. - Ele responde, olho para ele desconfiada. - Paulina Martins, eu sou respeitoso. - Ele responde novamente, dou risada e acabo aceitando seu convite, ele pega ao colo e me leva para o andar de cima para tomar banho, me sentei no vaso que estava tampado, ele ligou o chuveiro e colocou um saco plástico em minha perna para facilitar na hora do banho. - Quer que eu tire sua roupa? - Ele pergunta. 

— Hm. Não. Eu posso fazer isso. Obrigada. - Agradeço, e ele saí do banheiro. Pensei em como iriam aceitar Carlos Daniel, já que segundo meus avós ninguém nunca era bom para mim ou Paola se não fosse alguém que eles nos apresentassem. Desliguei o chuveiro e abri o box, precisava saltar para fora, mas antes precisava me secar, e percebi que estava sem toalha. Que droga! - CARLOS DANIEL?- O chamo, ele pega na maçaneta e abre a porta mas antes que abrisse ela totalmente novamente grito - NÃO ABRA TUDO... É QUE... ESTOU SEM TOALHA. - Respondo, ele deixa a porta entre aberta e vai buscar uma toalha, quando volta ele começa a andar de lado até o box com a mão esticada com a toalha e quando me estico também para pegar a toalha, acabo escorregando - UI. - Eu digo, ele segura meu corpo molhado colado ao seu corpo.

— Te peguei. - Responde. - Obrigada. - Respondo de volta, ele sorri e pega a toalha que deixou cair ao chão que está ao meu lado, sem me soltar ele pega com uma de suas mãos e envolve a toalha em meu corpo. Me cubro rapidamente, ele volta a me deixar sentada e saí do banheiro descendo para pegar as muletas e a deixa na porta do banheiro. A pego e vou para o meu quarto, estou morrendo de vergonha. Em trinta minutos - queria usar a melhor roupa, e acabei me trocando muitas vezes. 

— Ah, Carlos Daniel? Pode subir? - Pergunto, ainda não conseguia descer as escadas de muleta, ou sozinha, ele estava lendo um livro na sala e subiu para me ajudar, me pegou pela cintura e me levou para o andar de baixo, peguei meu celular que estava na mesa de centro da sala. 

— Podemos ir? - Ele me pergunta, faço que sim com a cabeça, ele abre a porta da sala e me deixa ir sozinha até o carro, coloca o boné e os óculos e me ajuda a sentar direito no carro. Assim que dá partida, ele liga a rádio e está tocando  I Want It That Way do Backstreet Boys, e queria mudar a música, mas antes que pudesse o vejo cantando aquela música, não podia acreditar. Olhei para ele surpresa por ele cantar

"Tell me why

Ain't nothin' but a heartachet

Tell me why"

Ele dá risada e fecha a mão fingindo ser o rock. Carlos Daniel 2: Fazia um ótimo cheesecake; Carlos Daniel 3: Tinha um péssimo gosto para músicas.

Um pouco longe da onde estava acostumada a andar na cidade estava a casa de Carlos Daniel, guardou seu carro na garagem e me ajudou a descer do carro, fechou a garagem e havia uma porta nos fundos, a abriu e entramos por um outro lado da casa, me ajudou a subir uns degraus e observei que ele havia adotado um cachorro que pulou em cima dele abanando o rabo.

— Quando comprou o cachorro? - Pergunto, Carlos Daniel o coloca no chão novamente e o cachorro se agarra nas minhas calças. 

— Não comprei. O adotei. Adotei ontem, estavam doando-o e ele era o último filhote, então o peguei e dei o nome de Finn. Passo minha mão sob o cachorro, Carlos Daniel retira do seu bolso as chaves e abre a porta. Finn volta para sua casa e vai brincar, Carlos Daniel entra e fica me esperando, assim que entro também, estava maravilhada, era uma casa imensa. E ainda não estava totalmente mobiliada, mas uma boa parte sim. Entramos em seu escritório, que havia seu computador, uma poltrona branca e uma mesa de bilhar. Com uma mesa redonda no canto da sala. E então passo pelo corredor que a primeira porta tinha seu quarto - uma cama de casal nova, caixas, uma televisão, outra porta do closet, ele não tinha guarda-roupas. Suas roupas ainda não estavam todas guardadas. No corredor, a outra porta tinha um outro quarto vazio, ele dizia que não tinha ideia do que fazer com aquele quarto. Passamos pelo banheiro e descemos umas escadas que dava entrada para a sala dele totalmente aconchegante, e sua cozinha enorme. Assim que passamos havia novamente um corredor, com um banheiro e no fundo uma sala, ele pediu que eu fechasse meus olhos, me ajudou a andar até o local. Abriu as cortinas, pude sentir o brilho adentrar aquela sala, ele fechou a porta e pediu para eu abrir os olhos. Era a biblioteca dele, com ainda muitos livros pelo chão, enorme prateleiras, meus olhos brilharam. 

— Meu Deus, Carlos Daniel isso aqui é maravilhoso! - Respondi a ele dando alguns pulos para observar mais, ele deu um sorriso. 

— É sua. Toda vez que quiser, é sua. - Ele me responde e se aproxima, me viro para ele num pulo. 

— Eu nem sei o que dizer.

— Diz que sim.

— Eu não sairia mais daqui se fosse assim.

— E você gostaria de sair? 

— Não. - Respondi, ele caminhou para mais perto. - Ótimo, não quero que você vá. - Respondeu, fiquei atônita, sentindo a sua respiração, ele me olhava, com um olhar "Quero te beijar agora" não resisto a ele, e puxo sua nuca para mais perto da minha deixando cair no chão as muletas e o beijo. Minha respiração está um pouco alterada, nada fora do comum - sempre que estou com Carlos Daniel era assim, coração acelerado. - Como podia um homem ter uma boca tão quente me fazendo ardentemente beija-lo cada vez mais ali. Paro por um instante. Ele está dando aquele sorriso que me deixa ainda mais apaixonada.

— Pode me mostrar o resto da casa? - Pergunto, ele sorri mexe em meus cabelos e se agacha para pegar minhas muletas e me leva para a parte de trás da casa, passando pela área de serviço e observo sua piscina enorme que dava a vista para a cidade. Sua casa ficava num pico grande rodeado de árvores em volta. 

6 horas depois...

Fiquei sentada a maior parte do tempo vendo o pôr do sol, e já estava dando a hora de irmos até a outra cidade para o jantar da casa dos meus pais, Carlos Daniel colocou uma calça social e camiseta. E me levou para o apartamento para pegar um vestido, Jilian me ajudou enquanto ele me esperava no andar de baixo. Me despedi de Jilian e entrei ao carro novamente, em 1 hora e 45 minutos havíamos chegado ao jantar, já havia chegado todos eram muitos carros parados ali em frente. Coloquei uma blusa de frio por cima do vestido florido com o all star que usava e no outro pé a tala de proteção. Ele me ajudou a sair do carro, observei minha prima de 5 anos correndo na porta de casa, assim que me viu correu para me abraçar, olhou estranho para Carlos Daniel que logo a comprou prometendo brincar com ela. 

— Paola já chegou meu amor? - Pergunto a Amélia que era seu nome, ela faz que sim com a cabeça. Carlos Daniel volta até o carro e retira um presente que ele havia comprado. - Não sabia que comprou um presente. - Digo a ele que sorri. 

— Preciso conquista-lo. - Ele responde

— E o que comprou? - Pergunto.

— Um paletó que comprei na minha última viagem e um vinho. - Ele responde e Amélia corre para abrir a porta, assim que a atravessamos, vi Paola e Douglas sentados na escada conversando, os dois se levantaram e nos cumprimentaram. 

— Onde está o pai e a mãe? - Pergunto, Paola responde que estão no salão principal para jantar. - E como você está? - pergunto a ela.

— Estou bem. - Ela responde. Os dois caminham na frente, eu e Carlos Daniel atrás, quando abrimos a porta e adentramos, os olhares se viram para nós, tento não ligar para isso, mas a minha preocupação era Carlos Daniel que segurou em minha cintura. Um dos meus tios se aproxima me cumprimentando.

— Como está? - Ele me pergunta. 

— Estou bem. Tio, é... Esse aqui é Carlos Daniel, Carlos Daniel esse é o meu tio Aaron. 

Meu pai se aproxima junto com a minha mãe, os dois olham para Carlos Daniel como se tivesse algo ruim nele. - O que houve minha filha? - Meu pai me cumprimenta e se refere a minha perna. 

— Ah, não foi nada. Torci apenas. Feliz aniversário pai. - Novamente o abraço. 

— E quem é esse bom moço? - Minha mãe pergunta. 

— Pai... Mãe... Esse é Carlos Daniel. - Meu pai estende a mão até ele que o cumprimenta. 

— Senhor, feliz aniversário! Sua casa é muito bela. É, esse é um presente meu e de Paulina para o senhor. - Carlos Daniel diz a ele, minha mãe curva uma de suas mãos e Carlos Daniel solta minha cintura dando um beijo nela. 

— É um prazer conhecê-lo. - Minha mãe diz a ele. - Então, estão namorando?

— MÃE! - Grito a ela.

— O que? Uma mãe não pode saber quando sua filha está namorando? - Ela pergunta, meu pai olha para mim com um olhar surpreso, meus avós se aproximam antes que eu pudesse responder. E então finalmente fomos salvos pelos garçons que anunciaram o jantar. Caminhamos até a mesa. 

— Me desculpe por eles, eu avisei. - Cochicho a Carlos Daniel que dá um beijo em minha bochecha. Nos sentamos, e na mesa dou um oi a todos, Carlos Daniel se sentou ao meu lado, e Paola e Douglas ao lado dele, de frente para mim estava meus avós e ao meu lado meu pai que tomava vinho e olhava para Carlos Daniel. 

Devo admitir que a comida estava maravilhosa, mas o assunto não estava. Ficamos por mais duas horas até que todos decidiram ir embora, nos sentamos na sala eu tomava vinho e Carlos Daniel também, meus avós tocaram no assunto de Joshua com Paola, deixando Douglas irritado. 

— Não vá me dizer que pretende ficar para sempre com esse menino rico sem perspectivas. - Meu avô se referiu a Douglas que deu um sorriso e tomou um gole de vinho. - E você meu jovem, ainda não sei o que faz da sua vida. - Meu avô perguntou a Carlos Daniel. 

— Bom... Eu sou escritor e pintor. - Carlos Daniel responde. 

— Ah, escritor. Tem algum livro publicado? - Meu pai pergunta. 

— Sim, tenho... "Um Belo Desastre" - Ele responde. 

— Ah, sabia que o conhecia de algum lugar. - Minha mãe diz surpresa. - É um belo romance, meus parabéns. Mas, quantos anos tem? 

— Tenho 25 anos. 

— 25? Minha filha tem apenas 18... - Meu pai diz não tendo gostado nada. 

— Pai. - O chamo. 

— Seu pai está certo, você ainda é uma criança. - Meu avô complementa. - Meu Deus, tem um rapaz de 19 anos que só desgasta minha neta, e o outro de 25 abusando de minha outra neta. 

— Já chega! - Respondo e me levanto, Carlos Daniel me ajuda segurando as muletas. - Está tudo bem amor. - Ele cochicha para mim. - Não, não está tudo bem. Chega disso tudo, mamãe sabe o que acontece? Eu e Paola estamos num compromisso, aceite. Papai, sim ele tem 25 anos e eu não sou mais uma bebê. Está na hora de encarar esse fato. Carlos Daniel veio de boa vontade conhecer meus pais, quantas vezes eu trouxe alguém para conhece-los? Somente Ian. 

— Sim, já chega. Aceitem de uma vez que estamos criando uma vida e não será da forma que vocês querem. - Paola diz aos meus avós, Douglas enche a taça dele de vinho novamente e a toma. 

— O que está dizendo? - Minha avó Piedade pergunta a Paola que pela primeira vez tomou coragem para perguntar. Me sentei ao sofá e peço a Paola para se sentar também. 

— Me desculpem. - Digo a eles e seguro a mão de Carlos Daniel. Respiro fundo. - Sabe o que é? Eu trabalho numa livraria e ganho R$950 todo mês, com esse dinheiro eu ajudo minha melhor amiga a pagar o apartamento dela, conheci Carlos Daniel e... Eu estou tão feliz, quando vocês me viram assim pela última vez? 

— Senhor e senhora Martins. - Carlos Daniel diz a eles. - Se querem uma resposta aqui vai, sim estamos juntos. Estamos exatamente há 49 dias juntos e eu pretendo ficar com sua filha por mais tempo. 

— Vocês já tiveram relação sexual? - Minha avó pergunta, meu pai tosse e minha mãe o abana. Carlos Daniel ri e eu fico sem graça. 

— Não tivemos. Respeito sua filha, sua neta. 

— E você... Douglas, já teve relação sexual com minha neta? - Minha avó novamente pergunta se referindo a Paola, que suspira fundo. 

— Acho que já está na hora de ir. - Ele responde, nos levantamos para ir embora.

— Assim que Paola se estabelecer na faculdade esquecerá esse jovem. - Meu avô responde. 

— Não esquecerei, porque não vou largar Douglas. Sim vovó já temos relação sexual e me perdoe papai por descobrir desse jeito. Estamos há 1 ano e 8 meses, o que esperavam? E sabem de uma coisa, eu não vou para a faculdade. Me perdoe vovô, mas eu odeio Direito. 

— Paola. - Minha mãe tenta interferir. 

— Não mamãe, já chega! Eu nunca tive coragem para falar nada, eu não vou fazer aquela faculdade, não é isso o que eu quero. Não vou sair com Joshua ou com qualquer outro, porque amo Douglas. Cansei de não se preocuparem comigo, eu só tenho eles e Adelina, Jenn, Jilian. Vocês sabiam que eu novamente fugi e fiquei quase 24 horas fora de casa?

— Fugiu de casa novamente? Faz tempo que você não faz isso. - Meu pai diz a Paola. 

— Fugi, claro que não sabiam. Vocês não sabem nada sobre mim. Sabiam que foi ele, Carlos Daniel que conseguiu colocar Paulina no curso que ela tanto quer? Me perdoem por isso, me perdoe papai por estragar seu aniversário. Mas, não dá mais. 

— Miguel, você deve afastar sua filha desse rapaz. - Meu avô diz a meu pai. 

— Já chega! Fiquem quietos. - Meu pai grita e fecha os olhos. - Carlos Daniel, Paulina... Agradeço terem vindo, perdoe por tudo isso. Paola filha, você está livre para decidir o que quer fazer da sua vida.

— MIGUEL. - Meu avô se levanta o encarando.

— Tem um ano para pensar no que deseja fazer, mas vai trabalhar. E pai, vejo minhas filhas se esforçarem para ser o exemplo de netas para o senhor, as compreenda, elas são minhas filhas aqui é minha casa, minha esposa e minhas regras. - Meu pai grita com o meu avô que se levanta e caminha até a porta de saída com minha avó indo embora. Meu pai dá um sorriso e minha mãe segura sua mão. 

— Eu quero ser estilista. - Paola resmunga.

— Então será estilista. - Meu pai responde. - Douglas, sei que é um bom rapaz, guarde a intimidade somente para vocês, tudo bem? - Meu pai diz a eles e vem até onde estou com Carlos Daniel do outro lado da sala. Ele estica sua mão num cumprimento a Carlos Daniel. - Foi um prazer conhece-lo. Se ama minha filha tudo bem, mas se a machucar eu vou atrás de você. - Ele responde, Carlos Daniel dá um sorriso e cumprimenta meu pai mais uma vez. - Perdoe por essa cena. 

— Imagina! Estou acostumado com brigas de família. Tenho mais três irmãs senhor. - Carlos Daniel responde e pega em minhas mãos novamente, nos despedimos e entramos ao carro. Vi Paola e Douglas indo embora para seu apartamento, mando um beijo para Adelina que está na porta, olho para Carlos Daniel ainda sem graça por tudo o que houve. 

— Perdoe por isso. Eu estou muito sem graça. - Digo a ele, Carlos Daniel pega em minha mão e a beija. 

— Quer ir para minha casa? Prometo que não faremos nada que não queira. - Ele responde, faço que sim com a cabeça. - Eu só quero você Paulina. Não me importo com mais nada, só você. 

— Eu sou sua Carlos Daniel. - Respondo e dou um sorriso a ele. Fomos para o apartamento pegar algumas roupas e contei a Jilian que iria para a casa de Carlos Daniel - estava ansiosa pela biblioteca. - assim que ela me ajudou a descer novamente, ela foi até a cozinha e encheu uma xícara de café.

— JILIAN, NÃO TOME CAFÉ. - Gritei. 

— É... O que está fazendo? - Carlos Daniel pergunta.

— AI, Ó... - Jilian grita e logo suspira fundo. - Eu fiquei em abstinência de café o dia inteiro, eu não aguento mais. Então se vocês forem se juntar contra mim em votações para o café, eu vou mudar o jogo. Se votarem para eu não tomar, serão dois votos, mas eu voto que tomarei, e meu bebê também votará, já são dois votos. E em terceiro, minha vagina também votará já que o bebê saíra por algum buraco do meu corpo. Vocês me entenderam? Prometo tomar só um café por dia, vão querer brigar com a minha vagina? O meu desejo agora é café e um enorme lanche, mas não vou comer lanche, então eu só quero café. - Jilian pergunta, eu e Carlos Daniel fazemos que não com a cabeça. - Ótimo. Agora vão, porque chamei Mark para assistir filme comigo. - Ela responde. - Vou fazer ele massagear meus pés. - Ela sussurra. 

Não desejamos coisas fáceis. Desejamos coisas grandes… Coisas ambiciosas… Fora do alcance. Desejamos porque queremos ajuda… E estamos assustados… E sabemos que talvez pedimos demais… E ainda desejamos… Porque… as vezes…eles se realizam.”


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Notas finais do capítulo

E então? O que acharam? Por favor comentem. Obrigada.